Led Zeppelin – III [1970]
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O álbum começou a ser concebido durante as férias do grupo. Após dois anos e meio excursionando direto, 1970 começou com o citado show no Royal Albert Hall, passando por uma extensa turnê pela Europa, onde o grupo se apresentou na Dinamarca – sob o nome de The Nobs, devido a uma bizarra confusão com Eva von Zeppelin, descendente do Conde Ferdinand von Zeppelin, criador do dirigível que deu nome ao grupo – Finlândia, Suécia, Holanda, Alemanha, Áustria e Suíça, tudo isso apenas no mês de fevereiro; e ainda a parte americana, onde o grupo se apresentou em diversas cidades durante três semanas, com as apresentações facilmente passando das três horas.
Plant e Page (bem como suas respectivas esposas) foram parar no sul do País de Gales, em um conjunto de pequenas casas de madeira chamado Bron-Yr-Aur (seio dourado, em galês). Localizado às margens do rio Dovey, esse local não possuía eletricidade, sendo silencioso e relaxante. Assim, apenas com violões em mãos, a dupla Page/Plant começou a compor as pérolas que estariam presentes em III. De lá, saíram “Out on the Tiles”, “Celebration Day”, “Bron-Y-Aur Stomp” e “That’s the Way”.
A bela “Tangerine”, composta ainda nos tempos do Yardbirds, vem na sequência, com os acordes de violão fazendo a bela introdução, e cujo início foi cortado na versão brazuca do vinil. Plant canta tristemente, e a entrada do baixo e da bateria comandam uma bonita balada no refrão, com os vocais dobrados de Plant e com Page usando a steel guitar. Plant dá sequência à letra, levando para o solo de Page, repleto de efeitos. O refrão é retomado, e a steel guitar se apresenta fazendo o solo final.
Após a gravação de III, que curiosamente foi o álbum menos vendido da história do Led, mesmo alcançando a primeira posição logo após seu lançamento, o grupo voltou aos palcos, apresentando inclusive um set somente com as canções acústicas, uma grande novidade, com grande destaque para as seguintes apresentações: Islândia; festival de Bath, Inglaterra, no dia 28 de junho de 1970, onde cinco (!) bis foram feitos em uma apresentação com mais de 3 horas; a mini-turnê pela Alemanha, onde o grupo se apresentou em Frankfurt, Colônia, Berlin e Essen; e a sexta turnê pelos Estados Unidos, com 36 shows em 7 semanas, onde todos tiveram os ingressos esgotados.
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Versão original (acima) e versão normal (abaixo) de III, com destaque para o disco giratório (centro) |
Eu confesso que não conseguia ver tudo o que dizem do Led Zeppelin. Para mim sempre foi uma grande banda, mas com outras sempre um patamar acima.
Mas mudei de opinião após esse álbum.
É o meu favorito do Led, e agora entendo porque eles são tão estimados.
Mairon, gostei muito do seu texto. Muito mesmo. Confesso que quando vi Led Zeppelin, pensei comigo: Lá vem mais do mesmo. Comecei a ler e foi uma delícia até o fim, com várias informações interessantes e sem se perder na devoção babaca. Tudo na medida exata do respeito que essa banda merece. Parabéns, rapaz!!!
Apesar de excelente, III é o menos favorito para mim dentre os quatro primeiros do grupo. Em compensação, traz a música que eu mais gosto de toda a carreira do Zeppelin, que é "Since I've Been Loving You", muito bem descrita pelo Mairon no texto.
Bela matéria!
Não consigo definir muito bem qual seria meu álbum favorito do Led Zeppelin, até porque nunca escutei a banda o suficiente para realizar uma escolha "justa", mas "III" é merecedor desse título. "Immigrant Song" e "Since I've Been Loving You" não são apenas clássicos do grupo, mas do rock em geral.
Um bom texto pra uma boa banda. Mas não pude deixar de atentar pra seguinte frase:
"…que foram indecentemente copiados pelo grupo brasileiro O Peso…"
Ladrão que rouba ladrão… xD
Valeu os comentarios gurizada e Groucho, eu tb pensei nisso quando escrevi o texto, hehehe.
Lembrando que a edição bretã e americana (???) as primeiras edições tinham a frase num dos sulcos finais “Faça o que queres, há de ser o todo da Lei” de acordo com a doutrina pagã/satânica do famigerado mago Aleister Crowley (1875-1947). Aqui no Brasil este album foi todo censurado (designer da capa/contracapa ate algumas faixas). Eu tenho uma edição de 1974 (Gravadora ATCO) – subsidiaria da Atlantic, paguei R$ 200,00 (sai caro hoje em dia). O Mercyfull Fate (Black Metal) (banda genuinamente satânica) coverizou num album a tornitruante “Imigrant Song” . – marcio “osbourne” silva de almeida – joinville-sc
Lamentável essa “censura né Marcio? Já viu nosso vídeo sobre a capa original de III?