Cinco Discos Para Conhecer: As Parcerias de Gilberto Gil

Cinco Discos Para Conhecer: As Parcerias de Gilberto Gil

Por Mairon Machado

Gilberto Passos Gil Moreira, ou simplesmente Gilberto Gil, completa hoje 82 anos. Ministro da Cultura de Lula no período de 2003 a 2008, tendo inclusive sido responsável pela organização do gigante festival Viva Brasil Em Paris (2005), ao lado de Gal Costa, Daniela Mercury, Jorge Mautner entre outros, Gil é inegavelmente um dos maiores nomes da música nacional brasileira, e gostando ou não de suas canções, certamente você já ouviu ou reconhece clássicos de sua carreira logo na primeira audição.

Um dos maiores arroz de festa da história, Gil tem em seu extenso currículo incontáveis projetos, participações especiais e shows ao lado de artistas do mundo inteiro. Essa lista de Cinco Discos Para Conhecer traz parcerias em duplas com cinco artistas renomados de nosso país, deixando espaço para os comentários trazerem outras sugestões de discos em duplas feitos por Gil, os quais eu admito que ficaram vários possíveis de fora.


Gilberto Gil E Jorge Ben – Gil e Jorge Ogum, Xangô [1975]

Um dos discos mais experimentais da carreira tanto de Gil quanto de Jorge Ben. Aqui, o produtor André Midani largou os dois em um estúdio, acompanhados do baixista Wagner Dias e do percussionista Djalma Corrêa, para registrar e capturar a energia insana que a dupla já havia apresentado ao vivo no Phono 73 dois anos antes, e criar uma obra única. O clima é de improviso total, onde Gil (principalmente) e Jorge parecem se deliciar com as improvisações vocais e instrumentais. O álbum já abre com a inédita oração criada por Jorge Ben “Meu Glorioso São Cristóvão”, com a dupla dividindo os vocais, mas certamente com Gil se destacando com suas vocalizações e falsetes, em uma das faixas mais curtas do álbum, “apenas” 8 minutos. Gil traz de seu baú as pérolas “Nega”, cantada em inglês e com fortes influências de Bob Marley no estilo vocal, com mais de 10 minutos de duração, apenas com dois acordes ao longo de todo o improviso, a então inédita, e alucinante, “Jurubeba”, com seus 12 complexos minutos de vocalizações e muita percussão, sendo algo muito interessante de se ouvir algo que praticamente foi criado ali, e a dupla “Essa É Pra Tocar No Rádio” e os insanos 13 minutos de “Filhos de Gandhi” (também inédita à época), com Gil sendo a principal atração na última, seja nos vocais seja no violão. Já dos arquivos de Jorge Ben brotam o gingado de “Quem Mandou (Pé Na Estrada)”, sucesso com Wilson Simonal em 1973, o estonteante ritmo de “Morre O Burro, Fica O Homem”, e principalmente os explosivos 15 minutos de”Taj Mahal”, nos quais as experimentações vocais e o violão imparável da dupla, agora com apenas três acordes sendo mudados entre si, agitam as paredes da casa, sendo ambas as faixas de Ben (1972). Gil e Jorge interagem o tempo todo, vocal e instrumentalmente, tornando cada canção muito especial. É impressionante que a Phillips tenha tido culhões de lançar este disco duplo totalmente anti-comercial em 1975, mas não é impressionante o culto que o mesmo tem até hoje. Afinal, trata-se de uma das grandes obras da carreira de Gil, e por que não, da música nacional

Gilberto Gil (vocais, violões), Jorge Ben (vocais, violões), Djalma Corrêa (percussão), Wagner Dias (baixo)

1. Meu Glorioso São Cristovão

2. Nega

3. Jurubeba

4. Quem Mandou (Pé Na Estrada)

5. Taj Mahal

6. Morre O Burro, Fica O Homem

7. Essa É Pra Tocar No Rádio

8. Filhos De Gandhi

9. Sarro

Rita e Gil na turnê Refestança

Gilberto Gil e Rita Lee – Refestança [1977]

Gil e sua Refavela uniram forças com Rita Lee e a Tutti Frutti em uma turnê nacional durante outubro e novembro de 1977, registrada neste álbum que marca a primeira participação de Roberto “Zezé” de Carvalho em um disco da futura esposa Rita. O contexto da turnê surgiu um ano antes, quando a imagem da dupla ficou manchada por prisões porte de drogas (a de Gil inclusive sendo tratada com detalhes no documentário Os Doces Bárbaros). Os antigos parceiros de Tropicalismo criaram o projeto para poder reerguer suas carreiras. Cada um tinha seu espaço no show, e também apresentavam-se juntos. A Refavela traz toda a sua pimenta percussiva na inédita “Refestança”, composição criada por Gil e Rita, abrilhanta a linda introdução de “Odara”, que havia acabado de ser lançada por Caetano no exclente Bicho (1977), e manda ver no peso em “É Proibido Fumar”, de Erasmo e Roberto Carlos (até para ironizar o que aconteceu no anterior). O lado B do vinil é particularmente um show a parte de Gil, seja no gingado estilo Refazenda de “Eu Só Quero Um Xodó”, interpretando a inevitável “Ovelha Negra” da “comadre”, com grande tempero progressivo, ou comandando os vocais de Rita na clássica “De Leve”, versão abrasileirada de “Get Back”, dos Beatles. Enquanto isso, a Tutti Frutti se apresenta junto de Gil e Rita dando bons ares roqueiros para “Back in Bahia”, “Giló”, ótima homenagem criada pela paulista para o baiano, e “Arrombou a Festa”, com uma divertida brincadeira de Gil e Rita na introdução, fazendo perguntas a plateia como se fossem repórteres. Destaque total para a arrebatante melhor canção do álbum, o resgate de “Domingo No Parque”, com Rita relembrando o Festival da Canção da TV Record de 1967, ao lado dos Mutantes, fazendo os backing vocals deste clássico que revelou o grupo para o Brasil, e aqui com um final apoteótico. Um ótimo disco inclusive em termos de qualidade na produção.

Gilberto Gil (guitarra, violão, vocais), Rita Lee (Vocais).

Refavela (Banda de Gilberto Gil)

Péricles Santana (guitarras), Moacir Albuquerque (baixo), Milciades Teixeira (Teclados), Carlos Alberto Chalegre (bateria), Lucia Turnbull (vocais de apoio), Willi (vocais de apoio), Djalma Corrêa (percussão)

Tutti Frutti (Banda de Rita Lee)

Luis Carlini (guitarras), Roberto de Carvalho (Guitarra, teclados, vocais), Lee Marcucci (baixo), Sergio Della Monica (bateria), Naila Scorpio (percussão)

1. Refestança

2. É Proibido Fumar

3. Odara

4. Domingo No Parque

5. Back In Bahia

6. Giló

7. Ovelha Negra

8. Eu Só Quero Um Xodó

9. De Leve (Get Back)

10. Arrombou A Festa

11. Refestança


Gilberto Gil e Milton Nascimento – Gil e Milton [2000]

Vários foram as parcerias de Gil nos anos 80 e 90, mas o salto para 2000 se deve justamente por este encontro gigantesco com Milton Nascimento. Gil foi o responsável por apresentar Milton a Elis Regina, dando origem a uma série de grandes lançamentos da gaúcha que revelaram o mineiro ao Brasil. Aqui, a dupla funciona super bem, mesclando seus estilos em uma peça única e exclusiva, e criando cinco novas faixas. Para mim, a melhor delas é a crítica ácida de “Sebastian”, carro-chefe de Gil e Milton. Temos também “Trovoada”, com seu ritmo nordestino no qual Gil canta a primeira parte da canção, deixando a segunda metade para Milton, acompanhado por uma interessante harmonia vocal, o rock cheio de críticas “Lar Hospitalar”, em mais uma grande letra de Gil, e “Dinamarca”, com Milton ao piano e um espetacular arranjo por Wagner Tiso. Ok, esqueça a outra composição exclusiva de Gil e Milton para este disco, a caipira “Duas Sanfonas”, com participação de Sandy & Júnior, é muito fraca, concordo fortemente, assim como o baião “Baião Da Garoa” e o reggae destrutivo de “Something”, que honestamente Gil, pra que você fez isso? Porém, é lindo ver Gil resgatando “Ponta De Areia (Theme)”, pena que somente em vinheta, duelando com Milton na pérola “Canção Do Sal” (de Milton), ou emocionar junto do parceiro ao resgatar “Maria”, de Luiz Peixoto e Ary Barroso, e principalmente “Dora”, de Dorival Caymmin, com um esplêndido arranjo de cordas, e Bituca na sanfona. Já Milton traz toda a sua capacidade de interpretação para “Bom Dia” (de Gil e Nana Caymmi), acompanhado do Coro das Meninas do Colégio São José, fazendo um belo dueto vocal com Gil, e manda ver na reinterpretação de “Yo Vengo a Ofrecer Mi Corazón”, de Fito Paez. “Xica Da Silva” (Jorge Ben) tem uma aura Santaniana para ninguém botar defeito, O disco rendeu uma boa repercussão de público e crítica quando da época do seu lançamento, além de uma extensa excursão que contou com apresentações, entre outras, no Rock in Rio III e no Festival de Montreux de 2001, e apesar de um pouco longo, vale a pena ser conhecido principalmente para quem curte a obra indiviudal de cada um dos artistas

Gilberto Gil (violão, guitarra, vocais), Milton Nascimento (vocais, violões, sanfona piano)

Sergio Chiavazzoli (guitarras), Wagner Tiso (teclados, piano), Arthur Maia (baixo), Alberto Contentino (baixo), Lincoln Cheib (bateria), Jorge Gomes (bateria), Naná Vasconcellos (berimbau)

Diversos outros músicos de estúdio

1. Sebastian

2. Duas Sanfonas

3. Ponta De Areia “Theme”

4. Bom Dia

5. Trovoada

6. Something

7. Maria

8. Lar Hospitalar

9. Yo Vengo A Ofrecer Mi Corazón

10. Dora

11. Xica Da Silva

12. Canção Do Sal

13. Dinamarca

14. Palco “Theme”

15. Baião Da Garoa

Gil e Gal em Londres, 1971

Gilberto Gil e Gal Costa – Live In London Nov 25th 1971 [2014]

Gil e a musa da Tropicália possuem no mínimo 5 participações juntos (a saber: Tropicália Ou Panis Et Circensis – 68; Temporada de Verão – 74; Doces Bárbaros – 76; Trinca de Ases – 2018 e este aqui apresentado), além de Gil ter feito contribuições em álbuns da “Gaúcha” (como Gil apelidou Gal) como Gal Costa (1969), Gal (1969) e Cantar (1974). Este álbum é especialíssimo. O show no Student Centre da City University de Londres foi para alguns amigos e curiosos, e chegou ao mundo somente 40 anos depois. É um petardo para colocar o ouvinte na lona, em um clima que o próprio Gil define como “informal”. Tudo começa calminho com “Coração Vagabundo”, clássico da obra de Caetano gravada na estreia de Gal (junto de um ainda Caetano Velloso) Domingo (1967). Depois, o show desbanca para muitas improvisações e insanidades vocais / instrumentais, como já mostra a paulada “Sai do Sereno”. Gil está super-feliz, conversando em inglês com a plateia, dando risadas em diversas vezes, vide a introdução de “Aquele Abraço” (dedicada a Dorival caymmi, João Gilberto e Caetano Veloso), e um espetáculo à parte com o seu violão, seja em “Oriente”, “One O’Clock Last Morning, 10th April, 1970” ou “Como Dois E Dois”, instrumento que Gal também se sai modestamente bem. Acompanhados de Tutty Moreno (percussão) e Bruce Henry (baixo), os baianos mandam ver em um show dividido em duas partes. A primeira tem Gal como atração central, levando a pequena plateia versões explosivas e recheadas de improvisos para “Chuva, Suor E Cerveja”, “Vapor Barato” e o festivo Medley com “Maria Bethânia / Bota A Mão Nas Cadeiras”. Ela está cantando como nunca aqui, deliciosamente sensual em “Falsa Baiana”, “Dê Um Rolê” como só ela sabia ser (o que é ela se derrentendo por diversas vezes na frase “eu sou amor da cabeça aos pés”?) e o ápice do show de Gal, “Acauã”, onde ela explora sua voz de forma como você nunca irá encontrar em algum outro momento de sua carreira. A de se lamentar que por vezes, os vagidos vocais de Gil acabam diminuindo o clima que Gal traz sozinha. A segunda parte tem Gil enlouquecido, e é aqui que o bicho realmente pega. Giló está endiabrado em faixas longas e repletas de improvisos, tocando seu violão com uma agilidade ímpar, e claro, com muitas vocalizações maluquíssimas. Destacam-se os 8 minutos de “Expresso 2222” e “Procissão”, os mais de 10 minutos de “Brand New Dream” e “Viramundo”, essa com um longo solo de vocalizações e muita percussão, e os quase 12 minutos de muita insanidade em “Aquele Abraço”, dando indícios do que viria a aparecer posteriormente no já citado Ogum, Xangô . Há espaço para as recriação abaianada de “Up From The Skies” (Jimi Hendrix) e a desconstrução de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (The Beatles). Vocais por vezes estourados, microfonia pegando, erros, um show legititamente ao vivo, e um registro único na carreira de ambos.

Gilberto Gil (vocais, violões), Gilberto Gil (vocais, violões), Bruce Henry (baixo), Tutty Moreno (bateria)

1. Coração Vagabundo

2. Sai Do Sereno

3. Vapor Barato

4. Como Dois E Dois

5. Dê Um Rolê

6. Medley: Maria Bethânia / Bota A Mão Nas Cadeiras

7. Chuva, Suor E Cerveja

8. Falsa Baiana

9. Acauã

10. Procissão

11. Brand New Dream

12. Expresso 2222

13. Aquele Abraço

14. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band

15. One O’clock Last Morning, 20th April, 1970

16. Oriente

17. Up From The Skies


Gilberto Gil e Caetano Veloso – Dois Amigos, Um Século de Música / Multishow Ao Vivo [2015]

Caetano é sem dúvidas o maior parceiro musical de Gil. Ao lado do conterrâneo, são nada mais nada menos do que 8 lançamentos juntos e/ou com outros artistas (a saber, além deste aqui apresentado: Tropicália ou Panis Et Circensis – 68; Barra 69 – 72; Temporada de Verão – 74; Doces Bárbaros – 76; Brasil – 81; Tropicália 2 – 93; Especial – 2012), fora diversas apresentações e participações exclusivas em álbuns deles e/ou de outros artistas. Escolhi justamente o último lançamento da dupla principalmente por ser uma apresentação fenomenal desses gênios, apenas com violões, resgatando obras primas de seus catálogos de criações, totalizando 28 (!) canções. Com mais de 50 anos de parceria, o clima é de desontração, como que se divertindo em plena sala. Assim, percebemos como essa parceria é afiada, seja nos acordes precisos dos violões (como Gil toca bem, barbaridade) ou nas harmonias vocais de “Andar com Fé”, “Back in Bahia”, “Eu Vim da Bahia”, “É Luxo Só”, “Nine Out of Ten” e “Nossa Gente (Avisa Lá)”. É muito interessante Gil dando voz para clássicos de Caetano como “Coração Vagabundo”, fazendo passagens sutis de violão em “Terra”, ou batucando o violão durante “Sampa”. Ao mesmo tempo, é um deslumbre ver eles resgatarem pérolas do repertório de Gil do porte de “Esotérico”, “Filhos de Gandhi”, “Marginália II”, “Super Homem (A Canção)” e principalmente “Domingo no Parque”. Como não curtir Gil brincando com a plateia em “Toda Menina Baiana”, soturnamente batucar o violão cantando a tensa ‘Não Tenho Medo da Morte” ou destruindo as mãos no violão da veloz “Expresso 2222”, além de emocionar cantando sozinho “Drão”, de forma arrepiante. A dupla ainda traz sua primeira composição juntos, “É de Manhã”, resgatam d’Os Doces Bárbaros “São João, Xangó Menino”, fazem uma versão muito fiel ao original para a bela “Desde Que O Samba É Sama” (de Tropicália II), e criam o samba “As Camélias do Quilombo do Leblon” especialmente para este show, e fazem uma versão muito bela para “Come Prima”. Falando em línguas estrangeiras, o que Gil faz em “Tres Palabras” é inexplicável! O mais interessante é que não há longos trechos onde os músicos aprensentam-se individualmente. Ambos dividem o espaço democraticamente, tornando o show uma peça realmente dos dois. Escolhi justamente o último lançamento da dupla principalmente por ser uma apresentação fenomenal desses gênios, apenas com violões, resgatando obras primas de seus vastos catálogos de criações, totalizando 28 (!) canções.

Gilberto Gil (vocais, violões), Caetano Veloso (vocais, violões)

1. Back In Bahia

2. Coração Vagabundo

3. Tropicália

4. Marginália II

5. É Luxo Só

6. De Manhã

7. As Camélias Do Quilombo Do Leblon

8. Sampa

9. Terra

10. Nine Out Of Ten

11. Odeio

12. Tonada De Luna Llena

13. Eu Vim Da Bahia

14. Super Homem (A Canção)

15. Come Prima

16. Esotérico

17. Tres Palabras

18. Drão

19. Não Tenho Medo Da Morte

20. Expresso 2222

21. Toda Menina Baiana

22. São João, Xangó Menino

23. Nossa Gente (Avisa Lá)

24. Andar Com Fé

25. Filhos De Gandhi

26. Desde Que O Samba É Samba

27. Domingo No Parque

28. A Luz De Tieta

2 comentários sobre “Cinco Discos Para Conhecer: As Parcerias de Gilberto Gil

  1. Só uma ameba não reconheceria a importância de Caetano Veloso e Gilberto Gil na MPB, mas me parece que há um exagero na exaltação dos dois.

    Será que 90% da MPB vem deles, como parte de imprensa quer nos fazer crer e os dois acreditam? Até hoje me lembro de uma entrevista do Gil em que ele dizia que o ROOTS era filho do tropicalismo!!!! Pelo amor de deus!!!!!!!!!!

    O termo “máfia do dendê” surgiu por acaso? Por que a impressão que dá é de haver um conluio entre a mídia e o “grupo dos baianos”? Por que todo artista novo que aparece tem a “obrigação” de beijar a mão desse pessoal?

    Há artistas que a obra parece não se sustentar por si mesma e o ouvinte é sempre “instruído” a pesquisar sobre os feitos extramusicais dos artistas em questão e Caetano e Gil são dessa categoria, assim como outro endeusado, Chico Buarque.

    Para mim Jorge Ben (esse papo de Ben Jor comigo não cola), o maior artista da MPB, e Milton Nascimento estão muito acima deles e são pessoas que a obra fala por si, sem necessidade de verborragia, mas, curiosamente, para essa mesma imprensa sempre diminuem de tamanho quando comparados à esse trio…

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