Maravilhas do Mundo Prog: Patrick Moraz – Indoors [1976]
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Moraz e sua paixão pela percussão quando menino |
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Mainhorse: Bryson Graham, Patrick Moraz, Peter Lockett e Jean Ristori |
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O ótimo Refugee |
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Moraz e sua paixão pela percussão (já adulto) |
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Encarte de Story of i |
O lado A de Story of i (faixa 1 a faixa sete) conta como funciona a Torre, enquanto o lado B traz a fuga do casal de dentro da mesma. As pequenas canções vão intercalando-se umas com as outras, em um ritmo frenético, com destaque para canções como “Warmer Hands”, com um belo arranjo vocal, “Cachaça (baião)”, destacando instrumentos como agogô, afoxé e cuíca, “Intermezzo”, uma belíssima peça clássica no moog, “Descent”, uma peça no moog que apresenta parte do solo que Moraz fazia durante sua apresentação individual nos shows do Yes, repleta de virtuosismo, “Impressions (The Dream)”, que resgata o tema de “Descent”, porém ao piano, além de destacar o lado jazzístico de Moraz, a bela balada sessentista “Like a Child is Disguise” e a complexa “Rise and Fall”.
Mas nenhuma das canções é tão bela e encantadora quanto “Indoors”. O longo acorde de moog logo na introdução é seguido pela levada de Mouzon, característica de seus tempos ao lado do grupo The Eleventh House, com Berlin fazendo a marcação no baixo e com DeAnthony fazendo um dedilhado na guitarra. O ritmo da canção lembra muito Mahavishnu Orchestra, e o destaque inicial é para o solo de moog feito por Moraz. Gomez então passa a solar, na guitarra, e assim, começa uma longa batalha entre moog e guitarra, um instrumento com mais virtuosismo que o outro, repetindo-se durante quatro vezes, com Mouzon e Berlin sendo uma cozinha fantástica de ritmo, precisão e técnica, onde Mouzon estraçalha os pratos, a caixa e os bumbos, enquanto Berlin vai fazendo a sombria marcação, acompanhado pelo dedilhado de DeAnthony.
A sequência do duelo entre moog e guitarra encerra em um agitado jazz-rock, com Moraz solando no sintetizador, trazendo a voz de Vivienne cantando a pequena letra da canção, para Moraz solar no moog (no mesmo timbre do solo da clássica “Sound Chaser” de Relayer). Vivienne retorna com a letra e Moraz passa a solar com dois moogs diferentes, fazendo duelos com o baixo em escalas intrincadas e muito velozes, enquanto Mouzon acompanha a loucura do jazz-fusion progressivo de Moraz com uma técnica fantástica.
Por fim, longos acordes de sintetizador encerram a canção, levando para a balada “Best Years of Your Lives”, que dá ao ouvinte a oportunidade de recuperar o fôlego depois da agitada sessão de pouco mais de três intensos minutos de “Indoors”, auxiliado pelo final do Lado A do LP.
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O interior de Story of i, contando um pouco mais da história |
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Moraz com o Vímana (primeiro da esquerda para a direita). Lobão está ao lado de Moraz, e Lulu Santos esta de calças vermelhas. |
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Moraz e seus teclados |
Oi, Mairon
Acho esse disco maravilhoso, pena que vários progheads tenham preconceito com esse album por causa da presença de percussão brasileira.Quanto ao Vimana, recomendo que você entre no Google e escreva "Eldopop entrevista Vimana" e poderá ouvir uma entrevista de cerca de 45 minutos da banda com Dj Big Boy e tocando várias musicas do album que eles gravaram na época e uq permanece inédito até hoje.
Abs
André Luiz
Mairon, curti muito o texto! o Patrick é um dos meus tecladistas favoritos e nesse disco toca com um dos meus batera favoritos, o monstruoso Alphonse Mouzon. Preciso urgentemente conhecer esse disco, o Out in the Sun eu conheço, esse já não curto muito (não pelo fato de ter percussão). Essa dica do André Luiz é muito quente, essa entrevista é maravilhosa e as músicas que os caras apresentam lá idem, o Vímana era foda!
Abraço!!!
Em um livro que eu li,sobre o Rock nacional dos anos 80,se conta uma história,que Lobão,teria tido,um caso com a esposa de Patrick Moraz!!Nesse livro,se conta,que Patrick,iludiou os caras do Vímana,dizendo,que eles seriam maiores do que o Yes,uma ilusão que estava bem distante
O Lobãao,nessa época,sofria de disritmia cerebral,e era o Richie,quem administrava,os medicamentos,do Lobão!!O cara,era uma espécie,de amigo,babá!!
Essa banda,era uma reunião,de malaas,da música brasileira.Lulu Santos,é um chaato de galocha,o cara se acha,só fala asneiras,em suas entrevistas.Lobão,então,nem se fala.Arrogante,convencido,e desafinado,com seu intelectualismo,de mesa de bar,e malandragem carioca.
Faz séculos que não ouço esse disco. Inclusive procurei nos meus arquivos pra re-ouvir e não o encontrei. Tratei de baixar novamente! Não tenho claro na memória o som desse disco ou a impressão que ele me causava, só lembro da presença da musicalidade brasileira, inclusive um canto pra Ogun Beira-Mar. Isso me surpreendeu na época.
Em tempo: a melhor performance de teclado do Yes é essa do Relayer!