O retorno do Black Sabbath
Por Pablo Ribeiro
Formado em 1968, na cidade de Birmingham, situada no leste da Inglaterra, o Black Sabbath tornou-se – ainda nos anos 70 – uma entidade além da música, exercendo uma enorme influência na criação e desenvolvimento do que viria a ser o Heavy Metal, e seus consequentes desdobramentos de estilo. Entre 1970 e 1978, o quarteto, então formado pelo guitarrista Francis Anthony Melby “Tony” Iommi, o baixista Terence Michael Joseph Butler, o baterista William Thomas “Bill” Ward, John Michael “Ozzy” Osbourne (vocais), lançou 8 discos de estúdio, sendo cinco deles, exatamente os cinco primeiros, fundamentais em qualquer prateleira de fã de rock com alguma pretensão mais séria.
Depois do último LP desse período, Never Say Die, lançado em 1978, Iommi seguiu com o Sabbath, ora contando com alguns dos integrantes de sua primeira fase, ora como único membro remanescente, mas sempre produzindo material de qualidade indiscutível – algumas vezes mais, outras menos. Já Ozzy seguiu em carreira solo, oscilando entre excelentes lançamentos, e palhaçadas homéricas – como o Reality Show “The Osbournes”. Durante os anos subsequentes, várias foram as tentativas de retorno da formação clássica do Black Sabbath, a primeira a ultrapassar os simples rumores, aconteceu em 1985, por ocasião do festival beneficente “Live Aid”. O grupo tocou apenas 3 músicas: “Children Of The Grave“, “Iron Man” e “Paranoid”, mas foi o suficiente para fortes boatos de uma reunião de fato e um possível disco de estúdio com material inédito. Boatos logo desmentido tanto pela parte do Sabbath quanto de Ozzy.
Seis anos depois, mais lenha para a fogueira: Ozzy prometia (e não cumpriu) a despedida dos palcos, e como forma de comemorar o passado e presentear os fãs com uma despedida à altura de sua carreira, reuniu-se novamente com o Black Sabbath em um de seus shows para tocar alguns clássicos de sua ex-banda. “Black Sabbath” desse show, acabou gravada e lançada em Live & Loud, disco ao vivo do vocalista, lançado em 1993.
Mais uma vez as esperanças de um retorno efetivo vão por água abaixo, e dessa vez, ainda culminam com uma nova saída de Ronnie James Dio da banda (a primeira foi em 1983). Cinco anos se passam e a novela da possível reunião tem mais um capítulo. Desta feita, de uma forma mais concreta, com o lançamento do duplo ao vivo sintomaticamente intitulado Reunion. Gravado na cidade natal dos músicos, Reunion traz, além de vários clássicos indispensáveis da carreira do grupo, surpresas como “Dirty Women” e “Spiral Architect”. Guardadas para o final do disco, o motivo de alvoroço entre os fãs: As faixas de estúdio inéditas “Psycho Man” e “Selling My Soul“, gravadas em 1997. Ambas preservam o espírito do clássico Black Sabbath dos anos 70, mas com o clima contemporâneo (e não “modernoso”) do final do século XX, honrando a história do quarteto.
Apesar da grande expectativa de uma real volta com um disco inteiro de músicas inéditas, e consequente reunião, a partir de 1997, Black Sabbath e Ozzy Osbourne tocariam juntos apenas sets curtos no festival “Ozzfest”, mas nada de disco novo. Em 2002, foi lançado Past Lives, disco duplo ao vivo contendo faixas gravadas nos anos 70, um verdadeiro tesouro para os fãs. Neste meio tempo, Osbourne e sua esposa/empresária/dona processaram Iommi pelos direitos do nome/marca “Black Sabbath”. Iommi, evitando perder tempo/dinheiro reuniu-se com Butler e Vinny Appice, (não por acaso a terceira formação instrumental do Black Sabbath) convocando novamente o vocalista Ronnie James Dio, formando a banda chamada “Heaven and Hell”, lançando um disco de estúdio e mais dois “ao vivo”.
Imediatamente após o falecimento de Dio, em maio de 2010, fortes rumores sobre uma nova reunião da “fase Ozzy” começaram a circular. Primeiramente desmentida pelos integrantes da banda, muitos comentários aleatórios davam pistas de que a tão aguardada volta estava, sim, por acontecer.
O anúncio da “reunião” do Black Sabbath, divulgado através de uma coletiva de imprensa acontecida no último dia 11/11/11, depois de uma “contagem regressiva” no site oficial do grupo, não foi exatamente uma surpresa para os fãs da banda, e aqueles com algum conhecimento de rock em geral, e que acompanham regularmente os acontecimentos referentes ao gênero. Em realidade, nem se trata exatamente de uma “reunião” propriamente dita, uma vez que esse mesmíssimo grupo vem tocando com regularidade no festival intinerante “Ozzfest”, como citado anteriormente.
O que torna o anúncio do tal retorno tão impactante, é o fato de que, dessa vez trata-se não somente de alguns shows curtos, uma vez por ano, no referido festival. A coisa agora é pra valer! Uma turnê, completa, passando por vários países através do globo, contando com um set completo.
Mas a principal notícia, a que, no final das contas criou um maior alvoroço, é que essa turnê em questão não só serviria para os velhos – e seminais – clássicos do quarteto de Birmingham, mas em primeira instância, para promover um novo álbum de estúdio contando com Ozzy, Iommi, Butler e Ward, o primeiro desde o derradeiro Never Say Die. Segundo o produtor Rick Rubin – responsável também pela produção do mega-clássico Reign In Blood do Slayer – já há bastante material composto, e logo o processo de gravação começaria, para um possível lançamento nos primeiros trimestres de 2012.
Se levarmos em consideração o rol de clássicos fundamentais lançados pelos quatro entre 1970 e 1978, a expectativa é enorme. E não seria exagero nem estupidez apostar uma soma alta na possibilidade de um disco absurdo de bom, e talvez até, um clássico moderno. Resta esperar… E torcer para que o Sabá Negro baixe no Brasil!
"Black Sabbath e Ozzy Osbourne tocariam juntos apenas "sets" curtos no festival intolerante "Ozzfest", mas nada de disco novo"
Intolerante!?!?!?! Hahaha….
Acho que ese intolerante aí saiu por causa da treta com o Iron né? hehehe
Erro de correção. ITINERANTE é a palavra. Desculpem à todos pela falha.
Ja foi corrigido, foi falha do editor (no caso, eu)
Tem muito neguinho correndo atrás de ingressos para essa tour. Um amigo meu já deve ter garantido o espaço dele em Bercy, na frança. Espero que venha para o Brasil, se não, o blog vai ter que dar um jeito de me enviar para a europa para resenhar esse showzaço, hahahaha
Olha o notícias fictícias se realizando ai gente
http://consultoriadorock.blogspot.com/2011/08/noticias-ficticias-que-gostariamos-que.html
Será que um disco de inéditas iria soar mais como o Heaven and Hell ou como o Scream? Acho q ficaria mais Heaven and Hell
Perguntinha: Ozzy tocaria algo do Dio? E do Tony Martin???? Queria ver e ouvir ele cantar Trashed.
Ah, tá, Mairon! A vida inteira tu desprezou o Black Sabbath com Ozzy dizendo que até o do Tony Martin é melhor e agora quer ir para a Europa cobrir o show… bem capaz!
Tem muita gente mais fã dessa fase e mais capaz de fazer uma resenha como o espetáculo merece na tua frente dentre os colaboradores do blog, incluindo eu… Tu tá lá no fim da fila, mano! Nem te empolga…
Na expectativa de que um novo álbum seja algo digno da carreira do grupo nos anos 70, o que bastaria para ser histórico!
Só porque o blog tá rico os caras tão se escalando para tudo. TEmos que ver as prioridades…E parece-me que está na hora do blog me mandar para ver o Wacken Open Air lá na Alemanha. Isso é prioridade.
Sobre o Sabbath…se o disco for do nível de um Dehumanizer já tá bom…
Mas, Bueno, uma pessoa só não consegue cobrir o Wacken inteiro.. tem que ser no mínimo uns três… como o Mairon só ouve Prog, o Diogo só AOR, e o Daniel só Iron Maiden, sobramos eu e você que conheçam as bandas do cast… embracamos quando?
Não era bem eu que ouvia Sabbra Cadabra ou After Forever e não gostava, e pior, dizia que uma banda que tocava aquele blues cheio de ruídos de The Warning, e que tinha um vocalista desafinado para cantar Evil Woman (Don't Play Your Games With me) não merecia vossa atenção. Não era bem eu.
Claro que prefiro a fase Dio, mas o que o Black Sabbath fez com o Ozzy, principalmente nos citados cinco primeiros e nos para mim, melhores discos do Sabbath (a saber Technical Ecstasy e Never Say Die), é suficiente para eu me motivar a ir até a África ver esse show, já que não querem me mandar para a europa …
o Wacken só tem bandinha furreca, portanto, eu não me importo que o Micael, O fernando e o Thiago vão nesse eventinho sem graça
O disco novo provavelmente vai seguir uma linha como as músicas inéditas de "Reunion", peincipalmente "Psycho Man" ("Selling My Soul" tem aquela bateria eletrônica murrinha). Ozzy NÃO vai cantar musicas da era Dio pra frente. Sempre se recusou a faze-lo, e não creio que isso vá mudar agora. Além do que, a "fase Ozzy" do Sabbath tem músicas mais do que sufcientes para preencher 2 horas (se tanto) do show.
Treta de irmãos sobre black sabbath parece episódio do Supernatural. Sugiro que o blog compre um Opala 76 para que o Mairon e o Maicon se desloquem para irem cobrir o show.
Negativo, Gaspa! Se for para comprar um meio de transporte para cobrirmos os shows, que seja um Chevette Turbo, que é mais "da hora"!
E, se for para ser episódio do Supernatural, já aviso que tenho muito mais vocação para Dean que para Sam.
Sobre oSabbath, todos nós já fomos ignorantes um dia, e depois aprendemos e evoluímos. Mas alguém que passou dessa fase e ainda acha que os cinco primeiros discos da banda são piores que o Eternal Idol e o Tyr não merece cobrir o show de retorno dos caras, tem mais é que resenhar show do Tony Martin em boteco do interior de SP!
Chevette não tem graça,muito moderninho. Eu gosto é de um opala preto rebaixado, ano 68, original. Isso sim que é carro
O Eternail Ido é um bom disco. O TYR é EXCELENTE.
O Pablo falou tudo, é dificl achar algo ruim do sabbath
Deixo as resenhas do Sabbath com o Mairon e com o restante da galera…mas quando tiver alguma coisa relacionada ao Tony Martin, peço para ser o primeiro da fila…seja do projeto "The Cage", seja de resenhas de shows na europa com passagem de avião inclusa…e hotel 5 estrelas, enfim tudo relacionado a Tony Martin já fico na espreita para resenhar!!
Eu particularmente,não espero,um Master of reality,ou um Volume 4,mas estamos todos naa expectativa,dos caras gravarem um disco,no mínimo,memorável.Eu não sou fã do produtor Rick Rubin,mas só pelo fato,de ter produzido,Reign i blood,jáa é motivo suficiente,para ele extrair o melhor dos músicos,e fazer aquilo soar da melhor maneira possível.Será que Bill Ward,vai aguentar,a turnê??Dizem,que ele sofre de alguns problemaas de saúde,motivo,esse,que o aafastou da banda no começo dos anos 80
SERIA INTERESSANTE,SE NA TURNÊ,ELES TOCASSEM,PÉROLAS,DO SABBATH,QUE NÃO TOCAM A MUITOS ANOS,COMO WICKED WORLD,BEHIND THE WALL SLEEP,WARNING,HAND OF DOOM,LORD OF THIS WORLD,CORNUCOPIA.ESSA WARNING,NA VERDADE,É UMA VERSÃO,DE ANSLEY DUNBAR,QUE FIZERAM,NO SEU DEBUT,BLACK SABBATH,DE 1970.NESSA MÚSICA,TONY IOMMI,DETONA,NA GUITARRA,FAZENDO,UM LONGO SOLO,NO MEIO DA MÚSICA
Um detalhe,que acho,que pouca gente,percebeu,naa capa,do primeiro álbum,do Black Sabbath.Vocês,podem reparar,que na porta,da casa,do vilarejo,tem um rosto,assustador???Será,que os caras,fizeram isso,de propósito,ou foi,algo sobrenatural???Respondam!!Tirem suas próprias conclusões!!Reparem bem,na porta,ao fundo…
Seria um fantasma??Um espírito maligno??O negócio,é ir no google,e procurar,a capa do Sabbath,em tamanho grande,e com a fotografia mais clara,para se pereceber
Peguei meu vinil aqui mesmo para conferir… realmente parece ser um rosto fantasmagórico… Mas é muito grande para o tamanho da porta.. acho que foi mais uma brincadeira, nada sério…
Boa dica, não tinha reparado nesse detalhe ainda… Valeu!
Mais mórbida,que a capa,do primeiro álbum deles,é a capa,do Born Again,com Ian Gillan,nos vocais.Dizem,que o Ian Gillan,quase vomitou,quando,viu a capa,do Born Again,ele simplesmente,detestou,aquilo.
Essa volta do Black Sabbath,é meio azarada,Bill Ward,caiu fora da banda,e Tony Iommi,foi diagnosticado,com linfoma