Por Mairon Machado
Neste ano, o Yes lançou seu décimo oitavo álbum de estúdio (sem contar Keys to Ascension I e II), intitulado Fly from Here. Curiosamente, esse é o segundo álbum do grupo sem seu vocalista e fundador Jon Anderson. O primeiro, Drama, foi lançado em 1980, e, na época, foi destruído pela mídia como sendo um disco impostor. O vocalista que havia registrado tal álbum, Trevor Horn, foi tido como sem competência para exercer a função de voz principal do Yes. Hoje, Drama é visto (e escutado) com outros olhos (e ouvidos), sendo um dos preferidos da maioria dos fãs, e eu me incluo nessa listagem. Afinal, um álbum com canções como “Machine Messiah”, “Tempus Fugit” e “Into the Lens” é no mínimo excelente.
Passados mais de 30 anos, Fly from Here apresenta o Yes com uma formação similar à que gravou Drama. Em 1980, o Yes era composto por Steve Howe (guitarras, vocais), Chris Squire (baixo, vocais), Alan White (bateria), Geoff Downes (teclados, programação) e o já citado Trevor Horn. Hoje, em 2011, o Yes conta com o mesmo quarteto de instrumentistas que gravou Drama, e tem nos vocais o canadense Benoît David. Horn também está presente, como produtor de Fly From Here.
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Yes em 2011: Alan White, Steve Howe, Trevor Horn (produtor), Chris Squire, Geoff Downes e Benoît David |
Lançado no dia 22 de junho de 2011, Fly From Here mostra um grupo muito próximo ao Yes de Drama. Nele, foi registrada a suíte “We Can Fly From Here”, a qual era um projeto que acabou ficando de fora de Drama, e deveria ter sido incluída no segundo lançamento daquela formação, que ficou conhecida mundialmente como Yes-Buggles, já que tanto Horn quanto Downes faziam parte do grande grupo do pop inglês Buggles.
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Capa do álbum |
O objetivo desta resenha não é versar sobre as canções do álbum, que são de excelente qualidade, principalmente a suíte “We Can Fly from Here”, mas sim a respeito de um lançamento super especial que o grupo fez para Fly From Here, que é a versão deluxe do mesmo.
Essa versão deluxe é um delicioso box, que foi apresentado ao mundo pela gravadora Frontiers Records através do site YouTube, em um
vídeo de divulgaçao que foi ao ar no dia 6 de julho de 2011. Nesse vídeo, um provável funcionário responsável pelo lançamento do álbum mostra o conteúdo do box. Esse vídeo chegou até mim através do colega Diogo Bizotto, em um e-mail com o singelo título de “Não vou comentar nada”. E não precisava, pois babei. na hora. Sem medo de ser feliz (e de estourar o limite do cartão de crédito), acessei o site da loja virtual Amazon e arrebatei o mesmo pelo sistema
pre-order, ao valor bem interessante de 61,02 doletas, no dia seguinte à postagem do vídeo (7 de julho).
Passados quase quatro meses de muita ansiedade e enrolação da Amazon, o box chegou para mim. No fim das contas, cada minuto de espera valeu a pena. O que o vídeo de divulgação da Frontiers Records mostra não é nada comparado ao que é abrir a caixa.
Para começar, ela é muito grande, possuindo dimensões de um vinil. A capa da caixa não é a mesma do álbum, e sim, uma linda caixa preta trazendo o logotipo do Yes, criado pelo gênio Roger Dean (responsável pelas capas do Yes nos anos 70, e também de álbuns como Union, de 1991, e The Ladder, de 1999) em um encantador formato de serpente. Apenas ao olhar para ela, é possível ficar alguns minutos viajando e segurando o queixo. Abaixo, letras brilhantes anunciam que a caixa é uma versão deluxe edition. Na contracapa, uma belíssima ilustração também criada por Roger Dean.
Ao abrir a caixa, o primeiro mimo com que o fã se depara é uma linda camisa branca com a imagem da capa do álbum. O plástico lacrado, o cheiro de material novo e principalmente a bela ilustração de Roger Dean, fazem brotar pequenas gotas de lágrimas no canto dos olhos.
Na sequência, um vinil, com direito a capa dupla, como nos bons tempos, vem adquirir seu espaço no coração do fã, seguido por um sticker com o logotipo do Yes no formato de serpente. Os mimos não param por aí, já que, depois do sticker, uma belíssima litografia com a imagem da capa do vinil está à disposição para ser colocada como enfeite na sua parede, algo que não farei, a fim de preservar o formato original da caixa.
Para complementar, um enorme pôster (do tamanho de quatro vinis) com uma ilustração que apresenta parte da contracapa da caixa, também criada por Roger Dean, dá lugar à um espaço reservado para o CD no formato digipack, trazendo um bonito encarte com fotos e um DVD extra com um documentário a respeito da gravação do álbum. Acima do espaço reservado para o CD, o famoso símbolo de Roger Dean sorri para o fã, que nessa altura, já está com o coração abatido por essa caixa espetacular, que faz valer o valor investido. Como as canções nos sulcos do vinil (e nas ranhuras do CD) são de extremo bom gosto, a caixa ganhou espaço definitivo entre as preciosidades da minha coleção.
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A caixa, com todos os seus mimos |
Obviamente, eu não poderia deixar de fazer o
meu vídeo de abertura da caixa. Quero agradecer ao Diogo pela indicação, pois, se não fosse aquele vídeo, eu não teria me entusiasmado para indicar
Fly From Here Deluxe Collector’s Edition Box Set, e digo para aqueles que tiverem vontade de adquirir o mesmo se atirarem sem medo, pois além de ser mais do que especial, a caixa é uma versão limitada.
Track list
1. Fly from Here
2. The Man You Always Wanted Me to Be
3. Life on a Film Set
4. Hour of Need
5. Solitaire
6. Into the Storm
Eu já tinha me interassado em adquirir o CD, mas agora com essa descrição estou pensando aqui…
Esses itens que vem com adesivo, camiseta e outras coisas são complicados. Alguem acha mesmo que vou colar esse adesivo em algum lugar? Alguém acha mesmo que vou usar a camiseta e deixá-la velha? Eu nunca faria isso….
Pode ser algo que só um bolha faça, mas eu não consigo fazer algo que possa descaracterizar o pacote todo…
Fernando, não é só tu. Eu não usei a camisa tb, e não vou colar o adesivo em lugar nenhum. Pq? Simples! Sou bolha …
Pô, Mairon, muito legal que a caixa tenha correspondido com sobras às expectativas. Quando assisti o vídeo, não tive dúvidas que você seria o cara certo, que PRECISAVA ver aquilo também… sem contar que "Fly From Here" é um bom disco também!
Vlw Diogo, aquele video foi uma benção esse ano. Abrassssssssss
Tem edição DELUXE do Relayer?
Quero pregar um sticker do Relayer na parede da minha caverna prog. KEKEKE