Elvis Presley: A celebração do Rei do Rock no Brasil
Imagens Elvis In Concert: Gabriel Quintão (www.virgula.uol.com.br)
Imagens Elvis Experience: Thaiz Azevedo (www.rollingstone.com.br)
Imagem Priscilla Presley: Agencia Rio News
Em 2012 completa-se 35 anos que o rei do rock morreu. Esse é o motivo de tantas celebrações em torno do Elvis Presley. Em passagem pelo Brasil, Priscilla Presley (ex-exposa do cantor) disse que havia feito uma pesquisa sobre os países com o maior número de admiradores do músico e que o Brasil havia ficado em segundo lugar, ficando somente atrás dos Estados Unidos. E foi por essa razão que ela trouxe ao país esses dois eventos tão divulgados na mídia: a exposição Elvis Experience e o show Elvis In Concert. Sendo fã de rock e fã de Elvis, certamente não poderia deixar de conferir esses dois eventos.
Havia muitas críticas por aí em cima da apresentação ao vivo. Mas logo percebi que muitos tinham um preconceito maior do que a curiosidade. Ou seja, caíam de pau no evento sem se informar do que se tratava. Diziam que o show era pega-trouxa, evento criado para ganhar dinheiro, que aquilo era um absurdo etc e tal. Como já tinha uma noção do evento, por conta do DVD Elvis Lives: The 25th Anniversary Concert: Live From Memphis lançado em 2002, decidi que não iria perder, apesar das críticas.
A ideia de Elvis In Concert é fazer com que a nova geração ou aqueles que não tiveram a oportunidade de assisti-lo ao vivo (que não são poucos, afinal seu empresário não permitia que ele saísse dos Estados Unidos), consigam ter uma noção de como era um show do Elvis. No palco, não há cantor imitando sua voz, seus trejeitos, nem vestindo sua roupa. A voz que você escuta é do próprio Elvis. Como assim? Os músicos tocam ao vivo sincronizados com a voz do falecido artista. Existem três telões líquidos gigantes. Os dois laterais mostram os músicos no palco. O central mostra a imagem de Elvis cantando aquelas canções. 100 % sincronizado! Essas imagens, assim como suas vozes, são retiradas dos DVD´s ao vivo do cantor. A maior parte vem das famosas apresentações: Elvis The Way It Is (no Brasil, vendido como Elvis Era Assim), Elvis Aloha From Hawaii e 68´ Comeback Special (o famoso show da roupa de couro).
Esse talvez seja o único senão. Por optarem por fazer uma apresentação longa (são 2 sets ultrapassando duas horas de espetáculo), os rapazes não puderam optar pela imagem de um único concerto, o que acaba tirando um pouco do realismo que tentam transmitir. Afinal, em um momento vemos um Elvis jovem se requebrando e em outro um Elvis um pouco mais velho e um pouco mais contido com trajes totalmente distintos. Os músicos que o acompanham são, em sua maior parte, os músicos que tocavam com Elvis Presley nos shows ou nas gravações. E os caras ainda mandam muito bem!
A introdução do show foi muito legal. No telão, momentos antes do início, aparecem os músicos caminhando para o palco e a imagem de uma pessoa com as mesmas roupas do Elvis entre eles. Obviamente, o rosto não é mostrado com clareza. Em seguida, apagam-se as luzes. Com um pano na frente do palco, enquanto rola a famosa introdução Also Sprach Zarathustra, surge uma imagem que me pareceu ser uma holografia de uma pessoa com as características físicas do cantor, andando de um lado para o outro acenando para os espectadores. Quando o pano cai, a banda entra tocando, o Elvis entra no telão e o show começa. A intenção é clara. Brincar com a ideia de que Elvis não morreu. Bem sacado e divertido. O espetáculo é bem profissional e agradou todos os presentes. Quem não foi, perdeu!
O outro evento – ainda no Brasil – é a exposição “Elvis Experience” que é tido como a maior exposição sobre Elvis Presley já realizada fora de Graceland. É a primeira vez que a expo vem ao Brasil. O evento é muito bem produzido. É incrível como objetos tão antigos encontram-se como se tivessem sido produzidos semana passada. A história de Elvis Aaron Presley é contada através de pequenos vídeos (durando aproximadamente 3 minutos), pequenos textos nas paredes e, é claro, os objetos que vão desde seus primeiros documentos até o anúncio de sua morte.
O primeiro segmento mostra a origem de Elvis. A fase de quando ainda não era um artista. Há uma maquete da residência onde morava com seus pais, documentos escolares e alguns trajes de sua infância. A partir da segunda parte, começa a ficar mais interessante. Trata-se de seu contrato com a Sun Records e os primeiros compactos lançados pelo cantor. Sim, os disquinhos originais estão lá. Objetos, no mínimo, históricos.
As próximas etapas estão relacionadas à área visual. Ou seja, as aparições em TV, os shows que foram lançados e, é claro, os cartazes de seus filmes. Reconheço que algumas daquelas películas eu já não me recordava. Em cada sala há curiosidades retratadas nas paredes. Se você não é um expert na carreira de Elvis é importante ler para entender a razão de aquilo estar sendo exposto. Para aqueles que conhecem sua história mais a fundo, as citações não passam de lembretes. Estão explicadas, por exemplo, a razão dele ter dado uma pausa na carreira para servir o exército ou ainda de ter sofrido censura na televisão. Para quem não sabe, em um determinado momento de sua carreira Elvis Presley foi proibido de ser filmado da cintura para baixo. Eu sei… Parece piada, mas não é!
Logo em seguida, esta que talvez seja a maior área da exposição, a área dos objetos pessoais. O que estão presentes ali? Tudo que você puder imaginar. Carros, motos, pulseiras, luvas de boxe. Realmente impressionante. Um item muito curioso – até engraçado, de certa forma – é uma televisão com um buraco de bala na tela. O “rei” tinha mania de atirar no televisor quando não gostava de algum programa. Já pensou a grana que essa cara iria gastar hoje com televisores?
Depois é a vez de presenciarmos a consagração de Elvis. Temos a oportunidade de ver de perto vários prêmios recebidos pelo artista no decorrer de sua carreira. Desde discos de ouro até prêmios Grammy. Passamos na sequencia por uma espécie de closet gigante onde ficamos cara-a-cara com várias roupas utilizadas pelo artista. Sim, seus famosos macacões estão lá. Inclusive alguns que foram usados em shows conhecidos do grande público e capas de disco.
Depois de tudo isso, chega a etapa final. Trata-se da morte do rei do rock. Uma sala escura com uma chama no centro rodeada de reportagens comentando sobre seu falecimento. Matérias de todos os tipos estão lá. Desde televisores exibindo matérias de época até páginas de jornais e revistas nas paredes. Há notícia de toda a parte do mundo. Inclusive do Brasil. Perdi as contas de quantas vezes li “The King is dead” nesta sala.
Na saída há uma área criada para os fãs deixarem sua assinatura ou uma mensagem. Fui há aproximadamente 2 semanas e as paredes já estavam quase lotadas. Impressionante como brasileiro gosta de rabiscar…
É claro que nenhum evento americano acaba sem antes te enviar para uma lojinha de souvenirs. Aqui não é diferente. Na loja oficial é possível encontrar diferentes tipos de memorabilia desde DVD, boné, camiseta, caneca até livros e réplicas de disco de ouro. A loja, assim como o evento, é muito bem organizada. Pelo menos, no dia em que fui não tive problemas. Talvez por ter escolhido um horário em que não tinha muita gente. Afinal, queria ver a exposição com calma. Sem ninguém me pressionando ou fungando no meu pescoço. Agora, uma crítica precisa ser feita. Os produtos são muuuito caros. Tenho dó dos colecionadores de Elvis…
Se alguém aí pretende conferir a exposição, corra. Dia 5 de Novembro é o último dia. Dependendo do dia escolhido, é necessário marcar hora. E o preço varia de acordo com o horário. Esses eventos servem para comprovar que Elvis morreu, mas seu legado é eterno!
Um dia, conversando com o nosso amigo Ronaldo Rodrigues, entramos em uma forte discussão sobre quem era gênio na música. Elvis não entrou em nossas listas, mas é inegável sua importância para a história da música e do rock principalmente. Sem ele, não haveriam Paul mcCartney, Bob Dylan, Frank Zappa, David Bowie, Arnaldo Baptista, Jimi Hendrix e outros que eu e o Ronaldo classificamos como gênios.
Parabéns ao Davi por ter presenciado tamanho feito, e que o nome de Elvis seja sempre lembrado aqui no Consultoria do Rock como um dos principais artistas do ROCK!!
Obrigado Mairon.
A influência que ele exerceu – e ainda exerce – é inquestionável, assim como seu talento. Muitos tentam rebaixa-lo pelo fato dele ser praticamente um interprete, atitude que considero um tanto quanto burra. Afinal, o cara transformava completamente as canções e, muitas vezes, gosto mais da versão dele do que da original. Um exemplo disso é Blue Suede Shoes do Carl Perkins que, na minha opinião, ficou muito melhor na voz de Elvis. Gosto muito do estilo dele cantar. Uma pena que tenha morrido cedo. Pelo menos deixou material pra caramba gravado…
Bah Davi, Blue Suede Shoes é muuuuuuuuuito melhor com o Elvis. Tem tanta coisa que ele gravou que só ele conseguia cantar:
Jailhouse Rock
Hound Dog
Always on my Mind
Essas três, são imbatíveis
Concordo. Tem muita música do repertório dele que quando escuto outro cara cantar, não me convence.