Na Caverna da Consultoria: Fernando Bueno

Na Caverna da Consultoria: Fernando Bueno

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Por Mairon Machado

O mês de novembro é de muitas alegrias para o site Consultoria do Rock. Afinal, é nele que comemoramos mais um ano de existência, e em especial, nesse ano de 2015, estamos completando surpreendentes cinco anos de atividades, com publicações regulares, muitas histórias, amigos, alegrias, brigas e decepções, mas acima de tudo, o imenso prazer de conversar sobre música com pessoas que, apesar de não fazerem parte do nosso dia-a-dia, auxiliam a resgatar os tempos em que ouvir uma novidade junto com os amigos eram inclassificáveis.

Para comemorar esses cinco anos de estrada, estreamos hoje uma nova coluna, batizada de Na Caverna da Consultoria. Nela, iremos trazer entrevistas com aqueles que ajudaram a moldar, construir e manter o antigo blog, e agora site, Consultoria do Rock, mostrando para você que nos acompanha diariamente, o que ocorre por detrás das páginas do site, e entrando na intimidade dos consultores entrevistados, em conversas e coleções que esperamos, revele o quanto apaixonados somos pelo que fazemos.

CORINTHIANSO primeiro Consultor a mostrar seu espaço na Caverna da Consultoria não podia ser outro se não o idealizador do projeto, nosso Victor Frankenstein corinthiano, Fernando Bueno, o cara que simplesmente batizou a Consultoria do Rock. Divirta-se.



Consultoria do Rock: Grande Fernando, não poderíamos começar essa nova coluna se não fosse com você. Conte-nos um pouco sobre a sua pessoa.

Fernando Bueno: Valeu Mairon!!! Fico muito honrado de representar todos os que nos acompanham na Consultoria do Rock durante todos esses anos. Sei que nosso grupo é de caras que respiram, amam e vivem a música e estou certo que estou longe de ser uns dos que mais conhecem do assunto de que estamos dispostos a falar. Estamos fazendo cinco anos de internet com o site o que é quase uma carreira de alguma banda sessentista… Só tenho a agradecer a todos que nos acompanharam durante todos esses anos. De minha parte não tenho intenção de parar e espero que meus amigos daqui tenham a mesma intenção que eu. Sou um engenheiro formado na USP de São Carlos, mas hoje trabalho com comércio varejista. Nasci em Itapetininga/SP e moro em Porto Velho/RO desde dezembro de 2006.

CR: Quais são suas principais lembranças de quando começou a ouvir música?

FB: Ganhei uma vitrola e um monte de discos quando era bastante novo, acho que por volta de 86-87. Eram discos de estilos diversos, basicamente música brasileira, coletâneas, trilhas de novelas, etc, mas eu gostava demais e pra mim era tudo novo, música se tornou uma descoberta. Já que minha mãe trabalhava, eu ficava na casa de minha avó durante o dia e coloquei a vitrola na sala dela. Tenho a visão perfeita daquele cômodo até hoje, pois passava meus dias praticamente todo ali manuseando aqueles discos.

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CR: Você gostou de rock desde o início ou foi em um determinado período de sua vida?

FB: Como disse ganhei discos de estilos diversos, mas foi quando conheci as bandas que hoje conhecemos como BRock que me interessei pelo rock em si. Tinha uns primos um pouco mais velho que me mostravam coisas que eu não conhecia e fui me interessando cada vez mais pelo rock. Mesmo assim não deixava de curtir música pop como Pet Shop Boys, Information Society ou o Technotronic que ficou famoso por sua música “Pump of the Jam”. A diferença é que o rock é tão apaixonante que quando tive contato com ele não consegui mais parar de ouvi-lo.

CR: Com quantos anos você comprou seu primeiro disco, e qual foi? Você ainda tem ele?

FB: Quando estava para completar 10 anos um tio me perguntou o que queria de presente. Falei para ele que queria o suficiente para comprar um disco. Até então eu tinha aqueles discos que tinha ganho deles e escutava muita música pela rádio. Conhecia o Iron Maiden de nome e pelas capas e decidi que este seria um disco que compraria. Cheguei na loja e encontrei alguns álbuns. Escolhi pela capa que achei mais legal e o levei embora. Tenho certeza que aquela escolha foi a principal para moldar meu gosto musical hoje em dia. O disco foi The Number of the Beast, e ainda tenho ele. Inclusive mandei enquadrar.

CR: Capaz que fizeste isso?

FB: Sim. Bom, a imagem vale mais que as palavras.

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CR: Isso que é guardar lembranças, hehehe. Seguindo então, como começou a escrever sobre música?

FB: Eu sempre fui daqueles caras em um grupo de amigos que tentava influenciá-los musicalmente. Quando eu conhecia algo que achava que os outro iriam gostar tentava sempre fazê-los ouvir. Mas tudo começou quando trocava e-mails com um amigo falando de música onde indicávamos discos um para o outro. Como crescemos juntos ouvindo música cada um conhecia bastante o gosto um do outro. Nós até brincávamos que a gente poderia fazer resenha de disco para alguma revista como a Rock Brigade ou a Top Rock (lembram dela?). Quando surgiu o Orkut participava ativamente das diversas comunidades musicais que tinham por lá. Passava horas e horas conversando e debatendo sobre música. Criei um blog, o Jogando Por Música, que escrevia sem nenhuma pretensão sobre música e futebol. Até que um dia recebi o convite do Ricardo Seelig de publicar um texto na Collectors Room, que ainda era um blog na época. Fiquei muito honrado já que esta era uma das fontes que eu mais utilizava para me interar com a cena musical. Depois disso comecei a participar mais ativamente e mandar textos com frequência junto de outos que também faziam isso.

CR: O que levou a criação do Consultoria do Rock? Quantos eram os membros no início?

FB: Conheci o resto do pessoal que ajudou a montar o site pela convivência virtual na Collectors Room. O Ricardo decidiu que tocaria a Collectors Room sozinho e faria algumas mudanças. Assim o Daniel Schiccieroli, Micael Machado, Eduardo Luppe, Leonardo Castro, você Mairon e eu ficamos “desempregados” e decidimos fazer algo nós mesmos. Já tínhamos um certo know how, então achávamos capazes disso. O Diogo Bizotto, que não participava da Collectors Room, foi convidado por ser um membro bastante ativo nas comunidades que participávamos e chamamos outras pessoas que participavam eventualmente com textos. O nome foi algo que eu tive ideia em um daqueles brainstorms que tivemos nos chats da vida. Para muita gente pode parecer um pouco arrogante, mas acho perfeito para o que fazemos.

CR: Quais as principais alegrias e tristezas que você teve nesses cinco anos de Consultoria do Rock (relacionado ao site)

FB: Alegria eu sempre tenho quando descubro alguém que conhece e lê o site. Nesse ano na fila do Monsters of Rock foi bastante legal quando na conversa com o pessoal que estava esperando os portões abrir alguém citou algo da Consultoria do Rock sem saber que eu fazia parte. Quando disse que era um dos colaboradores o falei com bastante receio para que as pessoas ali não achassem que eu estava querendo me exibir. Por outro lado esse foi o primeiro dia que o site ficou fora do ar por conta desse problema que tivemos – e estamos tendo ainda – com a UOLHost. Perder o conteúdo de mais um ano é algo que dói. Muita gente pode achar que o que fazemos é apenas um passatempo sem importância, mas nos dedicamos muito à isso. É fácil entender a nossa dedicação quando se sabe que mesmo sem nenhum retorno financeiro nos empenhamos para fazer isso da melhor forma possível.

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CR: Quais as matérias que você fez para o site que considera as que mais gostou de ter feito?

FB: Sem pensar muito vem algumas à cabeça. As discografias do Guns and Roses e do Metallica, já que são bandas clássicas e de cabeceira de muita gente que acompanha o site e pelo retorno posso dizer que fiz o trabalho a contento. Outras que eu tenho orgulho de ter feito são as sobre o rock progressivo italiano e a do Elton John (Goodbye Yellow Brick Road).

CR: Particularmente, acho aquela matéria sobre “Existe Pink Floyd sem Roger Waters?” uma das melhores que você fez. Essas citações suas, e a minha, mostra que a diversificação de estilos é dominante nas suas publicações. Considerando o site, o que você caracteriza como principal característica da Consultoria do Rock, que o torna um diferencial nos demais sites de música?

FB: É um pouco clichê isso, mas certamente as pessoas envolvidas são um diferencial. É inegável que todos aqui amam a música e escrevem por prazer. E o grupo agrega tantas pessoas com diferentes backgrounds musicais que quase podemos dizer que o site consegue falar sobre qualquer estilo relacionado ao rock. O próprio site ajudou a moldar meu gosto pessoal e também me aventuro a escrever sobre Elton John e Steely Dan até Behemoth e Amon Amarth. Claro que todos aqui temos nossas preferências, mas conversamos em alto nível e sem nenhum tipo de preconceito sobre qualquer vertente. Outra coisa é o fato de muitos dos textos serem atemporais, o leitor pode acessar um texto de alguns anos atrás e absorver o conteúdo como se ele tivesse sido escrito ontem. É tudo isso que torna o site especial.

CR: O fato de o site ter surgido a partir de colecionadores obrigatoriamente nos faz falarmos agora sobre sua coleção. A quantas anda ela? (Quantos discos / cds / dvds no geral).

FB: É verdade. Como já falei o site surgiu de uma grupo que escrevia para a Collector’s Room e eu me sentia até um estranho na época, pois não sentia que podia me achar um colecionador. Sempre tive esse espírito de querer ter o disco, mas não podia me considerar como um na época. Hoje já tenho coisas o suficiente para dizer que sou um colecionador de fato, mas não posso dizer que sou um dos principais. Nem mesmo desse site. Tem alguns aqui que possuem muita coisa maravilhosa que alguns não podem nem sonhar. Não dá para ter muita ideia, mas pelo menos nos grupo que participo, pouca gente aqui da região norte tem tanta coisa quanto eu. Claro que pode aparecer muitos aí que possuem uma coleção maior e não os conheço. Hoje tenho cerca de 2.000 CDs, 200 LPs, a mesma quantidade de DVDs, livros, revistas, etc…

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CR: Todos sabemos da sua paixão por Iron Maiden. Quantos shows da banda você já foi? Qual o mais marcante.

FB: Já vi sete shows do Iron Maiden. O primeiro em 1996, com o Blaze Bayley no Monsters of Rock no Pacaembú. Depois teve o de 1998, que teve o Helloween abrindo, um dia depois daquele show cancelado em Campinas. Eu iria nos dois shows e estive em Campinas e vi a galera detonar o estádio arrastando as catracas para o meio da rua. O Rock in Rio em 2001 foi especial. Fomos em um grupo de cinco amigos, eu, Gustavo, Fábio, Reginado e Marcelo, de carro para o Rio, assistimos a final do Vasco contra o São Caetano no Maracanã naquele jogo remarcado da Copa João Havelange. Saber que os caras da banda estavam lá assistindo ao jogo foi muito legal. Em 2004 o Iron veio com a turnê do Dance of Death no Pacaembú novamente. Depois fui para Manaus ver a banda e foi o show em que fiquei mais perto do palco. Apareci até no Jornal Hoje. Em 2011 fui para Belém ver a banda e o último show foi o de fechamento do Rock in Rio de 2013.

CR: É a banda que você tem mais itens na sua coleção? Quantos itens (entre DVDs, LPs, CDs e memorabilia)

FB: O Iron Maiden é a única banda que eu coleciono coisas fora das discografias normais. Então é de longe a banda que eu mais tenho itens e aquela que compro qualquer tipo de bugiganga. Tenho a coleção completa de discos de estúdio em cinco versões diferentes em CD, em LP e em fica cassete. Todos os singles em 7″, singles em 12″ e em CD. Alguns boxes, livros revistas, recortes de matérias do começo dos anos 90, camisas de futebol, bonecos… Ou seja, pura maluquice para um ouvinte normal.

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CR: Que outras bandas / artistas tem destaque na sua coleção?

FB: Além do Iron Maiden tenho a discografia completa de discos de estúdio de cerca de 40 bandas. Dessas a que eu mais tenho material é o Metallica que eu também tenho singles e LPs.  Estou considerando aquelas bandas que possuem mais de quatro discos. Para controlar as coisas que eu tenho eu fiz uma planilha e de lá dá para tirar vários dados legais, pelo menos para mim, já que não acredito que outros fiquem fazendo esses tipo de levantamento. Por exemplo, mesmo gostando mais de muitas bandas dos anos 80, 24,26% da coleção é de discos da década de 90, quase um quarto do total, a porcentagem dos anos 80 é um pouco menor, 23,17%. Mesmo ouvindo muita gente repetindo que os anos 90 foram perdidos, está aí uma prova do contrário. Discos de bandas americanas são 35,33% e de bandas inglesas 33,82%. Depois vem a Alemanha com 9,82%, Brasil 5,58% e Suécia com 4,12%. O ano que eu mais tenho disco é o de 1990 com 58. O segundo nesse quesito é o ano de 2011 com 55. Do ano em que eu nasci são 25 discos. Praticamente todos os discos que eu cito na série Melhores de Todos os Tempos saem dessa planilha aí.

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CR: Seus textos no site variam desde a NWOBHM de Iron Maiden e Praying Mantis até bandas mais recentes, como Muse ou Avenged Sevenfold. Essa ampla variedade de gostos foi adquirida com o passar dos anos ou você sempre foi bastante eclético.

FB: Eu tenho um problema com esse termo “eclético”. Ouvi muito ele durante toda a vida sempre sendo empregado por pessoas que não tem ligação forte com a música, aliás…ligação quase zero. Quando ouvia alguém dizer que era eclético quase sempre se tratava de alguém que não estava nem aí com a música e apenas a consumiam como uma trilha sonora do lugar em que estavam. E quando alguem dizia “sou eclético, gosto de tudo, menos daqueles rockão pesados”!?!?! Isso me deixava doido!! Eu gostava de heavy metal e hard rock exclusivamente até o fim dos anos 90. Quando comecei a ouvir rock progressivo isso me abriu a mente. Como o estilo tem inúmeras ramificações me acostumei a ter contato com diversas sonoridades e depois disso passei a gostar de música de forma diferente. Posso até dizer que o Rock progressivo me tornou um ouvinte melhor. Recentemente comecei a ouvir e gostar de bandas de metal extremo, o que nunca tinha feito a minha cabeça. Assim não ache estranho se lá em casa você encontrar um disco do Louis Armstrong ao lado de um do Morbid Angel.

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CR: O que todo mundo gosta e você não consegue gostar? O que só você gosta?

FB: Durante muito tempo eu respondia esse tipo de pergunta citando o Jimi Hendrix. Porém depois de uma insistência acabei gostando do som, mesmo não achando tão genial e tão fora da curva como muita gente acha. Eu prefiro o Cream ao Hendrix, por exemplo. Não consigo gostar de bandas punk como o Clash e o Sex Pistols, mesmo entendendo a importância deles para dar uma chacoalhada na cena musical da época o desenvolvimento dos estilos posteriores. Também não consigo gostar muito daqueles crossovers de rock com rap e hip hop. Agora sobre o que só eu gosto é difícil já que isso depende do público que está lendo. Várias músicas pop dos anos 80 me agrada e a galera “true metal” abomina …

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CR: Há algum bizarro ou diferente na sua coleção, que quando algum amigo vai visitar pergunta “O que isso faz aqui”?

FB: Tenho um CD tributo ao Creedence Clearwater Revival feito por um grupo que toca essencialmente música sertaneja. Ganhei o CD de um parente da Cristiane, minha esposa, pois ele sabia do meu gosto musical. O CD é até autografado com dedicatória. A curiosidade é que não tenho nenhum disco original do Credeence e nem sei o motivo disso, já que eu gosto de muita coisa da banda.

CR: Já fez alguma loucura por algum disco de sua coleção?

FB: O único tipo de loucura que fiz foi pagar valores altos em leilões ou antecipadamente para pessoas que eu não conhecia e não tinha certeza que receberia para adquirir algum item. Claro que já acordei de madrugada para o fim de algum leilão no Ebay, mas não posso dizer que foi alguma loucura. Hoje com o dólar do jeito que está eu estou um pouco longe do Ebay.

CR: Qual o item mais raro de sua coleção?

FB: Não tenho coisas mega raras. Eu costumo dizer que busco ter os principais discos do rock. E normalmente as melhores coisas já feitas são sempre relançadas. Quando falamos do Iron Maiden minha coleção parece tão normal quando comparo com outros amigos que tenho que não consigo identificar nada. Por outro lado muita gente não acredita em vários dos itens que tenho. Então esse esquema de raridade é muito relativo.

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CR: Cite cinco itens que, se você tivesse que vender sua coleção, não venderia de jeito nenhum.

FB: Não vou falar de cinco itens, mas eu nunca negociaria a minha coleção de singles em 7” do Iron Maiden. Eu acho o formato muito legal e como essa é a minha banda preferida é algo que tenho de especial.

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CR: Você já viajou por vários lugares, principalmente nos EUA. Como é ser um colecionador de discos na Terra do Tio Sam?

FB: Já comprei disco em Nova York, em Miami e Las Vegas, mas nada é igual a ir na Amoeba em Los Angeles. Já tive o privilégio de ir duas vezes lá e em cada uma dessas oportunidades em trouxe mais de cem CDs. Não só o fato dessa loja ser enorme e tudo o mais, mas o prazer de comprar coisas em um lugar que muita gente importante classifica como uma Meca da música. É realmente uma emoção grande. Dessa última vês, em 2014, eu cheguei na loja e estava tocando bossa nova no som ambiente. Não é um estilo que eu gosto, mas fiquei orgulhoso de um lugar assim estar prestando homenagem ao país que eu vinha. É um lugar em que algumas horas é pouco para quem gosta de música.

CR: Quais as dicas que você dá para um vivente que quer ir nos EUA e, dentre o turismo básico, planeja fazer um garimpo por lá?

FB: Como disse antes, a Amoeba é um destino indispensável, mas algumas lojas da Bleecker Street em Nova York também são ótimos lugares para quem quer comprar discos. Porém é sempre bom dar uma olhada nos discos disponíveis em mega stores como a Target. As vezes encontramos muita pechincha por lá.

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CR: Como é a organização de shows no exterior em relação ao Brasil?

FB: Já fui em alguns shows fora e posso dizer que é totalmente diferente. Além da organização como um todo o público também é muito diferente. Aqui no Brasil as pessoas são muito mal educadas. Nesse último Rock in Rio mesmo eu tive um bom exemplo. No Show do Metallica eu fiz um esforço absurdo para conseguir ficar próximo ao palco, mesmo tendo chegado bem cedo. As pessoas acham que tem o direito de conseguir chegar mais próximo o possível na força. Fui em um show do Judas Priest nos EUA e foi surreal. Estava praticamente colado ao palco e não estava nem um pouco apertado. Pouco antes do show fui comprar uma cerveja, e aqueles que acham que eu estaria sendo louco pois perderia o lugar, ficariam surpresos em saber que quando voltei as pessoas simplesmente me davam passagem. Assisti ao show muito perto do palco e foi como se fosse à cinquenta metros aqui no Brasil.

FB: Onde você adquire itens para sua coleção atualmente?

CR: Com o dólar maluco de hoje em dia (obrigado Dilma e o PT!!), não estou mais comprando como nos últimos anos, mas os locais são sempre os mesmos. No Ebay está mais difícil participar dos leilões já que nossa moeda está mais fraca e é difícil competir com os estrangeiros. Fora que muitos vendedores não mandam para o Brasil já que nosso sistema de correios não é confiável. A Amazon americana cobra o imposto de importação direto na fonte então a não ser que você esteja disposto a pagar mais pelo que está pedindo, não vale a pena. A Amazon inglesa é melhor, já que é possível sermos liberados de pagar esse imposto. No mais a maior parte das minhas compras vem de um site chamado musicstack.com, que parece com o Ebay por concentrar milhares de vendedores no mesmo lugar, mas não funciona com leilões.

CR: Além de música, também sabemos sobre seu apreço por cerveja. É fato que você é um produtor de cerveja artesanal? Se sim, como podemos adquirir a mesma?

FB: Comecei a fabricar cerveja em 2010 porque aqui em Rondônia não conseguia achar cervejas artesanais facilmente e eu já era um apreciador delas. Aprendi a fazer diversos estilos e posso dizer que as que eu fiz e faço são do mesmo nível das boas cervejas que encontramos por aí. Porém é um processo que demanda tempo e ultimamente isso é algo que não estou tendo vontade. Tudo o que produzo passa por um processo de análise de qualidade, feito por mim mesmo, que acaba com toda a produção, assim não é algo disponível para o público em geral …

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CR: Como sua esposa vê a sua relação com os discos e com o site?

FB: Como uma maluquice, é claro!!!! Brincadeira… obviamente ela vê isso como um hobby e não se importa muito. O maior problema é quando quero ficar ouvindo música por mais tempo que ela está disposta a ouvir. Por não ser um hábito que desenvolvi há pouco tempo ela já se acostumou, pois foi se acostumando com o tempo. Quando nos conhecemos não tinha como bancar esse hobby, apesar de já ser propenso a ter muitos discos. Mas com o tempo acabei conseguindo um padrão de vida que me proporcionou a possuir muitos dos discos que sempre quis. Ainda falta muita coisa, mas voltando ao sentimento que ela tem nisso basta comentar que estamos construindo um casa para nós e o espaço para alojar a coleção é algo essencial no projeto. Isso diz o quanto ela está confortável com isso.

CR: Cite dez discos que você levaria para uma ilha deserta.

FB: Já tentei responder essa pergunta e nunca consegui diminuir para apenas dez discos. O máximo que consigo é citar 12. Dois deles são do Iron Maiden e são de fases distintas da banda e por ser a minha banda preferida acho que esse número é válido em uma lista como essa. O resto são de bandas que me influenciaram no meu estilo ao longo de todos esses anos.
Iron Maiden – The Number of the Beast
Iron Maiden – Seventh Son of a Seventh Son
Guns N’ Roses – Appetitte for Destruction
Helloween – Keeper of the Seven Keys Part II
King Crimson – In the Court of Crimson King
Marillion – Misplaced Childhood
Megadeth – Rust in Peace
Metallica – Ride the Lightnning
Pink Floyd – Dark Side of the Moon
Rush – Moving Pictures
Viper – Theatre of Fate
Yes – Close to the Edge 

CR: Cite dez itens que deveria ter nessa ilha deserta para completar o prazer de estar com esses dez discos.

FB: Caramba!!! Essa pergunta é ainda mais difícil!!!! Primeiro um teto para eu morar com ar condicionado – para quem mora no norte do país sabe que isso é algo essencial. Uma plantação de malte e lúpulo para eu fazer minha própria cerveja, uma geladeira para eu conseguir tomá-la numa temperatura satisfatória. Uma televisão com pay per view para poder assistir aos jogos do Corinthians e todas as séries que eu gosto. Uma conexão à internet!! Eu adoro o mar e um barco seria ótimo…. Não deu dez itens, mas acho que já estaria bom. Quase que o quarto dos sonhos de qualquer um que esteja lendo isso, certo?

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CR: Quais são os próximos planos para o Consultoria do Rock?

FB: Eu tenho uma vontade grande de transformar o conteúdo do site em um ou mais livros. Sei da dificuldade disso, mas estou certo de que temos material de qualidade suficiente para isso.

CR: Há um fim para a sua coleção?

FB: Acredito que não… Meu interesse por música nunca diminui e meus gostos musicais sempre ficam maiores. Assim tenho certeza que a tendência é sempre aumentar a coleção. Claro que podemos enfrentar alguma situação que isso não possa mais ser possível. Nosso governo está ajudando pra isso, mas a princípio espero que isso não aconteça.

CR: Alguma coisa mais que gostaria de passar para nossos leitores?

FB: Agradeço à todos os leitores que nos acompanham há todos esses anos. Vejo nos nossos leitores não apenas os consumidores dos nossos conteúdos, mas como multiplicadores do material que produzimos aqui. Com os seus comentários eles acrescentam demais o assunto da matéria e isso é excelente. Quando temos uma matéria que rende muitos comentários temos um acréscimo absurdo ao tema e para mim isso é o principal objetivo. Gosto demais de falar sobre música e no dia a dia é difícil encontrar malucos que estão dispostos à isso. Esse contato virtual com pessoas que tenham esses mesmo interesse, as vezes até obsessivo sobre o assunto, é algo que fará com que os estilos musicais que gostamos nunca se tornem obsoletos. É fácil se desinteressar por algo quando não conseguimos alguém para compartilhar nossos gostos e o que fazemos é possivelmente um modo de manter isso vivo. Quando publicamos uma matéria sobre uma banda totalmente desconhecida pelo grande público, estamos dando uma sobrevida ao assunto. Peço para os nossos leitores que acompanham há bastante tempo que nos ajudem a divulgar os textos e aqueles que nos conheceram há pouco tempo que procurem no site nossas publicações mais antigas. Temos muita coisa interessante para todos. Obrigado pela oportunidade e um grande abraço à todos….

66 comentários sobre “Na Caverna da Consultoria: Fernando Bueno

  1. Quero saudar ao Bueno não só pela entrevista de abertura dessa comemoração aos cinco anos do site, mas também, pelos anos abertos de hoje. Que você tenha muita paz, saúde, cerveja, grana pra comprar discos e menos títulos do Corinthians, pois o resto é consequência.

    Meus parabéns meu velho, e valeu pela parceria!!

  2. Parabéns pelo aniversário do nosso querido magnata! Ah, um sonho meu é ir aos Estados Unidos, justamente na Amoeba e me fartar de diversos álbuns que estou louco para ter.

    O mais bacana da entrevista é que o Fernando não responde apenas as perguntas mas sempre acrescenta algo a mais! E como sonho em ter um quarto e uma estante como essas! Obrigado por compartilhar sua coleção conosco, Fernandão!

          1. Sim. Comente mais sobre sua fábrica de cerveja. Quando será ofertada para os consultores?

  3. Parabéns ao site. Não conhecia as historias que envolvem os primórdios do site. Só tenho a agradecer, conheci diversas bandas no site e ,quando penso que já tinha absorvido tudo, vocês me surpreendem. Os assuntos são sempre bem colocados e, na maioria das vezes, acompanhados de uma riqueza de detalhes assustadora. Parabéns e obrigado ao Fernando pela ideia acertadíssima ” Long Live Consultoria”.

    1. Obrigado Marckus. Em algumas semanas entrará a próxima entrevista, que também irá trazer muitas informações sobre os primórdios da consultoria. Abraços

  4. Muito legal! Mas eu sou a típica pessoa que não pode nem chegar perto do Amoeba. Já pensou o prejuízo? Entrevista muito bacana!

      1. Vendem sim Mairon. Não é tão amplo quando os CDs, mas tem bastante sim, principalmente lançamentos.

        1. Huuuuum, mas onde eu poderia achar LPs com maior quantidade em relação aos CDs das lojas que você passou?

  5. muito legal a entrevista, a gente que coleciona não tem como não se identificar, eu sou colecionador de vinis , no mais força a CR, grande abraço.

  6. Juntar entrevista de inauguração com aniversário é muito suspeito. Sei não… Li tudinho e gostei muito, mas uma coisa estragou a festa: levar disco do Rush para uma ilha deserta. Ô desperdício. Merece ir para essa ilha a nado.

  7. Fernandão, adorei conhecer um pouco de sua história. Obrigado por responder aos meus comentários e “alfinetadas” em algumas matérias aqui da CR. Tamo junto, cara!

          1. É o Ronaldo Esper. Que tem tudo a ver porque é a cara do Bueno.

    1. Então Eudes…
      Sempre me interessei pelos heróis da Marvel. Quando vi essa coleção aí resolvi adquirir…

  8. Ficou muito legal a entrevista. Mesmo não sendo colecionador de discos, como a maioria dos consultores, sempre me encanta ver e ouvir histórias de pessoas que dedicam tempo e suor a esse hobby.

    Também queria aproveitar a deixa e desejar os parabéns à chefia. Felicidades, sucesso e mais aquele monte de votos que as pessoas desejam umas às outras nessas ocasiões e que me fugiram à mente agora.

    Att.

  9. Mas, a sério, ótima ideia esta coluna…e boa escolha para começar…já desejei feliz aniversário, mas vai de novo, Fernando.

  10. Obrigado pelas felicitações pessoal! Espero que a coluna renda boas matérias e fico muito honrado de ter participado dessa estréia…

  11. Fernando, parabéns pelas respostas, pelo bom humor, por ser esse cara gente fina que tive o prazer de conhecer pessoalmente no Rock in Rio 2013 e, hoje, especialmente, pelo seu aniversário. Vida longa, muitos discos e muito lúpulo. Abraço!

  12. Parabéns pela entrevista!!Gostei bastante do gosto musical de Bueno,apesar da minha pessoa não ter simpatia com Maiden,porém a inclusão do indescritível ‘Close To The Edge’ na sua lista de discos para uma ilha deserta me fez esquecer da minha pouco simpatia com o Maiden..Destaco também o disco ‘666’,que me deu uma alegria imensa ver que você tem,um dos melhores discos de todos los tiempos,a capa do mesmo é maravilhosamente gostosa,pois desperta e esfrega na cara a ignorância do ser humano,pois minha pessoa tem certeza que 90% das pessoas que olham a capa com o 666 estampado devem pensar que é um álbum só de impurezas do bichinho feio,aí quando as mesmas pessoa se informam sobre o conceito do álbum ficam toda emburrada – experiência própria.No mais,gostei bastante da iniciativa!E,claro,o CR é novinho ainda,só 5 aninhos,espero que venha mais 59!!E,tenho que desabafar,se um dia um Alien visitasse a minha casa,primeiramente iria leva-lo para o loca confortante,em seguida apresentaria-me a ele e também mostraria alguma músicas para o mesmo,principalmente músicas PROGS – pois é o que eu mais sei e ainda não sei se realmente sei -,e,ÓBVIO,que iria para o melhor site de música da internet,que nem preciso falar o nome,pois além de um site de conteúdo infindável e mais rico do que a base energética do LHC,é um lugar que você encontra uma família,não uma família comunal,mas sim,uma família cultural.

    1. Só para complementar,quero agradecer cada um dos consultores,apesar de eu não ter muita afinidade com alguns,mas no final vocês,sem exceção,são muitos importantes para os leitores do CR,pelo menos para mim,pois dificilmente eu teria a noção que tenho hoje de música sem esse site,para se ter uma ideia eu nem tinha ideia do que significava a expressão “cozinha” na música.Novamente,agradeço a todos que compõe essa edificação e a cada dia aumenta-a com sempre a precisão,agilidade e inteligência de arquitetos minuciosos e perspicazes!Então continuem assim,pois podem ter certeza,o trabalho de vocês colherão e,muito provavelmente,colhe frutos preciosos!Até mais!!

      1. Hehehhee Claro,falta de atenção da minha parte,mas,realmente,o ITCOCK é acima da perfeição também,apesar de ser descritível,diferentemente do CTTE.No mais,mais felicitações para você e o resto da CR!Só mais uma coisa,Bueno,você gosta de ‘Ambient Music’?Se sim,depois,se der,faça uma Disc.Comentada de um dos precursores do gênero,o genial Brian Eno.

    2. Meu caro Erick, vc tocou em dois pontos que eu não posso deixar passar: LHC e 666. Sobre o primeiro, minha tese de doutorado foi praticamente em cima de métodos de detecção de partículas no LHC, e olha, muita coisa lá já foi descoberta. Sobre o segundo, já leu as matérias sobre o melhor disco progressivo de 1972 que eu fiz – em dúvidas se o CTTE fica na frente ou não? Se não, aqui estão os links

      http://consultoriadorock.com/2012/06/06/datas-especiais-40-anos-de-666/

      http://consultoriadorock.com/2011/01/06/maravilhas-do-mundo-prog-aphrodites/

      Tinha tb a discografia comentada da banda, mas essa a UOL comeu

      1. Mairon,eu reconheço que,sem via das dúvidas,’666′ é um dos melhores discos de todos os tempos,mas CTTE tem uma musicalidade e um lírico apoteótico,e,depois de diversas audições prazerosas do Yes setentista,eu reconheci(ço) que,claramente,a formação:Anderson,Howe,Squire,Brufford e Wako é a maior e,subsequentemente,a melhor formação de todos os tempos,pelo menos tecnicamente,convenhamos.Tenho que admitir que ainda não consegui captar bem a mensagem do TFTO,provavelmente pelas poucas audições ante o mesmo,musicalmente e liricamente falando,porém ouvirei mais vezes e,obviamente,estudarei também mais minunciosamente e calmamente.Em relação ao LHC,eu considero-o a maior invenção que o ser humano edificou!Posso não ser um conhecedor nato da obra,mas,pelo pouco que sei,é a obra que melhor mostra o quão longe o ser que,por muitas vezes,erroneamente,se denomina racional,pode realmente fazer jus a tal nomenclatura,com moral diga-se de passagem.No mais,parabéns,Mairon,pelo seu interesse por música e,principalmente,física!Mairon te indico assistir esse vídeo https://youtu.be/Ro2nuvysVm8.Bom,antes de assistir esse vídeo,lembre-se do que o ‘Pai Da Física Moderna’ proferiu:”Nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado.”E,sim,li as matérias do CR sobre o ‘666,aliás ótimas!,mas CTTE,apesar de não ser tão experimental,é um disco uno na estruturação da minha alma ouvinte.Então é isso,até a próxima Mairon!

  13. Um Feliz Aniversário (atrasado) ao patrão Bueno, e meus parabéns pela bela e interessantíssima entrevista! É sempre muito interessante saber um pouco mais sobre as pessoas “por trás” dos textos, as histórias que já vivenciaram e sentir um pouco da sua paixão e dedicação ao assunto primário do site, ou seja, a música nossa de cada dia! Que venham mais entrevistas nesta linha, e muitos outros anos ao nosso querido Consultoria do Rock!

  14. Por favor gente, “Close to the Edge”, não! Amigos, façam um favor pra mim: “Vão todos Lambê Sabão na Broadway!”

    1. Com todo respeito,Maxwell,mas o CTTE deixa o ‘The Lamb Lies Down On Broadway’ em uma patamar inferior ao qual o mesmo não estaria caso não fosse comparado com o citado acima..Respeito bastante o Genesis da Era Era,mas nem o SEBTP bate de frente com o CTTE,na minha opinião,pelo menos..Só por curiosidade,por que você não simpatiza ‘muito’ com a faixa supracitada?E,qual a melhor suíte do Yes,na sua opinião,obviamente?

      1. Bom cara, eu não gosto do CTTE por vários motivos: seu miserável trakclist de apenas 3 músicas, a saída do Bill Bruford (o Sr. Cabeça Dura) após as gravações do disco, as opiniões positivas dos fãs – tô cansado de falar que este não é o melhor disco do Yes (é apenas o “mais famoso”), e a faixa-título tem só duas coisas erradas nela: aquela introdução que vem depois do barulho de passarinhos/água corrente e antes do riff principal do Howe (com as irritantes notas computadorizadas do teclado de Wakeman), e a repetição da frase “I get Up, i get Down” antes da música terminar do mesmo jeito que começou, com o barulho de passarinhos/água corrente. Parece que essa música vai a um certo ponto, mas na verdade, por conta do repeteco, não vai á lugar nenhum. Por isso minha nota para CTTE, a música, é 7,5, para “Siberian Khatru” minha nota é 9, e para “And You and I” minha nota é sempre 10. E quanto á melhor suíte do Yes, seu eu disser que as melhores pra mim são as 4 longas suítes do “Tales from Topographic Oceans” (o disco que representa tudo que é o Yes pra mim) tem desconto pra você?

        Pra encerrar, em relação ao Genesis, não me envergonho em dizer que SEBTP é o melhor disco não só do rock progressivo (ao lado de Dark Side of the Moon, do Pink Floyd), mas também da história da música em geral. Se em 1972 a banda de Peter Gabriel gravou o que muitos chamam de a “maior canção de todos os tempos” – e com razão – no disco Foxtrot (Supper’s Ready), em 1973 o Genesis fez um disco que merece todos os elogios não só de mim (que sou o maior fã do SEBTP), mas de todos os que gostam da boa música como um todo.

        Enfim, espero ter sido claro e objetivo nas minhas opiniões. Um abraço pra ti, cara!

        1. Entendo e,obviamente,respeito sua visão.Mas discordo da sua opinião sobre CTTE – música -,pois acho belíssima,e,amo seu terceiro movimento,não sei para os outros,mas para mim,é emocionante!Em relação ao TFTO,pelas poucas vezes que ouvi,concordo plenamente com você,pois é o álbum que tem as quatro melhores suítes,musicalmente e liricamente,do Yes e,consequentemente,da música em geral (apesar de Supper’s Ready ter uma profunda significância na minha vida,não é uma música que mais atiça a minha curiosa e azul alma tanto quanto as suítes do Topographic).Ainda venho estudando o Yes de forma mais clara e objetiva,e,principalmente,sua obra mais ousada,como eu disse anteriormente,apesar disso considero o Topographic,juntamente do ‘666’,os dois melhores discos do prog rock,pois o primeiro é mais progressista até do que um Tarkus 9999X9999(!),já o segundo é de uma ousadia mister e una.

          No mais,obrigado pela resposta e que Deus te abençoe!Até a próxima e,como diz(ia) Tupi,abraços progressivos!!!

          1. Não gosto muito do Aphrodite Child, só conheço algumas coisas da carreira solo do Demis Roussos, por exemplo: aquela música em que ele mistura o Sirtaki (dança grega) com o country é muito foda! A música se chama “My Friend the Wind”. Obrigado por entender minhas opiniões e um abraço pra você também, cara!

          2. Em relação ao AC,eu só amo o ‘666’ deles e ponto final.

  15. Texto fantástico, era um desejo meu de algum tempo ver entrevistas entre os colaboradores! parabéns Bueno e Mairon por darem o pontapé inicial!

    destaco essa parte: “muitos dos textos serem atemporais, o leitor pode acessar um texto de alguns anos atrás e absorver o conteúdo como se ele tivesse sido escrito ontem.”

    se a CR fosse um site de notícias, garanto que dificilmente eu acompanharia ou me animaria em escrever.

    Abraços!

      1. “Queremos Você Aqui” é a tradução do título do disco que eu mais venero do Pink Floyd, juntamente com o “The Wall”. Bem lembrado, chefão!

  16. O Fernando Bueno é meu “vizinho”. Bebe diariamente a saudável água do Madeira.
    Quem sabe, um dia, eu o conheça pessoalmente… rerere

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