Cinco Discos Para Conhecer: Kip Winger
Por Igor Miranda
O homenageado de hoje é dono de uma voz impactante e habilidade em vários instrumentos de corda. Com vocês, um dos mais injustiçados músicos surgidos em meio ao laquê do Hard Rock farofa: Kip Winger.
Alice Cooper – Constrictor [1986]
Após os fracassos em sua vida pessoal e profissional no começo da década de 1980, Alice Cooper decidiu se desligar do mundo da música, entrar em uma clínica de reabilitação por um tempo e investir em outras áreas, como o cinema. Mas três anos após se afastar de sua carreira musical, tia Alice voltou com o diferente Constrictor e uma line-up de músicos reformulada, incluindo o até então novato Kip Winger. A carreira de Alice precisava de novos ares e foi aí que a entrada de Kane Roberts, um guitarrista dignamente 80’s Metal, pôde contribuir ao compor quase todo o disco todo ao lado de seu chefe. Com um apelo mais Hard Rock, Constrictor levou tia Alice de volta para o mainstream, colocou os adolescentes da época em contato com o verdadeiro rei do Shock Rock e ainda preparou o terreno para os lançamentos posteriores, os arrasadores Raise Your Fist And Yell, Trash e Hey Stoopid.
Alice Cooper (vocal), Kane Roberts (guitarra, baixo, teclados), Paul Delph (teclados), Kip Winger (baixo), Donnie Kisselbach (baixo), David Rosenberg (bateria)
1. Teenage Frankenstein
2. Give It Up
3. Thrill My Gorilla
4. Life and the Death of the Party
5. Simple Disobedience
6. The World Needs Guts
7. Trick Bag
8. Crawlin’
9. The Great American Success Story
10. He’s Back (The Man Behind the Mask)
Durante as gravações de Constrictor, Kip Winger conheceu o tecladista Paul Taylor, enquanto que ao gravar um disco com a cantora Fiona, conheceu o guitarrista Reb Beach. Os três formaram o Winger: banda com nome sugerido pelo próprio Alice Cooper. O baterista Rod Morgenstein completa a formação do grupo, que lançou seu debut, com muito sucesso, em 1988. O Winger seguiu a leva do Hard Rock farofa, mas a técnica instrumental é o grande diferencial da banda quando comparada às outras da época. O instrumental é muito rico e bem trabalhado, também ousado ao arriscar em andamentos mais picados, mas sem perder a energia e a melodia do Hard Rock. Prova disso é o hit “Seventeen”: ideal para se tocar nas rádios Rock da época, mas com um instrumental tão rico que até a bateria não segue o usual. Apesar do destaque desse single, este disco é um dos poucos dessa fase do Hard farofa que não possui nenhum filler – o que é incrível.
Kip Winger (vocal, baixo, teclados), Reb Beach (guitarra), Paul Taylor (guitarra, teclados), Rod Morgenstein (bateria)
1. Madalaine
2. Hungry
3. Seventeen
4. Without The Night
5. Purple Haze (Jimi Hendrix cover)
6. State Of Emergency
7. Time To Surrender
8. Poison Angel
9. Hangin’ On
10. Headed For A Heartbreak
Kip Winger – This Conversation Seems Like A Dream [1997]
O fim do Winger não foi capaz de manter Kip parado. Seu primeiro disco solo, This Conversation Seems Like A Dream, foi lançado em 1997 e mostrou um lado completamente diferente de Kip Winger. As músicas estão mais introspectivas, com maior apelo acústico e até mesmo com orquestrações. As influências estão mais centradas no Pop Rock (não confundir com Pop Metal) e AOR (não confundir com AOR pastelão) – apesar de ser extremamente difícil rotular o conteúdo deste registro. Em mais uma demonstração de talento, Kip Winger compôs todas as músicas, inclusive os arranjos de orquestra, e grande maioria das letras. Além de enorme senso melódico e destreza para experimentar novos estilos, a sua voz se mostra ainda mais incrível do que nos tempos áureos do Winger. O ex-colega de banda Rod Morgenstein assume as baquetas, fazendo um bom trabalho, e há de se destacar também a contribuição do grande guitarrista Andy Timmons em algumas faixas.
Kip Winger (vocal, guitarra, violão, baixo, teclados, mandolin), Andy Timmons (guitarra, violão), Marc Sculman (guitarra, violão), Rich Kern (guitarra, violão), Rod Morgenstein (bateria), Robby Rothschild (percussão), Mark Clark (percussão), Alan Pasqua (piano), Noble Kime (piano), Jonathan Arthur (flauta), Chris Botti (trompete), Adam Gonzalez (violoncelo), David Felberg (violino, viola)
1. Kiss of Life
2. Monster
3. Endless Circles
4. Angel of the Underground
5. Steam
6. I’ll Be Down
7. Naked Son
8. Daniel
9. How Far Will We Go?
10. Don’t Let Go
11. Here
O quinto álbum do Winger, Karma, não tem nenhum vestígio do Hard Rock farofa praticado em registros anteriores. Trata-se de um verdadeiro convite para a bateção de cabeça, sendo o mais pesado da carreira do grupo. Mas não se trata apenas de uma reafirmação de clichês, pois os caras conseguem aliar peso e melodia de forma incrível. A sensação é de que tudo de melhor da trajetória do conjunto foi jogado em um caldeirão e gerou um novo produto. A grande maestria de seus integrantes em seus respectivos instrumentos sempre foi um grande diferencial do Winger, mas está ainda mais evidente em Karma. Tudo soa perfeito, mas não há como deixar de destacar Reb Beach, um dos mais habilidosos guitarristas surgidos no fim da década de 1980, e o multi-funcional Kip Winger, que também atacou de produtor por aqui. Há de ressaltar, inclusive, que Kip é um dos pouquíssimos vocalistas dos anos 1980 que ainda consegue cantar tão bem quanto antes.
Kip Winger (vocal, baixo, violão, teclados), Reb Beach (guitarra), John Roth (guitarra), Rod Morgenstein (bateria)
Músico adicional:
Cenk Eroglu (teclados, guitarra)
1. Deal With The Devil
2. Stone Cold Killer
3. Big World Away
4. Come A Little Closer
5. Pull Me Under
6. Supernova
7. Always Within Me
8. Feeding Frenzy
9. After All This Time
10. Witness
Blackwood Creek – Blackwood Creek [2009]
(Por João Renato Alves)
Ao contrário do que podem pensar por sua data de lançamento, o Blackwood Creek não é um novo projeto, mas sim a primeira experiência musical profissional de Kip Winger. A empreitada reúne o baixista e vocalista com seu irmão, Nate e o amigo de infância, Pete Fletcher. Originalmente o trio tocava covers de seus artistas preferidos pelos clubes no Colorado, até que Kip foi tentar a sorte em New York, onde despontou para o estrelato. Décadas se passaram e os caras resolveram relembrar os velhos tempos. E até a sonoridade remete ao passado, com uma pegada totalmente baseada no Rock setentista, dando ao resultado um ar vintage. Alguns nuances da música Pop da época também são facilmente perceptíveis durante a audição, com melodias bem agradáveis, beneficiadas por estarmos falando de músicos acima da média. Um bom disco que vale a conferida. Porém, não espere uma sonoridade mais Hard Rock dos 80’s, baseada nos trabalhos do Winger, pois será decepção na certa.
Peter Fletcher (vocal, guitarra), Kip Winger (vocal, baixo, teclados), Nate Winger (vocal, bateria)
1. Out In Outer Space
2. Nothing But The Sun
3. Your Revolution
4. Dead Stung
5. After Your Heart
6. Albatross
7. Jimmy And Georgia
8. Rack Of Greed
9. Love Inspector
10. Joy Ride
11. Wooden Shoe
Aquele arrombado e cabaço do Lars Ulrich zombava do Winger porém grande merda que é o Metallica. O Kirk Hammet é um medíocre que só faz solos com pedal wah-wah enquanto ele Lars faz o Charie Watts parecer o Portnoy ou o Lifeson.
kkkkkkkkkkkk gostei desse coment