Kleiderman – Con El Mundo A Mis Pies [1994]
Por Micael Machado
Neste mês de novembro, o Consultoria do Rock completa cinco anos de existência. Aqueles que nos acompanham desde os primórdios talvez lembrem do “Anônimo”, um sujeito que comentava muito em nossos primeiros posts, ainda nos tempos de blog. Com uma forma de escrita peculiar (sempre em letras maiúsculas e usando vírgulas no lugar de espaços, dentre outras caraterísticas próprias), ideias polêmicas e radicais (contra gays, nordestinos, punks e muita gente mais) e gostos musicais muito bem definidos (ele sempre elogiava muito os textos sobre metal extremo e rock pesado em geral, contribuindo muitas vezes para o enriquecimento dos mesmos através de seus comentários e opiniões, mas abominava os escritos sobre punk rock ou sobre bandas/artistas que ele considerava “gays”), ele se tornou folclórico entre os consultores mais antigos, e volta e meia seu nome reaparece no meio das “reuniões de pauta” que fazemos virtualmente para definir o andamento das questões do site.
Pois esta figura volta e meia solicitava que se fizesse um texto sobre o disco Con El Mundo A Mis Pies, do trio paulista Kleiderman. Ainda que com anos de atraso, finalmente tal texto chega à nossa página virtual, em uma homenagem não somente a este leitor ainda hoje não identificado, mas também a todos aqueles que acompanham nossa jornada, seja desde o início meia década atrás, seja desde a semana passada! A todos vocês, nosso muito obrigado pelo apoio, e, como diria Neil Young, “keep on rockin'”, sempre!
No ano de 1993, os Titãs lançaram Titanomaquia, o disco mais pesado de sua carreira até então. Depois da turnê de promoção ao mesmo, o grupo resolveu “sair de férias”, o que abriu espaço para que seus integrantes se dedicassem a atividades paralelas ao grupo, como carreiras solo, escritas de livros ou estudos no exterior. Branco Mello (vocais) e Sérgio Britto (vocais e teclados) uniram forças e montaram um projeto que seguiria mais ou menos a mesma sonoridade que sua banda principal havia adotado naquele citado disco, efetivando assim uma ideia que já havia surgido um tempo antes, mas ainda não havia tido possibilidade de ser colocada em prática. Com Branco no baixo e voz, Sérgio nas guitarras e voz, e a adição da baterista Roberta Parisi (ex-integrante do Volkana), surgiu o Richard Clayderman, nome escolhido de “zoação” em homenagem ao tecladista favorito de nosso leitor Igor Maxwel. O trio assinou com o selo Banguela Records (que, vale a pena lembrar, era de propriedade dos próprios Titãs), mudou o nome para Kleiderman para evitar problemas legais (mas manteve o “Richard” na capa do disco, “escondido” debaixo de um band-aid), e lançou em 1994 Con El Mundo A Mis Pies, uma “pérola esquecida” do rock nacional, e um dos melhores lançamentos do estilo na última década do século passado!
A sonoridade do trabalho, como eu já disse, segue mais ou menos a linha adotada pelo então septeto paulista em seu registro do ano anterior. Mas é ainda mais suja, pesada e distorcida que a de Titanomaquia. Algumas faixas tem um pé no punk rock (como “Nem Mãe, Nem Puta“, que chegou a ter algum destaque na época, inclusive tendo um clipe divulgado na MTV de então – e que, por algum motivo, não consegui encontrar para disponibilizar como link nesta matéria -, “Let Me Be Your Nightmare”, que chega a lembrar o Green Day de Dookie, ou “Roberta”, usada para “descrever” as características da baterista do trio: “19 anos, 1 metro e 60, 48 quilos e olhos cor de mel”), outras no dito rock “alternativo” inglês (como “Plastic” ou “Dracula’s Tea Bag”, que também possui algo de Alice In Chains no refrão), mas a maioria das composições se baseia mesmo em um hard rock pesado, distorcido e quase sempre rápido, como o presente em “O Amor É Uma Coisa Feia” (que abre os trabalhos da bolachinha), “Eu vou ficar dopado” ou “Nojo”.
O trio Kleiderman: Branco Mello, Roberta Parisi e Sérgio Britto
Com o disco durando pouco mais de trinta e cinco minutos no total, as músicas de Con El Mundo A Mis Pies são curtas e diretas (apenas uma passa dos três minutos de duração), e, assim como os vocais são divididos entre Branco e Sérgio (por vezes até na mesma composição), também as letras são ora em português, ora em inglês. A temática é variada, indo da quase escatologia de “Lick My Dirt” aos pretensos termos médicos de “Testosterona” (duas canções mais lentas e arrastadas, mas com o peso sempre presente). Dentre as letras que mais me chamam a atenção, estão as de “All Rock Bands” (que declara que “todas as bandas de rock deveriam se separar agora”, em uma composição que serve de critica ao rock da época, mas que soa extremamente atual no mundo de hoje) e “Get Me Higher” (que cita vários artistas já falecidos, para então sentenciar: “merda vende, morte vende mais”).
Algumas faixas lembram o trabalho da banda principal de Mello e Britto, como “Se Eu Sei Que Me Faz Mal” (que me remete a “Agonizando”, do Titanomaquia), “Êxtase” ou a já citada “Nem Mãe, Nem Puta”. Mas nenhuma delas é tão “Titãs” quanto “Não Quero Mudar”, o grande hit do disco, com clipe em alta rotação na MTV, exposição nas “rádios rock” da época e tudo o mais. Certamente a faixa mais acessível do registro, poderia facilmente ter sido lançada como uma música do septeto paulista e ninguém notaria a diferença. Acessíveis também são duas de minhas faixas favoritas em Con El Mundo A Mis Pies: “O Colecionador“, um surpreendente tema instrumental com algo de surf rock em seu arranjo, e a própria faixa título, um oásis de calmaria no meio da porradaria sonora que é o disco. Trazendo a melhor intro do álbum (com Britto arrasando na guitarra), ela se transforma em uma “quase balada” regada à doce e suave voz de Roberta, que aqui canta (em espanhol) uma letra que chega perto de ser classificada como “romântica”, e que apresenta aquele que talvez seja o melhor refrão de um disco com vários refrões memoráveis!
Contracapa de Con El Mundo A Mis Pies
O trio fez alguns shows pelo país, participou de especiais da MTV em 1995 (como o Carnaval É Legal, onde interpretaram “Está Chegando a Hora“, e o Romance MTV, onde fizeram uma cover de “Darlin’“, dos Beach Boys) e parou por aí mesmo, com Branco e Sérgio voltando a se dedicar ao seu grupo principal com o lançamento de Domingo naquele mesmo ano. Muitos, como eu, ainda esperam por um novo trabalho da banda, o qual parecia quase impossível um tempo atrás. Mas, com a volta dos Titãs ao “rock pesado” em Nheengatu, do ano passado, quem sabe Mello e Britto não se animam a reviver o Kleiderman, e nos brindar novamente com pérolas do peso musical nacional. Torçamos por isso!
“Acuerdade de mi, siempre así: con el mundo a mis pies”
Track List:
01. O Amor É Uma Coisa Feia
02. Let Me Be Your Nightmare
03. Nem Mãe, Nem Puta
04. All Rock Bands
05. Dracula’s Tea Bag
06. Con El Mundo A Mis Pies
07. Eu Vou Ficar Dopado
08. O Colecionador
09. Testosterona
10. Roberta
11. Plastic
12. Não Quero Mudar
13. Lick My Dirt
14. Se Eu Sei Que Me Faz Mal
15. Êxtase
16. Nojo
17. Get Me Higher
Muito legal Micael!!!
Valeu a pena comentar o disco e também a alusão a dois leitores assíduos (cada um em uma época).
Valeu, Bueno, mas podes acreditar que foi algo totalmente intencional!
Eu lembro de um post do Ramones que um Anônimo fez um milhão de comentários, todos em caps lock e com vírgulas até não poder mais. É esse mesmo cara? Aquilo foi hilário, parecia spam.
Ele mesmo, Ulisses!
E o Anônimo fazia isso em várias postagens, não só nessa que você lembra…
Ulisses Machado, aqui estou eu de volta depois de quatro anos sem postar nada aqui no Consultoria do Rock. Sim eu mesmo o Anônimo que torrou o saco do pessoal aqui para que se falassem sobre esse excelente disco. Pois é, na época eu exagerava demais e postei coisas desnecessárias aqui rsrs. Mas obrigado a vocês por terem se lembrado de mim.
O Kleiderman foi a continuação do Titanomaquia que não teve no Titãs. Talvez o Branco e o Britto já soubessem que seria praticamente impossível que continuassem com a sonoridade crua e suja do Titanomaquia já que os outros integrantes com excessão do Charles Gavin não sentiam familiarizados com aquele tipo de som e por isso mesmo gravaram esse álbum. Vale destacar o peso da guitarra do Sérgio Britto. Um guitarrista só com muito mais peso do que nos Titãs que tinham dois. A que eu mais gosto desse cd é Testosterona. Gosto do riff cadenciado dela.
Obrigado a todos aqui por terem se lembrado de mim! poxa essa página é excelente. Confesso que eu realmente exagerava demais nos meus comentários antigos lá por 2011 até o começo de 2012. Podem ficar sossegados rapaziada, não vou mais postar nenhum comentário “ofensivo” ou “racista” rsrs. Confesso que sempre tive repúdio pelos comunistas e pelos punks mais exaltados que chamam de “fascista” todos aqueles que discordam deles. Melhorei razoavelmente meu jeito de escrever e me expressar. Mical, Bizzoto e cia, sou eu mesmo o antigo anônimo. O mais engraçado é que o que me trouxe aqui agora não foi o Kleiderman, mas sim a discografia comentada do Madman. Obrigado mais uma vez.
Cd foda, banda foda. Pena que durou pouco. A melhor época dos Titãs. No tempo que Branco Mello tinha agressividade na voz.
Creio que mesmo com a volta do grupo ao som pesado, não será breve um retorno do Kleiderman. O Sérgio Brito tá muuito vidrado no som mais leve e bossa, vide seus álbuns solo.
É verdade, Dimas! Eles todos parece terem se afastado dos sons mais pesados, na real (o Miklos até samba andou gravando). Mas sonhar não custa nada, certo?
Depois que os caras ficaram velhos, e enferrujados duvido que um dia esses picaretas tomem vergonha na cara e gravem um disco que presta depois de tanto cocô sonoro. Micael, tu acredita que até forró esses putos chegaram a tocar? Inclusive a música em questão, era pra ter entrado nessa bosta do Nheengatu. Mas os caras perceberam que se gravassem essa música, aí é que a moral deles iria ainda mais lá pra baixo e a crítica, especialmente os antigos críticos da Bizz ainda vivos e que até hoje zoam os Titãs não iriam perdoar uma presepada dessas. Como se já não bastassem terem composto canções ainda mais bregas e cafonas do que do mestre Odair José, ainda iriam(iria mesmo, ainda bem que não foi, uuuuuuuuufaaaa)gravar um forró digno de um Chiclete com Banana? kkkkkkkkk Vou postar o link da música caro Micael. É pra chorar(e não pra rir) de desgosto desses paspalhos.
https://www.youtube.com/watch?v=_gJbk3ym-yc Inclusive o nome da música é bem sugestivo: “Morto Vivo”. tem tudo a ver com os Titãs. Uma banda morta que insiste em continuar viva. hahahaha
Esse “Anônimo” tem sorte que eu sou um antônimo do Dalborga,em relação a paciência,e,claro,também tem sorte que eu nunca argumentei/discuti com ele,pois admiro bastante a corrente cultural chamada ‘Punk Rock’,apesar de não gostar,claro,só curto o The Clash,e detesto quem a julga de maneira agressivamente inescrupulosa,também considero outras correntes da música em geral.A única corrente (des)cultural que abomino é a merd@ da merd@ daquela merd@ chamada FUNK.Não,não,não o Funk clássico,mas,sim,o tal do Funkinho Carioca…..Mas…vamos lá.Ótima matéria,Micael.Gosto do seu modo de escrever e pensar,por isso queria que você concedesse para o CR uma matéria sobre eletroacústica,especificamente:”Cinco discos para conhecer a ELETROACÚSTICA”,pois acho interessantíssimo e importantíssimo esta corrente que explorou os máximos dos mínimos da música,como vice versa.No mais,continue assim!
Obrigado pelos elogios, Erick, mas não tenho conhecimento suficiente sobre este estilo para poder escrever sobre ele… aliás, quais bandas você recomendaria nessa hipotética lista?
Bom,Micael,não conheço muitas bandas de eletroacústica,mas conheço os ‘tampa’,eles são os seguintes – ao meu ver,pelo menos:Bernard Parmegiani – um dos meus compositores preferidos -,Karlhein Stockhausen – dispensa apresentações -,Pierre Boulez – um dos precursores -,John Cage – o trabalho dele não é propriamente eletroacústica,porém ele lançou trabalhos notáveis segurando tal âncora -,Jean Michel Jarre – como Cage,ele não foi um artista propriamente eletroacústico,porém contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento do estilo supracitado -,etc.Existe outros milhares de artistas que contribuiu para este belíssimo gênero,porém conheço e tenho mais afinidade com os citados,ademais ouço tais quase que direto,volga principalmente Cage,Hausen e o mestre das maestrias Parmegiani.No mais,ficarei grato se você se interessar por este gênero e,consequentemente,se desejar,claro,fazer uma matéria sobre o mesmo,de qualquer forma,obrigado!
Faltou citar o Jorge Antunes, Erick, que entre os brasileiros foi o papa da eletroacústica.
Infelizmente não conhecia-o,Marco,mas tratarei de conhece-lo o mais rápido possível,pois,como dizia alguma pessoa:”É preciso conhecer os arredores do seu redor,mas é de essencialidade diretamente proporcional também conhecer o seu lar,mesmo se esse for interestelar.”
No caso,se esse lar for dominial de territórios interestelares,aí,sim,você realmente precisa conhece-lo,uma vez que uma vez é mais que uma em tal local,pois pensamos que conhecemos aquilo que julgamos conhecer,mas a certeza é nula para aqueles que a veem de forma essencial,sendo que a mesma é apenas uma base de um tijolo ante um pilar dos vários existentes no Todo Conhecível…No mais,ouvirei e,claro,refletirei a música proposta por Jorge Antunes!!
Matéria bem bacana, Micael. Tenho esse disco em long play. Também gostaria de ver uma continuação desse projeto…
Parabéns pela matéria. Ficou ótima. Como sugestão caso tenha condições poderia comentar outros lançamentos do selo Banguela. Cito como exemplo o Little Quail e Mad Birds e Graforreia Xilarmonica. Esse selo buscou dar uma renovada no rock nacional na década de 1990. Outro selo importante foi o Rock It que lançou a Maria Bacana que foi uma banda bem interessante. Valeu.
Quatro anos se passaram desde a época em que eu vinha aqui no Consultoria do Rock e detonava tudo e todos rsrs. Naquela época eu estava com o “demônio” do corpo. E hoje estou desencapetado, pois encontrei Jesus”. Brincadeiras a parte, meus parabéns por terem F-I-N-A-L-M-E-N-T-E falado sobre esse play dos hoje bundengo e acomodado Sérgio Britto e do bonaçhão pingução Branco Mello.
Com toda a sinceridade que me é peculiar, o Nheengatu é uma tremenda bosta. Os caras se acomodaram completamente. O produtor do disco é medíocre(o famoso Rafael Ramos que já fez parte do horrendo Baba Cósmica). Soma-se isso ao fato do sanfoneiro e marido da Malu Mader ter-se tornado um pau no cu que tem preguiça de aumentar o volume da guitarra ou então de ter umas aulas de guitarra para aprender a criar riffs mais pesados e solar melhor. Até o Chimbinha toca melhor do que o Tony Bellotto de hoje hahaha. O Paulo Miklos hoje possui uma agressividade forçada, artificial. Isso sem contar o fato de apoiar esses vagabundos drogados que interditaram escolas públicas aqui em São Paulo. Não sei mano, os Titãs são tão picaretas que nem se eles tirassem o bellotto da banda e pusessem um guitarrista melhor, a coisa fluiria. Está na hora dos tiozões se aposentarem. Mas eu até entendo o fato deles insistirem nisso. Deve ser foda ficar em casa aguentando mulher chata. kkkkkkkkk
Pra vocês verem como os Titãs são uma banda oportunista e picareta, mesmo eu gostando do Tamta e Titanomaquia. De 97(na época do AcustiCUzinho) até 2009(Sacos Plásticos) os arrombados faziam música de corno manso e pareciam que andavam com a roela doendo. Depois dos protestos intensos de junho de 2013, e consequentemente da volta da “direita raivosa”, do “racismo e da intolerência”, eis, EEEIIIIIIIIIIIIIIIIS(imitando alborghetti) que os lazarentos resolvem voltar a ter uma postura combativa, iconoclasta e “rebelde”(o que a gente não faz por dinheiro não é mesmo?). Chega a ser irônico o fato dos arrombados agora declararem em entrevistas recentes que “o rock precisa ser questionador e agressivo”. É? Mas porquê então eles não continuaram a fazer rock agressivo e sujo como em Titanomaquia e ao invés disso optaram por fazer música brega e de quebra envergonhar os fãs antigos tocando com o Katinguelê? Aquilo lá foi a prova de que eles não eram uma banda autêntica. Só tocam aquilo que estiver na moda.
Já enchi o saco aqui novamente. Mas só uma pequena observação: Quem toca o solo de guitarra no final de Get Me Higher é o lendário Luís Carlini que no ano seguinte entraria para o Camisa de Vênus e gravaria o “Plugado” e o excelente “Quem é Você”. Esse último produzido por ninguém menos que a lenda, o mito Eric Burdon.
Fiquei contente de vocês terem se lembrado de mim. Saudades de 2011 e 2012. Bons tempos aqueles rsrs.
Kleiderman é uma fatia de minha vida. Sou vidrado estilhaçado neste material. Depois de quase 15 anos de busca consegui adquirir o vinil… Esta é uma das melhores matérias sobre o album, que achei na net.
Muito obrigado!
Eu tenho uma cruel duvida: alguem sabe o paradeiro da Roberta Parisi??? Outros trabalhos, por onde anda, o que faz?
Obrigado pelos elogios, InFeto! Quanto à Roberta, infelizmente, também nunca mais ouvi falar dela! Uma pena, pois tinha muito talento!
Ela era uma excelente baterista mesmo, muito talentosa. Ela conseguia encaixar viradas de bateria precisas e certeiras.
A maioria das músicas desse disco excepcional lembram muito o Helmet do “Meantime” especialmente All Rock Bands e Testosterona.
O Sérgio Britto teve a manha de criar riffs de guitarra pesados e cadenciados. Além de se mostrar um grande vocalista capaz de arriscar vocais guturais e podrões lembrando muito o Phil Anselmo.