Bélgica e Holanda: O Paraíso dos Discos (PARTE I)
Barbadas belgas. Quatro discos por 20 euros. Caixa de quatro LPs de Ike & Tina Turner (acima); Keeper of the Seven Keys I e II e Goodbye Yellow Brick Road (abaixo) |
A loja não é das maiores, mas realmente, tem muita coisa boa. Os preços giram em torno de 10 a 150 euros, isso concentrando-se nos LPs. Em termos de CDs, a diversidade não é grande, sendo a especialização da loja os Boxes. O que chama realmente a atenção é a quantidade de bootlegs que a loja possui. Só do Led Zeppelin, por exemplo, havia uma sessão exclusiva de bootlegs, todos com preços na média de 30 euros.
The Collector Record Gallery internamente |
Os LPs (e CDs) são divididos por estilos, e nos estilos, por bandas/artistas em ordem alfabética, o que ajuda muito na busca, mas por exemplo, se você quiser um disco do Ozzy Osbourne ou do Dio solo, não vá na sessão Black Sabbath, e sim, procure a sessão Ozzy Osbourne ou Dio.
Nessa loja eu peguei uns vinte LPs, mas acabei me deparando com um problema: meu vôo de volta para a Espanha seria via a empresa Ryan Air, famosa por ter vôos baratos, e por faturar em cima das bagagens dos passageiros, estabelecendo limites de tamanho e peso nas bagagens. Eu tinha direito a quinze quilos na bagagem despachada, e dez quilos na bagagem de mão, e com medo de superar esse limite (já que eu estava duas semanas na Europa), tive que deixar alguns vinis de lado, muito infelizmente.
Aquisições na The Collector Record Gallery |
Mesmo assim, depois de uma luta para conseguir um desconto de apenas 10 euros (e foi uma discussão bem complicada), saí de lá com algumas preciosidades que no Brasil não vou encontrar (não pelo preço que eu paguei), como a versão em vinil triplo do In the Present: live from Lyon (Yes), a versão mono de Little Games (Yardbirds), o bootleg The Man and the Journey (Pink Floyd), e outros menos cotados.
Da The Collector, pegamos a Rue de Midi, em direção a Rue du Lombard, e após comer um delicioso waffles belga, e visitar o Mannekin Pis, chegamos na Arlequin, localizada na Rue du Chêne, a rua que sobe em relação ao Guri Mijão. A frente da loja apresenta grafites de Bob Dylan, John Lennon, Jimi Hendrix e Jim Morrison, mas é dentro que está o que mais chama a atenção.
Arlequin Store |
Logo na entrada, à direita, uma imensa prateleira somente com compactos. Babei!! Os compactos, organizados por bandas/artista, também em ordem alfabética, variam entre 1 e 10 euros, e é impossível não querer olhar todos os seus artistas favoritos.
Kiss, Iron Maiden, Madonna, U2, David Bowie, Queen, The Beatles e Rolling Stones eram os que mais possuíam compactos, e só em compactos eu já arrecadei uma senhora quantidade. Passeando pela loja, um pouco menor que a The Collector, comecei a ver as divisões, semelhante à anterior. Os discos variam entre 3 e 100 euros, e a sessão de CDs é bem pequena.
Divisão de discos da Arlequin (acima); a loja internamente (abaixo). |
Diferente da The Collector, o vendedor foi muito mais atencioso, conversando bastante e inclusive dando um generoso desconto nessa loja (sendo que o gastei foi o mesmo que da anterior no valor inicial sem o desconto). Ali, peguei: a versão original, com capa abrindo e mais encarte, do Beyond the Gates (Possessed), Music from the Big Pinky (The Band), Jump in the Fire (Metallica), Wishbone Ash (Wishbone Ash) e alguns compactos do Queen e do David Bowie.
La Boite a Musique |
Encerrando a parte Belga de visita às lojas, subimos a Lombardstraat e chegamos na Place de l’Albertine, a qual próxima a ela encontra-se a La Boite a Musique. Especializada em CDs e DVDs, a loja infelizmente estava fechada, e não pude saber como ela “funciona”, mas segundo informações, é a melhor loja para comprar CDs lacrados, dentro de Bruxelas, possuindo preços módicos.
O mapa abaixo é um pequeno guia para quem quiser se arriscar pelas ruas de Bruxelas, mostrando essas três lojas. Existem outras pela região, mas não tive tempo de visitar (lembrando que a região é bem no centro da cidade). Vale ressaltar: não deixem de ir na Grand Place, é linda.
Mapa do centro de Bruxelas |
Sábado que vem, conto como foi minha aventura pelas lojas de discos na terra das vacas holandesas.