Let It Be: o fim de um sonho
Por Davi Pascale
Em 1970 foi lançado o último disco do quarteto mais famoso de Liverpool. Let It Be gerou controvérsias, deixando inclusive Paul McCartney decepcionado com o resultado final. Um dos maiores desagrados estava por conta da mixagem. Pela primeira vez, George Martin não havia sido o responsável pela produção, tarefa que ficou a cargo do experiente Phil Spector.
A ideia, aliás, era mais do que simplesmente fazer um disco. Tratava-se, na verdade, de um projeto multimídia envolvendo filme, livro e LP. Inicialmente o projeto teria outro nome: “Get Back”. Inspirado pela canção de Paul, o título refletia bem o clima que pretendiam passar. Cansados com as inúmeras críticas que vinham recebendo da imprensa, os rapazes resolveram fazer um disco de volta às raízes. Sem psicodelia, sem arranjos muito rebuscados. Apenas o som dos quatro integrantes tocando ao vivo dentro do estúdio, como faziam no início da carreira. A capa seria uma foto tirada no mesmo edifício onde fotografaram a capa de Please Please Me (1963). Ideia mais tarde utilizada nas coletâneas 1962-1966 e 1967-1970, ambas lançadas em 1973.
Logo no início ficou nítido que o projeto falharia. As brigas entre os integrantes eram constantes. Paul e George discutiam o tempo todo. John não demonstrava mais interesse. Cada um tinha uma concepção diferente do que os Beatles representavam em suas vidas naquele momento. Para piorar, John, Paul, George e Ringo não se sentiam à vontade criando frente às câmeras.
Ninguém se sentia satisfeito com o material, embora John Lennon acreditasse que seria interessante lançá-lo. Acreditava que o trabalho era honesto e que saciaria o desejo das pessoas ouvirem os Beatles de maneira natural, sem as benfeitorias do estúdio. Resolveram lançar um compacto para testar a reação. Com “Get Back” de um lado e “Don’t Let Me Down” de outro, resolveram creditar a participação de Billy Preston na capa. Assim, ninguém poderia dizer que não foi um trabalho de grupo.
Os Beatles trabalhando em Let It Be |
Ainda não contentes com o resultado, engavetaram o trabalho, começaram um novo disco – Abbey Road – e pediram a George Martin que voltasse a produzi-los. Tendo acompanhado todas as brigas no início do ano (as gravações de Let It Be tiveram início em em 2 de janeiro de 1969), disse que topava, apenas com a condição de que todos os quatro cooperassem. O trabalho surpreendentemente correu bem e o álbum foi lançado. John, no entanto, estava cada vez mais afastado do trabalho dos Beatles. Suas contribuições em Abbey Road foram mínimas e o músico estava desanimado com o modo que seus dois discos feitos junto com Yoko Ono (Two Virgins e Life With the Lions) vinham sendo tratados pela mídia. Começava a compor várias canções que acreditava não ter relação com o trabalho dos Beatles, entre elas estava “Cold Turkey”. Em um belo dia, quando os quatro se encontraram para discutir os inúmeros problemas que vinham enfrentando (fitas de “Get Back”, Apple, Allen Klein, futuro do grupo, etc), John anunciou: “quero um divórcio. Assim como tive de Cynthia”. Era o início do fim!
Em janeiro de 1970, Phil Spector foi para Londres a fim de realizar seu maior sonho: produzir os Beatles. O convite foi feito pelo novo empresário Allen Klein. Uma solução tinha que ser encontrada para o lançamento daquelas fitas. Havia muito dinheiro envolvido!
A contratação de Allen Klein, inclusive, gerou uma grande polêmica entre os membros da banda. Após John Lennon ter comentado em uma entrevista que a Apple estava a um passo da falência, Klein o procurou, e seus conhecimentos impressionaram tanto John que o beatle tratou de convencer George Harrison e Ringo Starr a apoiarem sua escolha. Klein era experiente, já vinha trabalhando com os Rolling Stones, e John Lennon sentiu confiança em suas palavras durante a conversa que tiveram. A outra opção seria Lee Eastman, pai de Linda Eastman (mais tarde conhecida como Linda McCartney). Paul não concordava com a decisão e optou por não assinar o contrato. Os Beatles precisavam de um empresário, pois Brian Epstein, que era o responsável pelos contratos e pela contabilidade da banda havia falecido no segundo semestre de 1967. Brian foi encontrado morto em seu quarto, aos 32 anos, vítima de uma overdose de Carbitol (medicamento para insônia). Esse problema durou anos, uma vez que Paul McCartney abriu um processo contra os três ex-companheiros em 1971, alegando essa ter sido a causa do “divórcio” entre eles.
Phil trabalhou primeiro no mais novo single de John Lennon, “Instant Karma”, e depois começou a trabalhar em Let It Be. Ficou acertado que o álbum e o livro seriam lançados em abril e o filme em maio.
Assim que recebeu o material em mãos, entregou-se ao trabalho. Antes, no entanto, pediu para que nenhum integrante dos Beatles se envolvesse na produção – direta ou indiretamente. “The Long and Winding Road” deixou Paul McCartney chocado. O músico queria que a canção fosse uma balada simples, despretensiosa, apenas com piano e voz (conforme apresentado no longa-metragem). Phil Spector, no entanto, transformou-a em uma grande produção com direito a coros e orquestra.
Tanto Paul McCartney como George Martin ficaram desiludidos. O fim dos Beatles era inevitável. George Harrison e Ringo já estavam tocando suas vidas adiante. John já havia pedido para sair. Paul viu que não havia mais solução. O grupo havia se desintegrado. Ao contrário de John, que havia optado por não declarar nada de sua saída a imprensa, Paul sentiu-se na obrigação de anunciar o fim do conjunto. Por conta disso, muitos creditam o fim dos Beatles a Paul.
Let It Be… Naked |
Recentemente, Paul McCartney declarou à revista Rolling Stone que ele acredita que o fim dos Beatles estivesse relacionado, principalmente, ao ego. Segundo ele, “no início tínhamos dois egos para ser trabalhados: John e Paul. Nessa fase tínhamos quatro egos. Ficou impossível trabalharmos juntos”.
Em 2003 chegou às lojas o disco Let It Be… Naked com as versões mais cruas, como Paul McCartney sempre sonhou. “The Long and Winding Road” teve suas orquestrações e coros retirados, “Maggie Mae” foi deixada de fora e “Don’t Let Me Down” foi incluída no disco. O efeito conhecido como wall of sound introduzido por Phil Spector durante a produção, foi retirado, deixando as músicas mais limpas. Muitos fãs passaram a preferir essa nova versão à original.
Para os fãs de carteirinha e colecionadores fica uma dica. Em 12 de dezembro de 1969 foi lançada uma coletânea beneficente chamado No One’s Gonna Change Our World. Esse álbum trazia pela primeira vez a canção “Across the Universe” com os Beatles. A versão deste disco é diferente da utilizada em Let It Be.
Eu gosto do Let it Be, acho que o álbum tem grandes canções.
Com certeza, o vozeirão de Paul em I’ve got a Feelling, o rockão One After 909, a pegada blues de For You Blue, o clássico Get Back e I Me Mine. E não podemos esquecer da versão de Let It Be oficial do álbum que tem um solo animalesco de guitarra!
Também acho um belo disco….
Preciso ouvir o NAked…deste só conheço as canções Let it be e he TLong and Winding Road … e prefiro as versões mais cruas
Eu gosto muito do Let it Be…Ainda não ouvi esse Naked, tenho que ir atrás. Os únicos discos dos Beatles que eu menos gosto são os primeiros, da fase iêiêiê. Mesmo assim são ótimas músicas para uma festinha…
""The Long and Winding Road" deixou Paul McCartney chocado. O músico queria que a canção fosse uma balada simples, despretensiosa, apenas com piano e voz (conforme apresentado no longa-metragem). Phil Spector, no entanto, transformou-a em uma grande produção com direito a coros e orquestra."
Eu nunca entendo como que as vezes o músico não tem poder sobre sua própria música ficando a mercê de um produtor.
“The Long and Winding Road” é justamente uma canção que prefiro com a produção de Spector. Paul que me perdoe.
Também!
Com produção do psicopata Spector ou não a música é triste e chata do mesmo jeito.
Essa música citada é tão triste e depressiva Fernando Bueno! Prefiro ouvir “Alone Again Naturally” do Gilbert O’Sullivan que é até mais alegrinha apesar da letra triste. Parece música de velório, me desculpe a minha sinceridade. É uma música que possui um clima desolador demais.
mas mesmo assim ficou muito bonita… e acho que com um potencial comercial maior
Que é bonita não tenho dúvida. O meu comentário refere-se não só a essa música, mas de um modo geral. Tava lendo a Roadie Crew do Helloween e i Michael Weikat disse quenem chegou a conhecer alguns músicos que gravaram algumas cosias no último disco. Que foi tudo coisa que o produtor inseriu no disco. E ele fala isso naturalmente. Acho isso muito esquisito, afinal a gente sempre pensa que o cara que escreveu determinada música pensou ela do jeito que ela foi gravada. Se alguém deu alguma dica, sugestão para melhorar a canção, tudo bem…Mas o cara fazer por conta própria é demais…
Essas coisas de produtor são complicadas…tem uns que pioram as músicas enquanto outros ajudam mesmo a banda a atingir seu potencial…. o Roger Glover, por exemplo, fazia um ótimo papel produzindo…alguns albuns do Nazareth e do R Gallagher ficaram muito bons graças a uns toques dados pelo Glover…. mas aí depende muito das personalidades envolvidas….
Acho que antigamente os produtores tinham uma influencia muito grande. Muitas vezes, as gravadoras os viam como os principais responsaveis pelo sucesso de um disco, nao a banda ou as composicoes. Assim, eles tinham poderes quase ilimitados para alterar, excluir ou incluir coisas nas musicas.
Ja no caso do Heloween, a impressao que da é que a propria banda se acomodou com essa pratica. Devem chegar com uma demo crua, gravam suas partes, e o produtor que se vire para arrumar tudo… Lembro de entrevistas na epoca do Dark Ride onde o Weikath dizia que nem acompanhou todas as partes da gravacao do disco, muito menos a mixagem, e que nem sabia se tinha tocado no disco todo… Muito desleixo, mas depois se o disco nao emplaca, dá para jogar a culpa no produtor.
Nunca fui fã deles , mais os respeito muito , e o pouco que gosto é mais da fase ie ie ie
Assim como tantos outros discos dos Beatles, eu acho esse muito fraco. "Don't Let Me Down" é uma das poucas que e escapam no meu gosto pessoal. Essa fase dos Beatles é muito interessante, pq eles sairam do White Album (um dos melhores que eles fizeram) e depois q gravaram Let It Be lançaram o Abbey Road, que tb é muito bom. Pq o Let It Be soou tao diferente?
Se tivesse que escolher, eu prefiro a versão original do que o Naked, mas se é para ouvir, que seja o rubber soul, o for sale e o abbey road.
A briguinha de chiliques do Paul com o John e todo o resto é mais um ponto que eu não consigo engolir na carreira dos Fab-4
“Don’t Let Me Down”, se não me engano, saiu em compacto, não faz parte deste álbum…
Hehehe… prefiro mil vezes um John brigando com o Paul do que um Gillan brigando com o Blackmore, um Axl Rose com o Slash e tantos outros exemplos. Briguinhas entre os músicos, egos inflados, ciumeira, poucas bandas conseguiram escapar dessa sina. Para mim existem os Beatles, mais quatro ou cinco bandas e daí o resto. E olha que eu nem sou beatlemaníaco
E, comparado com os outros, esse disco é bem fraquinho.
Um cara que diz que um disco dos Beatles é fraco não entende nada de música.
Gostei, Cadão. Nunca disse que eu entendo de música.
E ai Mister, eu e tu não entendemos nada de música.
Let It Be é FRACO, assim como o Emotional Rescue, o In Through the Outdoor, o Who Are You, o When The Eagles Flies, o Fear of the Dark, o Ram It Down, o Sun & Steel, o House of Blue Light, o Animalize, e por ai vai
Não sou obrigado a ser fã de beatles para entender de musica, tão pouco eu me considero um entendido de música. Eu conheço um monte de grupos, mas sempre tem aqueles que conhecem muito mais do que eu conheço. Se ter q babar-ovo para tudo o que os beatles fizeram é ser um entendido, cada vez mais me considero que não entendo nada de música mesmo. Pra mim tá bom assim, nunca quis ser profissional nesse ramo. O que gosto mesmo é de ouvir muita coisa, isso eu gosto! E quando da eu indico para aqueles que se dispõe a ouvir algo que não conhece.
Abrasssssssssss
Eu não te entendo, Mairon.
Você escreve isso sobre o show do Paul ano passado – "Então Paul foi para o piano e veio 'Let It Be', e com muitas frases que eu queria dizer para algumas pessoas. Não deu, cai em lágrimas novamente!" – e diz que o disco é fraco? Se um disco fraco tem uma canção que te faz chorar e querer dizer muitas das frases que estão na sua letra para os seus amigos, o que é um disco bom então?
Juro que não entendi – e olha que eu não sou loiro, apesar dos cabelos brancos …
A Letra de "Let It Be" é ótima, o disco é fraco. Simples …
Disco bompara mim é aquele que eu ouço e tenho vontade de ouvir várias vezes.
Abraço
E foi a letra, sozinha, que te fez chorar no show? Não tem nada a ver com a música?
É evidente que, entre os álbuns dos Beatles, Let It Be não pode ser considerado um dos melhores, mas está longe – e bota longe disso – de ser um disco fraco.
Me diz um exemplo de disco bom, por favor. Agora fiquei curioso …
Com certeza, foi a letra misturado com o clima do dia.
Discos bons:
Black Sabbath – Paranoid
Deep Purple – Stormbringer
Trapeze – Medusa
Moxy – Moxy II
Quicksilver Messenger Service – Shady Grove
Poco – Poco
Bob Dylan – Desire
Renaissance – Prologue
Van der Graaf Generator – Godbluff
Slayer – South of Heaven
Metallica – Kill 'Em All
Janis Joplin – Cheap Thrills
Neu Matogrosso – interpreta cartola
Almodengas – Aqui
e por ai vai
Nenhum deles é o meu favorito da banda/artista, mas são discos que eu acho muito bom poder ouvir sempre que tenho um tempo extra
Abração
Não dá, não dá pra discutir contigo, Mairon. Volta pra caverna e fica ouvindo Yes e Van der Graaf Generator o resto da vida …
Só pra falar dos discos que você citou, acho Poco, Renaissance, Janis Joplin e todas as utopias progs que tu escuta ruins de doer.
Meu mundo é outro, diferente do teu, definitivamente.
Abraço.
Hahahaha
Fala sério, tu não gostas mesmo de Renaissance? Os arranjos mais bonitos que um grupo já conseguiu fazer estão nos discos do Renaissance de 68 a 79.
Poco tem muita coisa ruim, mas esse que eu citei (junto com o Indian Summer) é sensacional.
To indo pra caverna, pq vai cair o mundo aqui em Porto Alegre (nuvenzinha do Celso Roth chegando na mala do Renato Gayucho)
Abraço
Tb não curto muito o Renaissance. E apesar de adorar Janis, acho ela superestimada pra chuchu…agora, Cheap Thrils é, de longe, o melhor disco dela.
Agora quem não entendeu fui eu. Vc falou para o Mairon voltar para a caverna porque ele gosta de velharia, mas está tentando defender o Let it Be? Será que é porque esse disco é um dos mais "novos" dos Beatles?
Sim Fernando, pra caverna prog onde ele mora, lotada de dinossauros assombrados.
Também moro no Jurassic Park.
Ohhh gente !!!!
Vamos parar com isso que vai acabar saindo briga por besteira…..
Gosto e uma coisa muito pessoal…muito subjetiva …. o que e fraco pra um pode ser bom pra outro … tem gente que acha os beatles supervalorizados… ate sao mesmos …. mas ate ai nao vai mudar a minha opiniao que os discos deles estao entre os melhores ja feitos … e assim vai… se nao pensam como eu…melhor…. temos o que discutir e podem apresentar pra mim o que acham melhor…vai ver eu mudo de ideia…. mas numa boa…
Abracos
Ishhh, agora eu tô fudido: adoro o Van der Graaf e vou cair de vez no conceito do Cadão.
Não vai, não. Eu provoco o Mairon porque eu acho que ele parou no tempo e não ouve nada novo, é isso. Ninguém aqui tá brigando com ninguém, só quero dar uma chacoalhada na cabeça dele. Eu gosto de prog também …
Então, tá. Eu ainda não estou muito acostumado a participar por aqui. Por um momento pensei que vocês estivessem brigando.
Eu acredito que discussões musicais não sejam propícias a afirmações tão exageradamente categóricas como "quem diz que não gosta de um disco dos Beatles não entende nada de música", "quem gosta de artista X é um idiota" e coisas do tipo. Não, eu não acredito nessa balela toda de "essa é minha opinião e deve ser respeitada", pois não estamos discutindo entre ignorantes musicais, mas esse tipo de afirmação não muda nada.
Eu entendo o Mairon. Nasci em 1984, e passei minha adolescência ouvindo música produzida anos antes, pois eu não gostava da maioria do que estava sendo produzido na época, com raras exceções. A partir dali fui regredindo mais e mais no tempo, conhecendo coisas que sim, configuravam-se como novidades. O citado Poco por exemplo, até o ano passado era uma completa novidade, e é uma bandaça, com ótimos discos.
Se escutar certas bandas me torna isso ou aquilo, não me importa, pois escuto música apenas para saciar meus ouvidos, por prazer, não para passar uma suposta intelectualidade. Já vejo isso demais no meio jornalístico dito antenado. As pessoas podem sequer ter reparado, mas uma das motivações para eu ter criado uma coluna versando sobre o AOR foi por pura e simples provocação. Pegar coisas ridicularizadas por tantos e afirmar que elas têm sim qualidade. Ficar na zona de conforto é mais fácil, e isso eu não quero.
O Fábio falou e disse. Diogo também. Eu conheço uma pessoa – agora falando de filmes – que sempre que vê um filme vai atrás de saber o que os críticos disseram! Tá certo, o crítico pretensamente tem mais elementos pra discutir o filme e tal, mas e a sua experiência pessoal não conta? Os gostos têm que ser conformados ao que essa crítica especializada decide que deve ser o padrão de arte a ser apreciado? Bobagem! Bon Jovi > Beatles. E tenho dito.
P.S.: Melhores de 2010: 1) Let It Be
Eu acho que entendo de heavy metal e hard rock e acho Beatles uma banda normal.. Isso me faz burro musicalmente? Claro que não. Gosto é gosto. Prefiro mil vezes escutar Black Sabbath que Beatles… Tem bandas que parece pecado falar que tem músicas fracas.
Ah,Sandália de Prata é uma merda. rsrsrsrsrs
Quase todo mundo que gravou o primeiro disco entre 1964 e 1970 > Beatles. Altamente superestimados, um fenômeno social e cultural muito maior do que o musical, uma banda que pode ter (e tem ) muitos momentos bons, mas não em tanta quantidade para ser absurdamente endeusada como é… Peguem as primeiras coisas do Who, a parca (em termos de quantidade) produção do Yardbirds e do Cream, os discos do Beach Boys nos anos 60 e qualquer disco de estreia lançado em 1967 por banda que depois seria respeitada (Floyd, Hendrix, VU, etc) e me digam qual "conjunto da obra" é melhor, o destes ou o dos Beatles, os discos de estreia ou o Sgt. Peppers?
Quer idolatrar o fab four? Beleza, gosto é gosto. Mas não venha me obrigar a gostar também.
Ah, e qualquer um que fala que "as utopias progs (são) ruins de doer" não entende nada de música. Bom, para gostar de Sandália de Prata não deve entender nada mesmo…
Eu ouço o que eu gosto, não me importa ano, país ou estilo. Não preciso conhecer TUDO, basta-me conhecer o que eu acho BOM! Muito mais o novo disco de uma banda velha do que o sucesso do momento de uma banda que em cinco anos ou menos vai ser item de wikipedia apenas…
Agora, o poder dos caras tem de ser admirado… primeira participação do quarteto de Liverpool no blog (se não me engano)e em menos de 24 horas já estão entre os mais comentados… admirável…
Beatles, Police e poucos outros são bandas que acabaram sem gravar nenhum disco ruim. Até meu amado Zeppelin cometeu aquela porcaria de ITTOD no final…talvez isso faça a diferença. E por isso Yoko é uma deusa, fez a banda acabar imaculada.Agora, claro que tem faixas mais fracas…deusa era só a Yoko, os Beatles eram humanos.
Pô Cadão…
Vc falando assim fiquei sem graça de te indicar a matéria que vai sair amanhã cedo.
Se quem ouve prog vive nas cavernas, a matéria de amanhã é para quem vive nas cavernas mas come pizza…
Cadão, tirando o tom de brincadeira… Não gosto de Beatles, respeito… O som não me diz muita coisa. Por isso eu entendo menos de música que os fãs dos Beatles? Acho que não. Esse papo tá ficando igual aquele que diz que o cara só é culto se gostar de exposição, teatro, cinema francês, livro de filosofia, etc.
Continuo firme e forte em meu gosto por rock pesado e não me considero inferior musicalmente a ninguém. Bola pra frente e vamos escutar aquilo que nós faz bem.
Toda questão referente aos Beatles rende. E aqui não poderia ser diferente. Entre magoados, mortos e feridos, sobrevivemos todos. Mas ainda acho que algumas coisas bem interessantes foram abordadas aqui e dariam ainda muito caldo nessa sopa.
Por exemplo: Cadão afirmou que quem acha um disco dos Beatles fraco não entende nada de música.
Eu concordei e disse que, realmente, não entendo nada de música.
Mas depois fiquei com a pulga: que raio de música estamos falando? Aquela coisa erudita, que só os que tiveram uma educação formal ou técnica podem dizer que entendem?
Sendo assim, será que os Beatles naquela época entendiam realmente de música? Sei que o John Lennon estudou arte, mas sua formação enquanto músico era clichê da maioria dos roqueiros da época, como a de todo o resto da banda, working class heroes típicos. O que eles tinham mais que tudo era um talento excepcional e uma sensibilidade para apontar caminhos fora do comum. Sei que todos eles, depois da fama e da exposição conquistada, se interessaram e foram influenciados por várias correntes, sendo as principais o concretismo e a música oriental.
Mas de Música, com M maiúsculo, quem entendia mesmo era Sir George Martin (que aliás, não participou do disco Let It Be – me corrijam se eu estiver errado).
Fico imaginando se alguém criticasse o Let it Be na época (e parece que houve muitas críticas), será que algum dos quatro fabulosos diria: esse cara não entende nada de música? Com toda certeza diria: esse cara é um babaca.
Outra questão: o grande mestro Júlio Medaglia, sem dúvida um grande entendido de Música com M maiúsculo e polemista amador, dizia que o rock morreu em 1974. Grande bobagem, não é mesmo? Mas também um grande consolo para os habitantes da caverna desta comunidade. Afinal, para o maestro, que entende de música mais que nós, eu e o Mairon (habitantes da caverna) temos um gosto muito mais refinado do que a maioria dos freqüentadores deste blog, hehe…
E para finalizar: vamos imaginar que em uma comunidade de amantes do punk rock, algum garoto entusiasta do Greenday dissesse que o disco tal, de um dos cardeais do punk, é fraquinho (lembrem-se que Beatles é um dos cardeais do rock). Algum punk de primeira hora poderia dizer: quem acha o disco do Sex Pistols fraquinho, não entende nada de música.
Meio esquisito, né?
Relendo o que escrevi, acho que eu poderia de repente dar a impressão de que não considero os Beatles músicos, o que seria uma grande bobagem de se afirmar. Já disse que não sou beatlemaníaco, mas amo esses caras e, para mim, eles foram os maiores. Lembrem-se de que falei de música como um conhecimento que envolve conhecer a fundo escolas, teorias, dominar técnicas de composição, arranjo, enfim, tudo que envolve essa grande arte.
HOQahoahioahioaihoioha
Cadão, tu me divertes!! Eu brigar por causa de Beatles, mas beeeeem capaz! Uma bandinha de nada (ainda se fosse brigar por causa da Syrius ou da Flower Travellin' Band, ainda va la)
Quanto ao fato de eu não ouvir coisa nova, Cadão, olha as duas matérias que coloquei na quinta-feira e me diz o ano delas???
Quanto aos beatles, semana vem vai ter uma matéria MINHA (la vem pedras) sobre os beatles. Dai sim, polemica geral
o bandinha fraca com fãs apaixonados sem graça
Abraço
A banda não é fraca, ao menos não pra mim. Mas teve muitas melhores, inclusive na época. E ainda que fosse a melhor – se é que dá pra decidir objetivamente qual a melhor.. – não deveria ser canonizada, como aconteceu. Os Beatles são o Deus do rock e, tal como ocorreu com seu correlato cristão, deve ser morto!
Micael, na sua "sabedoria" você deve achar que o Sandália de Prata é igual ao Calcinha Preta e nunca ouviu a banda, certo?
Vou fazer um favor e vou deixar pra você uma dica: pesquisa no YouTube a versão dos caras tocando "Check My Machine". Ah, e como você não deve saber, deixo outra dica: a composição original é do Paul McCartney, ok?
Abraço, e seja feliz!
Apesar de que a opinião de um cara – o Micael – que considera o Achtung Baby, do U2, um "disco de dance music", não pode ser levada a sério, certo?
Pelo menos eu tenho as MINHAS opiniões e gostos…
Não te entendo, Cadão… você pode acusar os outros de morarem em cavernas e tudo bem, mas não se pode falar mal de um grupo que você gosta que você surta? Eu ouvi os beatles, ouvi sandália de prata, ouvi muitas bandas que você recomendou entusiasticamente e não gostei… é só questão de gosto, não de conhecimento ou sabedoria… assim como gostei de muita coisa que não conhecia e fui ouvir por indicação sua… assim como gosto de alguns discos de certas bandas e não gosto de outros da mesma… assim como acho o Final Cut uma porcaria quando outros acham o melhor disco do Floyd… Eu não fico desesperado por não ter a mesma opinião da maioria ou da minoria, isso não me importa, e sim o meu julgamento pessoal sobre aquilo, o quanto um disco me afeta ou não.. porque você, um cara que já provou mais de uma vez ser uma pessoa inteligente e conhecedora do mundo da música, se preocupa tanto com quem pensa diferente de você^? Ser diferente não é ser melhor ou pior, é só não ser igual. E isto é bom.
O Achtung Baby é uma merda. Os Beatles são superestimados. E os Ramones são a melhor banda de todos os tempos. É a MINHA opinião. Não é a verdade universal.
E quem disse que o Achtung Baby era um disco "de músicas dançantes" não fui eu, mas o Bono Vox na época do lançamento. Dá uma pesquisada em uma das revistas Bizz da época que lá tem uma entrevista onde ele declara isso. Será que ele está errado também?
Há uma grande diferença entre ser um disco de músicas dançantes – você nunca dançou rock, por acaso? – e um álbum de dance music.
Eu não estou surtando, Micael. Também estou dando apenas a minha opinião.
Acho MASTODON uma merda.
Eu considerei que estavas me agredindo ao dizer que eu não tenho conhecimento de música e que minhas opiniões não devem ser levadas a sério. Como já demonstrei antes em muitos textos que isso não é verdade (pelo menos eu acho), considerei que estavas surtando (ou seja, não estavas raciocinando direito)…
Mas se realmente achas isso, sei lá, vai ver estás certo e eu sou só um bobo que acha que sabe falar daquilo que gosta… eu não concordo, mas vá saber… de repente tá todo mundo rindo das minhas opiniões e eu não sei…
Pra mim o Cadão tá convivendo muito com o Johnny Z e com o Régis Tadeu.rsrsrsrsrsrrs. Por isso ele quer polemizar.uahahuhuhuahuha.
Galera, relaxem… Sandália de Prata, Beatles, Pink Floyd, U2, etc nem sabem que vocês existem no mundo… Vale a pena se estressar por eles?
Pra mim os Beatles são sim a melhor banda de todos os tempos…que foram muito importante para a música na época…abriram muitas portas…mas os beatles nunca devem ser considerados divindades…são apenas uma banda…a melhor da história…mas ainda sim uma banda…existem sim várias outras bandas boas…sem dúvida..gosto de várias..quem não gosta de beatles tudo bem…mas tem apenas que reconhecer a qualidade musical deles, porque uma banda não vende 1 bilhão de cópias atoa
Algum de vocês aqui,já ouviu,falar,dos Rutles????Eles ganharam,notoriedade,por esculhambar,os Beatles,de forma tão irresistível,e engraçada,que os próprioss,senhores,de Liverpool,se tornaram fãs.Eric Idle,do grupo,de hmor britânico,Monty Python,certa feita,fez uma sátira,aos Beatles,e percebeu,que aquilo,tinha futuro,e poderia,dar até um filme!!E eles,lançaram,o filme,All you need is cash(Tudo o que voc~e precisa é dinheiro,sátira, a All you need is love)Eric Idle,o Paul,não gravou nenhuma música,embora,apareça tocando o filme todo.O baterista,que fazia o Ringo,John Halson,aqui como Barry Wom,era um veterano,da cena beat inglesa,nos anos 60,tendo passado,pelo,timebox,e mais tarde,no hoje cultuado,Patto.Nesse filme,participações,especiais,como Ron Wood(stones),Paul Simon,Bianca Jagger,Dan Aykroyd,e Mick Jagger,esse último,em uma cena hilária,dizendo,que os Stones,copiaram,tudo dos Rutles.Vou passar,um link,desse filme
http://www.youtube.com/watch?v=zciiuMLh9_M
ESSE RUTLES,É MUITO ENGRAÇADO!!OS CARAS SACANEANDO,OS FAB FOUR,É MUITO CRUEL!!HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ
Tem disso não: Qualquer um é obrigado a ouvir e gostar dos Beatles.
Quando vejo nêgo dizendo que não gosta e tal álbum é fraco, sempre acho que ele é daqueles que querem dizer algo que a maioria discorda só pra ele depois falar em “massa de alienados”.
Curto muito Let it Be
também acho que é possível apreciar Beatles e outras bandas…. Mas não conheço disco fraco dos Beatles, nem mesmo na fase do iêieieieie…
Meu favorito é Abbey Road
🙂
Bacana Leandro.
Também gosto do disco. Acho ele um pouquiiinho abaixo dos outros, justamente por conta da produção do Phil Spector. Embora fosse um gênio, nesse disco acho que ele pisou um pouquinho no tomate. Mesmo assim, é um belo disco. Honestamente, acho que os Beatles não têm disco ruim. As músicas são muito boas. “I´ve Got a Feeling”, “I Me Mine”, “For You Blue”, “Dig a Pony”, “Across The Universe”, “Two Of Us”… Só musicão.
Eu curto muito o Live at BBC lançado em 1994, o primeiro. Há uns três anos ou mais foi lançado o Live at BBC 2. O Live at Star Club gravado em Hamburg em 1962 é ótimo também. A imagem que eu mais gosto dos Beatles é a do começo da banda. O White Album nem preciso falar, é demais. Foi por causa do “Álbum Branco” que eu aprendi a gostar de rock. Beatles é sensacional.
Tenho os dois discos, Let It Be e Let It Be…Naked e, dependendo da canção, gosto mais da versão produzida por Phil Spector. Acho um pouco injusta, a partir dos Beatles mesmos, o julgamento que se faz do trabalho de Spector neste disco. É um disco menos homogêneo, mais desigual, o que causa certa estranheza em quem se habituou á coesão conceitual dos discos desta fase do quarteto. E vamos combinar, mesmo sendo insuportavelmente tocada, que grande faixa é Let It Be!