Review Exclusivo: Rock in Rio (Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2011)

Review Exclusivo: Rock in Rio (Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2011)
Por Leonardo Castro
Dez anos após a sua última edição em terras cariocas, e doze após a última visita da banda à cidade, o Rock In Rio e o Metallica retornaram ao Rio de Janeiro. Apesar de toda a polêmica com o anúncio do cast do festival, desde a confirmação de bandas como Angra, Sepultura, Motorhead, e, principalmente, Slipknot e Metallica, os fãs de hard rock e heavy metal aguardavam pelo dia 25 de setembro deste ano. Os 100 mil ingressos colocados a venda se esgotaram em poucos dias, e podiam ser encontrados a preços exorbitantes em sites de leilão e redes sociais, o que demonstrava claramentea ansiedade do público para este dia.
Korzus e Punk Metal All Stars
O dia começou com uma supresa positiva. O acesso à Cidade do Rock era bem tranquilo, fato devido principalmente ao bloqueio do trânsito nas adjacências do festival. Fui de taxi até onde era possível, e após uma caminhada de 15 minutos, sem fila alguma, estava passando pelas roletas e entrando no Rock In Rio 2011. Eram aproximadamente 16:00, e o Korzus já se encotrava no palco Sunset. Cheguei em frente ao palco quando o vocalista Pompeu anunciava o primeiro convidado da tarde, o vocalista e baixista do Destruction, Schmier. Após saudar a plateia, a banda executou “Mad Butcher”. O som estava alto, mas oscilava muito e nem todos os instrumentos estavam claros. Ao fim da música, o alemão saiu do palco e a banda chamou João Gordo para cantar “Beber Até Morrer”, clássico do Ratos De Porão (banda onde João Gordo revelou-se ao mundo) que foi muito bem recebido pelo público. Ao fim da música, o vocalista deixou clara a sua insatisfação com o tratamento que as bandas nacionais tiveram durante o festival, como é possível ver em uma entrevista que o mesmo deu ao Multishow, que transmitia o evento. Na sequência, foi a vez de East Bay Ray, guitarrista do Dead Kennedys, subir ao palco para tocar “California Ubber Alles”, mas a guitarra do convidado falhou durante toda a execução da canção. Ainda assim, executaram toda a música, e o Korzus encerrou seu set com “Correria”. Apesar de não ter visto o show todo, as músicas com os convidados foram bem recebidas pelo público, e a banda deixou uma boa impressão entre os muitos presentes que não a conheciam. Pena que o som não estivesse bom. Mas, o pior ainda estava por vir.
 Angra e Tarja Turunen
Com o fim do show do Korzus, um público maior se aglomerou em frente ao palco Sunset, em uma demonstração da popularidade que tanto o Angra quanto a Tarja ostentam no Brasil. Entretanto, o que veio em seguida foi uma decepção para todos que aguardavam este encontro. O Angra subiu o palco com “Arising Thunder”, de seu último álbum, com o violinista convidado Amon Lima, mas era praticamente impossível ouvir a banda. O som estava baixo, distorcido e os instrumentos falhavam constantemente, tornando impossível compreender alguma coisa. Os fãs tinham a esperança que o som melhorasse a partir da segunda música, mas a clássica “Angels Cry” teve início e o mesmo não apresentou nenhuma melhora. Já irritado, o público pedia para que o som fosse aumentado, e tentava sinalizar para a mesa de som e para a banda, que parecia não perceber o quão ruim o som estava para a plateia, para que algo fosse feito. Em vão. Posso afirmar que fui a praticamente todos os grandes festivais de rock ocorridos no Brasil desde 1994, e nunca havia visto um show com uma qualidade de som tão ruim. Mesmo em eventos underground, onde nem sempre o som é bom, vi ou ouvi algo parecido. Um enorme desrespeito com a banda e, principalmente, com os fãs.
Contudo, o show continuou, e a banda chamou a convidada internacional ao palco. Entretando, o som continuava tão ruim que até alguns fãs mais antigos tinham dificuldade para reconhecer a primeira música que tocaram juntos, “Spread Your Fire”. Em seguida, a banda e a vocalista executaram o cover de “Wuthering Heights”, de Kate Bush, mas continuava impossível ouvir alguma coisa. Devido a isso, muita pessoas desistiram de ver o show, e eu fui uma delas.
Ao chegar em casa, li os comentários sobre a péssima perfomance da banda e, em especial, do vocalista Edu Falaschi. Mas, sinceramente, era impossível para quem estava no festival avaliar a banda com a qualidade de som que chegava ao público. Como disse anteriormente, uma total falta de respeito com a banda e com a plateia, principalmente com quem viajou ou chegou cedo para ver o encontro do grupo com a vocalista finlandesa. Saindo do palco Sunset em direção à Rock Street, era possível assistir ao show nos telões do palco principal, o palco Mundo, onde inacreditavelmente a qualidade do som era muito melhor que em frente ao palco Sunset. Como eu não havia saído de casa para ver o show por um telão em outro palco, resolvi passear pela Cidade do Rock, ao invés de assistir ao resto do show.
A Cidade do Rock
O local onde a Cidade do Rock foi construida é bem amplo, e capaz de acomodar as 100 mil pessoas tranquilamente. Ainda assim, alguns pontos do projeto deixaram a desejar. Havia diversas opções de comida em toda a cidade, mas as filas eram intermináveis. Felizmente, era possível comprar bebidas com vendedores ambulantes, mas para comprar um sanduiche era necessário ficar ao menos 50 minutos na fila.
O espaço em frente ao palco Mundo era bem amplo, mas a transição do palco Mundo para o Sunset e a Rock Street eram bem estreitos se levarmos em consideração a quantidade de pessoas transitando por ali. As atrações como a tirolesa e a roda gigante também tinham filas intermináveis, e as pessoas tinham que escolher entre assistir aos shows ou ficar nas filas.

Gloria e Coheed and Cambria
Devido ao péssimo som do show do Angra, o show do Sepultura atrasou em mais de uma hora. Como não tinha certeza se o som melhoraria no palco Sunset, achei melhor perder o Sepultura e conseguir um bom lugar em frente ao palco Mundo, onde as atrações principais da noite se apresentariam.
Quando o Gloria subiu ao palco, cercados de desconfiança por boa parte do público, pelo menos uma coisa ficou clara: os problemas de som do palco secundários não se repetiriam no palco principal. A banda começou a sua apresentação com um som forte, nítido e, principalmente, alto! O Gloria executa um misto de nu-metal com hardcore melódico, soando como uma mistura de Killswitch Engage, Avenged Sevenfold e dos últimos discos do In Flames. As músicas tem passagens brutais e outras mais melódicas, principalmente os momentos cantados pelo guitarrista, com a voz mais limpa, em contraste aos gritos do vocalista principal. 
Contudo, a banda ganhou a simpatia de boa parte da plateia ao executar um medley com “Domination” e “Walk”, do Pantera. O solo de bateria de Eloy Casagrande, que também toca na banda solo de André Matos, também supreendeu muita gente. Mas, no geral, mesmo com a ótima qualidade de som e a perícia dos músicos, pouca gente se empolgou com a apresentação do grupo.
Contudo, comparado ao Coheed and Cambria, o show do Gloria pode ser considerado um sucesso absoluto. É inexplicável como uma banda tão inexpressiva tenha conseguido uma vaga no festival, ainda mais no palco principal. Por mais que alguns vejam influências de Thin Lizzy e Rush no som dos americanos, as composições do grupo não empolgaram em nenhum momento. Na verdade, a única reação positiva da plateia foi quando a banda tocou um pedaço de “The Trooper”, do Iron Maiden.
Aproveito para deixar a minha indignação com o fato de tanto o Gloria quanto o Coheed and Cambria, bandas iniciantes e sem história, tocarem no palco principal, com toda a qualidade de som, enquanto o Angra e o Sepultura, baluartes do estilo no Brasil, sofriam com as condições do palco Sunset. Independente de gosto pessoal ou da apresentação que fizeram, ambos mereciam estar no palco principal no lugar das duas bandas supracitadas, com condições de fazer uma apresentação melhor para seus fãs, muito mais numerosos que os das duas bandas somados.

Motorhead
Finalmente uma banda digna de tocar em um palco com a estrutura do Mundo entrava em cena. E entraram da melhor maneira possível, destruindo tudo com “Iron Fist”. O som, inexplicavelmente, estava mais baixo e irregular do que o das duas bandas anteriores, o que irritou Lemmy diversas vezes durante o show. A sequência com “Stay Clean” manteve os ânimos em alta, mas era evidente que muitos presentes não conheciam tão bem a carreira da banda. Então, quando a banca executou músicas mais recentes como “Get Back In Line” ou “I Know How To Die”, a reação da plateia esfriou um pouco, mas clássicos como “Metropolis” ou “The Chase Is Better Than The Catch” recolocavam as coisas nos trilhos. Também foi interessante notar como boa parte da comunicação da banda com a plateia foi feita pelo guitarrista Phil Campbell, e não pela lenda Lemmy Kilmister. O solo de bateria de Mikkey Dee foi feito durante a execução de “In The Name Of Tragedy”, que antecedeu a sequência final matadora: “Going To Brazil”, “Killed By Death”, “Ace Of Spades” e “Overkill”, a útima com a presença de Andreas Kisser. Em resumo, foi um show curto para uma banda com a história do Motorhead, e até por isso, vários clássicos ficaram de fora.
Slipknot
Após o Motorhead, era a vez do Slipknot. Confesso que fiquei surpreso ao chegar na Cidade do Rock e ver tantas camisas da banda. Com certeza, era a apresentação mais esperada da noite depois do Metallica.
Aqui, eu me permito confessar algo: nunca havia ouvido um disco completo da banda até o dia do show, e conhecia apenas uma ou outra música, que jamais me empolgaram o suficiente para correr atrás do material do grupo. Sempre os achei exagerados, com gritos demais, efeitos demais, barulho demais. Até o dia do show. Na verdade, não curto nenhuma das bandas que eram comparadas a eles, como Korn ou Coal Chamber, por isso, confesso que fui ao show achando que iria odiá-lo.
Contudo, o que vi no palco do Rock In Rio foi uma apresentação fenomenal. Uma banda pesada, entrosada e, principalmente, carismática, que teve o público na mão o tempo todo. Vi pela televisão o vocalista Corey Taylor com a sua outra banda, Stone Sour, no show do dia anterior, e não achei nada demais. Entretanto, com a máscara e o uniforme, o mesmo homem se transforma em outra pessoa. A atitude de toda a banda no palco impressiona, assim como a pirotecnia e a agressividade da música. Ainda assim, é impossível não destacar Corey e o baterista Joey Jordison, outro monstro. O show inteiro foi surpreendente para mim, que nunca havia os visto ao vivo, mas foi a sequência final, com “Duality”, “Spit It Out” e “People = Shit” que me ganhou de vez. Não sei se vou curtir tanto ouvindo em casa, mas ao vivo, a banda funciona extremamente bem, e foi a grande surpresa da noite para mim.
Metallica
É até dificil descrever o que se sente quando faltam poucos minutos para ver a banda responsável por boa parte da trilha sonora da sua adolescencia entrar no palco. Ainda que nos útlimos 15 ou 20 anos a mesma tenha dado inúmeras pisadas na bola, não tinha como não ficar arrepiado quando os primeiros acordes de “The Ectasy Of Gold” ecoaram pela Cidade do Rock, acompanhado da clássica cena do filme Três Homens Em Conflito no telão. Com o fim da composição de Ennio Morricone, a banda entrou no palco com tudo com a clássica “Creeping Death”, que teve 100 mil vozes gritando “Die! Die! Die!” em sua passagem mais lenta.
As mesmas 100 mil vozes gritaram em êxtase aos primeiros acordes de “For Whom The Bell Tolls”, executada na sequência. Ainda que Reload seja desprezado por boa parte dos fãs da banda, a música seguinte, “Fuel”, foi muito bem recebida, mantendo o ânimo em alta. James Hetfield agradece a presença de todos, e anuncia que vão tocar uma música mais antiga, e o sensacional riff de “Ride The Lightning” explode nos alto falantes, para a alegria dos fãs mais velhos. Mais uma de Ride The Lightning veio em seguida, uma das mais belas semi-baladas do heavy metal, “Fade To Black”. É impossível não citar a precisão dos solos de Kirk Hammet, todos perfeitos como os gravados em disco.
Após o início matador, com 4 músicas de um dos seus melhores álbuns, a banda anuncia que vai tocar algumas músicas de seu disco mais recente, Death Magnetic. Felizmente, as escolhidas foram duas das melhores do álbum, “Cyanide” e “All Nightmare Long”, sendo que a última já é considerada por muitos fãs um novo clássico da banda. “Sad But True” foi a seguinte, e teve seu refrão entoado por todos os presentes. Mas um dos melhores momentos da noite foi com a excepcional “Welcome Home (Sanitarium)”, tanto em seu começo lento quanto em sua parte mais rápida, uma dose de Metallica clássico em sua melhor forma.
A instrumental “Orion” foi executada em homenagem a Cliff Burton, deixando muitos fãs emocionados. Robert Trujillo, ainda que não agrade a todos os fãs, teve uma performance segura, e reproduziu as partes do saudoso baixista com precisão e respeito. Uma bela homenagem a um músico que deixou muita saudade.
A sequência seguinte foi para matar do coração qualquer fã da banda: as obrigatórias “One” (com direito a explosões e piroctenia) e “Master Of Puppets” foram seguidas da excepcional “Blackened”, em versões extremamente rápidas e pesadas. “Nothing Else Matters” acalmou os ânimos e preparou o terreno para o maior sucesso da carreira da banda: “Enter Sandman”, que deve ter sido ouvida até por quem mora no Amazonas, dado a forma que o público cantava o seu refrão.
Após um breve intervalo, a banda voltou ao palco e anunciou que tocariam uma música de uma das suas principais influências, o Diamond Head. A escolhida foi “Am I Evil”, presente nos shows da banda desde a sua formação.
Até então, confesso que estava achando o show sensacional, mas sentia falta de músicas mais rápidas, mais thrash metal. Ainda que “Creeping Death” e “Blackened” representem o estilo, boa parte das músicas escolhidas pela banda eram mais cadenciadas, mais heavy do que thrash metal. E entao, eis que os reis atendem ao meu pedido da melhor maneira possível: “Whiplash”, em uma versão visceral, para lavar a alma de quem, como eu, torcia por músicas mais rápidas no show. Não tem como ser mais thrash metal do que “Whiplash”.
Duas horas após o seu início, o show chegava ao seu fim, e a banda pede para que todo o público os ajudem a cantar “Seek and Destroy”. E com ela eles se despedem do público, não sem antes afirmar que voltarão ao Brasil em breve. Um show histórico, que certamente jamais será esquecido por quem esteve lá.

4 comentários sobre “Review Exclusivo: Rock in Rio (Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2011)

  1. Ótimo resumo de tudo Leonardo. O show do Angra tá dando o que falar, o do Sepultura achei muito legal. O Gloria achei uma bosta. Gostei do Coheed and Cambria. pelo menos assistindo pela tv deu para ter uma boa noção do tipo de som dos caras e já estou correndo atrás de algumas coisas deles, mas concordo com vc que eles são uma banda irrelevate para ter o tratamento que tiveram. Também não gosto de Slipknot, mas é impossível dizer que o show dos caras foi ruim. E shows excelentes de Metallica e Motorhead já eram esperados….

  2. Realmente, bela descrição, sucinta e sem polêmicas ou algo do genero. Parabens Leonardo. Tb concordo que o Angra e o Sepultura mereceriam e DEVERIAM estar no palco mundo, nao no Sunset. Assistir motorhead e metallica no mesmo dia deve ter deixado muita gente com o pescoço doido no dia seguinte. Só o metallica ja basta par isso. Falem o que falarem, o metallica no palco é hoje uma das melhores performances, dando ao fã aquilo que ele quer (como o leo muito bem descreveu) e mesmo ja estando meio velhinhos, ainda tocando um thrash metal matador como Whiplash.

    Lamentavel a globo comprar os direitos e nao transmitirem todos os shows. Enfim, estou ansioso para ver o Guns novamente (em 91 e em 2001 assisti ao vivo pela tv, esse ano nao vai ser diferente) e tb podiam ter colocado o Judas para tocar no RIR (as melhores apresentações no rock in rio II e III foram de algo relacionados ao Judas), mas enfim, que os organizadores se conscientizem de que o Rock in Rio tem q ter ROCK e nao outras porcarias que rolaram (e rolarao) por la

  3. Acompanhei o festival quase todo o dia, via streaming e via televisão, então registro aqui minhas impressões:

    Korzus: começou bem, apesar do som (ao menos na transmissão) estar bem ruim. Dificilmente se ouvia mais que três canais. A partir da entrada dos convidados, a coisa degringolou de vez, e a deficiência técnica da produção ficou mais evidente. Entretanto, o Korzus conseguiu segurar bem a apresentação tendo em vista as condições.

    Angra: aí a porca torceu o rabo… entendo que a precariedade técnica tenha prejudicado o grupo, mas é difícil mensurar o quanto disso é justificável, especialmente em se tratando do desempenho de Edu Falaschi. Em compensação, mesmo com isso, os guitarristas Rafael e Kiko mantiveram a qualidade que lhes é notável (quando era possível ouvi-los!).

    Sepultura: não prendeu minha atenção, especialmente devido à desnecessária presença dos convidados Tambours du Bronx, tipo de parceria que já saturou em se tratando de Sepultura. Mas a banda foi ruim? Nem a pau! Merecia o Palco Mundo, mas sem convidados, e com um set maior.

    Gloria: do pouco que vi, pareceu uma bandinha forçada, chata, irritante mesmo, em especial o guitarrista que faz os vocais chorosos, algo que normalmente abomino. Tentaram ganhar o público tocando Pantera, algo que pelo visto não foi muito bem sucedido. Eloy Casagrande merece tocar em uma banda bem melhor.

    Coheed and Cambria: vi menos ainda, mas o pouco que assisti posso resumir em uma palavra: CHATO!

    Motörhead: apresentação simples, sem frescuras ou muita interação, mais contemplativo do que para agitar. Exatamente o que eu espero de um show do Motörhead. Tem que dar muito errado pra ser ruim, e felizmente tudo correu bem, exceto por algumas oscilações no volume do baixo de Lemmy. Phil Campbell é ótimo, e Mikkey Dee é, com perdão do clichê, um trator humano mesmo.

    Slipknot: quando conheci a banda, na época de "Iowa" (2001), não gostei do que ouvi. Coloquei no mesmo balaio das bandas de nu metal, que estavam em alta na época, e não procurei me informar melhor a respeito. Com o tempo, a onda passou, bandas terríveis como Limp Bizkit e Papa Roach saíram dos holofotes, mas o Slipknot permaneceu, cada vez maior. Primeiro, reconheci o talento de Corey Taylor, um ótimo vocalista, e depois percebi que algumas músicas soavam sim muito interessantes. A apresentação no Rock in Rio foi bastante energética, caótica e ao mesmo tempo entrosada, mostrando que aquele monte de gente no palco não está lá só para fazer número. Certamente vou correr atrás de conhecer melhor o grupo.

    Metallica: ah… preciso comentar? os vi em 2010 e os verei novamente quantas vezes aportarem por aqui. A quem não curte, só tenho a lamentar.

  4. Fico meio sem condições de opinar sobre essa noite do RIR, pois assisti apenas ao Sepultura (pela internet) e ao Metallica (por download do show).

    Não gostei do show do Sepultura, não por causa do Tambours Du Bronx, que deu mais peso a algumas músicas, embora tenha nos empurrado aquela intro chata e duas músicas deles que não acrescentaram nada. Nem por caus ada performance dos músicos, que foi irretocável. Mas o set list escolhido foi péssimo, e, se queriam privilegiar a fase do Derrick na banda, tinham músicas melhores para tocar do que as escolhidas. Se queriam tocar cover gravado no último álbum, o do Ministry é muito melhor que o do Prodigy. E, se fosse para chamar o Mike Patton no palco, que fosse para tocar "Mine" ou "Lookaway", onde ele participaria efetivamente, não ficaria perdidaço no palco como ficou em "Roots Bloody Roots". O show do grupo no Wacken desse ano foi muito melhor…

    Já o show do Metallica foi clássico, e "Orion" dedicado a Cliff foi de arrepiar e emocionar. Sensacional!

    Em tempo, o pouco que vi do show do Angra foi realmente duro de aguentar!

    Parabéns pelas descrições, Leonardo!

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