Direto do Forno: Dorsal Atlântica – Terrorism Alive [2010]
Por Micael Machado
Mais uma vez este é um “Direto do Forno de Microondas”, pois trataremos do maravilhoso relançamento feito pela gravadora Shinigami Records para o excelente Terrorism Alive, álbum ao vivo lançado em 2002 pelo grande Dorsal Atlântica.
Importantíssima banda do metal nacional, o Dorsal foi influência para quase todas as bandas de música extrema do Brasil (Sepultura e Ratos de Porão incluídos). Ouvindo este registro gravado em 18 de setembro de 1998 na cidade de Fortaleza (CE), fica fácil entender o porquê.
Na época, o trio formado pelo líder Carlos “Vândalo” Lopes (vocais, guitarra), Guga (bateria) e Alexandre Farias (baixo) estava em plena turnê de divulgação do disco Straight, que viria a ser o último de inéditas do grupo. O repertório conta com músicas de praticamente todos os discos do Dorsal (à exceção do Split Ultimatum – já explicarei por quê – e do Musical Guide From Stellium, de 1992 – este eu não sei a razão), e é uma verdadeira paulada na orelha. Em dezoito esporros sonoros, dez deles de Straight, a banda despeja sua perfeita mistura de metal e hardcore em canções que raramente ultrapassam os três minutos de duração, mas que não diminuem de intensidade em momento nenhum, sendo tocadas uma atrás da outra quase sem intervalos, como se os Ramones esquecessem o “1, 2, 3, 4” e só emendassem uma canção na outra.
Carlos Lopes, o líder do Dorsal Atlântica |
Apontar destaques é complicado. Meu gosto pessoal (e minha memória afetiva) apontam para “Thy Kingdom Come” e “Take Time“, do essencial Alea Jacta Est (1994), cujos clipes volta e meia passavam no saudoso programa Fúria Metal da MTV. Mas desprezar petardos do porte de “Sign of the Times”, “Vitória”, “Velhice” e “Guerrilha” é assinar atestado de insanidade. Na dúvida, confira o show inteiro.
Além de uma nova arte gráfica, que inclui um texto do fã Sebastião de Oliveira narrando os acontecimentos daquela memorável noite nordestina e dos dias que a precederam, a Shinigami ainda teve o bom senso de manter a íntegra do álbum Ultimatum (split LP lançado em 1985 junto com a banda Metalmorphose e um dos lançamentos de heavy metal pioneiros do país, que também estava presente na primeira edição de Terrorism Alive) e a versão de “Morte aos Falsos” gravada ao vivo em Minas Gerais no mesmo 1985. Além disso, esta edição conta com duas faixas bônus também gravadas ao vivo, as verdadeiras porradas intituladas “Extreme Conditions” e “Carniceria”, cujas versões de estúdio também encontram-se em Straight.
A capa original de Terrorism Alive |
Se você perdeu o lançamento original, não desperdice esta segunda chance. Aquela conhecida dor no pescoço de tanto bater cabeça no dia seguinte é garantida. Vai por mim.
“Take time to be useful to others, this life is too short for selfishness”
Micael, sensacional a resenha!!! um grande registro de uma grande banda!!!! Abraços
ESSE BABACA DO CARLOS LOPES,CUSPIU NO PRATO QUE COMEU!!EM UMA ENTREVISTA CONCEDIDA A ROCK BRIGADE,ELE DIZ QUE NÃO GOSTA MAIS DE TOCAR TRASH METAL,QUE FAZ MAL PRA ELE.PIROU DE VEZ…ISSO SEM FALAR QUE É UM SUJEITO ARROGANTE,BABACA.