A Little Respect: Elis Regina – Elis [1972]

A Little Respect: Elis Regina – Elis [1972]

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Por Mairon Machado
O ano é 1972. Na Inglaterra, o Led Zeppelin estava no auge do sucesso, um ano após o lançamento de IV, destacando “Stairway to Heaven”. Os Rolling Stones lançavam aquele que é considerado seu principal álbum, Exile on Main St., Ziggy Stardust cometia suicídio em pleno palco, deixando o nome de David Bowie gravado para sempre entre os maiores ídolos do rock na história, e o Deep Purple conquistava seu espaço com o espetacular Machine Head. Nos Estados Unidos, Bob Dylan começava a voltar à cena, compondo o material que se transformou no fantástico Pat Garret & Billy the Kid, lançado um ano depois, enquanto Elvis Presley gravou um dos melhores ao vivo da história, Elvis as Recorded at Madison Square Garden, com uma performance impecável. Ao mesmo tempo, o progressivo era fonte de inspiração ao redor do mundo, graças a LPs como Close to the Edge (Yes), Obscured by Clouds (Pink Floyd), Three Friends (Gentle Giant) e Trilogy (Emerson, Lake & Palmer), isso só par citar alguns.
No Brasil, o Mutantes perdia Rita Lee, e o Rei Roberto Carlos começava uma nova fase na carreira, voltada ao romantismo que o consagrou posteriormente como o maior vendedor de discos do país. Ao mesmo tempo, uma gaúcha de nome Elis Regina Carvalho Costa dava passos gigantescos para fugir de um passado cheio de glórias, e ao mesmo tempo, recheado por tristezas.
A pimentinha Elis Regina nasceu no dia 17 de março de 1945, em Porto Alegre, onde viveu sua infância na Vila IAPI, zona norte da cidade. Com um talento incomum, iniciou-se na carreira musical ainda muito jovem, e com quinze anos, foi contratada como intérprete por uma famosa rádio local, a rádio Gaúcha (hoje, pertence à Rede Globo), com quem gravou seu primeiro LP, Viva a Brotolândia, em 1961, apresentando canções voltadas para crianças.
Ainda no Rio Grande do Sul, lançou mais três álbuns, chamando a atenção de alguns empresários, que incentivaram a menina Elis a sair de Porto Alegre, e tentar a vida no Rio de Janeiro. Mesmo com muito receio, a jovem gaúcha pegou mala e cuia, e em 1964, mudou-se para a Cidade Maravilhosa, onde conseguiu um contrato com a TV Rio para participar do programa Noites de Gala, conquistando o coração da dupla Luis Carlos Miéle e principalmente, Ronaldo Bôscoli.
Passa a cantar no Beco das Garrafas, ao mesmo tempo que revela-se nos festivais da canção graças a interpretações empolgantes e totalmente avassaladoras. Sua apresentação de “Arrastão” no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965, é tida ainda hoje como uma das mais arrepiantes performances vocais de um artista em cima do palco, e que rendeu para Elis, com apenas 20 anos, o prêmio de melhor intérprete daquele festival.
O casamento com Bôscoli
Ao mesmo tempo que explodia no Brasil, ao lado do Zimbo Trio no espetáculo O Fino da Bossa, ou ao lado de Jair Rodrigues no agora programa Fino da Bossa, de onde saiu a trilogia 2 na Bossa, sendo que o primeiro LP dessa série foi o primeiro LP do Brasil a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas (isso em 1966), Elis sofria com o forte comando de Bôscoli, que a tratava de maneiras não muito apropriadas, exigindo sempre mais e mais de uma garota que estava se adaptando ao novo mundo. Foi então que o Brasil inteiro se surpreendeu: Elis e Bôscoli resolveram casar. Ninguém acreditou. A relação dos dois era pior que cão e gato, e, praticamente da noite para o dia, formaram um casal.
Mesmo casados, Elis e Bôscoli continuaram seus atritos e brigas. Elis começou a se desiludir com o mundo da bossa nova, samba e canções da jovem guarda. Como uma estrela, viajou para a europa, onde se apresentou em Paris para uma plateia estupefata, bem como outras cidades do Velho Continente, passando por Inglaterra, Holanda, Suíça, Suécia e Bélgica.
Na volta ao Brasil, a crise com Bôscoli piorou. Mesmo o marido não sendo seu empresário, as exigências e dificuldades pessoais esgotaram o relacionamento. Segundo Bôscoli: “Eu matei nosso casamento quando não aceitei ser o empresário dela. Pra mim seria facílimo: ficaria em casa telefonando, agendando, acertando contratos. Mas eu não quis ser explorador, e disso se aproveitaram para nos deturpar, para nos agredir, para jogar um contra o outro. Os desentendimentos normais entre casais, no nosso caso eram multiplicados por mil, viravam verdadeiras guerras”.
O novo visual de Elis
Por outro lado, Bôscoli também não contribuia financeiramente, ao ponto de Elis ter que cantar grávida de nove meses no Canecão, para conseguir dinheiro para o enxoval do bebê, de nome João Marcelo. O nascimento de João Marcelo foi fundamental para Elis mudar sua vida. O menino era alérgico a leite em pó, e a cantora muito cedo já não tinha mais leite em seus seios. Com o filho chorando de fome, Elis desencadeou uma campanha, através do Jornal Nacional, pedindo ajuda para amamentar seu filho. Assim, durante dois meses, Elis ia para a favela, onde conseguia leite com três senhoras que aceitaram ajudar. Aquele momento marcou a vida da gaúcha, e é o ponto onde uma nova Elis Regina chega ao mundo.

Isso acabou sendo refletido na música de Elis logo no primeiro lançamento da década de 70. Com um novo visual, de cabelos curtos, lança Em Pleno Verão (1970), que foge bastante dos sambas e bossa-novas de seus discos anteriores, mostrando ao Brasil canções de novos artistas, como Jorge Ben Jor, Tim Maia e Nonato Buzar, além de resgatar Caetano Veloso e Gilberto Gil, os quais estavam exilados em Londres, e destacando um dos grandes sucessos da carreira de Elis, “Madalena“. O som mais calmo, meio tropicália, meio rock’n’roll, caiu como uma luva para a voz de Elis, que passou a aprender técnicas vocais para o novo estilo.

Sem condições emocionais, o casamento de Elis com Bôscoli ruiu, e em junho de 1972, ambos estavam separados. Três meses antes, Elis estreiou o espetáculo É Elis, com direção de Miéle e Bôscoli. Dentre os membros da banda que acompanhava Elis Regina, o pianista e arranjador César Camargo Mariano era o principal integrante.

César era considerado o menino prodígio do jazz brasileiro. Nascido no dia 19 de setembro de 1943, com apenas 15 anos, já se apresentava em festivais e também em rádio. Seu dom no piano era algo inimaginável para um adolescente de sua idade, e isso foi sendo desenvolvido mais e mais com o passar dos anos. Com 21 anos, César fez sucesso no Brasil inteiro como integrante do fantástico Sambalanço, ao lado de Airto Moreira e Humberto Claiber.

A parceira entre Elis e César foi, como Elis mesmo dizia, algo cósmico. A união, o talento, e principalmente, a paixão pela música da dupla, fez com que projetassem um novo espetáculo. Sem Bôscoli, Elis via-se livre para expandir seus dotes vocais, agora mergulhando no jazz e no rock, bem como adotando uma postura de palco mais simples, sem os braços esvoaçantes que caracterizaram o início de sua carreira, voltada justamente para uma interpretação mais fidedigna da canção, enquanto que César via em Elis a poderosa fonte vocal para complementar seu talento no piano.

Elis e César, uma união cósmica

A dupla estreiou com um espetáculo exatamente em outubro de 1972, o ano citado no início da matéria, e a partir dali, a vida de Elis Regina Carvalho Costa seria outra. A nova fase, acompanhada de músicos extremamente talentosos, (o próprio César Camargo Mariano no piano, Luizão Maia no contrabaixo, Luís Cláudio na guitarra e Paulinho Braga na bateria) e com uma disposição incrível vinda dos garotos do clube da esquina Lô Borges e principalmente Milton Nascimento, acabaram gerando um dos principais discos da música popular brasileira, lançado ainda em 1972 com o singelo nome de Elis.

O LP abre com “20 Anos Blue“, de Sueli Costa e Vitor Martins, com os acordes suaves da guitarra trazendo baixo e piano, fazendo o tema inicial. Elis surge, cantando um blues assustadoramente encantador, com acordes leves da guitarra, que faz intervenções manhosas junto ao piano de César.  A bateria surge, usando apenas brushes para acompanhar as escalas de piano, baixo e guitarra, que vão levando a voz triste de Elis, dizendo “eu tenho mais de 20 anos … eu tenho mais de 20 muros“, encerrando o bluezão com vocalizações e piano fazendo um pequeno duelo, e Elis repetindo o início da letra, para um arranjo de cordas fazer as notas finais.

Bala Com Bala“, de João Bosco e Aldir Blanc, surge com o piano elétrico puxando a voz de Elis nessa complicada letra de uma canção mezzo samba, mezzo nordestina, com destaque para o acompanhamento dançante do piano  elétrico e da percussão, e claro, a performance perfeita de Elis.

Depois, é a vez de uma das canções que mais gosto na carreira de Milton Nascimento, “Nada Será Como Antes”. Composta em co-autoria com Ronaldo Bastos, aqui ela recebe um tratamento vamos dizer assim, prog. Piano elétrico e baixo fazem o tema inicial, trazendo o violão e a percussão em um ritmo avassalador, com Elis cantando essa bela letra sobre o ritmo da canção, que cresce com a entrada da bateria, que faz viradas assombrosas junto da performance impecável do piano, e das escalas complicadas do baixo. A letra continua, explodindo em uma maravilhosa sessão com as cordas, que faz o solo principal ao lado das escalas de baixo e piano, bem como o ritmo da percussão, voltando então para a letra, para, com as intervenções das cordas, encerrar com o violão acompanhando o duelo de vocalizações e piano. Fantástico!

A triste “Mucuripe”, de Fagner e Belchior, surge apenas com o violão fazendo os acordes iniciais. Depois, o dedilhado do violão acompanha a triste interpretação de Elis. Podemos fechar os olhos e ver Elis debulhando-se em lágrimas, tamanha a dor empregada por ela. Um violoncelo complementa a alta dose dramática da canção, com passagens encantadoras. A entrada do piano e das cordas, preenchem o espaço deixado pelo dedilhado do violão, e Elis destaca-se mais uma vez pela pesada dose emocional empregada em sua voz.

“Olhos Abertos”, de Zé Rodrix e Gutemberg Guarabira, mantém a linha calma de sua antecessora, mas não sendo uma triste canção, e sim, uma bela composição com piano e voz, onde César é a principal atração, com escalas lindas, que vão sendo construídas parece que aleatoriamente, mas formando o arranjo central da canção. Violões, baixo e percussão timidamente passam a acompanhar piano e voz, levando a canção suavemente, e ainda encantador, deixando para o refrão, com as cordas sendo encobertas pela potente voz de Elis, o ponto máximo da canção, com um encerramento arrepiante.

O blues da canção de abertura volta em “Vida De Bailarina“, de Américo Seixas e Dorival Silva, com o piano elétrico e a guitarra fazendo os acordes iniciais, acompanhados pelos brushes e pelo baixo. Elis canta despojadamente, e aos poucos, cordas são adicionadas a canção, que encerra o lado A e deixa um sorriso de prazer em seus lábios, graças aos maravilhosos minutos que se passaram.

Elis Regina e César Camargo Mariano

O Lado B abre com a fenomenal versão para “Águas De Março”, de Tom Jobim, com o violão fazendo os clássicos acordes desse verdadeiro símbolo da música nacional. Percussão, piano e baixo são adicionados à medida que Elis canta a letra da canção com uma performance única, superada apenas no seu álbum de 1974, com Tom Jobim. A entrada das cordas, junto com a percussão, piano, baixo e violão, recheiam a densa camada que é a voz da gaúcha, gravando em disco um momento singular na MPB.

Piano, cordas e violão introduzem a dramática “Atrás Da Porta“, de Chico Buarque e Francis Hime. Uma das letras mais “corta-pulsos” que já ouvi, aqui sim, é impossível não sentir as lágrimas de Elis rolando pela face. A dramaticidade do piano de César, mesclada com uma produção perfeita, que privilegia as respirações agonizantes de Elis, bem como as falhas vocais propositadamente encaixadas para passar o clima desesperante da letra, mostram em um LP como Elis foi a maior intérprete do Brasil. Cada vez que ouço ela cantando “pra mostrar que ainda sou tua, até provar que ainda sou tua“, com uma respiração que puxa a última molécula de ar que está em sua volta, um arrepio sobe por minha espinha, e o encerramento com cordas, violão e piano, é de chorar.

Depois, outra fantástica canção de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, “Cais“, com as cordas fazendo a lindíssima introdução, trazendo aos poucos Elis fazendo as vocalizações que imitam a melodia do violoncelo, enquanto violinos solam ao fundo, e o piano passa a executar a melodia das vocalizações junto com violoncelo e a voz. A densa introdução dá espaço para órgão, violão e percussão entoarem o andamento da canção, macabro, sinistro, conturbado, com Elis cantando a letra com outra interpretação fantástica.

Os tempos de samba são revividos em “Me Deixa Em Paz”, de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro De Souza, com piano elétrico, violão, baixo e percussão comandando um gostoso e engraçado samba. É impressionante como Elis podia sair do mais triste blues para o mais alegre samba com uma personalidade que caracteriza sua voz, sempre fiel ao que a letra da canção pede, ou seja, interpretações sempre perfeitas.

 

Outro clássico da MPB é revisitado, agora “Casa No Campo”, de Zé Rodrix e Tavito, com piano e violões introduzindo essa leve canção, trazendo baixo e bateria para fazer o suave ritmo que consagrou Zé Rodrix no Brasil inteiro, destacando a presença do cravo na ponte central da canção. O LP encerra-se com a vinheta “Boa Noite Amor“, de José Maria De Abreu e Francisco Matoso, apenas com o piano acompanhando a doce e triste voz de Elis, desejando um irônico “boa-noite amor, meu grande amor, contigo sonharei, e a minha dor esquecerei se eu souber que o sonho teu foi o mesmo sonho meu, boa noite amor, e sonhe enfim, pensando sempre em mim, na carícia de um beijo que ficou no desejo, boa noite, meu grande amor“, dado por uma esposa que não recebeu o carinho desejado pelo marido, o grande amor de sua vida, com um belo arranjo orquestral encerrando a canção.

 

Depois de Elis, a dupla Elis e César firmou-se como uma das principais duplas da Música Nacional. Juntos, lançaram pelo menos mais quatro álbuns fundamentais na discografia de um bom apreciador de música: Elis (1973), Elis (1974), muito próximos ao disco aqui homenageado; Falso Brilhante (1976), destacando canções de um ainda desconhecido Belchior, como “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, dando o pontapé inicial para o que tornaria-se a MPB nos anos 80; Transversal do Tempo (1978), gravado ao vivo durante o espetáculo de mesmo nome, e que é pura lisergia, com uma Elis frenética em cima do palco e com César Camargo Mariano delirando em hammond, mellotron e piano, sendo que alguns momentos desse LP beiram o progressivo, como nas lindas e, ao mesmo tempo, soturnas, “Meio-Termo“/”Corpos” ou na pancada emocional de “Deus lhe Pague“; e o mais que essencial Elis & Tom (1974), gravado em Los Angeles e que mostra aos gringos (e por que não, aos brasileiros) o melhor da música tipicamente brasileira, através das vozes de Elis Regina e Tom Jobim, com o arranjo especial de César Camargo Mariano para muitos clássicos de Jobim.

Não há dúvidas nos fãs da cantora, que sua melhor fase foi exatamente ao lado de César, e claro, que César é reconhecidamente o principal responsável pela mudança sonora de Elis, além de ter influenciado bastante no lado pessoal, servindo como braço direito para a estrela conquistar seus objetivos, algo que não ocorria na época de Bôscoli.

Elis, Maria Rita e Pedro Mariano

Os dois passaram a viver juntos logo após a gravação de Elis & Tom, tornando-se um dos casais mais admirados do país, gerando os filhos Maria Rita e Pedro Mariano. A relação entre os dois durou seis anos, até que Elis conheceu o advogado Samuel MacDowel de Figueiredo, em 1981, com quem ficou seis meses casada, vindo a falecer traumaticamente no dia 19 de janeiro de 1982, vítima de uma overdose de cocaína com bebidas alcóolicas.

Maior intérprete do Brasil

Elis é nacionalmente reconhecida, mas na data de hoje, 20 de setembro, é fundamental que seja relembrado o nome dela. Se pra a maioria dos brasileiros, essa data não signifca nada, para os gaúchos, essa data significa o marco da Revolução Farroupilha, sendo um feriado estadual. O melhor símbolo musical saído daquele estado é justamente Elis Regina, e por isso, nossa homenagem tanto à ela quanto ao Rio Grande do Sul, que possui diversos colaboradores aqui no blog.

A cantora deixou para as gerações posteriores uma carreira fabulosa, repletas de altos e mais altos ainda, e digna não apenas de um pouco de respeito nacional, mas sim, de um respeito mundial. Afinal, ainda hoje os europeus comentam sobre a pequena gaúcha, que parecia uma pimentinha de tão vermelha quando ficava brava, e que transformava toda essa fúria em uma das mais hipnotizantes performances e interpretações que o mundo já viu.

 

11 comentários sobre “A Little Respect: Elis Regina – Elis [1972]

  1. Vomity e Marcelo, obrigado pelos elogios. Elis Regina é para mim a maior intérprete da musica nacional depois dos anos 70. Ninguem até hoje conseguiu superar ela em cima de um palco, e infelizmente, eu não tive o przer de ve-la em ação ao vivo e a cores.

  2. Elis é Elis, só dá pra reivindicar algum respeito entre os fãs de rock mais fechados, pq pra quem gosta de música de forma geral já a trata no devido lugar, com bastante destaque, que é nada menos que merecido! esse disco é muito bom msm!
    Abraço!
    Ronaldo

  3. Corrigindo seu comentario Mairon
    Elis Regina é uma das maiores intérpretes da musica mundial….
    e nao é nenhum exagero dizer isso…
    poucos cantaram praticamente todos os estilos de musica como ela o fez.
    e,tenho dito……….

  4. Com certeza Comity e Marcelo, Elis é uma das maiores do mundo, como destaquei no texo "e digna não apenas de um pouco de respeito nacional, mas sim, de um respeito mundial.", o que quero dizer é qu eno Brasil NINGUÉM SUPERA ou SUPEROU Elis Regina até o momento. Já no mundo, bom, ai fic dificil, pois tem umas figurinhas como Arethra Franklin, Janis Joplin e Tina Turner (só para citar algumas) que cantam (ou cantaram) muito. Mas no Brasil, ela é inigualável!

    Abraço

  5. Não sou grande conhecedor nem muito menos apreciador do trabalho da Elis, mas APENAS a interpretação fodástica de "Como Nossos Pais" já vale a great respect pra moça!

  6. Perdi esta resenha. Acho que em 2011 ainda não conhecia o então blog. Excelente resgate, não só do disco, mas do contexto da época.

    Duas implicâncias: o melhor disco dos Stones é Sticky Fingers; Casa no Campo pode até ser uma releitura do original, mas quem lembra desta música, a não ser por esta versão excepcional de Elis!

    Há 5 anos, você já merecia parabéns, Mairon!

    1. Obrigado Eudes. Concordo que “Casa no Campo” é muito mais lembrada com a Elis do que com seus escritores originais, mas isso é mais um mérito da Elis né. Afinal, quantas faixas tem esse poder? “Upa Neguinho”, “Como Nossos Pais”, “Águas de Março”, “Cais” e por aí vai

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