Nesta semana, de segunda a sexta-feira, diversos colaboradores da Consultoria do Rock apresentarão listas com suas preferências particulares envolvendo os novos álbuns de estúdio lançados em 2012. Cada redator tem a oportunidade de elaborar sua listagem conforme seus próprios critérios, escolhendo dez álbuns de destaque, além de uma surpresa e uma decepção (não necessariamente precisam ser discos). Conforme o desejo de cada um, existe também a possibilidade de incluir outros itens à seleção, como listas complementares, enriquecendo o processo e apresentando impressões relacionadas ao ano que acabou de se encerrar. Como culminância da seleção, no sábado, os dez álbuns mais citados serão compilados e receberão comentários de todos os colaboradores, não importando o teor das opiniões.
Por João Renato Alves (da Van do Halen)
Nota: a lista está em ordem alfabética.
Accept – Stalingrad
A confirmação do que já se via em Blood of the Nations. O Accept voltou com força total e Mark Tornillo dá conta do recado com sobras. Peso e melodia tipicamente germânicos, como a banda não fazia desde seus tempos áureos.
Bangalore Choir – Metaphor
Quando foi lançado não me chamou tanta atenção. Mas, com o passar do tempo, foi crescendo e se tornou uma audição constante. David Reece segue tendo uma voz marcante, e compondo Hard Rock melódico na medida certa.
Devil’s Train – Devil’s Train
Hard/Heavy com pegada indefectível, misturando o passado e o presente do estilo com invejável destreza. Jörg Michael massacrando os tambores como há muito não fazia. Se foi para isso que saiu do Stratovarius, acertou na mosca!
O ponto alto da volta dos suecos. Hard/Blues de primeira, sem destaques individuais – apesar de John Norum estar cada vez melhor e mais à vontade. Pré-julgamentos estúpidos farão com que muitos deixem de aproveitar a excelente nova fase do quinteto.
H.E.A.T. – Address the Nation
Com a estreia do vocalista Erik Grönwall, o H.E.A.T. se reafirmou como uma das principais bandas do Melodic Rock atual. O nível dos dois primeiros trabalhos foi mantido, agradando tanto aos saudosistas quanto os que recém começaram a se aventurar pelo gênero.
Mergulhando em suas influências dos primórdios, o Kiss resgatou o lado mais básico de seu som e ofereceu outro petardo, reafirmando a qualidade da atual formação. Tommy Thayer e Eric Singer se mostram mais que merecedores de seus postos.
Kreator – Phantom Antichrist
Adicionando pitadas mais tradicionais ao Thrash, Mille Petrozza e seus companheiros mantiveram a qualidade constante de seus últimos álbuns. Não apenas agradará aos fãs, mas até mesmo a quem não tem o costume de acompanhar os alemães.
Testament – Dark Roots of Earth
Talvez nenhuma outra banda tenha atingido uma constância de qualidade como o Testament desde o The Gathering. Dark Roots of Earth traz o reforço do monstro Gene Hoglan, injetando doses cavalares de brutalidade no que já seria arrasador em sua forma natural.
Van Halen – A Different Kind of Truth
Qualquer tipo de apreensão foi exterminado com o disco mais Van Halen desde 1984. Admiradores da “fase Journey” do Van Hagar sentirão falta dos tecladinhos e baladas melosas, mas a essência da banda, com peso, histeria e farra foi restaurado, assim como a fé que muitos haviam perdido.
As desavenças públicas com o produtor Rick Rubin não interferiram no resultado final. La Futura traz o bom e velho ZZ Top, sem invencionices e mantendo a sacanagem (no bom sentido) em alta. E Billy Gibbons é um dos maiores guitarristas de sua geração, embora poucos realmente reconheçam.
Decepção: Crazy Lixx – Rito Avenue