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Stillwater, a banda fictícia do filme “Quase Famosos”, junto com suas “Band-Aids” |
Por Rafael “CP”
Revisão e edição por Micael Machado
“Nós não somos groupies. Nós não estamos aqui para dormir com os músicos. Nós estamos aqui por causa da música. Nós somos a inspiração para a música. Nós somos ‘Band-Aids'”. É assim que Penny Lane, personagem de Kate Hudson no essencial filme “Quase Famosos” reage, de forma indignada, quando William Miller a acusa de ser uma groupie. Se as meninas do grupo de Penny não eram groupies, então quais seriam realmente merecedoras de tal identificação?
Conhecidas no Brasil como “Maria Xampu”, eram garotas que, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, usavam de sua beleza (e alguma influência) para conseguir exclusividade em hotéis de famosos, camarins, festas regadas a muita orgia, drogas e geralmente alguma violência também. Mais do que isso, frequentavam a cama e a intimidade de seus ídolos, mesmo que por poucos minutos, podendo depois contar para as amigas que já haviam dormido com os famosos músicos, e gerando lendas que hoje chegam a ser difíceis de acreditar.
A ideia deste texto é apresentar a você que acessa o Consultoria do Rock algumas das mais famosas groupies da história. Vamos viajar no túnel do tempo do rock:
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PAMELA DES BARRES
Nascida Pamela Ann Miller, Pam é uma das mais famosas groupies do mundo do rock, tanto que o personagem de Penny Lane citado anteriormente foi, supostamente, inspirado nela. Dentre suas “conquistas” constam nomes como Jimmy Page, Mick Jagger, Keith Moon, Jim Morrison, Chris Hillman (The Byrds, The Flying Burrito Brothers), Brandon DeWilde, Tony Sales, Noel Redding, Waylon Jennings, Nick St. Nicholas (Steppenwolf), Don Johnson, Dennis Hopper, Jimmy Thrill e Terence Trent D’Arby, entre outros. Todos eles têm sua história com Pamela retrada em seu livro autobiográfico “I’m With the Band”, com todos os detalhes picantes que se espera. Pamela também ganhou notoriedade por ter sido a líder das GTO’s (Girls Together Outrageously), grupo formado por Frank Zappa que consistia dela mais seis garotas – a saber, Miss Sparky (Linda Sue Parker), Miss Lucy (Lucy Offerall, depois Lucy McLaren), Miss Christine (Christine Frka), Miss Sandra (Sandra Lynn Rowe, depois Sandra Leano), Miss Mercy (Mercy Fontentot, também conhecida como Judith Edra Peters) e Miss Cynderella (Cynthia Wells, depois Cynthia Cale-Binion) – todas groupies. O grupo teve vida curta, gravando apenas um álbum (Permanent Damage, de 1969), mas marcando o seu nome na história pela inusitada “profissão” de suas integrantes.
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CYNTHIA PLASTER CASTER
Tudo começou com um trabalho de faculdade no qual um inocente professor de arte disse que, para se fazer uma escultura de gesso, era necessário algo que fosse rígido e pudesse manter a forma. Cynthia levou a orientação um pouco a sério demais, e começou a frequentar ambientes povoados de músicos ligados ao rock. Como, à época, nomes como Jimi Hendrix, Jimmy Page, Gene Simmons e Mick Jagger, entre outros, não dispensavam um rabo de saia, o que veio depois foi uma extensa coleção de réplicas de pênis em gesso destes famosos músicos. Reza a lenda que o primeiro pênis fabricado foi o de Hendrix, e que, como ela não tinha prática, o processo de fabricação do molde ocasionou uma enorme alergia no “amiguinho” do guitarrista. Cynthia hoje faz exposições de seus pênis de gesso no mundo todo, e sonha, aos 60 e poucos anos, ter uma réplica do membro do presidente Obama. Além disso, pode se orgulhar de ter sido homenageada pela banda Kiss, que fez a música “Plaster Caster” para ela. Está bom ou quer mais?
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BEBE BUELL
Modelo, atriz, cantora… Essa tinha todos os atibutos para atrair famosos, e foi com um deles que ela garantiu pra sempre o seu nome na lista das groupies mais famosas (e uma bela aposentadoria também), pois Bebe é mãe de Liv Tyler, a gatíssima atriz e filha de Steven Tyler, do Aerosmith. Bebe era uma das modelos mais lindas de sua época, e, além de Tyler, “conheceu” também Jimi Hendrix e Mick Jagger (sempre eles, hehehe), além do guitarrista Todd Rundgren, o qual Liv por muitos anos acreditou ser o seu pai biológico. Além desses, existem rumores de que o sempre faminto por sexo Jimmy Page também conste da lista dela. Como toda groupie famosa, Buell atualmente escreve um livro sobre as suas aventuras com famosos, que promete trazer mais histórias picantes dos bastidores do rock.
SAVANNAH
Atriz pornô, esta é membro da geração mais recente de groupies. Esta linda loira ninfomaníaca (aliás, hardninfomaníaca), nascida Shannon Michelle Wilsey, suicidou-se aos 23 anos, devido a uma grande depressão causada por um acidente automobilístico que lhe deixou graves sequelas. Mas foram 23 anos dedicados ao sexo, em boa parte com músicos do cenário hard rock dos anos 1980. Em sua extensa lista de famosos, temos os gunners Axl Rose e Slash, o canastrão Billy Idol, Vince Neil e Mick Jagger. Uma peculiaridade da garota é que ela costumava dar notas aos seus amantes, baseadas em sua vasta experiência; e reza a lenda que foi promovida uma briga entre Slash e Axl (que Axl deve ter perdido), porque a loira deu ao vocalista uma sofrida nota 1, enquanto deu uma nota 7 ao guitarrista, de acordo com uma entrevista de Savannah à revista Porn Star Annual. Ainda segundo ela, na mesma entrevista, seu campeão do sexo foi Billy Idol, que levou um 9 com louvor.
MARIANNE FAITHFULL
Criada em uma família católica tradicional, em colégios religiosos, Marianne relutou muito em cair na farra, mas depois que o fez, seu currículo acabou se tornando um dos mais bizarros do mundo do rock, pois além de revezar constantemente entre a dupla de Stones Mick Jagger e Keith Richards, ela foi encontrada certa vez pela polícia em uma orgia com mais de 20 pessoas na casa de Keith, enrolada em um tapete e com uma barra de chocolate enfiada em uma parte de sua anatomia beeem distante de sua boca (outras fontes citam que apenas ela e Jagger estavam no local, com o vocalista degustando calmamente o chocolate estrategicamente posicionado quando a polícia invadiu a sala onde estavam). Keith “pegava” Faithfull, depois a passou para Jagger, e a partir disso a coisa foi fluindo, tendo futuramente em suas conquistas o curtidor Brian Johnson, a quem ela se refere como um “deus asmático do sexo”. Canções como “Sympathy for the Devil” e “Wild Horses” tem um dedo de Marianne, sendo que a primeira teve sua inspiração em um livro que Jagger ganhou de presente da namorada, e a segunda faz referência a uma citação da mesma, após acordar de um coma: “wild horses couldn’t drive me away”. Marianne também atuou como atriz e cantora, e seu mais novo disco, Horses and High Heels, está programado para chegar às lojas no próximo dia 7 de março, tendo uma das capas mais bonitas dos últimos tempos.
Gostaria de ressaltar que estas são apenas algumas das groupies mais famosas do mundo do rock. Muitas mais fizeram seu nome atuando nesta área, inclusive no Brasil, onde algumas figurinhas carimbadas são bem conhecidas no nosso meio musical. Vale lembrar que também existem homens que agem como groupies, correndo atrás de garotas que são estrelas no mundo do rock, sendo que as de bandas como L7 e Lunachicks sempre se orgulharam de atrair muitos groupies masculinos a seus bastidores.
Com o tempo, e as constantes ameaças como o crescimento da Aids, o número de garotas dedicadas à “profissão” diminuiu consideravelmente, mas sempre existirão aquelas dispostas a ter uma “integração” maior com seus ídolos, para alegria de todos nós que gostamos destas verdadeiras “fontes de inspiração”.
Marianne Faithfull, assim como Anita Pallenberg, não era uma groupie.
Podem me chamar de machista ou qualquer outra coisa, mas considero repulsiva a ideia de que alguém manifeste interesse sexual acima da média por alguém pelo fato desta pessoa ser famosa. E digo isso em se tratando de homens e mulheres.
Inicio meu comentario agradecendo à perfeita edição do amigo Micael , ficou perfeito.
Quanto a essas garotas , como em todo meio , elas fazem parte do folclore do mundo da musica e das artes em geral , e rendem historias muito interessantes , temos ainda pra preencher essa lista , garotas como Courtney Love que se fez sobre a imagem de Kurt Cobain e Billy Corgan , ou a Brazuca Luciana Gimenez , enfim , rockers adoram lindas garotas.
Esse assunto é muito engraçado! Eu tenho uma cópia de um filme, acho que é o título é "Groupies" msm, de 70 se não me engano, que é uma espécie de documentário sobre as groupies, mas não aquela coisa careta e prevísivel desse formato. É simplesmente uma câmera pegando o cotidiano dessas moças e elas acompanhando as bandas, a ser, só sonzeira – Ten Years After, Joe Cocker, Terry Reid e Spooky Tooth, e que tb tem imagens deles tocando. Eu nunca vi inteiro pq não tem legenda e as falas são meio díficeis de entender, várias pessoas falando ao mesmo tempo (as vezes tem 5 ou 6 na mesma cama) hahuahuahuauhhuaa.
Excelente pauta!
Abraço!
Ronaldo
POis é Ronaldo , eu sempre quis abordar esse assunto em um blog , pois ele rende incriveis historias , hj mesmo estava aqui assistindo ao acustico do KISS e agradecendo a Cynthia Plaster Caster pela " inspiração" dada a eles uahauhaua
A Kate Hudson, a Penny Lane do Filme Quase famosos, está grávida e casada com o vocalista da banda Muse, sendo que já tem um filho de 7 ou 8 anos com o vocalista da banda Black Crowes. Eu diria que ela também pode ser considerada uma "groupie", não profissional!!! Mas pelo menos parece que ela curte um som e eu acho ela uma gata!!! Se eu fosse vocalista de uma banda e a visse na platéia eu aceitaria uma visita dela no camarim!!! hahahaha…
Ah, Penny Lane…já passeou muito nas minhas fantasias…ehehehehehehe
São poucos os filmes que eu não me canso de ver e rever… um deles é o Quase Famosos… e muito por causa da Penny "Gatíssima" Lane…
Vocês conhecem a versão do diretor que vem como bônus no DVD e tem quase uma hora a mais? Deixa o filme ainda melhor, e olha que o original é um dos melhores que eu já vi…
Se não conhecem posso escrever algo tentando demonstrar para o pessoal o que tem a mais e porque esta versão é melhor que a outra…
Cara , realmente é uma viagem só .
Fico pensando , como esses caras mandam ver , por isso o Genne vive se exibindo pela sua vida sexual beeem ativa.
Concordo com o Cadão, a Marianne não foi uma groupie. Ela era namorada do Richards, e depois do Jagger. Além disso, que eu saiba foi o Brian Jones o asmático que ela definiu, não o vocalista do AC/DC.
No mais, texto bem legal para se conhecer mais além da música!
Parabéns