Cinco Discos Para Conhecer: George Lynch
Por Igor Miranda (Publicado originalmente no blog Van do Halen)
Criativo e de estilo único, George Lynch é um dos guitar-heroes mais diferenciados e incansáveis da música. A escolha foi difícil graças ao padrão de qualidade de seus lançamentos, mas segue abaixo uma lista com os cincos discos mais recomendados para conhecer a carreira deste monstro das seis cordas.
O Dokken estava em uma saia justa: a pouca repercussão de Breaking The Chains quase resultou na demissão do grupo de sua gravadora, Elektra Records. Mas, com muita lábia, conseguiram permanecer na gravadora para o lançamento de mais um disco. Por sorte, tornou-se um dos discos definitivos não apenas da banda, como também do estilo em um âmbito geral. Tooth and Nail destaca-se pelo Dokken soar como uma banda de verdade. A entrada do baixista Jeff Pilson, também compositor e bom vocalista de apoio, diferenciou a sonoridade do álbum em questão quando comparado ao antecessor Breaking The Chains. A ótima fase dos integrantes, em especial do guitarrista George Lynch – agora mais confortável para brilhar com seu estilo único de tocar as seis cordas – refletiu em ótimas vendas. Um clássico.
01. Without Warning
02. Tooth And Nail
03. Just Got Lucky
04. Heartless Heart
05. Don’t Close Your Eyes
06. When Heaven Comes Down
07. Into The Fire
08. Bullets To Spare
09. Alone Again
10. Turn On The Action
Don Dokken – vocal
George Lynch – guitarra, violão
Jeff Pilson – baixo, backing vocals
Mick Brown – bateria, backing vocals
Após anos de sucesso, o Dokken se separou, em decorrência, principalmente, das diferenças musicais e pessoais entre George Lynch e o vocalista Don Dokken. Em 1989, juntamente do batera Mick Brown, o guitarrista formou o Lynch Mob. Para completar a formação, os convites foram feitos ao vocalista Oni Logan e ao baixista Anthony Esposito. Obra de estreia do grupo, Wicked Sensation traz mais peso e maturidade nas composições, se livrando de alguns clichês Pop que, de vez em quando, se associavam ao Dokken. Longe do Hair Metal farofeiro, o disco apresenta uma fusão perfeita entre Hard Rock e Heavy Metal, misturando porrada com acessibilidade de uma forma incrível. Apesar da pouca repercussão – os tempos eram outros -, o projeto adquiriu o status de “cult” e é apreciado por grande parte dos fãs do gênero.
01. Wicked Sensation
02. River Of Love
03. Sweet Sister Mercy
04. All I Want
05. Hell Child
06. She’s Evil But She’s Mine
07. Dance Of The Dogs
08. Rain
09. No Bed Of Roses
10. Through These Eyes
11. For A Million Years
12. Street Fightin’ Man
Oni Logan – vocal, gaita
George Lynch – guitarra
Anthony Esposito – baixo, backing vocals
Mick Brown – bateria, percussão, backing vocals
Os dois discos do Lynch Mob não vingaram em termos comerciais, então George Lynch investiu em sua carreira solo. Sacred Groove foi lançado em 1993 com uma perspectiva mais liberal que o próprio Mob. A intenção era dar destaque ao guitarrista, tanto que quatro das dez faixas são instrumentais. Para as não-instrumentais, tem-se uma excelente escolha para os vocalistas convidados: os irmãos Matthew e Gunnar Nelson, o incrível Ray Gillen, o veterano Glenn Hughes e o pouco conhecido Mandy Lion. Além dos momentos Hard n’ Heavy costumeiros, principalmente nas faixas cantadas, o guitarrista dá aula de versatilidade nas instrumentais. Compensa cada segundo de audição.
01. Memory Jack
02. Love Power From The Mama Head
03. Flesh And Blood (Ray Gillen)
04. We Don’t Own The World (Matthew & Gunnar Nelson)
05. I Will Remember
06. The Beast Part 1 (Mandy Lion)
07. The Beast Part 2 (Mandy Lion)
08. Not Necessary Evil (Glenn Hughes)
09. Cry Of The Brave (Glenn Hughes)
10. Tierra Del Fuego
Vocalistas listados acima
George Lynch – guitarra, cítara, violão
Jeff Pilson – baixo, piano
Chris Solberg – baixo
Tommy Hendricks – baixo
Denny Fongheiser – bateria
Chris Furman – Mellotron
Byron Geither – órgão
Little John Chrisley – gaita
Sam Fear – flauta
Pattie Brooks – backing vocals
Tony Menjivar – congos e bongos
A escolha de um disco de covers para esta lista pode não parecer sensata em um primeiro momento, entretanto faz sentido por se tratar de Scorpion Tales. Em tributo ao Scorpions, o álbum não traz apenas covers dos clássicos desta grande banda, mas sim releituras feitas de acordo com o estilo de George Lynch – excelentes, por sinal. Convidados de peso como Steve Whiteman (Kix), Kelly Hansen (Hurricane, Foreigner), Kevin DuBrow (Quiet Riot), John Corabi (Mötley Crüe) e várias outras figurinhas carimbadas do Hard/Sleaze figuram no registro e mandam muito bem, mas o destaque não poderia ser outro além de Lynch. O guitarrista tem tanta personalidade que é possível distinguir sua guitarra de qualquer outra. Os solos em suas versões ficaram geniais e o instrumental resgatou a pegada do Scorpions sem maiores imitações.
01. Rock You Like A Hurricane (Kelly Hansen)
02. Still Loving You (Steve Whiteman)
03. Falling In Love (Marq Torien)
04. Big City Nights (Kevin DuBrow)
05. Blackout (Stevie Rachelle)
06. No One Like You (Jizzy Pearl)
07. The Zoo (Joe Lesté)
08. Steamrock Fever (Phil Lewis)
09. In Trance (Kory Clarke)
10. He’s A Woman She’s A Man (John Corabi)
11. Holiday (Paul Shortino)
12. Lovedrive (Taime Downe)
Vocalistas listados acima
George Lynch – guitarra solo
John Morris – guitarra base
Chuck Garric – baixo
Steve Riley – bateria
A história de George Lynch com o vocalista London LeGrand começa quando Lynch dexou o Dokken, em 1989, para formar outra banda com Mick Brown, e LeGrand enviou material para a audição, mas não foi escolhido para o posto. Anos depois, George e London se encontraram e começaram a trabalhar em novo material, mas o cantor se juntou ao Brides Of Destruction. Após vários projetos em que ambos embarcaram, inclusive juntos, um deles finalmente vingou: o Souls Of We. O baixista Johny Chow e o baterista Yael completam a formação. O álbum de estreia, Let The Truth Be Known, foi lançado em 2008 e traz pouco do Hard Rock das bandas passadas de George Lynch. As músicas apresentam um peso diferencial e vários elementos modernos, tanto no denso instrumental quanto na vocalização sleaze de London LeGrand. A sensação é de estranhamento no início, mas o disco é sensacional e demonstra, principalmente, o quão genial e versátil Lynch pode ser. Válido para as mentes mais abertas.
01. Let The Truth Be Known
02. January
03. Skeleton Key
05. Key Of Noise
06. Sorry To Say
07. Crawling
08. St. Jude
09. Ghandi’s Got A Gun
10. Push It
11. Psycho Circus
12. Nork 13
13. Adeline
14. Under The Dead Tree
London LeGrand – vocal
George Lynch – guitarra
Johny Chow – baixo
Yael – bateria
Músicos adicionais:
Jeff Pilson – baixo em 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12 e 13
Fred Leclercq – baixo em 1, 3, 7 e 14
Mike Hanson – bateria em 4, 5, 6, 11, 12 e 13
Bobby Jarzombek – bateria em 2, 5, 8, 9 e 10
Mike Wengren – bateria em 1, 3, 7 e 14
Patrick Johansson – bateria em 1
Andrew Freeman – vocal adicional em 4, 7 e 8
George Lynch é um dos mais técnicos, versáteis e inspirados guitarristas que despontaram durante os anos 80. Se eu elaborasse um Top 10 de guitarristas em todos os tempos, George certamente seria incluído, ao lado de outro contemporâneo que deve ter pisado em diversos palcos em comum, o fantástico Jake E. Lee.
Não conheço o tributo ao Scorpions nem o Souls of We, e vergonhosamente AINDA não ouvi "Sacred Groove", mas os outros dois discos são mais que recomendados. Também incluiria nessa lista o ótimo "Back For the Attack", do Dokken. O timbre extraído, a fluidez de riffs como o de "Kiss of Death", além da desgraceira instrumental que é "Mr. Scary", falam por si.
O que eu mais gosto no George Lynch é que, apesar de ter um arsenal bem variado, você é capaz de identificar um solo dele nas primeiras notas.
Sem falar que o cara é um riffmaker sensacional, é só ouvir os discos do Dokken e do Lynch Mob para conferir.
Concordo e assino embaixo brother! Os riffs e os solos do Lynch são incríveis. Os solos de guitarra dele são tão fantásticos que até oGary Holt do Exodus já confessou em várias entrevistas que ele secretamente admirava o George Lynch e que se esforçava pra ser um guitarrista tão excelente quanto ele. Não custa lembrar que existia rixa entre os thrashers e os posers. Paul Baloff do Exodus costumava berrar palavras de ordem nos shows: “Death to posers”(Morte aos posers). Mas tanto Gary Holt quanto o Baloff admiravam o Ratt e o Dokken. rsrsrs
O único ponto negativo do George Lynch é ele ser esquerdista, defender esse LIXO do Obama e admirar Che Guevara. Ninguém é perfeito. E gosto não se discute, se lamenta. Comunismo é cria da praga sionista.