Discografias Comentadas: Type O Negative
Por Micael Machado
A primeira vez que ouvi o Type O Negative foi lá por 1994, através da rádio Ipanema FM, de Porto Alegre, que tocava com frequência “Black No1” em sua programação. Como muita gente pelo mundo, essa música foi a minha entrada ao universo do quarteto norte-americano.
Comprei o vinil de Bloody Kisses (do qual “Black No1” faz parte) e virei fã daquelas melodias lentas, daquele vocal grave e soturno e das intervenções de guitarras e teclados, principalmente estes, com timbres aos quais eu não estava acostumado a ouvir no mundo do heavy metal. Desde então, o grupo é um dos meus favoritos, e podem ter certeza de que a obrigação de reouvir seus álbuns para esta Discografia Comentada não foi nenhum sacrifício.
Os nova-iorquinos Peter Steele (baixo e vocais) e Josh Silver (teclados) começaram tocando juntos no Northern Lights, em 1976, o qual mudou o nome para Fallout em 1979, e chegou a lançar um EP em 1981. Silver deixou o grupo para ir tocar no Original Sin, e Steele formou o Carnivore, com quem gravaria dois aclamados LPs. Com o fim desta banda, Steele convidou o baterista Sal Abruscato para formarem um novo grupo, o qual seria chamado de Sub-Zero, e contava também com a presença do guitarrista Kenny Hickey (que também executaria alguns vocais) e de Silver de volta às teclas. Com a descoberta de outra banda com este nome, passaram a se chamar Type O Negative, e chamaram a atenção da Roadracer Records (depois Roadrunner Records), assinando contrato com esta gravadora. O resto é história, a qual contamos agora a vocês através de seus discos.
Slow, Deep and Hard [1991]
A estreia do Type O Negative tem muito pouco do estilo que veio a consagrar a banda no futuro, sendo praticamente a continuação do trabalho de Peter com o Carnivore. Sendo assim, as músicas são cruas, agressivas e muito mais rápidas do que a sonoridade posterior do grupo (o que é bem demonstrado na maior parte dos quase nove minutos de “Der Untermensch“), além dos vocais de Peter estarem mais agressivos, e não com a tonalidade bem grave que ele passaria a usar de Bloody Kisses em diante. Os quase dez minutos de “Gravitational Constant: G = 6.67 x 10-8 cm-3 gm-1 sec-2” se destacam no track list (especialmente o trecho inicial, chamado “Unjustifiable Existence”), mas a melhor coisa do disco é o trecho final da faixa de abertura (seis dos doze minutos de “Unsuccessfully Coping with the Natural Beauty of Infidelity“), chamado “I Know You’re Fucking Someone Else”, e que, como todo o resto do álbum, trata de um relacionamento em que Peter se envolveu e foi traído pela namorada (tópico este que seria uma constante na carreira do grupo dali em diante, estando presente em quase todos os discos em pelo menos uma canção). A parte inicial desta música, chamada “Anorganic Transmutogenesis (Synthetic Division)”, também chama a atenção, e o trecho intermediário da mesma, intitulado “Coitus Interruptus”, traz algumas passagens que lembram a sonoridade posterior do quarteto, como a lentidão, o uso de violões e a melancolia, mas os gemidos de uma mulher em pleno ato sexual que fazem as vezes de letra para este trecho acabam afastando esta impressão. “Kill You Tonight” (parte dos quase oito minutos de “Xero Tolerance”) tem passagens quase punks, enquanto “Type ‘A’ Personality Disorder” (outro trecho da mesma canção) possui alguns samplers da obra de J.S. Bach. Partes dos mais de doze minutos de “Prelude to Agony” revelam a forte influência do Black Sabbath no som do Type O (o que seria uma constante em sua carreira), enquanto “Glass Walls of Limbo (Dance Mix)” são quase sete minutos de barulhos industriais repetitivos, acordes de teclado ao fundo “compondo um clima” e coros ao estilo dos cantos gregorianos (sendo uma faixa bastante desnecessária, diga-se de passagem). Estes cantos são executados pelo The Bensonhoist Lesbian Choir, creditado em todos os lançamentos do grupo dali em diante como “backing vocals”, sendo formado na verdade pelos próprios membros do Type O e por amigos de Peter Steele convidados para fazer os backings nos álbuns. Como se pode perceber pelas citações, todas as músicas são muito longas e repletas de variações no andamento (além de compostas de várias partes com títulos individuais), à exceção de “The Misinterpretation of Silence and its Disastrous Consequences”, que é apenas um minuto de silêncio. A capa é uma reprodução de uma penetração forçada, retirada de uma revista de sexo hardcore e retrabalhada em estúdio, tendo sido escolhida após sugestão de Peter Steele. Ela e o encarte iniciam o uso das cores verde e preto no trabalho da banda, cores que monopolizariam a parte gráfica do quarteto dali em diante, estando presentes em itens de merchandise, camisetas, instrumentos, equipamentos de palco, posters, fotos e, claro, nas capas de todos os discos. Se você só ouviu os álbuns mais conhecidos do grupo, prepare-se para se surpreender ao encontrar aqui uma banda bem diferente do que você esperava.
The Origin of the Feces [1992]
Há muita controvérsia sobre se este disco foi mesmo gravado ao vivo ou não, mas a informação mais corriqueira é de que ele teria sido gravado em estúdio, com os barulhos do público sendo adicionados posteriormente, inclusive as muitas agressões verbais entre a banda e a plateia, e até uma interrupção do show por causa de uma ameaça de bomba (em “Gravity”), sendo tudo isto parte do doentio senso de humor do grupo (bem expressado em suas letras ao longo da carreira, diga-se de passagem). Aqui aparecem pela primeira vez “Are You Afraid” e a citada “Gravity” (que, na verdade, é uma versão retrabalhada de “Gravitational Constant”, do disco de estreia), duas composições que o Type O apresentaria ao vivo até o fim da carreira. “Unsuccessfully Coping with the Natural Beauty of Infidelity”, também de Slow, Deep and Hard, aparece completa aqui, apesar de listada na capa apenas como “I Know You’re Fucking Someone Else”, assim como “Pain” combina “Jackhammerape” e “Pain (Is Irrelevant)” (dois techos de “Prelude to Agony”), e “Kill You Tonight” é composta de trechos de “Xero Tolerance”. O disco ainda conta com as covers para “Hey Joe”, famosa com Jimi Hendrix (com outra letra e renomeada para “Hey Pete“) e uma quase irreconhecível “Paranoid“, do Black Sabbath (gravada em 1994 e adaptada ao estilo do grupo na época), incluída apenas no relançamento do disco no mesmo ano em que ela foi registrada, o qual contou com uma capa diferente (representada aqui), visto a original contar com um close up do esfíncter de Peter Steele, algo bem adequado ao título do álbum, mas considerado extremamente agressivo pelos conservadores americanos (procure na internet e confira esta “obra de arte”). Por pegar as melhores partes do disco de estreia, e ainda acrescer dois covers bem conhecidos, prefiro este álbum ao anterior, mas considero os dois primeiros lançamentos bem mais fracos que o restante da discografia do grupo.
Bloody Kisses [1993]
O disco que lançou o nome do grupo para o mundo inteiro, e possivelmente seu álbum mais conhecido e divulgado (além de ser o primeiro em que adotaram a imagem “vampiresca” e gótica que usariam até o final da carreira), abre com a vinheta “Machine Screw”, com os sons de uma mulher fazendo sexo, sendo seguidos pela faixa “Christian Woman”, um dos primeiros sucessos do grupo. Dividido em três partes, este épico de nove minutos teve dois clipes oficiais, um editado, com uma garota loira interpretando a personagem principal (e com letras menos polêmicas, pois o tema trata de uma menina que se apaixona pela imagem de Jesus Cristo, e se masturba olhando para ela), e outro mais longo e com a letra presente no disco, desta vez com uma morena interpretando a “pecadora”. “Black No 1” vem na sequência, e é o maior sucesso do disco e da banda. Com mais de onze minutos, também teve um vídeo clipe, em uma versão bastante editada. As rápidas “Kill All The White People” e “We Hate Everyone” parecem sobras dos discos anteriores, soando deslocadas no contexto do álbum, tanto que foram retiradas da versão europeia (assim como as vinhetas “Fray Way Come Out And Play”, “Dark Side Of The Womb”, “3.O.I.F.” e a de abertura) e substituídas pela lentíssima “Suspended In Dusk”, o que tornou o set list mais homogêneo (vale dizer que esta versão também possui uma capa diferente). O sombrio cover para “Summer Breeze” (quase irreconhecível perto da versão original da dupla Seals And Croft) e a ensolarada “Set Me On Fire” são duas das melhores músicas da carreira da banda, sendo que chegaram a aparecer depois em bootlegs em uma versão conjunta (com letras diferentes) intitulada “Summer Girl”. Não curto muito o clima soturno dos mais de dez minutos da faixa título, nem a variada “Too Late: Frozen” (com muitas alternâncias de climas), mas elas se adequam bem ao contexto do disco. “Blood & Fire” aparece aqui em uma versão diferente da que integrou a trilha do filme “Mortal Kombat”, e “Can’t Lose You” fecha o disco com um clima indiano em seu triste arranjo (proporcionado pela cítara do convidado Paul Bento, que também apareceria em outros álbuns mais adiante). Estas duas últimas faixas e todas as vinhetas não estavam presentes na versão em vinil. Apesar de não ser tão “depressivo” quanto discos posteriores, Bloody Kisses é com certeza o melhor momento da banda, e, com méritos, seu maior sucesso.
October Rust [1996]
Pode-se dizer que neste disco a banda adotou de vez a sonoridade que lhe seria característica, com músicas com velocidade reduzida, o vocal de Steele ficando na zona do grave na maior parte do tempo (embora sempre seja limpo, nunca caindo para o gutural), o uso de bastante distorção na guitarra e os teclados preenchendo os espaços deixados pelos outros instrumentos, hora conduzindo as melodias, hora apenas fazendo uma “cama” para os outros instrumentos. A agressividade e a rudeza dos dois primeiros discos foram deixadas de lado, em favor de canções mais melancólicas, embora não necessariamente lentas, como mostra o começo de “Be My Druidess“, um dos destaques, ao lado da bela “Love You To Death” (que também ganhou um clipe, o qual lhe reduziu a duração pela metade), da “retona” “Burnt Flowers Fallen” e da cover para “Cinnamon Girl“, de Neil Young (que aparece aqui totalmente reconstruída). “My Girlfriend’s Girlfriend” chega quase a soar como uma canção pop, e foi o grande hit do álbum, com um clipe levemente erótico tratando de um relacionamento a três, e indicado principalmente aos tarados de plantão. As demais músicas tem um clima bastante lúgubre e um ritmo geralmente mais “arrastado”, mas admitindo algumas variações de andamento ao longo de seus arranjos, como mostram a lúgubre “Red Water (Christmas Mourning)”, “Die With Me” (com seu início acústico e letra tratando de alguém que acompanha ao lado da pessoa amada seus últimos momentos), e a longa “Haunted”. Ainda aparecem quatro vinhetas, que pouco acrescentam ao resultado final. October Rust marca a estreia do baterista Johnny Kelly no lugar de Sal Abruscato (apesar de algumas fontes citarem o uso de bateria eletrônica nas gravações desde disco, de Bloody Kisses e dos posteriores, exceto o último, algo do qual não tenho confirmação), sendo que o grupo não sofreria mais alterações de line up até encerrar atividades. É neste disco também que aparece pela primeira vez a frase “Product Of Vinnland” na contracapa, acompanhada da bandeira desenhada por Steele (que é igual à bandeira da Noruega, com as cores alteradas para o verde e o preto característicos do Type O), fato que se repetiria em todos os lançamentos posteriores, além do local ser mencionado no título de “The Glorious Liberation of the People’s Technocratic Republic of Vinnland by the Combined Forces of the United Territories of Europa”, uma das vinhetas citadas.
World Coming Down [1999]
Após mais uma das tradicionais vinhetas de abertura, o disco já começa com tudo, com “White Slavery” mostrando bem as características do som do Type O Negative: uma bateria muito lenta, teclados em evidência, guitarras absurdamente distorcidas e a voz grave de Peter Steele dominando as composições. O disco segue neste ritmo, sendo uma sequência perfeita para o álbum anterior. Embora nenhuma canção tenha alcançado grande sucesso comercial, para quem curte este tipo de som é inegável a qualidade de canções como “Everyone I Love Is Dead“, “Everything Dies” (outra que foi editada para o clipe oficial), “Pyretta Blaze” (que tem uma parte quase alegre no refrão) e “All Hallows Eve”, além da longa faixa título, com mais de onze minutos de muita tristeza e melancolia. “Who Will Save the Sane?” tem algumas passagens no andamento que poderiam ser associadas ao jazz, mas o timbre da guitarra afasta a música deste estilo. A temática das músicas trata sobre perdas, mortes e desesperança, as quais se adequam ao clima proporcionado pelas melodias, sendo este o único disco em que o tradicional humor negro do grupo não aparece nas letras. Como sempre contando com algumas vinhetas (que, pelos títulos e sonoridades, acabam se integrando à temática presente no álbum), World Coming Down se encerra com um interessante medley dos Beatles, composto por partes de “Day Tripper”, “If I Needed Someone” e “I Want You (She’s So Heavy)”, claro que adaptadas ao estilo do grupo. No geral, é um álbum mais equilibrado que seu antecessor, embora tenha marcado o início do declínio comercial do grupo.
Life Is Killing Me [2003]
O sexto lançamento do Type O tem um dos melhores títulos de disco da história, demonstrando todo o senso de humor negro presente em boa parte das letras do grupo. No lado musical, após a intro “Thir13teen” (cover de um tema da série “Os Monstros” que, surpreendentemente, é uma música – e muito boa! – e não os barulhos desconexos ou faixas em branco de outros álbuns), surge “I Don’t Wanna Be Me” (veja o clipe oficial desta faixa aqui – particularmente, o achei ridículo, com temática focada apenas no título e não na letra da canção), mostrando um inusitado lado punk antes ausente quase por completo da música do grupo (a não ser por trechos do álbum de estreia), que também aparece em “I Like Goils” (resposta de Steele aos que o acusavam de ser homossexual após posar para a Playgirl americana) e “Angry Inch” (cover para a canção do musical da Broadway Hedwig and the Angry Inch), enquanto “(We Were) Electrocute” tem um clima meio anos 1960, algo diferente na discografia da banda. Além das citadas, a faixa título é um dos destaques, ao lado de “Anesthesia”, que retoma o estilo dos dois álbuns anteriores, o qual aparece também em “Todd’s Ship Gods (Above All Things)”, “Nettie” e “…A Dish Best Served Coldly”. Uma característica marcante é que neste álbum as músicas estão mais curtas que antes, sendo a variada “How Could She?” a mais longa, com sete minutos e meio, além da ausência das vinhetas de outros tempos, as quais na maioria das vezes só ocupavam espaço mesmo. Vale citar que o título de “IYDKMIGTHTKY (Gimme That)” é uma sigla para a frase “If You Don’t Kill Me, I’m Going To Have To Kill You”, o que já dá uma ideia do conteúdo lírico das músicas do Type O. “The Dream Is Dead” encerra sem maiores surpresas este que é um disco mais variado que o anterior, e, por este motivo, mais atraente. Algumas edições vêm com um CD bônus, com faixas que só saíram em singles, além do cover para “Black Sabbath” presente no tributo Nativity In Black, uma versão diferente de “Haunted” (chamada “Haunted-Per Version”) e a inédita “Out of the Fire (Kane’s Theme)“.
Dead Again [2007]
O último álbum do Type O Negative é o único lançado pela gravadora SPV (e não pela Roadrunner, como todos os anteriores, e com quem a banda veio a se desentender), e também é um belo resumo da carreira do quarteto, retomando a tradição de faixas longas e com muitas variações, a começar pela faixa título, que abre os trabalhos com um ritmo bem arrastado, passando depois para um andamento mais rápido. Ao lado de “September Sun” (no estilo tradicional do grupo, que conta com um belo solo de teclado próximo ao final, e que ganhou um clipe promocional, com menos da metade de seus quase dez minutos, óbvio!), “Halloween in Heaven” é um dos destaques do track list, mostrando mais uma vez o lado punk do Type O, e contando com a participação da cantora Tara Vanflower (do grupo Lycia) nos vocais – além de uma das melhores letras da carreira do grupo, citando vários músicos que já faleceram e deixaram saudades por aqui (algo que poucos anos depois viria a acontecer também com Peter Steele). “Tripping a Blind Man” tem um início que lembra “Who Are You?” (do Black Sabbath), em um ritmo bem arrastado, mudando depois para algo que parece saído dos dois primeiros discos, assim como partes de “Some Stupid Tomorrow” e o começo de “The Profits of Doom”, que tem um dos refrões mais legais do disco, e chegou até a ganhar um video clipe (editando seus mais de dez minutos, claro!). Os quase quinze minutos de “These Three Things” a tornam uma das maiores composições da discografia do quarteto, e o detalhe curioso é que o solo de guitarra próximo ao final tem uma citação a “Hey Jude”, dos Beatles. Detalhe: apesar de parecer muito com o baixista Luís Mariutti (ex-Angra e Shaaman), a foto na capa é do místico russo Grigoriy Rasputin, e não do músico brasileiro. Este CD também ganhou uma edição especial, agregando um DVD com o show do grupo no Wacken Open Air 2007. Não é o seu melhor momento, mas com certeza foi uma despedida digna para a carreira do grupo!
Josh Silver, Kenny Hickey, Peter Steele e Johnny Kelly |
Dentre as coletâneas lançadas, destaca-se The Least Worst of Type O Negative, de 2000, a qual conta com faixas inéditas e versões que saíram apenas em singles (e que não são as mesmas presentes no CD bônus de Life Is Killing Me), sendo “Unsuccessfully Coping with the Natural Beauty of Infidelity” a única faixa presente em um disco anterior. Dentre as faixas inéditas, destaque para “It´s Never Enough” e “Stay Out Of My Dreams” (ambas sobras de World Coming Down), e para “Black Sabbath (From The Satanic Perspective)” (cover para o clássico da banda que lhe dá nome, mas com letra reescrita por Steele), que antes havia saído apenas na versão europeia do single de “My Girlfriend’s Girlfriend”. Além disso, há o DVD Symphony For The Devil (2006), que registra parte do show do grupo no Bizarre Festival em 1999, além de cenas do cotidiano do grupo, e que conta com um CD extra com um medley para três canções que ficaram conhecidas nas versões da banda do guitarrista Carlos Santana: “Evil Ways”, “Oye Como Va” e “Black Magic Woman” (curiosamente, nenhuma delas composta por Santana!). Este DVD e o que vem como bônus em algumas edições de Dead Again são os únicos registros “ao vivo” oficiais do grupo, visto que um álbum nestes moldes nunca foi lançado.
Em 14 de abril de 2010, Peter Steele veio a falecer devido a problemas cardíacos (com os quais ele convivia há bastante tempo), sendo que à época ele trabalhava nas composições para um futuro álbum do grupo. Não foi feito um anúncio oficial sobre o final da banda, mas é praticamente impossível que o Type O Negative continue sem a carismática e marcante figura de seu líder e principal compositor. Sendo assim, nos resta ouvir os discos que ele lançou em sua passagem pelo planeta, lamentar sua ausência e curtir com satisfação sua música! Enjoy it!
Nunca tinha parado para ouvir o som do Type O, e depois de ouvir o que foi disponibilizado nos links dessa postagem, também não me animei muito, mas dá para perceber que o grupo possui uma personalidade bem forte, principalmente a partir do clássico disco das mulheres se beijando.
Parabéns por nos mostrar essa banda, desconhecida da maioria das pessoas creio eu (onde obviamente me incluso por ser um gênero que realmente não gosto)
AGora, "Who Will Save the Sane?" não tem nada de jazzístico, e me lembra muit black sabbath fase sabotage do que qqer coisa ligada ao jazz
Ótimo texto, conheci Type O Negative no Bloody Kisses e meu disco preferido e o October Rust. Realmente foi uma grande perda para o cenário musical a morte do Peter. Apesar de banda pouco conhecida, eles possuíam a raríssima originalidade no som.
Obrigado pelo comentário, Zano! Realmente, foi uma pena o grupo se despedir assim do cenário musical!
Do Type O Negative, conheço apenas os álbuns "The Origin of the Feces" e o ótimo "Bloody Kisses", além de algumas músicas em separado, muito provavelmente as que geraram videoclipes, mas mesmo assim acredito ter conhecimento suficiente para afirmão quão peculiar é o grupo, dotado de características que o diferenciam de tudo o que existia em se tratando de heavy metal na época, além de ter uma identidade visual e lírica muito especial. O que posso sentir a partir do que conheço é que felizmente a banda não caiu no genérico balaio gothic metal que veio com força no final dos anos 90, recheado de bandas chatas e insossas para uma audiência juvenil, nem enveredou para o doom/stoner que se limita a imitar o que diversos grupos costumavam fazer durante a década de 70.
Type tem me acompanhado desde sempre em minha vida. A morte praticamente prematura do Peter foi foda.
E se fosse pra designar alguma nomenclatura ao som deles, não teria nada a ver com gótico, seria sem dúvidas a de sarcástic sucks metal. Autêntico e único.