Municipal Waste – The Fatal Feast Waste in Space [2012]
Por Pablo Ribeiro
Dizer que a cena Thrash americano não é mais a mesma de 20, 25 anos atrás, é chover (ácido) no molhado (radioativo). Apesar dos ótimos resultados obtidos pelos últimos lançamentos de bandas como Metallica, Anthrax, Testament e Exodus, por exemplo, evidentemente que as coisas não são mais as mesmas. Nem poderiam, os tempos são outros, para melhor ou para pior. Caras que antes eram respeitados pela atitude, queimaram o filme bonitaço.
Dave Mustaine (Megadeth) virou um religioso de direita chato pra caralho, além continuar chorando por ter sido demitido do Metallica (há TRINTA anos atrás!). Lars Ulrich, o responsável pelo pé-na-bunda de Mustaine, há 3 décadas, conseguiu a façanha de PIORAR sua técnica no próprio instrumento. Não satisfeito, entrou numas de que estava perdendo dinheiro demais com o Mp3 e saiu numa cruzada contra um serviço de compartilhamento de arquivos anos atrás. Logo ele que nasceu milionário.
Claro que, no final das contas, a experiência e o talento das bandas dos quais esses dois exemplos fazem parte falou mais alto e esses veteranos voltaram a fazer bonito depois de algumas rateadas constrangedoras, lançando discos convincentes. Embora, na minha opinião, o Megadeth continua devendo em termos de qualidade, mas deixemos assim. Outros contemporâneos como o Anthrax (que acertou em cheio ao ao meter Joey Belladonna de volta nos vocais), o Exodus (nota triste para o falecimento do ex-vocalista Paul Maloff em 2002) e o Testament, que lançou em 2012 um puta de um disco. E claro, o Slayer, que geralmente dispensa comentários, mas teve alguns pontos não tão altos.
Obrigatório citar a turnê “Big 4” no qual Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax fizerma shows dividindo o mesmo palco com uma jam no final reunindo vários músicos de cada uma das bandas. Histórico! E as bandas mais novas? Por mais que os coroas acertem (ou voltem a acertar) e massacrem nossos ouvidos com música Thrash da melhor qualidade, sempre é bom ouvir algo novo, certo?
Municipal Waste: Dave Witte, Ryan Waste, Tony Foresta e Land Phil |
Se essa é a ideia, descole a última pedrada do quarteto americano (de Virgínia… não é a Bay Area, mas dane-se) do Municipal Waste, intitulada de The Fatal Feast – Waste In Space, cuspido em abril de 2012. Este é o sexto disco na carreira do grupo, que conta na formação com Tony Foresta (vocais), Ryan Waste (guitarras), Dave Witte (bateria) e Land Phil (baixo), e que no CD, conta com a participação de Steve Moore (samples), John Connelly (voz) e Tim Barry (voz).
São dezesseis faixas (dezessete na edição limitada) na medida certa para maltratar aquela parte do seu corpo que une tua cabeça doentia àquele depósito de cerveja que tu chama de corpo.
Tudo com aquele humor ácido e aquela ironia que já não se ouvia há algum tempo no gênero. Musicalmente, é aquele Thrash rápido, seco e direto, com a velocidade quase Hardcore, chegando perto daquele ponto onde o o Thrash vira Crossover.
Um puta disco! Sem frescura, sem enrolação, sem carinha de mal ensaiada. E sem chatice… Como deve ser. Ou pelo menos, como não deveria DEIXAR de ser! Arrange um. Já!
Propaganda das edições especiais de The Fatal Feast Waste in Space |
Track list
1. Waste in Space (Main Title)
2. Repossession
3. New Dead Masters
4. Unholy Abductor
5. Idiot Check
6. Covered in Sick/The Barfer
7. You’re Cut Off
8. Authority Complex
9. Standards and Practices
10. Crushing Chest Wound
11. The Monster With 21 Faces
12. Jesus Freaks
13. The Fatal Feast
14. 12 Step Program
15. Eviction Party [Special Edition Bonus Track]
16. Death Tax
17. Residential Disaster