John Lennon e o pacto com Satanás

John Lennon e o pacto com Satanás

 

Por Mairon Machado
Seguindo nossa série de artigos sobre o satanismo, irei narrar um pouco dos fatos que levaram a associação do grupo The Beatles com o coisa-ruim. Apesar de muitos desses fatos revelarem-se notoriamente teorias de conspiração ao analisá-los friamente, não pode ser negado que de alguma forma eles são curiosos, e por que não, deixaram uma pulga atrás da orelha, do tipo “será que algo realmente aconteceu?“.
Para entender os fatos envolvidos nessa teoria, precisamos destrinchar um pouco a carreira dos Beatles. Particularmente, eu sou um daqueles cidadãos que preferem os Rolling Stones aos Beatles, mas não tenho nada contra a sonoridade do grupo, que, na falta do que ouvir, não oferece problema ao passar pelos meus ouvidos. Então, vou me limitar a narrar apenas o que é consenso geral, e, principalmente, fato histórico, narrado e com veracidade.

Sátira dos Simpsons para capa de Abbey Road, disco dos Beatles

Sendo assim, começamos pelo fato de que 99% das pessoas acima de 10 anos conhecem Beatles. Mesmo aquele cidadão que só ouve funk carioca, ou então pagode, alguma vez na vida já ouviu falar da banda. Estima-se que nove em cada dez pessoas em todo o mundo, acima dos 20 anos de idade, já ouviram uma canção dos Beatles alguma vez na vida.

Segundo, o grupo durou uma década, e 41 anos após o fim de suas atividades ainda é uma das bandas com álbuns mais vendidos nas listas anuais de vendas das lojas especializadas. Além disso, qualquer assunto ligado ao grupo gera controvérsias e discussões que repercutem sempre no topo de onde foi produzido. Seja em uma manchete de um jornal na cidade mais longínqua das Filipinas  ou em uma sátira no desenho Os Simpsons, fãs e não-fãs acabam fazendo com que a notícia se espalhe rapidamente, e todo o mundo fica sabendo do acontecido. Aqui mesmo, na Consultoria do Rock, recentemente, uma matéria sobre o álbum Let it Be teve 48 comentários em menos de uma semana.
Alguns dos centenas de produtos em homenagem ao Fab Four

Assim é com os Beatles. Tudo o que envolve o nome da banda, seja o lançamento de um CD ou então de caixas de camisinhas, é recorde de vendas, sucesso entre os fãs e recebe milhares de citações na internet, jornais e revistas especializadas. Mas por quê? Na sua época, os Beatles eram uma banda como muitas outras musicalmente e visualmente falando. Yardbirds, Animals, The Who, Rolling Stones e The Kinks são alguns dos grupos da mesma época que, apesar do status individual de cada um, não conseguiram chegar à grandeza dos Beatles, mesmo com composições mais trabalhadas, letras mais fortes, músicos mais talentosos ou ainda musicalidade mais apurada e coragem na inovação.

Rory Storm & the Hurricanes, com Ringo Starr ao centro

Na própria Liverpool, grupos conhecidos, como Gerry & the Pacemakers e Rory Storm & the Hurricanes (de onde sairia o  baterista Ringo Starr) fizeram tanto sucesso quanto os Beatles, mas só naquela cidade, assim como vários outros como Dave Clark Five, The Searchers, The Hollies… O próprio grupo The Shadows, inspiração de muitos guitarristas idolatrados nos anos 70, sempre ficaram na berlinda da obscuridade, assim como Johnny Kidd e seus piratas não conseguiram lançar sequer um álbum, e hoje são cultuados como dinossauros: todo mundo sabe que existiram, mas ninguém nunca viu de verdade.

Por mais que os Beatles fossem bons músicos, compusessem boas canções e tivessem boa aparência, eles não passavam de um mero grupo como tantos outros, cantando canções de amor e com um visual bem similar ao que era visto em diversos pubs ingleses.
Então, a justificativa para o sucesso dos Beatles só pode ser uma (sempre lembrando, do ponto de vista conspiratório): John Lennon, fundador dos Beatles, fez um pacto com Satanás para alcançar tal sucesso. Dessa maneira, vamos dar uma rápida passada pela história do grupo e verificar o porquê dessa afirmação.

O ano é 1955. A cidade: Liverpool, Inglaterra. Nela, um novo tipo de música começava a surgir, e que os jornais locais batizaram de Mersey Beat, já que a maioria dos grupos que representavam essa sonoridade vinham das proximidades do rio Mersey, que serpenteia Liverpool. Todas as bandas tinham uma formação padrão, com um guitarrista base, um guitarrista principal, um baixista e um baterista.

Dessa linhagem, várias cidades foram atingidas, e diversos grupos nasceram, como os citados acima. E como não podia ser diferente, na Quarry Bank School, o som agitado dos novos grupos chamou a atenção de um jovem guitarrista e vocalista, John Lennon, que criou uma banda chamada Black Jacks, ao lado de Pete Shotton.
Apresentação do Quarrymen em 22/06/57 na Rosebory Street, em Liverpool. Formação à época: 
Colin Hanton (bateria), Eric Griffiths (guitarra), John Lennon (vocal, guitarra), Ivan Vaughan (baixo-chá), Pete Shotton (tábua de passar roupas), Rod Davis (banjo).
Os Black Jacks logo mudariam de nome para Quarrymen, em homenagem a escola de Lennon, e assim, tinha sua primeira formação com Lennon, Rod Davis (banjo), Bill Smith (baixo, feito com caixas de transportar chá) e Pete Shotton na bateria (que na verdade era uma tábua de passar roupa!).
Quarrymen em 23/11/57, em um show no New Clubmoor Hall. Hanton, McCartney, Len Garry, Lennon e Griffiths.
Em 1956, Bill Haley lançou “Rock Around the Clock” e mudou o mundo da música. A chegada de Elvis Presley aumentou ainda mais o sucesso do novo ritmo, o rock’n’roll, e os Quarrymen não demoraram para começar a ensaiar as canções dos novos ídolos. O grupo passou a fazer apresentações em igrejas de Liverpool, e no dia 15 de julho de 1956, Lennon foi apresentado a outro jovem garoto, Paul McCartney.
McCartney cantou duas canções com os Quarrymen (“Twenty Flight Rock” e “Be Bop a Lula”), além de ensinar novos acordes e canções para Lennon, que não demorou para convidá-lo a participar como membro dos Quarrymen, o que aconteceria em meados de 1957. No Liverpool Institute, McCartney conheceu o guitarrista George Harrison, que quando apresentado a Lennon deu um show de virtuosismo (perto do que Lennon e McCartney faziam), fato que acabou convencendo Lennon que, mesmo George sendo três anos mais novo que ele, merecia uma chance, já que tocava guitarra muito bem. Apenas como um adendo, nessa época Lennon tinha 17 anos, McCartney tinha 15 e Harrison tinha apenas 14 anos.
Com a entrada dos novos músicos, os Quarrymen deixaram de existir, e assim, vários nomes foram adotados, como Johnny and the Moondogs, Long John e The Rainbows, até estabelecerem-se como Silver Beatles e por fim, Beatles. Baseado no grupo The Crickets (Os Grilos), Lennon procurou um nome com duplo significado. Logo, pensou em Beetle (besouro), e acabou trocando o “beet” por “beat”, chegando assim ao duplo sentido, os besouros da batida, ou BEATLES.
The Quarrymen: George, Lennon, McCartney e o irmão de George (segurando o copo), em 20 de dezembro de 1958.
Segundo o próprio Lennon, o nome apareceu durante um sonho onde um homem dentro de uma torta flamejante gritava: “vocês são Beatles, com A”, o que viria a se tornar um peça fundamental no quebra-cabeça conspiratório que estamos apresentando
Vários músicos entraram e saíram dos Beatles, principalmente na posição de baterista, por onde passaram Colin Hanton, Tommy Moore e Norman Chapman, mas sempre com o trio Lennon, McCartney e Harrison em sua formação. Como o trio tocava guitarra, começaram a sentir a ausência do baixo. Eis que surgiu o amigo de Lennon, Stuart “Stu” Sutcliffe, que aceitou o convite apenas para agradar o amigo, já que a paixão de Stu era a pintura. Para a bateria, entrou Pete Best, filho do  dono do pub Casbah, onde os Beatles estavam se apresentando.
Os Beatles na Alemanha: Pete Best, harrison, Lennon, McCartney e Stu Sutcliffe
Os Beatles então conseguiram, através do empresário Allan Willians, um contrato para uma excursão na Alemanha, e assim, partiram para uma série de shows durante cinco meses, onde tocaram em casas como o Indra, em Hamburgo, que foi o primeiro lugar a apresentar o grupo. Foi na Alemanha que o grupo conheceu Astrid Kirschher, uma fotógrafa que não demorou muito para cair nas graças de Stu, e que virou, além de namorada de Stu, a primeira a registrar os Beatles fora da Inglaterra.
Stu e Astrid
Harrison, McCartney e Best foram expulsos da Alemanha, o primeiro por ser menor de idade, e os outros dois por balbúrdias no hotel onde os Beatles estavam hospedados, e assim, voltaram para Liverpool, onde passaram a tocar no famoso Cavern Club. Os Beatles acabariam voltando para Hamburgo, onde Stu abandonou a carreira para dedicar sua paixão a Astrid (que começara a se envolver com George). Antes, Astrid deu mais um importante passo para a carreira do grupo. Ela foi a incentivadora da mudança no visual, com o grupo não utilizando mais o penteado estilo Elvis, Presley, mas sim, o corte de cabelo que os consagraria posteriormente. Stu ficou com Astrid, dedicando-se também à pintura, e McCartney foi para o baixo. 

Os Beatles começaram a fazer sucesso a partir de uma gravação realizada ainda em Hamburgo, onde foram convidados como músicos de apoio do cantor local Tony Sheridan, registrando a bolachinha “My Bonnie”. Essa gravação chamou a anteção do proprietário de uma loja de discos local, chamado Brian Epstein, que ficou curioso ao ver um garoto pedindo um disquinho contendo uma banda de nome tão estranho, e que foi um dos responsáveis por colocar os Beatles na fama, fazendo parte do ritual satânico que será traçado posteriormente.

A primeira gravação oficial
Epstein foi a Liverpool, e viu os Beatles se apresentando no Cavern, onde convenceu-se de ter achado um diamante a ser lapidado, e assim, lançou-se como empresário do quarteto. O primeiro passo seria a mudança no comportamento de cada integrante. O segundo, buscar uma gravadora para lançá-los. Epstein era judeu e homossexual, possuindo os mais diversos contatos pela Europa, e o primeiro deles foi na gravadora Decca, onde os Beatles fizeram um teste em janeiro de 1962. A Decca não curtiu o som dos garotos de Liverpool, e dispensou os mesmos.
Os Beatles voltaram para Hamburgo, agora com Epstein cuidando de tudo, principalmente registrando o teste na Decca e transformando o mesmo em um vinil que foi levado para George Martin, um dos diretores da Parlophone, uma subsidiária da EMI. Martin não se impressionou com o som dos Beatles, e tampouco com o baterista Pete Best, mas, segundo ele mesmo, sentiu uma energia muito forte vinda de McCartney e principalmente de Lennon, o que de alguma forma o levou a assinar contrato com a banda, gerando ainda mais pano para a manga.
Best foi demitido, e em seu lugar entrou Richard Starkey, ou Ringo Starr, e assim os Beatles estouraram com o single “Love Me Do / P.S. I Love You”, lançado em outubro de 1962, sendo que pouco tempo antes, em abril do mesmo ano, misteriosamente quando a banda despontava como uma das principais de Liverpool, Stu falecia devido a um derrame cerebral, com apenas 21 anos. Segundo declarações da irmã de Stu, Pauline Sutcliffe, seu irmão faleceu devido a consequências de uma briga que tivera com Lennon dias antes dos Beatles deixarem a Alemanha, onde o guitarrista covardemente teria chutado a cabeça do baixista por diversas vezes, deixando sequelas que culminariam na morte do mesmo. Do ponto de vista de Pauline, Lennon e Stu tinham uma relação homossexual, e naquela tarde, Lennon havia visto um clima entre McCartney e Stu que teria gerado ciúmes, e por fim a agressão. Mais polêmica para um caldo que está apenas começando a engrossar.
O primeiro compacto
Meteoricamente, os Beatles alcançaram o status de maior grupo de rock. Depois do lançamento de “Love Me Do”, o grupo participou do programa People and Places, na TV Granada, em Manchester, e assim, lançou o single “Please Please Me / Ask Me Why” seguido do álbum Please Please Me, lançado em 1963. A musicalidade era muito similar à de vários outros grupos, mas o nome Beatles não parava de crescer.
Na sequência, vieram os singles “From Me to You / Thank You Girl” e “She Loves You / I’ll Get You”, que alcançaram rapidinho o primeiro lugar das paradas. Em 13 de outubro de 1963, uma multidão esmagou-se para vê-los no London Palladium, e um mês depois, apresentaram-se diante da rainha inglesa no Royal Variety Performance, além de lançarem o segundo álbum, With the Beatles, e mais um single número um, “I Want to Hold Your Hand / I Saw Her Standing There”.
Mas, apesar do sucesso na Inglaterra, os Beatles não decolavam na América. Epstein procurou a Capitol para lançá-los no programa norte-americano de Ed Sullivan. Porém, a TV americana acabou passando apenas um breve documentário que narrava o estrago que o grupo vinha fazendo na Inglaterra. Foi o suficiente para “I Want to Hold You Hand” vender um milhão de cópias e chegar ao topo das paradas norte-americanas no início de 1964.
O sucesso não parou de crescer, e o aquilo que veio ser batizado como beatlemania nascia no mundo inteiro. A histeria era cada vez maior no decorrer dos shows, fazendo com que a banda não conseguisse escutar o que estavam tocando em pleno palco, inclusive com o famoso caso onde Lennon balbulciou palavras sem sentido durante uma determinada canção sem que ninguém tivesse percebido nada, além do fato de cada membro estar evoluindo em seus instrumentos, principalmente Harrison e McCartney, levando os Beatles a uma importante decisão: eles não se apresentariam mais ao vivo.
Paul McCartney ou Billy Shears?
O “problema” é que essa decisão foi tomada quase ao mesmo tempo em que um importante fato ocorria na história da banda. Em 9 de novembro de 1966, Paul McCartney sofreu um acidente automobilístico. Em princípio, o resultado do acidente foi apenas um corte no lábio, mas o que surgiu a partir dali foi uma série de misteriosas citações tanto em canções quanto nas capas dos álbuns subsequentes, que indicavam fortemente que Macca teria falecido no acidente. Esse assunto já rendeu diversas matérias, inclusive uma escrita por este que vos escreve neste site, e não vou tomar mais tempo do meu nobre leitor adicionando as supostas pistas que indicam a morte de Paul e que são facilmente encontradas nos álbuns do grupo.
Aceitando então que o fato de Paul ter morrido seja verdadeiro, a teoria de conspiração de que os Beatles estavam envolvidos com o Demo aumentam ainda mais. Para o lugar de McCartney, o sósia Billy Shears foi contratado, e então, sem apresentações ao vivo, os Beatles poderiam se dedicar ao trabalho das canções dentro dos estúdios, as quais ficavam cada vez mais elaboradas, com a adição de novos instrumentos, como metais e cítara. 
O empresário Brian Epstein
Os Beatles passaram então para uma nova fase de experimentações, conquistando cada vez mais e mais fãs. Porém, as coisas começaram a mudar quando, novamente de forma misteriosa, Brian Epstein foi encontrado morto no dia 27 de agosto de 1967. Segundo a polícia, a morte foi causada por uma overdose de remédios para dormir. 
A partir de então, a carreira do grupo começou a cair, com pesadas críticas sendo feitas para o filme Magical Mystery Tour (1967). Além disso, Lennon e McCartney (ou Billy Shears) criaram a Apple Corps, empresa que compreendia a Apple Records, a Apple Films, a Apple Publishing, a Apple Electronics, a Apple Boutique e a Apple Retail, onde, tirando a Records, todas as outras foram um fracasso.
Durante as gravações do álbum seguinte, The Beatles (1968), também conhecido como White Album, Lennon apresentou sua nova namorada, a artista Yoko Ono, para muitos a principal responsável pelo que ocorreria dali em diante. Durante o processo de gravação, os integrantes começaram a brigar entre si, e o lançamento do novo álbum foi adiado cada vez mais, principalmente pelo fato de Ono se meter em cada detalhe das canções. 
Para piorar, quando The Beatles foi lançado, um maluco de nome Charles Manson começou uma série de assassinatos. Manson batizou o nome da sua crença religiosa que levou a cometer tais atrocidades de Helter Skelter, justamente uma das canções registradas no álbum branco. Manson e seus seguidores alegavam receber mensagens ocultas dos Beatles através das canções do novo álbum, o que só agravava a má imagem do grupo.
“Eu não terminei com os Beatles!”
Por fim, em 29 de setembro de 1969, Lennon anunciou sua saída do grupo. Apesar disso, foi decidido que não divulgariam a notícia para não atrapalhar o desempenho do último LP da banda, Let it Be. Porém, McCartney acabou descumprindo o acordo, e gerou um grande desentendimento ao lançar seu primeiro álbum solo, McCartney (1970), levando então ao fim dos Beatles.
Todos se entregariam para carreiras solo que nunca alcançaram o sucesso de quando estavam unidos, até Lennon ser assassinado em 8 de dezembro de 1980 por Mark David Chapman, na cidade de Nova York. Chapman, um fã incondicional dos Beatles, acusou Lennon de ser o responsável pelo término de sua banda favorita, e de ter lido no livro “O Apanhador no Campo de Centeio” uma mensagem que dizia para matar Lennon, além de vozes constantes o convidando para realizar o assassinato.
Enfim, essa grande revisão sobre a carreira dos Beatles é relevante para compreendermos o que os conspirólogos classificam como o pacto dos Beatles com Satanás. Na verdade, não foram os Beatles que fizeram o pacto, e sim John Lennon.
Obcecado pelo sucesso, Lennon planejava conquistar o mundo, saindo de Liverpool e conhecendo garotas, fama, cidades e tendo muito dinheiro. Para isso, abriria mão de qualquer coisa que se intrometesse em seu caminho. 
A polêmica biografia “Shout!”
Os indícios de um envolvimento de Lennon com o anjo caído foi divulgado em uma de suas primeiras versões no polêmico livro “Shout! The Beatles in Their Generation”, do escritor Phil Norman. Segundo o livro, “os Beatles apresentavam-se em clubes de jazz da Alemanha Ocidental que localizavam-se nas partes mais degradadas das cidades, com pontos de prostituição, distribuição de drogas e encontro de mentes voltadas para o satanismo. Nessas apresentações, Lennon soltava espuma pela boca, comportando-se estranhamente no palco, dando saltos e deitando-se no chão”
Tal comportamento é associado à ação de remédios que Lennon usava, como Preludin, mas os conspirólogos alegam que isso era uma ação do coisa-ruim no corpo de Lennon, já que quando os Beatles deixaram Liverpool em direção à Hamburgo, o pacto fora fechado. Tudo começou quando o Diabo apareceu no sonho de Lennon dentro da tal torta flamejante, dizendo para ele qual deveria ser o nome da banda, a grafia correta e que daria tudo o que Lennon queria em troca de alguns favores.
O sucesso dos Beatles foi “firmado” por Lennon e seu parceiro das trevas, com os Beatles chegando ao sucesso enquanto que o demônio ficaria com a alma de Stu Sutcliffe.  Por isso, Lennon teria agredido Stu, para realmente matá-lo e poder pagar a dívida com Satanás, o que explicaria o porquê da morte repentina de Stu.
E a situação não para por aí. Durante a segunda estada em Hamburgo, Lennon teria contado para McCartney sobre o pacto, e Best teria ouvido a conversa. Por indicativas do próprio diabo, Best teria que ser demitido, senão os planos iriam por água abaixo.
À medida que o sucesso dos Beatles ia crescendo, o ego e a ganância por sucesso de Lennon também cresciam. Ao mesmo tempo que tornavam-se cada vez mais perfeccionistas e técnicos em seus instrumentos, Lennon percebia que sempre havia uma sombra o perturbando. O demônio havia dado mais do que Lennon planejava, e exigia mais do que a alma de Stu.
Lennon não cedeu a sua, mas sim a do principal parceiro, McCartney, que foi levada na fatídica data de 9 de novembro de 1966. Porém, Lennon acabou pecando ao tentar enganar o senhor das trevas, substituindo o falecido McCartney por Billy Shears. A ideia de colocar um sósia no lugar de Macca não pegou bem nas ardentes terras do inferno (ou seriam nas gélidas terras?), e assim, novamente o demônio atacou, levando a alma de Brian Epstein e lançando Yoko Ono para terminar com os Beatles e esculhambar com a carreira individual de cada um deles.
Mark Chapman, o enviado de Satanás para saldar a dívida de Lennon
O pacto só ficou pago quando finalmente Chapman foi enviado pelo demônio, através da leitura do livro citado, para pegar a alma de Lennon, e assim, encaminhá-lo para o lugar onde já deveria ter estado em novembro de 1966, no lugar de McCartney, lembrando que Chapman nunca deixou de afirmar que ouvia vozes a cada hora dizendo: “você precisa matar John Lennon!”.
O fato mais curioso é que os Beatles ficaram praticamente dez anos em uma penumbra (de 1970 a 1980), e depois da morte de Lennon, o grupo voltou a ser o centro das atenções na mídia mundial,  dificilmente saindo dos holofotes.
Para completar a sessão conspiróloga, existe um número do tipo 0800 divulgado pela internet onde, se você conseguir completar a ligação, irá ouvir uma interminável versão de “Imagine”. Pelo que encontrei, o número é o seguinte: 0800-883-0012. Tentei ligar, descrente do que poderia acontecer, e o telefone apenas chamou, chamou e não atendeu. Nem “Imagine” ouvi. Porém, segundo os conspirólogos, se um milhão de pessoas ligarem ao mesmo tempo, a energia envolvida na ligação será capaz de trazer Lennon novamente à vida. Outro fato é que esse número é diretamente ligado ao número da besta. Senão vejamos, sendo “-” o sinal de menos, temos:
0800 – 883 – 0012 ou 800 – 88 – 30 – 12 = 670.
6 + 7 + 0 = 13
1 + 3 = 4
670 – 4 = 666
!!!!
O cara realmente tem que ter muita criatividade…
Existe ainda uma versão mais engraçada, que diz que quem fez a linha telefônica é o assassino de Lennon, e que ele irá rastrear quem tenta executar uma chamada até levá-lo para o túmulo. Uma terceira fonte indica que se você conseguir transportar a ligação para um computador e utilizar os programas adequados, você conseguirá descobrir mensagens subliminares que explicarão o sucesso de um grupo musical que foi extinto há mais de 40 anos, e que por mais que uns gostem e outros odeiem, não se pode negar que é o grupo de maior sucesso comercial da história do rock.
Se Lennon fez o pacto com o demônio eu não sei, mas que os fatos que indicam tal afirmação parecem reais, isso parece. Tirem suas conclusões.
N.R.: O texto acima é baseado na obra “Segredos e Lendas do Rock”, do autor Sérgio Pereira Couto, lançado em 2008 pela editora Universo dos Livros. Quero agradecer imensamente ao Micael Machado por ter inspirado a escrita deste texto e aos colegas da Consultoria do Rock por permitir o uso deste espaço para revelar curiosidades sobre uma das bandas mais importantes da indústria fonográfica mundial.

26 comentários sobre “John Lennon e o pacto com Satanás

  1. Essas discussões na minha opnião serão eternas no mundo da musica , e acho muito gostoso ler sobre isso , mais nunca influenciou muito nas minhas opniões nem tampouco nos meus pontos de vista com relação a determinado artista

  2. nota corrigida…
    MEU DEUS !!!!
    Fala sério, se voce me disesse que Lennon teve um contato com alguém do submundo em Hamburgo era uma outra coisa, mas fazer um pacto com o
    diabo dentro de uma torta em um sonho ?? NOSSA !! agora se eu tiver um pesadelo eu fiz o pacto ?
    como posso dar credibilidade à sua materia onde os fatos são deturbados:
    Lennon e Stu brigaram não por causa de viadagem e sim por Astrid, os dois estavam apaixonados por ela.
    A seita criada por Charles Mason nunca se chamou "Helter Skelter", chamava-se "The Family". "Helter Skelter" ele alegava ser "o chamado" para que começasse a distruibuir o terror que lançou em Hollywood em 1969. Vamos lá. Acreditando que eles tenham feito o tal pacto. Ocorreu em meados de 1966 quando foram pra India e lá sim conheceram um guru que diziam ter ligações com o satanismo.
    Po… só de começar dizendo que prefere Rolling Stones ja atrapalha, lança a bobagem da viadagem em garotos de 17/18 anos.. e ainda me fala que o pacto foi feito numa torta??? fala sério … eu devo ter o pacto tambem, minha vó faz uma torta tao lixo que deve ter o cão lá dentro.kkk
    Rafael, ler a respeito é legal, mas tenha critério e não acredite em tudo.

    Foi mal, mas achei muito ruim sua matéria, sem dados corretos e ainda deixando-se sim, se influenciar por nao gostar e tão pouco conhecer qualquer coisa dos Beatles..

  3. Caro Mairon
    Essa referência que você usou para fazer seu texto é um dos livros mais calhordas que eu já tive o desprazer de ler sobre um assunto que gosto tanto. Uma encheção de linguiça sem fim sobre fofocas coletadas às pressas na internet e que servem de pretexto para biografias pueris das bandas e artistas envolvidos, e que só se justifica quando lemos no final do livro que o autor já vendeu 100 mil exemplares (!!!!) de suas obras no Brasil versando sobre assuntos os mais diversos, como o fenômeno editorial marqueteiro “O Código Da Vinci”. Ou seja: oportunismo, oportunismo e mais oportunismo, tudo serve para faturar um troco, até as fofocas de fãs desocupados do rock’n’roll.
    Infelizmente, se esse livrinho papa níquel mereceu um texto do experiente Mairon para um blog de pessoas já meio escoladas no rock, fico imaginando o desserviço que ele deve estar prestando para quem está entrando agora para o jardim de infância do assunto.

  4. poxa, eu ja li materias sobre uma suposta ligacao dos Beatles com o Satanismo que, apesar de serem besteiras, pelo menos te faziam pensar um pouco. Desculpe, mas achei sua materia muito ruim, e imprecisa alem de absurda. Espero que tenha escrito tudo em tom de brincadeira, especialmente no auge(do cumulo): aquela de um milhao de ligacoes trazerem Lennon de volta a vida. hahahahhhaa

  5. Agradeço a todos pelos comentários. Mister, como citado, o livro foi apenas a inspiração. Muito do que está o livro eu fui atrás na internet, e diversas fontes citavam o mesmo fato, assim como fato da torta e da homossexualidade serem citados também no livro da irmã de Stu.

    Lamento se o texto ficou ruim, mas a ideia era trazer informações que obviamente são imprecisas, geram controvérsias e não passam de teoria de conspiração, provando que a capacidade do ser-humano de criar intrigas ou besteiras é enormemente grande.

    Enfim, um abraço

  6. Mairon, o seu texto não ficou ruim. Acho que ninguém se referiu a texto ruim. Aliás, nem se você se esforçasse para fazer um texto ruim, conseguiria. Da minha parte, peguei bode desse livro que você usou. E peço desculpas se peguei pesado no meu comentário.

  7. Mairon, hoje em dia as conspirações sobre os Beatles tomaram formas tão grandiosas e exageradas, que qualquer livro sobre isso acaba tentendo ao ridículo e ficando distorcido. Não que algumas das coisas não possa ser verdade… Mas você sabe o quanto o tom de algumas mentiras abafam demais verdades.

    Mas existem algumas coisas que sugiro você pesquisar, que não caem nessa malha. Uma delas é exatamente o nome dos BEATLES, mas não apenas baseado no sonho de Lennon sobre a torta, porque a torta parece uma coisa engraçada. Mas ela em chamas possui um sentido esotérico e o "A" também possui um sentido esotérico, desde que a letra significa: liderança, decisão – qualidades do próprio John Lennon. E dizem também que o nome da banda seria um jogo de palavras que designa "homem mortos", porque então BEATLES, seria na verdade BEAT LESS (sem batida).

    Outra coisa seria o anel de pedra negra sempre usado por Ringo Starr por toda carreira da banda. Não sei se alguém já percebeu isso, mas é um anel usado por magos/esotéricos.

    Há outras coisas mais que não estariam tão aparentes como a discutida morte de Paul McCartney, mas tem que pesquisar.

    abs!

  8. Valeu Mister, obrigado pelos elogios, mas é assim mesmo, sempre que se toca num assunto como Beatles, a coisa pega, hehehe. Pegou pesado nada meu caro, já havia me preparado para algo nesse estilo, valeu mesmo.

    Lira, valeu tb. Obrigado pelas informações, e eu não havia me ligado no anel do Ringo. Com certeza muitas das informações que estão presentes no texto não passam de conspiração barata, mas o fato que eu penso é primeiramente da capacidade de as pessoas inventarem tais noticias (como a propria irma do Stu ter dito que ele era uma biba), e segundo, CASO algumas delas fossem reais, realmente as coincidências não seriam
    assustadoras.

    Um abraço e valeu!

  9. Como dizem, aonde há fumaça, há fogo. E existem estranhezas sim, envolvidas. O álbum branco ter dado mensagens ao que Charles Manson fez, foi no mínimo macabro. E esses sinais que o Paul e Lennon fazem na primeira imagem da Yellow Submarine do seu post, tem a ver com a besta. Enquanto o de Lennon todos já sabem, o de Paul que parece um sinal de OK, é um 666 – note que todos os 3 dedos formam um 6 com o anel feito pelo indicador e o polegar.

    Ah, e no prõprio álbum parece que tem o desenho deles com esses sinais, se não me engano.

    Lira

  10. O pacto existiu, encabeçado por John.
    Quem pagou com a vida foi Paul, em
    novembro de 1966. O assassinato de
    Lennon, em 1980, teria ligações com
    sua suposta decisão de denunciar a
    verdade.

  11. O álbum sargent peppers lonely heart club band trás na capa o rosto de Aleister Crowley, fundador da doutrina Thelema, um dos líderes da O.T.O, dentre outras coisas, para uns o maior satanista de todos, cultuado em filmes, músicas, livros…
    Não concordo com muito do que foi escrito, e outra curiosidade é o fato que ninguém dá importância ao nosso Raul Seixas que também conhecia "o livro da lei", e que ficou hospedado na casa do Lennon…

  12. PORRA,JÁ ENCHEU O SACO ESSE CARAS QUE FALAM,EU PREFIRO OS STONES.VÁ DAR A BUNDA PRO MICK JAGGER ENTÃO.

    1. Em tempo Anônimo, Mick Jagger >>>>>>>>>>>>>>>>> John Lennon (principalmente no quesito pegar mulher bonita)

      1. hahahaha O Lennon tinha mal gosto para mulher, pqp! A Yoko não é feia. É horrível rsrs.

  13. fica puxando o saco dos stones ai toda hora, o primeiro single dos stones foi os beatles que doaram, uma esmola segundo lennon

  14. Fernando,aquela história,de que o mala,do Raul Seixas,ficou,hospedado,na casa de John Lennon,é uma das maiores mentiras,já contadas,naa história,da música.Raul foi sim,para Nova York.O máximo,que aconteceu,foi,Raul dar a mão,para John.Raul,para John,era só mais um fã xarope.Raul,tinha uma mente fértil,e porquê,não dizer infantil.Ele sempre,insistiu,nessa história,mesmo sabendo,que nunca foi verdade.Uma das,únicas,pessoas,do Brasil,que realmente,trocou,idéia,com Lennon,foi o fundador,do fã clube,dos Beatles,em São Paulo,o Revolution,Marco Antônio Mallagoli.Ele tirou,fotos com Lennon,na porta do Edifício Dakota,dois meses antes,de ser assasinado.Lennon,simpático,e gentil,lhe deu de presente,o disco de ouro,da música She loves you.Além,dele,a ex esposa,do compositor,Zé Rodrix,Lizzie Bravo,não só conheceu John,como,participou,da música,Across the universe,fazendo,backing vocal!!E isso,é verdade!!Procurem,nos sites,especializados,em Beatles

  15. Eu acho,que John Lennon,era muito ingênuo,e tolo.A Yoko,sempre foi,uma vigarista.Quando,John,a conheceu,na Indica Gallery,em londres em 1966,Yoko,disse a John que nunca,tinha,ouvido falar nos Beatles!!!!!!!Como assim???Os Beatles,eram a maior banda do mundo,naquela época,o mundo todo,conheciaa eles.Aqui no Brasil,existia,fã clube,até em Recife,Manaus,e ela,uma Nova Iorquina,que estava,em Londres fazendo,uma exposição,de sua arte de vanguarda,cabeça,e xarope,nunca tinha ouvido,falar nos Fab Four!!!Lennon,era feito,de gato,e sapato,por Yoko

  16. A Yoko Ono,é uma bruxa!!!Como alguém,pode gostar,de uma mulher tão ridícula,sem graça,e antipática??Mas é como dizem,gosto não se discute,se lamenta

  17. Esse assunto é polêmico.Segundo Tony Sheridan, que gravou um disco tendo os Beatles como instrumentistas em 1961 (Os Beatles tiveram que mudar o nome para Beat Brothers por imposição da gravadora) John lhe confessou ter feito um pacto para que seu grupo alcançasse o sucesso. Um músico alemão que ele conhecera em Hamburgo "lhe deu o toque". Segundo fontes, o apelido desse músico satanista era "Pepper", daí o nome do famoso disco dos Beatles em 1967.

  18. 😀 Gostei, mas pelo que vi os Beatles começaram a fazer sucesso logo assim que o Ringo entrou, logo, quem fez o pacto foi o Ringo, não Lennon.

    Mairon poderia ter feito um testo sem pesquisar em nada, só com o que ele quisesse inventar aqui, ficaria muito melhor, sei lá, esse livro parece meio pobre. Mesmo assim o artigo tá bom. Fez eu ler do começo ao fim.
    🙂
    A formação do nome Beatles vi em uma revista de banca e faz tanto tempo que não lembro de nada, só que se trata de homenagens aos cantores que Lennon admirava, um deles era sei lá o que Park, cuja alcunha era The Bird, foi acrescentando nomes e virou Beatles.

    Em minha época de professor de inglês, vinha uns gaiatos falar do nome e eu nunca acertei traduzir, daí comecei a fazer hipóteses (nessa época não tinha internet e tampouco livros por aqui) … Achei coisas como BEAT LESS, BEETLE, meteram o A só pra juntar beetle com beat.. E nem me lembro mais o que consegui montar na época
    😀

    1. Muito obrigado Leandro. O Beatles com o Beat eu conhecia a história também, e acho uma piada, hauhaua. Abraços

  19. Nunca vi tanta idiotice na minha vida… como um cara que se diz mais fan dos roling stones, do que dos beatles, sabe mais da banda que ele nem topa muito,,,e outra se o lance que rola é dinheiro, o manu que escreveu tudo isso tá afim do mesmo proposito… ganhar um dindin ou fama.. E o pior e esse outro bando de babacas igual eu que perdem tempo lendo uma merda dessas… e ainda comenta.. PQP pirei o cabeção…
    (Vou ali tomar uma pra me acalmar…) Resumindo então todo mundo que tem fama e dinheiro tem pacto c/ o dito cujo..) Alguem tem a receita de como fazer passa aqui pra nós… POORRAH..

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