Direto do Forno: Mayan – Quarterpast [2011]

Direto do Forno: Mayan – Quarterpast [2011]

Por Davi Pascale
O Mayan é um projeto capitaneado por Mark Jansen (guitarrista, Epica). Aposto que você está pensando: “Lá vem mais um disco totalmente previsível”. Errou feio! Neste trabalho, sentimos influências de thrash metal, prog metal, power metal, black metal e, é claro, death metal. Digo é claro porque, embora seus grupos anteriores não fossem exatamente de death metal, a capa traz o termo ‘symphonic death metal opera’ prensado. Com isso, imagino que os compradores estejam esperando um álbum do gênero. 
Como disse anteriormente o álbum transita por várias vertentes. Não é apenas mais um álbum de death metal. Momentos brutais são misturados com partes mais calmas, partes cadenciadas e, por vezes, operísticas. Tanto no instrumental, como no vocal. O mais legal disso tudo é que os arranjos não são óbvios. Isso ajuda a audição a tornar-se bem interessante. Para quem quiser ter um exemplo da mistureba toda antes de comprar o álbum no escuro, recomendo escutar a canção “The Savage Massacre” que deixa bem claro essa fusão de estilos. 
Mark ficou responsável pelos vocais guturais. Os demais vocais ficaram por conta de Floor Jansen (Revamp), Simone Simmons (Epica), Henning Basse (Sons of Seasons), além da cantora de ópera italiana Laura Macri. O instrumental foi completado pelo baterista Arien Van Weesenbeek (HDK), o baixista Jeroen Paul Thesseling (Pestilence), os guitarristas Frank Schiphorst (Symmetry), Isaac Delahaye (Epica) e o tecladista Jack Driessen (After Forever). A produção ficou a cargo do renomado Sascha Paeth. 
Se por um lado, o time de convidados não traz grandes surpresas, por outro, os fãs irão se impressionar com a atmosfera criada no álbum. Toda essa salada russa quando não deixa o álbum sem pé, nem cabeça. Pelo contrário, funciona muito bem criando uma identidade própria. Isso não é uma tarefa fácil de conseguir em um trabalho de estreia. Não importa o quão experiente sejam os músicos envolvidos. Vale dizer que o trabalho de Sascha fez a diferença. A sonoridade ficou matadora! Mais pesado que o Epica, mas ainda assim com um som extremamente bem definido. É possível ouvir cada instrumento com nitidez e entender cada palavra cantada pela voz gutural. O que, na minha opinião, faz a diferença. Nunca gostei de vocais onde não é possível compreender o que o cara canta. 
O disco é intrigante e repleto de ótimas canções. Espero que o projeto não morra aqui e que renda novos frutos em um futuro próximo. Outros destaques do álbum ficam por conta de “Mainstay of Society”, “Bite The Bullet” e “Drown The Demon”. O CD foi lançado no Brasil pela Hellion Records. Vale lembrar que a versão brasileira conta com a ótima faixa bônus: “Sinner´s Last Retreat”. 
Track list:
1. Symphony of Agression 
2. Mainstay of Society 
3. Quarterpast 
4. Course of Life 
5. The Savage Massacre 
6. Essenza Di Te 
7. Bite The Bullet 
8. Drown The Demon 
9. Celibate Aphrodite 
10. War On Terror 
11. Tithe 
12. Sinner´s Last Retreat (Bonus Track)

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