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Vinnie Vincent Invasion: Bobby Rock, Mark Slaughter, Vinnie Vincent e Dana Strum |
Por Rafael “CP”
Amigos, hoje vamos falar um pouco mais sobre as nossas bandas favoritas do hard rock, que por algum motivo não atingiram o estrelato.
VINNIE VINCENT INVASION
Ao mencionar o nome Vinnie Vincent, acredito que dez em cada dez pessoas se lembrem de sua passagem pelo Kiss e das magníficas guitarras presentes no álbum Lick it Up (1983). Mas a contribuição de Vinnie para o rock vai além de sua participação na banda de Gene Simmons e Paul Stanley. O guitarrista e compositor possui um belíssimo trabalho que nem mesmo alguns fãs de sua passagem no Kiss conhecem com propriedade: a banda Vinnie Vincent Invasion.
Como a maioria sabe, os guitarristas contratados pelo Kiss após a saída oficial de Ace Frehley em 1982 nunca tiveram muita moral e voz ativa dentro do grupo, configurando-se praticamente como músicos de apoio. Como Vinnie, além de excelente músico era também muito ambicioso, resolveu que era a hora de ele mesmo ser a estrela. Aproveitando-se dos contatos e da fama adquirida nos tempos de Kiss, pediu as contas e convidou seu amigo vocalista Robert Fleischmann pra compor e gravar algumas demos.
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Vinnie Vincent Invasion |
Mas essa parceria durou pouco. Como todos sabem, nos anos 80, além da música, o visual também era elemento importante, e Robert negou-se a sair em turnê parecendo uma boneca cheia de maquiagem, praticamente como um clone dos integrantes do Twisted Sister. Vinnie, mesmo indignado, não abriu mão do apelo visual a princípio tão desnecessário porém valorizado pelos fãs. Dessa maneira, Robert Fleischmann foi substituído por Mark Slaughter, um desconhecido na época, mas que futuramente viria a fazer muito sucesso com sua própria banda, o Slaughter, sendo mundialmente reconhecido.
Munido de um contrato milionário com a gravadora Chrysalis, o grupo se estabilizou para a turnê do álbum homônimo gravado originalmente com os vocais de Robert, constituído por Dana Strum (baixo) e Bobby Rock (bateria), além de Vinnie e Mark. No palco, o quarteto abusava da androginia e do virtuosismo, mas independentemente disso, o grupo possuía qualidade, munido de uma sonoridade agressiva e ao mesmo tempo melódica, agradando o mercado oitentista. Um videoclipe foi filmado para a canção
“Boyz Are Gonna Rock”, já com a presença de Mark Slaughter, que dublou os vocais originalmente cantados por Fleischmann.
Porém, desde o início, Mark e Vinnie tiveram seus atritos. Após uma grande turnê de sucesso, o filme do Kiss se repetiu, e as atenções começaram a se voltar para Mark Slaughter, o que deixou Vincent irritado, pois sua intenção ao deixar o Kiss era ser a estrela sobre o palco. Em 1988 saiu o álbum All Systems Go, deixando ainda mais em evidência a presença de Mark como a estrela principal, constituindo a última gota d’água para Vincent, que o demitiu. Devido à grande amizade formada entre Mark e Dana Strum, o baixista também se mandou e formaram juntos a banda Slaughter. Quanto ao Vinnie Vincent Invasion, após tentativas com outras formações, a banda chegou ao fim. O baterista Bobby Rock fez algum sucesso junto aos irmãos Nelson, e Vinnie passou a contribuir como compositor junto a outros artistas, inclusive com o Kiss, no álbum Revenge (1992). Ele ainda lançaria um EP como artista solo em 1996, mas desde então abandonou o show business; porém, fez questão de processar o grupo que o lançou ao estrelato, acusando o Kiss, entre outras alegações, de lhe dever royalties referentes a suas composições e performances em álbuns.
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Vandenberg: Dick Kemper, Bert Heerink, Adrian Vandenberg e Jos Zoomer |
VANDENBERG
Aqui temos mais um caso de uma talentosa banda oitentista que caiu no ostracismo. O virtuoso guitarrista holandês Adrian Vandenberg (originalmente Adje van den Berg), começou sua carreira em 1976 com o grupo Teaser, que não obteve muito êxito, mas já mostarava um Adrian inspirado, recebendo boas críticas a respeito de sua técnica. Depois de muito penar e sem conseguir viver de sua música, o guitarrista fez um teste para substituir Snowy Shaw no Thin Lizzy, porém, o escolhido viria a ser John Sykes, outro músico de enorme talento.
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Vandenberg |
Em uma tentativa de reativar o Teaser, Adrian acabou por mudar o nome da banda, empregando seu sobrenome. Com a formação estabilizada com Bert Heerink (vocal), Dick Kemper (baixo) e Joe Zoomer (bateria), gravaram uma demo e saíram em busca de uma gravadora, até serem contratados pela ATCO Records e liberarem em 1982 seu debut homônimo. Este sem dúvida foi o melhor álbum da curta carreira da banda, muito elogiado pelos fãs que o guitarrista já possuía, assim como pela mídia especializada. O principal motivo foi o virtuosismo de Vandenberg, que impressionava a todos, assim como as composições cheias de peso, em músicas como “Your Love Is in Vain” e “Nothing to Lose”. Mas foi “Burning Heart” que conseguiu o maior êxito, elevando o álbum à 65ª posição da parada de álbuns norte-americana e atingindo a 39ª na parada de singles. Dessa maneira, o Vandenberg começou a conseguir shows, abrindo para artistas como Ozzy Osbourne e Michael Schenker Group.
Seu próximo álbum, Heading For a Storm, saiu no ano seguinte. Embora possuidor de qualidades, não apresentou o mesmo brilho, sem conseguir atingir o mesmo sucesso do anterior. Assim, o grupo teve a primeira baixa em sua formação: o vocalista Bert Heerink, insatisfeito com a má fase, deixou o grupo após uma excursão abrindo para Ozzy Osbourne. Com Peter Struj nos vocais, o Vandenberg enterrou a si mesmo, tentando atingir o som da moda nos grandes centros musicais com Alibi, de 1985. Essa foi a última pá de cal, pois este álbum, além de ter sido ignorado pelo público novo que o grupo sonhava atingir, também o fez perder seus antigos fãs. Assim, o Vandenberg passou a ser mais lembrado pelos ferrenhos exploradores do hard rock oitentista, vasculhadores das raridades da época.
Adrian ainda alcançaria maior fama como guitarrista e compositor no Whitesnake de David Coverdale, que o convidou para substituir John Sykes no grupo. A parceria deu certo, e ao lado do guitarrista Steve Vai, formou a dupla responsável pelo álbum Slip of the Tongue (1989). Nos anos 90, um Whitesnake reformulado surgiu também com Vandenberg, que gravou junto à banda os álbuns Restless Heart (1997) e Starkers in Tokyo (1998), este último um acústico ao vivo.
Conheço pouco da Vinnie Vincent Invasions, mas sobre o Vandenberg, não creio que seja uma banda tão esquecida. Muitos admiradores de Whitesnake tem os discos do Vandenberg ao lado da prateleira do grupo do Coverdale, e principalmente, idolatram o trabalho do guitarrista, que realmente é muito bom.
MAiron , em termos de qualidade eles não devem em nada , porém , é muito dificil ver o Vandenberg como se vê o Poison , ou o proprio Whitesnake , ou Skid Row , Twisted Sister , enfim , só quem é mais historiador mesmo conhece a maravilha de album homonimo que eles lançaram. E o Vinnie Vincent Invasion é totalmente fantastico , ouça Love Kills e sinta o poder de uma das mais lindas Power Ballads de todos os tempos
Do Vinnie Vincent Invasion eu conheço mínima coisa, mas o que ouvi é interessante, aquele hard rock levado a níveis mais extremos. Consegui estabelecer uma comparação com o Racer X de Paul Gilbert, também baseado em guitarras virtuosas e canções agressivas, não muito recomendadas para quem é chegado no lado mais Def Leppard do gênero, hehe.
O que ouvi do Vandenberg é bem legal, e obrigatório para os fãs de Whitesnake. Aliás, serve para reforçar que a parceria de Coverdale com o guitarrista poderia ter sido melhor explorada.
Não tinha umas matérias que nem esta no Whiplash ???? Por acaso é do mesmo autor ???
Meus parabens…muito legal !!!!!!!
Tem materias no Whiplash sobre essas bandas sim , eu sempre leio algumas coisas lá , mais não sou o mesmo autor e tb não tem o mesmo teor.
Vandenberg, bem lembrado. Muito boa a banda.
POCHA DESTA VES SERIA BOM VER ESTAS BANDAS DE NOVO TOCAREN MUITAS DESTA BANDAS FORAM BOAS MAS E LEGAL RELENBRAROS BONS FEITOS DE HARD ROCK. ZE JULIO DEMERVAL LOBAO (pi)