Review Exclusivo: Ringo Starr and The All Starr Band (São Paulo, 12 de novembro de 2011)

Review Exclusivo: Ringo Starr and The All Starr Band (São Paulo, 12 de novembro de 2011)
Por Davi Pascale *
Após décadas de espera, finalmente o beatle Ringo Starr resolveu se apresentar no Brasil. O nome de sua banda já dava a dica, mas muitos não entenderam. Talvez por não acompanharem sua carreira-solo (esse projeto já é bem antigo…) e/ou esperarem o mesmo tipo de espetáculo apresentado pelo também ex-beatle Paul McCartney. Quem continuou acompanhando o trabalho do músico já sabia o que esperar e saiu da casa de espetáculos mais do que satisfeito.
O line up da All Starr Band não é fixo. Ao longo dos anos, inúmeros artistas já participaram do projeto. O conceito? Uma banda formada somente por estrelas. Nessa temporada, juntaram-se ao ex-Beatle: Gary Wright (Spooky Tooth), Edgard Winter, Rick Derringer (The McCoys), Wally Palmar (The Romantics), Richard Page (Mr. Mister), Gregg Bissonette e Mark Rivera (Billy Joel). Durante quase duas horas de show, quem compareceu ao evento pode deliciar-se com músicas da carreira-solo de Ringo, sucessos dos Beatles e dos demais músicos que completam a banda.
Até o pandeiro é uma estrela no show de Ringo Starr
A noite teve início com “It Don´t Come Easy”. Sem atrasos, o garoto de Liverpool subiu ao palco alegre intercalando suas dancinhas com pulos de empolgação. Sim, Ringo também estava feliz por estar ali. A alegria durou toda a apresentação. Em todas as vezes que o músico foi ao microfone, soube arrancar risos da plateia com seu humor típico. Por mais de uma vez, ouviu-se a plateia gritando seu nome em coro. Parece que a nova geração realmente respeita Ringo.
Belíssima visão do palco
Quem pensa que os hits dos outros integrantes são para tapar buraco e que o músico inglês aproveita para descansar em seu camarim se deu mal. A única música que ele não participa é a instrumental “Frankstein”, hit do multi-instrumentista Edgard Winter. Nas demais canções, Ringo Starr vai para bateria, instrumento que o tornou famoso, e as acompanha junto com Gregg Bissonette. Richard Starkey nunca foi um baterista virtuose e por isso muitos tendem a não respeitá-lo como músico. Nos fóruns, era possível ler frases como “Onde está graça em ir ao show do Ringo“, “Desde quando esse cara é músico“, etc. Nesse momento, nos damos conta que o preconceito ainda permanece. É nítido que muitos ainda não entendem sua arte. Embora não fosse um músico de muitas acrobacias, o rapaz de Liverpool sempre foi criativo e preciso. No palco, os músicos parecem entender essa lógica e dirigem-se a ele com respeito único. Por mais de uma vez, utilizam o termo figura lendária.
Ringo e a camisa homenageando o Beatles
Ringo Starr ficou conhecido por ter sido parte de uma das bandas mais populares e influentes da história do rock. Sendo assim, era de se esperar que algumas músicas do quarteto de Liverpool fizessem parte da apresentação. Ringo sabe da importância do grupo em sua carreira e, por vezes, brincava com a platéia como ao introduzir Yellow Submarine: “se vocês não conhecem essa próxima música, vieram ao concerto errado”.
A noite encerrou em grande estilo com outro clássico dos Beatles: “With a Little Help From My Friends”. No final da canção, os músicos emendaram um pequeno trecho de “Give Peace a Chance” (John Lennon). Ringo, que já havia saído do palco, voltou correndo para cantar o refrão uma vez junto com a plateia que gritava o verso uníssono. Com casa lotada e com uma banda de altíssimo nível, Ringo Starr fez uma apresentação memorável.
Ringo no instrumento que o consagrou
Setlist:
It Don’t Come Easy
Honey Don’t
Choose Love
Hang On Sloopy
Free Ride
Talking in Your Sleep
I Wanna Be Your Man
Dream Weaver
Kyrie
The Other Side Of Liverpool
Yellow Submarine
Frankenstein
Back Off Boogaloo
What I Like About You
Rock and Roll, Hoochie Koo
Boys
Love Is Alive
Broken Wings
Photograph
Act Naturally
With a Little Help from My Friends / Give Peace a Chance
* fotos dos sites virgula.uol.com.br e musica.uol.com.br

4 comentários sobre “Review Exclusivo: Ringo Starr and The All Starr Band (São Paulo, 12 de novembro de 2011)

  1. Vi o Paul ano passado, e por nao mais morar em Porto Alegre, nao vi o Ringo. Como o preço estava salgado, acho q tb nao iria ir. De qqer forma, acho estranho que da vez do Paul, o rebuliço por ter "um beatle na capital gaucha" foi enorme, e agora, o coitado do Paul passou despercebido. É o q da ser uma bandinha de um ou dois hits (hahahahaha). Falando serio, é comrpeensivel que Paul > Ringo, mas o Ringo talvez musicalmente falando, com essa banda, devfe ter proporcionado um show na altura do que o Paul fez. Ele nao era o mais talentoso dos 4 (tarefa do George), mas esse show, com as figuras q estao lhe acompanhando, deve ter sido muito bom.
    Gostei dos detalhes estrelares no palco, e parabens pelo texto Davi!!

  2. Ringo é demais.
    Baterista respeitado por músicos e não pelos Zé Manés. Prefiro assim, lógico.
    Como em toda atividade tem que existir um Rubens Barrichello para pegarem no pé, o Barrichello do rock parece ser o Ringo. Pena (no caso do Ringo e também do Barrichello. Dois caras legais e ótimos no que fazem).

  3. SE UM BEATLE FIZER UM POLE DANCE OU ACROBACIAS VAI TER UM MONTE DE OTARIO ACHANDO O MAXIMO

    DECADAS DE ESPERA QUE PIADA.

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