Melhores de 2011: por Diogo Bizotto
Robb Flynn, guitarrista e vocalista do Machine Head |
Nesta primeira semana de janeiro, de segunda a sexta, diversos colaboradores da Consultoria do Rock estarão apresentando listas com suas preferências particulares envolvendo os novos álbuns de estúdio lançados em 2011. Cada redator tem a oportunidade de elaborar sua listagem conforme seus próprios critérios, escolhendo dez álbuns de destaque, além de uma surpresa e uma decepção (não necessariamente precisam ser discos). Conforme o desejo de cada um, existe também a possibilidade de incluir outros itens à seleção, como listas complementares, enriquecendo o processo e apresentando sugestões relacionadas ao ano que acabou de se encerrar. Como culminância do processo, no sábado, os dez álbuns mais citados serão compilados e receberão comentários de todos os colaboradores, não importando o teor das opiniões.
Machine Head – Unto the Locust |
Enquanto muitos grupos novos e antigos de heavy metal preferem se fechar em si e fazer sua música apenas olhando para o passado, o Machine Head tem evoluído e se aprimorado a cada lançamento, praticando thrash metal versão 2011 e conseguindo superar seu disco anterior, o excelente The Blackening (2007). A assimilação das músicas pode não ocorrer à primeira ouvida, dada a complexidade do álbum e suas particularidades, mas depois que elas “pegam”, não há alternativa a não ser ouvir o disco no repeat. Todas, repito: todas as faixas são excelentes, mas destaco “I Am Hell (Sonata in C#)”, “Locust”, “Darkness Within” e “Who We Are”.
Foo Fighters – Wasting Light |
Apesar de não ter nada contra o grupo, nunca havia prestado muita atenção ao Foo Fighters. Considerava a banda competente no que fazia, mas não o suficiente para me atrair a ponto de conferir seus discos. Isso até assistir o videoclipe da não menos que magnífica “Walk”, constatação que fez com que eu corresse atrás de Wasting Light. E que belo álbum de rock! Soando como um disco do gênero deve soar, raçudo, na cara, analógico, dosando peso quando necessário… Mas nada disso seria suficiente se não fossem as excelentes composições, destacando-se, além da supracitada “Walk”, também “Dear Rosemary”, “Arlandria” e “These Days”.
Anthrax – Worship Music |
A longa espera valeu a pena. Oito anos após We’ve Come For You All (2003) e vindo de uma traumática sequência de trocas no posto de vocalista, que envolveu Joey Belladonna, John Bush e Dan Nelson, o Anthrax finalmente soltou Worship Music, contando com a volta definitiva de Joey Belladonna, mostrando que a posição de melhor e mais marcante vocalista do grupo é indiscutivelmente sua. Além de sua boa performance, todo o grupo transborda maturidade, revisitando o passado sem soar datado através de músicas como “Fight ‘Em “Til You Can’t” e “The Devil You Know”, além de oferecer indicações de por que é a mais capaz banda de thrash metal da atualidade, cativando por meio de sons como “In the End” e “I’m Alive”. Scott Ian continua uma máquina de riffs, enquanto Frank Bello e Charlie Benante formam a mais entrosada cozinha do gênero.
Krisiun – The Great Execution |
Que o Krisiun é, há muitos anos, uma das melhores e mais constantes bandas de death metal em todo o mundo, disso poucos duvidam, mas com The Great Execution o trio se superou definitivamente, lançando o melhor álbum do gênero em 2011. A fúria do grupo transborda em dez faixas que esbanjam técnica, bom gosto e ousadia, além de uma produção certeira, pesada na medida certa. Mais que isso: o trio soa mais controlado, sem se preocupar em ser o mais veloz ou o mais extremo, apenas em fazer seu melhor, provável resultado da maturidade adquirida após tantos anos de estrada.
Journey – Eclipse |
Houve quem criticasse o Journey por se afastar um pouco de sua sonoridade mais tradicional em Eclipse, ao contrário do anterior, Revelation (2008), que pisou em território muito mais confortável, fazendo o arroz-com-feijão tradicional do grupo. É justamente essa dose de ousadia que mais me agradou no disco, investindo em uma sonoridade mais orgânica, menos carregada de teclados, sem falar na performance fantástica do guitarrista Neal Schon, que esmerilha em faixas como “Edge of the Moment” e “Venus”. Outros destaques são “Resonate” e “Human Feel”, além de “City of Hope” e “Anything Is Possible”, essas duas últimas mais apropriadas aos saudosistas.
Adele – 21 |
Sempre procuro evitar dar ouvidos ao hype, e geralmente isso tem me protegido de diversas abominações musicais de sucesso efêmero. Entretanto, os comentários tão positivos a respeito da jovem cantora Adele e de seu segundo álbum me levaram a conferir 21, uma das melhores decisões que tomei neste ano. Quem pensa que o disco sustenta-se apenas nos singles para as ótimas “Rolling in the Deep”, “Someone Like You” e “Set Fire to the Rain” engana-se completamente, pois, ao menos para mim, os grandes destaques são as fantásticas “Turning Tables” e “Don’t You Remember”. Adele é rhythm ‘n’ blues, pop, soul e blues, tudo com classe a qualidade, não à toa conquistando até as camadas mais populares e confirmando seu estrondoso sucesso.
Autopsy – Macabre Eternal |
É uma pena que o lançamento de um disco como esse, representando a volta de uma das bandas pioneiras a investir em um death metal macabro e raçudo, calcado no peso e em andamentos mais arrastados, tenha passado tão despercebido em 2011. Macabre Eternal é bom de ponta a ponta, mas é possível destacar o hipnótico épico “Sadistic Gratification”, com mais de 11 minutos de duração. Chris Reifert e cia. podem não ser os músicos mais técnicos do gênero (e nem pretendem), mas mantiveram a competência para criar um álbum visceral e soturno, mesclando o death e o doom metal em 12 faixas não recomendadas para afrescalhados.
Whitesnake – Forevermore |
Sou suspeitíssimo para falar a respeito do Whitesnake, uma de minhas bandas favoritas, mas seria injusto se não citasse o ótimo Forevermore. Melhor que o anterior, Good to Be Bad (2008), o novo disco tem um pé firmemente calcado no passado pré-1987, expressando em diversos momentos as influências rhythm ‘n’ blues tão em voga em álbuns como Ready an’ Willing (1980) e Saints and Sinners (1982). Doug Aldrich revela-se cada vez mais o parceiro ideal para um inspirado David Coverdale, e ambos compõem canções grandiosas como “Steal Your Heart Away”, “I Need You (Shine a Light)” e “Forevermore”. Mesmo quem não gosta das habituais baladas do grupo pode se deliciar com um disco como Forevermore, calcado em guitarras e arranjos de bom gosto.
Jakko Jakszyk, Robert Fripp and Mel Collins – A Scarcity of Miracles |
O subtítulo A King Crimson ProjeKct já entrega: trata-se de um álbum com a marca da mais desafiadora banda de rock progressivo já surgida. Dessa vez, o guitarrista e eterno líder Robert Fripp uniu-se ao guitarrista e vocalista Jakko Jakszyk, ligado ao grupo por ter participado da 21st Century Schizoid Band, que congregava diversos músicos que passaram pelo King Crimson, além do saxofonista e flautista Mel Collins, que foi membro do grupo nos anos 70. Sem dúvida trata-se de música progressiva, lembrando um pouco o King Crimson de Islands (1971), mas as paisagens sonoras de Fripp ganham aqui a adição de um toque de sensualidade proveniente dos sopros de Collins, e de sensibilidade através da suave voz de Jakszyk.
Richie Kotzen – 24 Hours |
Mesmo não sendo um álbum tão fantástico quanto seu antecessor, Peace Sign (2009), 24 Hours mantém o nível extremamente elevado com o qual o guitarrista e vocalista tem levado sua carreira, em especial nos últimos dez anos. Seu ecletismo traduz aqui, através de canções sob o formato rock, suas influências rhythm ‘n’ blues, soul, fusion e hard rock, além um bem vindo toque pop. Músicas como “Help Me”, “OMG (What’s Your Name)” e “Bad Situation” são um convite ao balanço através de seus grooves bem sacados, enquanto “I Don’t Know Why” e “Tell Me That It’s Easy” reforçam seu tino para produzir ótimas baladas. Como o próprio já declarou: “de alguma maneira eu apenas toco minha guitarra e… coisas acontecem!”.
Menções honrosas:
Alice Cooper – Welcome 2 My Nightmare
Black Country Communion – 2
Blotted Science – The Animation of Entomology
Cauldron – Burning Fortune
Michael Monroe – Sensory Overdrive
Morbid Angel – Illud Divinum Insanus
Mr. Big – What If…
Mastodon – The Hunter
Sixx:A.M. – This Is Gonna Hurt
Yes – Fly From Here
Iced Earth – Dystopia |
Havia perdido um pouco do interesse no Iced Earth nos últimos anos e cessado de acompanhar sua carreira, mas a notícia de mais uma debandada do vocalista Matthew Barlow e sua rápida substituição chamou a atenção para o novo álbum. Quem pensa que não existe vida pós-Barlow está completamente enganado, pois Stu Block, em que pese possuir certa semelhança com o antigo cantor, realiza um ótimo trabalho em Dystopia, registro que surpreende pelo abandono de ambições mais épicas e traz uma saudável aproximação com o Iced Earth dos anos 90. Ouça músicas como “Dark City”, “End of Innocence” e a faixa-título e comprove.
Chickenfoot – III |
Calma! O álbum de maneira alguma é ruim, mas não parece fazer jus ao ótimo agrupamento de músicos que compõe o Chickenfoot. Fica a impressão de que, isoladamente, o quarteto (a saber: Sammy Hagar, Michael Anthony, Joe Satriani e Chad Smith) é capaz de fazer melhor, tanto em carreira solo quanto com suas bandas originárias. Algumas músicas chamam a atenção, caso de “Different Devil” e “Three and a Half Letters”, mas isso é pouco para um grupo que vem sendo incensado excessivamente. É bom, mas a expectativa de que fosse bem melhor acaba encaixando-o nessa posição.
Mein Leben Mit Steve |
Steve Lee – “Forever Eternally”
É impossível tentar fugir de sentimentalismos nesse caso. Lançada através de um DVD que acompanha o livro “Mein Leben Mit Steve”, obra de Brigitte Balzarini-Voss sobre sua vida como namorada do então vocalista do Gotthard, falecido em outubro de 2010, a música, que consistia apenas de uma gravação contando com voz e piano, foi completada por mais três músicos próximos, gerando um clássico instantâneo para os fãs do suíço e de seu ex-grupo. Sua recente morte, somada à bela letra e à performance emocional, reforçam as emoções expressas através de “Forever Eternally” e trazem saudades desse grande artista.
All You Need Is Now |
Duran Duran – “Girl Panic!”
Presente no bom All You Need Is Now, “Girl Panic!” é uma percussiva festa de groove e sensualidade que remete aos melhores momentos dos clássicos registrados no álbum Rio (1982), não devendo em nada para sua contagiante faixa-título. Quem subestima a capacidade dos músicos do Duran Duran tem aqui a prova de que o grupo sabe muito bem o que faz e esbanja competência, em especial o baixista John Taylor e o tecladista Nick Rhodes. Mesmo quem não é chegado em balançar o esqueleto tem em “Girl Panic!” um convite irresistível à dança.
Eclipse |
Journey – “Edge of the Moment”
Logo na primeira ouvida, fica latente que o maior destaque de Eclipse é o guitarrista Neal Schon, inspirado como nunca. Em “Edge of the Moment” sua mão dosa com sapiência peso, técnica, melodia e bom gosto, ajudando a construir a faixa que é o maior destaque do álbum, fazendo com que o habitual AOR praticado pelo grupo tome contornos quase heavy metal.
Unto the Locust |
Machine Head – “Locust”
Estabeleci um critério particular nesta seleção: escolher apenas uma música por artista. Só isso para impedir que eu incluísse no mínimo mais uma faixa do absurdo Unto the Locust. Os riffs peculiares, a memorável sequência ponte/refrão e a arrebatadora performance vocal de Robb Flynn fazem de “Locust” minha escolhida dentre esse álbum totalmente nivelado por cima.
Wasting Light |
Foo Fighters – “Walk”
Responsável por me fazer voltar os olhos para o fantástico Wasting Light, “Walk” é uma aula de rock bem feito, contagiante, transbordando garra pelos poros. Moderna, mas nitidamente influenciada pela mais áurea época do rock (é impressão minha ou escutei nuances de Wishbone Ash?), a canção é o melhor cartão de visitas possível para angariar a admiração daqueles que, como eu, não costumavam dar muita atenção ao grupo.
Worship Music |
Anthrax – “Fight ‘Em ‘Til You Can’t”
Assim como no caso do Machine Head, apenas minha restrição pessoal impede que eu inclua mais que uma música do grupo nesta listagem. A escolha recaiu sobre “Fight ‘Em ‘Til You Can’t”, que traz o que de melhor o Anthrax fez nos anos 80, mas com um lustro de modernidade e uma performance ainda mais endiabrada, mostrando por que, entre todas as bandas que formam o dito “Big 4” do thrash metal, o Anthrax é a que melhor tem carregado a bandeira do estilo, lançando um álbum bem superior a seus concorrentes.
21 |
Adele – “Turning Tables”
Em um álbum cheio de músicas com potencial para conquistar os mais exigentes ouvintes, a minimalista balada “Turning Tables” foi a que mais chamou minha atenção. Conduzida pelo piano e pela voz de Adele, além de ser permeada por cordas, a faixa traz um paradoxo, pois, ao mesmo tempo em que demonstra a força e a capacidade vocal extraordinária da cantora, é dotada de um lirismo que expõe sua fragilidade e sua entrega à canção. O resultado é surpreendente.
The Spade |
Butch Walker and The Black Widows – “Summer of ’89”
Pouco conhecido no Brasil, Butch já esteve à frente do grupo hard rock SouthGang e do trio pop rock Marvelous 3, nos quais obteve moderado sucesso nos anos 90. Sua fama se consolidaria posteriormente como produtor e compositor para outros artistas, mas o guitarrista e vocalista segue com sua prolífica carreira solo. “Summer of ’89” une a malícia power pop do Cheap Trick com a ambição roqueira de Bruce Springsteen em uma música divertida e infecciosa, que clama pelo botão repeat. Destaque também para sua inteligente letra autobiográfica.
This Is Gonna Hurt |
Sixx:A.M. – “Oh My God”
Composta pelo trio Nikki Sixx (Mötley Crüe), DJ Ashba (Guns n’ Roses) e James Michael (vocalista, produtor e multinstrumentista) como responsável por criar o acompanhamento musical para os livros lançados por Sixx, a banda tem se revelado talentosa ao unir a pretensão do típico hard rock de arena oitentista com uma produção moderna. “Oh My God” ressalta em especial a boa performance de Ashba, despejando ótimos leads que ajudam a carregar o clima épico da canção, auxiliado também pelo talento de James Michael, que coloca os bofes para fora no belo refrão.
What If… |
Mr. Big – “Undertow”
Single extraído do álbum que trouxe de volta a formação clássica do grupo, incluindo o guitarrista Paul Gilbert, “Undertow” demonstra a habitual competência instrumental do Mr. Big e é conduzida por baixo e bateria de maneira a simular uma eterna progressão, quebrada apenas por um refrão que é a cara do quarteto, fazendo a alegria dos fãs, que comemoraram muito o retorno da banda.
Adele? Me surpreendi agora. O disco é excelente, mas pensei que ele passaria longe da sua lista, Diogo. Boas escolhas.
Abraço, e ótimo 2012.
Valeu, Ricardo. Algumas das posições do Top 10 me deixaram em dúvida se mereciam tal qualificação, especialmente devido aos bons álbuns lançados por Morbid Angel (sim, eu gostei bastante) e Michael Monroe (aliás, obrigado pela indicação, peguei a dica contigo), mas "21" foi uma certeza desde que comecei a ouvi-lo. "Turning Tables" e "Don't You Remember" rolaram bastante por aqui e vão continuar por muito tempo…
Abraço, e bom 2012!
Cara, concordo com quase tudo o que vc escreveu, pois alguns nem ouvi, por isso nem posso emitir opinião, mas dentro dos q degustei concordei sobretudo em relação ao Chickenfoot, vc expressou em palavras o que achei do disco,
mas se me permite opinar, na minha lista entraria o "Broken Heart Syndrome" do Voodoo Circle, que lembra o Raibow dos aureos tempos, riffs e mais riffs a la Blackmore com um vocalista que lembra David Coverdale
mas sobretudo o "Life's Road" do Three Seasons, o debut do ex-Siena Root Sartez Faraj, que é vocalista e guitarrista nesse projeto(aliás apesar dele não ser um guitarrista de oficio, ele não faz feio não, a guita do cara tem um timbre maravilhoso)
Um disco que há muito tempo eu não ouvia, com uma produção cristalina que massageia os timpanos
abs, vô ouvir alguns desses discos aí com suas impressões a mente..
abs e feliz ano novo pra todos que frequentam esse blog
Parabéns pelo texto, Diogo.
Me surpreendi com a qualidade desse disco novo do Yes! Que discaço. Acho que ele passou meio despercebido por aqui, mas é realmente um ótimo disco.
Obrigado pelos comentários e elogios. Carlos, pelo visto logo vou ter que conferir o Voodoo Circle, pois não és o primeiro a apontar as qualidades desse disco, como é possível conferir na lista do João Renato, que acabou de ser publicada. Leandro, pode ter certeza que "Fly From Here" receberá mais atenção no decorrer da semana!
Faz isso brother, vc não se arrependerá, vc pode dizer que soa datado, mas que é bom d+, isso é
e parabéns por indicar o disco da Adele, baixei pra minha namorada e no final quem curtiu mesmo fui eu rsrs, ela só escuta os hits Rolling In The Deep e sobretudo Someone Like You que virou até tema de novela Global, e assim atingiu o povo que assiste novela rsrs
quase fui apredejado por amigos meus quando disse que curti esse disco, eles são cabeças fechadas demais, não vêem qualidade em nada que não seja rock, pobres mentes né não, pq música pra mim não tem gênero, existe a boa e a ruim, simples assim,
agora fui eu dar uma olhada nos ídolos que influenciaram essa guria, pq acho que um artista muitas vezes é concebido por suas influencias, sejam elas beneficas ou não, estão lá Etta James, Marvin Gaye, Billie Holiday e até a maluquete da finada Amy Winehouse.
o dia que eu tiver uma filha vou fazê-la ninar com o disco "I Never Loved a Man the Way I Love You" da Aretha Franlin, esse um dos melhores discos da história da música de todos os tempos…
mesmo que ela nã vire cantora, bom gosto ela terá pro resto da vida
abs,
Estou ouvindo o Voodoo Circle e curtindo bastante. Certamente existem nuances de Rainbow e Deep Purple (especialmente com Hughes e Coverdale), mas há personalidade própria o suficiente para destacar o álbum. Quanto a soar datado, isso não é o mais importante. Em primeiro lugar sempre vêm as boas composições, para, aí sim, outros itens serem avaliados, como a performance dos músicos, produção e outros aspectos técnicos, semelhanças com outros artistas…
Quanto à Adele, sua popularidade é totalmente merecida, pois apesar de sua música ser dona de um lustro de sofisticação, não deixa de ser palatável em momento algum. Já existem alguns babacas por aí desqualificando seu trabalho por ele estar se popularizando entre camadas menos acostumadas com os gêneros praticados pela cantora, mas, como eu disse, não passam de babacas que não ouvem música, apenas compram um conceito.
Falou pouco, mas falou bonito
o hype causa isso em alguns desinformados, embora muitas vezes a exaltação é infundada feita por gente q gosta de ir atrás da maioria, que só quer fazer parte da "tchurma"
pra mim existe música ruim e música boa, eu pelo ao menos avalio assim, independente do gênero ou conceito ao qual ela se enquadra.
conheço gente q só acredita na MTV e nos VMB da vida, gente que ouve de rock alegrinho à RAP marginal com uma tranquilidade q me enoja
eu vô continuar na contra mão pelo jeito rsrs
ouvindo de choro (manifestação brasileira genuina) à heavy metal.
graças a Deus
O disco do Michael Monroe é excelente, e tenho a impressão de que passou meio batido por aqui. O Voodoo Circle é legal, mas me incomoda um pouco pelo excesso de semelhança com o Purple, mais ou menos a mesma coisa que acontece com o Rival Sons e o Led Zeppelin.
Abraço.
Povo Gente Boa… aí fica a minha pergunta:
Esse é o DISCO pra se perder o meu preconceito contra o Mr Big ????? 🙂
Esperando ansiosamente as respostas…
Abraços
Ricardo, concordo contigo quanto ao Voodoo Circle, inclusive bateu um certo déjà vu, pois algumas faixas trazem uma certa aproximação um pouco exacerbada, em especial com "You Keep on Moving" (Deep Purple) e "Stone Cold" (Rainbow), mas ainda assim achei menos forçado que o Rival Sons, que soa propositalmente vintage com um tanto de excesso.
Fábio… honestamente? NÃO! Quem não gosta do Mr. Big vai continuar sem gostar após a audição de "What If…", tenho quase certeza disso. Melhor tentar "Get Over It", primeiro álbum que a banda gravou com Richie Kotzen.
Bah sinceramente, ouvi essa ADELE com todo o carinho que podia, mas achei ela uma imitação barata (e fraca) da Amy Winehouse. Não gostei do disco, e isso só confirma aquilo que eu sempre pensei: tem gosto pra tudo