Discos que Parece que Só Eu Gosto: Judas Priest – Nostradamus [2008]
Por Mairon Machado
Em 2008, depois de muito tempo, um álbum do Judas Priest me chamou a atenção. Sempre curti e muito a fase inicial do grupo, dos álbuns Rocka Rolla (1974), Sad Wings of Destiny (1976) e Sin After Sin (1977), além do ótimo Painkiller (1990), mas nunca fui um fã ardoroso , daqueles que consideram “Breaking the Law” a melhor música já feita pelo Judas, e tão pouco acompanhei a fase “Ripper” Owens. A volta do Halford em Angel of Retribution (2005) foi cercada de elogios pela imprensa e pelos fãs, e todos esperavam uma sequência do álbum no sucessor.
Porém, Nostradamus, o álbum de 2008, não se comparava a Angel of Retribution. Narrando a história do famoso médico e vidente francês Michel de Nostredame, o segundo álbum da volta de Halford é um CD duplo (vinil triplo) conceitual, com arranjo de cordas e metais feitos por Don Airey (Rainbow, Black Sabbath, Deep Purple, etc.), e que apresenta uma sonoridade densa, recheada de vinhetas entre as canções, com uma narrativa forte, e um trabalho baseado principalmente na utilização de cordas, metais e efeitos eletrônicos.
Mídia, fãs, o cachorro da vizinha, o bicho da goiaba, enfim, todos caíram de pau no Judas Priest, dizendo que a ambição tinha subido à cabeça, que eles acabavam de lançar o pior disco de sua carreira e um dos piores da história do rock. Quanta injustiça! Nostradamus é dividido em dois atos que vão do nascimento do vidente até a admiração popular nos dias de hoje. O primeiro ato conta algumas das previsões do francês, com destaque para guerras, o fim do mundo e a perda da própria família. Já o segundo ato conta como Nostradamus se exilou do mundo e acabou morrendo praticamente na miséria, mas mesmo assim, deixando previsões que o levariam à admiração de muitas pessoas com o passar dos anos.
A sonoridade pesada, alternando momentos rápidos com outros trabalhados, que é muito próxima do progressivo, me conquistou na primeira audição. A ideia de um disco contando a história de Nostradamus já me chamara a atenção, mas quando eu ouvi o mesmo, em seguida encomendei a caixa com 3 LPs, dois CDs, mais um pôster e um livro sobre o álbum, e tive o prazer de ver o Judas apresentar duas canções do mesmo dentro da turnê de Nostradamus que passou por Porto Alegre no dia 12 de novembro de 2008.
Um discaço, que até entendo por que os fãs leais do Judas não gostam, mas que não pode nem de longe ser considerado um disco ruim. A formação do Judas na época era Scott Travis (bateria), Rob Halford (voz), Ian Hill (baixo) e a sensacional dupla de guitarras K. K. Downing e Glenn Tipton. Airey contribuiu bastante com o álbum, assim como K. K. e Tipton fizeram uma importante contribuição na organização dos arranjos das canções.
Começando pelo Ato 1, temos a sombria introdução com “Dawn of Creation”, onde o tema central feito pelas cordas é acompanhado por piano e sintetizadores, chamando a atenção pela linda melodia das cordas e por ser algo totalmente diferente do que o Judas fez até o momento. Mas não é por isso que essa vinheta não deixa de ser interessante.
Bumbo e barulhos de sintetizadores surgem, trazendo “Prophecy”, com um pesado riff de guitarra e baixo, e com Halford cantando na linha dos primeiros álbuns. As intervenções de metais fazendo a melodia vocal se destacam, e o refrão é daqueles que grudam facilmente. As guitarras gêmeas aparecem com um melodioso riff, e falas contando sobre o nascimento de Nostradamus levam para a repetição do refrão, nessa que é uma ótima faixa de abertura.
“Awakening” é a segunda vinheta, apenas com o dedilhado da guitarra entre acordes de sintetizadores, onde Halford entoa duas estrofes, levando para “Revelations”, onde o duelo guitarras/cordas comanda uma pesada canção, com cordas e sintetizadores acompanhando a melodia vocal de Halford. O destaque vai para a participação das cordas e das guitarras, fazendo um belo arranjo para os vocais lentos de Halford, e também para o pesado acompanhamento “levanta-arena” durante o solo de violão de Tipton, além dos solos de guitarra onde K. K. e Tipton soltam escalas velozes e encantadoras, com uma sequência final muito legal.
Um coral acompanha os vocais de Halford no encerramento da letra, e então chegamos à terceira vinheta, “The Four Horsemen”, com Halford entoando um poema acompanhado apenas pelo sombrio órgão de Airey. Sintetizadores com um belo tema lembrando a introdução de “Mr. Crowley” (Ozzy Osbourne), nos levam às batalhas medievais em “War”, onde Travis comanda o ritmo marcial enquanto Halford canta o poema entre intervenções dos sintetizadores, tendo a companhia das guitarras apenas no refrão.
Após a entrada medieval, Travis faz o ritmo marcial na caixa, e as cordas passam a fazer um tema que acompanha a melodia vocal. Sons de brigas de espadas, gritos e sustos são ouvidos entre os metais, sintetizadores e o ritmo marcial de Travis, com o piano fazendo sua participação, para Halford retornar à letra, com mais uma repetição do refrão. Apesar de não ser do estilo Judas Priest, é uma interessante faixa principalmente pelo trabalho de Airey.
Violões apresentam a próxima vinheta, “Sands of Time”, com Halford cantando chorosamente. Aqui, os admiradores dos agudos de Halford percebem que ele veio como um intérprete, e não como um cantor de heavy metal, o que é mais um ponto negativo para os fãs do grupo, mas que não torna o trabalho que escutamos ruim, tornando a história de Nostradamus ainda mais atraente.
Cordas e sintetizadores nos levam a “Pestilence & Plague”, onde o baixo cavalgante de Hill é seguido pelos riffs de K. K. e Tipton em mais uma bela faixa, com Halford cantando em italiano durante o refrão, com guitarras e cordas fazendo o riff central. Nos solos, outros ótimos pontos, com Travis destruindo nos dois bumbos, além do belo arranjo de cordas e um excelente riff das guitarras gêmeas.
A macabra “Death” surge, desta vez sem nenhuma vinheta, mas apenas com o sino apresentando os sombrios acordes do sintetizador. Desconheço na discografia do Judas algo tão soturno quanto essa canção, que foi uma das que o Judas interpretou aqui em Porto Alegre (a outra foi “Prophecy”). O riff principal das guitarras surge, pesadíssimo, e Halford começa a cantar acompanhado apenas por uma das guitarras, fazendo as notas do riff, levando então ao refrão, com Travis novamente mandando bem na bateria, em batidas muito pesadas, levando a um novo riff, acompanhado por sinos, que chega a dar medo quando ouvido em uma noite escura e sem lua. Essa é uma das poucas faixas do primeiro ato na qual Halford solta alguns gritos, porém sem ser agudos. O solo de guitarra é extremamente pesado, com as cordas acompanhando a melodia da guitarra base, e a canção muda, com Halford cantando algumas estrofes acompanhado pelos sintetizadores, chegando ao veloz e pesado riff que leva ao segundo solo, onde Tipton e K. K. soltam os dedos, e a air-guitar derruba tudo no quarto. encerrando com a repetição das estrofes que antecedem o segundo solo e o refrão.
A vinheta “Peace” acalma o clima sombrio, tendo o dedilhado da guitarra acompanhado por acordes de sintetizadores, executando um belíssimo tema ao lado do violão, apresentando a voz de Halford cantando suavemente, e assim, cordas passam a acompanhar a melodia da guitarra, entrando então em “Conquest”, uma canção mais up, com um riff anos 80 que facilmente poderia ser encontrado em álbuns como Ram It Down e Defenders of the Faith. Talvez essa seja a canção mais fraca do álbum, mas mesmo assim, é uma boa faixa principalmente pelos solos de Tipton e K. K.
“Lost Love” narra a perda da esposa de Nostradamus, e é uma linda balada (muito similar a “Angel” do Angel of Retribution) onde o piano e sintetizadores fazem a introdução para Halford cantar acompanhado pelo dedilhado da guitarra e acordes de sintetizadores, com uma interpretação de levar as lágrimas feita por Halford, mostrando por que é um dos melhores vocalistas da história.
O Ato I se encerra com a excelente “Persecution”, onde a guitarra relembra os acordes de “Dawn of Creation”, enquanto uma voz sussurrada surge acompanhada de sintetizadores. O volume aumenta, e assim, Travis faz uma rápida virada para o riff explodir as caixas de som, em uma canção veloz e pesada, com ótima participação de Airey, tendo destaque para o refrão, onde finalmente os apaixonados pelos agudos de Halford irão se deliciar. Halford canta normalmente, tendo os vocais agudos ao fundo, e o peso das guitarras é o mesmo de um elefante caindo sobre sua cabeça, utilizando escalas velozes, tapping e arpejos. A sessão das guitarras gêmeas é fenomenal, levando ao final da canção com a repetição do refrão e uma pesada sequência de palavras, onde Halford solta seus agudos, enquanto o Judas manda ver, encerrando apenas com a guitarra e os acordes da introdução.
O Ato 2 começa começa com a linda vinheta “Solitude”, onde Airey faz o tema central ao piano, cercado por muitos sintetizadores que nos levam a “Exiled”, com uma imponente marcação de Travis, onde Airey faz os acordes sombrios acompanhando o tema das cordas e com Halford cantando lentamente, tendo intervenções de acordes e de bends feitos pelas guitarras. Halford canta o refrão derramando sentimentos, retomando a sequência da letra que narra sobre o período de exílio vivido por Nostradamus após a perda da família. A potência dessa faixa é chocante para os fãs mais xiitas, só que não dá para negar a beleza sonora da mesma, principalmente pelo belíssimo arranjo de cordas.
“Alone” surge entre barulhos diversos, com acordes limpos das guitarras em um andamento quase marcial, onde novamente os sintetizadores participam acompanhando o primeiro solo de guitarra, que nos traz os vocais de Halford, apresentando o importante e grudento refrão, para o peso pegar nas guitarras, baixo e bateria, repetindo o refrão, agora com um grudento arranjo dos acordes de guitarra e cordas. Excelente faixa. Moderna, mas trabalhada perfeitamente, e que eu considero uma das melhores do álbum. Os solos melodiosos e viajantes, carregados de alavancadas, são acompanhados por sintetizadores e pelo baixo de Hill, que levam a repetição dos pesados acordes de guitarra, trazendo novamente os vocais de Halford, para encerrar a canção com a repetição do refrão.
Mais um show de alavancadas e sintetizadores nos levam a vinheta “Shadows in the Flame”, com o dedilhado de violões acompanhados pelo piano. Halford canta uma curta estrofe, e somos apresentados a “Visions” com um riff sujo, onde as guitarras sintetizadas aparecem, e com um refrão moderno demais para meu gosto. Destaques apenas para a levada de Hill e para as guitarras gêmeas no solo central.
Uma espécie de cravo com acordes parecidos com “Moonlight Sonata” (Beethoven) introduzem a vinheta “Hope”, com Halford entoando o poema acompanhado pela melodia do dedilhado da guitarra, seguida bela bela “New Beginnings”, repleta de efeitos no baixo e no violão, com um andamento lento e com um lindo refrão.
“Calm Before the Sun” é a última vinheta do álbum, com as guitarras fazendo bonitos acordes dedilhados, os quais são seguidos por acordes de sintetizadores que apresentam o poema cantado por Halford, para então “Nostradamus” surgir com os sintetizadores introduzindo e Halford cantando quase que como um barítono, e a pauleira pegando com riffs velozes, agudos e os dois bumbos destruindo. Os vocais são acompanhados pelos ótimos riffs de guitarra, gravando o refrão na sua cabeça. Muito peso e vocais trabalhados fazem parte do refrão, assim como as guitarras sintetizadas acompanhadas dos teclados e do baixo, fazendo o tema central que leva aos velozes solos de guitarra, onde temos um ótimo duelo entre Tipton e K. K. . Ambos fazem misérias, chegando na sequência de guitarras gêmeas.
“Future of Mankind” encerra o álbum com uma forte introdução da bateria, baixo e guitarras, que levam aos vocais acompanhados por um riff que lembra canções do Black Sabbath da fase com Ian Gillan. Porém, o refrão é mais melódico, acompanhado por longos acordes de guitarras e das cordas. O trabalho das guitarras novamente é belíssimo, em uma linha similar a do Iron Maiden, assim como os excelentes solos de Tipton e K. K. . Halford retorna a letra e a canção encerra-se com frases cantadas em francês, que parecem ser previsões de Nostradamus.
Não é o melhor disco do Judas, não é um álbum perfeito do início ao fim, mas é um disco que eu gosto muito de ouvir, principalmente pela sombria narrativa e pelas melodias que só se encontram nesse álbum quando estamos falando de Judas Priest, e que merece uma chance de quem admira o rock sem ser bitolado a somente um estilo, principalmente pela capacidade de criar uma obra única, que soa na integridade como uma complexa e densa peça musical narrando uma história fácil de ser entendida, em canções que apresentam as características que fizeram o Judas uma das principais bandas do rock, só que em doses amenas, mescladas com ótimos arranjos e uma interpretação vocal excelente.
Enfim, só eu gosto desse disco?
Tracklist:
1. Dawn of Creation
2. Prophecy
3. Awakening
4. Revelations
5. The Four Horsemen
6. War
7. Sands of Time
8. Pestilence and Plague
9. Death
10. Peace
11. Conquest
12. Lost Love
13. Persecution
14. Solitude
15. Exiled
16. Alone
17. Shadows in the Flame
18. Visions
19. Hope
20. New Beginnings
21. Calm Before the Storm
22. Nostradamus
23. Future of Mankind
Para ser sincero tenho que admitir que não consigo nem opinar já que ouvi esse disco apenas uma vez e nunca mais tive vontade de ouvi-lo de novo. É o que sempre digo, como vou conseguir ouvir tudo o que existe por aí? Mesmo as bandas como o Judas Priest tem discos que a gente não conhece direito…
Achei curiosa a temática do álbum e fui ouvir algumas coisas esparsas no youtube. O aperitivo que eu tive foi muito bom. Gosto quando o rock é simples e quadradinho ou, num outro extremo, quando ele é grandioso como neste disco. Se fica no meio do caminho geralmente é porque os músicos são meia boca. E que merda essa história de que o metal tem que ter uma fórmula e quem foge disso é um pretensioso idiota. Será que no Tico e Teco dos ouvintes de metal não existe lugar para o Pato Donald? Muito legal sua postagem, Mairon. Os velhinhos do Priest definitivamente ficaram mais sábios.
Bom nunca ouvi esse disco…mas pelo que já li ele deve sair do modelo que se espera do Judas…por isso deve ter sido malhado sem dó nem piedade…mais ou menos que nem o penultimo disco do Hellowen que continha releituras dos clássicos…
Nunca ouvi esse álbum, sou iniciante em termos de Judas Priest – e mais uma penca de coisas… Mas a temática do disco e as palavras "macabro" e "sombrio" repetidas no texto do Mairon aguçaram meu interesse! xD
Confesso que ouvi "Nostradamus" poucas vezes, e ele não surtiu efeito semelhante em mim. Na verdade, talvez por ainda não possuí-lo, ainda não reservei a ele atenção especial, acompanhando a música folheando o encarte e lendo as letras. Que ele não é dos melhores discos da banda, disso não há dúvida, mas a ambição apresentada pelo grupo é positiva. Cacife e talento o Judas Priest tem de sobra.
O problema do disco é ser cansativo, dificil de ser escutado do começo ao fim. Mas é climático, e tem boas músicas. Com grandes intervalos entre eleas, mas tem.
Valeu os comentários. Gaspa, tu tens razão. A formula não precisa ser mantida, basta mudar os temperos que a coisa se ajeita quando o coinheiro é bom. Leo, esse é o fato. O disco pode "parecer" cansativo, mas a linha progressiva acaba fazendo ele soar da forma como teria que soar. Eu não consigo "ouvir" outro Nostradamus, mesmo que fosse um CD simples. Penso que o Judas encaixou perfeitamente o que tinha q ser encaixado nas quase duas horas totais da historia, e fez isso muito bem
Abraços
Esse disco errou no mesmo quesito que errou Gods of War to Manowar; fizeram um disco muito longo, cansativo de ouvir, com vinhetas para as vinhetas com introduções.
É um bom disco sim e que aprendam a ter bom ouvido os que discordam… mas na verdade tambem pensei q eu fosse o único que gostava dele.
Bom disco, naõ gosto muito de vinhetas mas as músicas saõ muito boas.
Obrigado Anonymous. Acompanhe-nos agora no site, consultoriadorock.com
Abraço
disco que relutei em ouvi, mas ao auvi-lo tive uma grata surpresa, excelente do início ao fim, uma viagem empolgante, melodias maravilhosas, refrões grudentos e empolgantes…corro agora é pra encontrar em vinil….
Valeu meu caro. Obrigado pelo seu comentário, e se encontrar, compre o box. É lindo!
Gosto de quase tudo que o Judas Priest fez e acho que Nostradamus é aquela coisa que eu afirmei em relação ao The Lamb Lies Down on Broadway, a obra-prima do grupo Genesis: se fosse um CD simples ao invés de duplo, eu gostava logo de imediato. Felizmente o grupo só voltaria a fazer algo mais decente em sua sonoridade clássica no deluxe de Redeemer of Souls (2014), um álbum que dá continuidade ao que foi iniciado em Angel of Retribuition (2005), o disco que veio antes deste que é um dos mais fracos trabalhos do JP, tal como o debut Rocka Rolla, Point of Entry, Ram it Down, Turbo e os discos sem Rob Halford e com o Tim Ripper Owens.
Nota 10! O melhor da banda no meu contexto!
Com todo o respeito aos fãs mais conservadores do Judas, mas no meu caso eu sempre ouvi uma música ou outra deles até então …. Minha banda predileta é o Dream Theater! …. Depois Symphony X, A.C.T., Everon… Passando por Pink Floyd, Camel, Yes entre outras.
Dito isto, acredito que não fica difícil compreender o porque simplesmente amei este álbum do JP … Trabalho realmente ousado e belo! Nunca tinha ouvido um álbum deles inteiro até então … Simplesmente Perfeito!
Mas compreendo os que de certa forma se decepcionaram com o trabalho, senti o mesmo de forma progressiva e constante com o Metallica a partir do Black Álbum, e ainda assim tem gente que curte St.Anger, Load, Re-load… Afff… Faz parte!
Obrigado Erivelto. Com certeza, faz parte. Abraços
Como fui demorar tanto a descobrir esse site e essa sessão? De início eu não ouvia esse disco simplesmente por considerá-lo horrível. Já há alguns anos eu não o escuto pois quero evitar de chorar de emoção do início ao fim de tão magnífica que considero essa obra.
Olá Bruno, bem vindo a Consultoria do Rock. Estamos chegando ao total de quase 1600 matérias publicadas. Aproveite o nosso site o quanto quiser. Abraços!
Simplesmente amo esse álbum, tenho ele em mídia física (CD duplo), durmo todas as noites ouvindo essa obra de arte!!!!!