Na Caverna da Consultoria: Diogo Bizotto


Por Mairon Machado
A Caverna da Consultoria hoje traz mais um fundadores do site. Dessa vez, não um colecionador como os demais, mas um conhecedor de música, idealizador de diversas colunas no site, e responsável por trazer ao mesmo questões pontuais de padronização, as quais geraram a imagem profissional que muitos seguidores admiram e destaque.
Em uma conversa descontraída, nosso Diogo “THE BOSS” Bizotto conta a sua história com a Consultoria, e abre as portas de sua pequena caverna. Confira!
1. Consultoria do Rock: “Patrão” Diogo, é uma honra poder entrevistá-lo. Conte-nos um pouco sobre a sua pessoa.
Diogo Bizotto (DB): Em primeiro lugar, muito obrigado por essa oportunidade de interagir com os leitores. Uma coisa é escrever sobre artistas que admiramos, outra muito diferente é falar sobre nós mesmos, expor aspectos de nossa vida. Fiquei um pouco ressabiado de início, mas acho que o resultado pode ser interessante. O básico: tenho 31 anos, sendo cerca de 20 ligados à música de alguma maneira. Nasci em Vacaria (RS), mas moro em Porto Alegre desde pouco antes de completar 18, quando comecei a estudar Engenharia Mecânica na UFRGS, curso que acabei largando. Hoje, sou jornalista formado – exerço a profissão – e geógrafo em formação.
5. Com quantos anos você comprou seu primeiro disco, e qual foi? Você ainda tem ele?
7. Para a Consultoria, você trouxe algumas das seções de maior sucesso, como as Discografias Comentadas e a série Melhores de Todos os Tempos. Como surgiram essas e outras ideias, como a coluna I Wanna Go Back?
10. Existe alguma coluna que você planeja há algum tempo, mas ainda não conseguiu colocar no ar?
Bob Dylan – Highway 61 Revisited (1965)
Bob Dylan – Blonde on Blonde (1966)
Cream – Disraeli Gears (1967)
The Moody Blues – Days of Future Passed (1967)
The Flying Burrito Brothers – The Gilded Palace of Sin (1969)
The Band – The Band (1969)
King Crimson – In the Court of the Crimson King (1969)
Free – Fire and Water (1970)
Black Sabbath – Paranoid (1970)
Derek and the Dominos – Layla and Other Assorted Love Songs (1970)
12. Da década de 70
Black Sabbath – Master of Reality (1971)
Yes – Close to the Edge (1972)
Free – Heartbreaker (1973)
Deep Purple – Burn (1974)
King Crimson – Red (1974)
Judas Priest – Sad Wings of Destiny (1976)
Rainbow – Rising (1976)
Eagles – Hotel California (1976)
Judas Priest – Stained Class (1978)
Van Halen – Van Halen (1978)
13. Da década de 80
Whitesnake – Slide It In (1984)
Guns N’ Roses – Use Your Illusion II (1991)
Harem Scarem – Mood Swings (1993)
Immortal – At the Heart of Winter (1999)
Testament – The Gathering (1999)
Slipknot – Slipknot (1999)
15. De 2001 até a atualidade
16. Durante algum tempo você acabou não participando mais do antigo blog, voltando novamente quando tornamos o blog um site. Por que você teve que sair?
Antes do meu afastamento temporário, já estava insatisfeito com a postura de alguns integrantes do site, que colaboravam com publicações muito esporadicamente e tumultuavam um pouco as coisas. Talvez hoje em dia eu me importasse muito menos com isso, afinal, ninguém ganhava nem ganha dinheiro com a Consultoria do Rock, mas na época isso me incomodava. Não se trata de nada pessoal, é bom frisar, mas ao mesmo tempo não concordei em conceder esta entrevista para agir dissimuladamente ou “passar paninho”. A gota d’água ocorreu quando uma resenha de uma artista pop feita por você, Mairon, teve sua publicação, digamos, “vetada” por um colega, com a concordância de outros. Aí eu fiquei um tanto chateado e preferi me afastar.
17. Quais as principais alegrias e tristezas que você teve nesses cinco anos de Consultoria do Rock (relacionado ao site)
18. Graças a você, o site sempre teve um padrão de qualidade não só no quesito dos textos, mas também porque você sempre foi um defensor da padronização. Detalhes como o negrito para o nome dos discos, a formatação do texto justificada, o tamanho das fotos, entre outros, foi você que trouxe para a Consultoria, e isso ajudou a tornar o site ainda mais profissional, apesar de todos sermos amadores, ou melhor, autônomos no quesito escrever, Concorda?
19. Considero essa padronização um baita diferencial da Consultoria, mas, para você, o que dá à Consultoria um diferencial entre os demais sites de música?
20. Qual matéria você mais gostou de ter feito para o site?
21. Dentre todas as seções das quais você participa, a série Melhores de Todos os Tempos é a que você considera mais importante? Ela mudou sua visão sobre música e, principalmente, conseguiu fazer com que você passasse a gostar de algum determinado estilo e/ou artista?
22. O fato de o site ter surgido a partir de colecionadores obrigatoriamente nos faz falarmos também sobre isso. Você sempre disse que não é um colecionador, e não possui uma coleção, mas sempre fomos curiosos em saber o que você guarda na sua casa. Então, chegou a hora, revele o que você possui de material musical em casa.
23. Como foi que você descobriu Bruce Springsteen, e qual o primeiro álbum que comprou dele?
24. Sabemos da sua paixão por artistas tão discrepantes quanto Bruce Springsteen e Death, além de bandas como Eagles, Poco e outros ligados ao country rock. Você sempre teve esse gosto bastante diversificado ou isso foi sendo adquirido com a maturidade?
25. De qual banda você tem mais itens entre seus discos?
DB: Como é de se imaginar, o artista do qual possuo mais itens é Bruce Springsteen. Somando tudo, são 34, mas nada que possa ser chamado de coleção. Tenho todos os trabalhos de estúdio, contudo.
26. Quais motivos que não permitem a você a ser um colecionador, apesar de sua grande paixão pela música?
27. Há algum bizarro ou diferente em sua casa, que quando algum amigo vai visitar pergunta “O que isso faz aqui”?
28. O que todo mundo gosta e você não consegue gostar? O que só você gosta?
DB: Considerando minha paixão gigantesca por Bruce Springsteen e Death, prefiro não citar nenhum disco destes, até para não oferecer uma lista monótona. Preencheria facilmente as dez posições apenas com eles. Lembro, porém, que o melhor álbum de todos os tempos é de Bruce e chama-se Born to Run (1975). Em ordem cronológica, e com o coração despedaçado por ter que cortar algumas obras magníficas:
Derek and the Dominos – Layla and Other Assorted Love Songs (1970)
Quando conheci o Diogo e começamos a conversar pelo MSN, Messenger, ou sei lá o que, eu perguntei qual ea sua banda preferida. Quando ele respondeu que eram duas e citou o Bruce Springsteen e o Death eu achei que ele estava querendo aparecer. Com o tempo e conhecendo ele melhor vi que era verdade. Inclusive meu interesse pelo Bruce Springsteen aumentou bastante depois de ter conhecido o Diogo e assistir àquele histórico show com ele lá no Rock in Rio foi muito legal. Aliás… daqui do grupo, apesar de todos esses anos, ainda não conheço pessoalmente os irmãos Machado. Acho que eles não vão com a minha cara….rs. Os leitores podem achar que fazemos as coisas todos juntos sentados todos uns ao lado dos outros, mas moramos a milhares de quilômetros de distância uns dos outros. E eu sou o que mais longe moro de todos eles. Dos 10 discos para uma ilha deserta três dos seus bateram com os meus (king Crimson, Metallica e Guns and Roses). Legal!!!!. Abraços Diogo e continue mandando as ordens….
Fernando, aproveito para te perguntar:
Quais os 10 melhores discos da década de 60, década de 70, década de 80, década de 90 e anos 2000?
Valeu, Fernando. Foi um prazer conhecê-lo pessoalmente no Rock in Rio 2013. Abraço!
Grande Diogo Bizonho! Um dos caras que mais me ajudaram na minha entrada no site com suas dicas valiosas e suas orientações e ideias sobre matérias e organização.
Além de ser o responsável por fazer eu me apaixonar pelos Eagles. Aquelas DCs deles ficaram excelentes. Porém o que eu mais sinto falta são textos mais recentes seus sobre outras bandas e discos aqui no site. Principalmente sobre AOR e outras bandas do hard rock oitentista. Sei que deve estar atarefado devido a nova faculdade, mas não adianta eu negar porque gostaria mesmo de ler mais sobre!
Idem André. O Diogo tem se concentrado muito no Melhores. Tem que fazer outra coisa …
Obrigado pelos elogios, André. Você é um dos caras que mais têm ajudado a segurar a Consultoria no ar. Se eu me dou a liberdade de passar dicas e orientações, é porque você se mostra um cara aberto a ouvir e crescer nesses aspectos. Abraço!
Acho que se não fosse a farofa (piada pronta, hehe…) do Diogo, a gente não passaria de um espetinho de churrasco de gato sem gosto. É o Boss quem põe a gente na linha e nos envolve com sua sabedoria, organização e vários outros predicados que não vou revelar para a coisa aqui não soar suspeita. Mas como o André, sinto falta de matérias do Diogo. Nem que for pra odiar o Bon Jovi e o Journey ainda mais. Parabéns pela entrevista, patrãozinho.
Rapaz, agora já soou suspeito! Ainda vou te dar o prazer (ui!) de destilar muito ódio nos comentários, Marco, pode crer. Valeu!
Bom trabalho. Inusitadamente as seções que mais aprecio, agora descubro, são idealizadas por ele, além dos álbuns que ele cita na seção ” melhores de todos os tempos”, são praticamente os que eu escolheria. Faço ressalva as álbuns de Black metal que não sou muito chegado, Death metal até vai. Parabéns pelas ideias.
Valeu, Marckus. Se ainda não o fez, ouça esses discos do Immortal que citei, pois eles puxam bastante para o thrash e para o metal mais tradicional também. Além disso, são bem produzidos.
Eu não gosto quando os Consultores citam CTTE de sua lista pessoal de melhores discos, e é este fator que aos poucos está me fazendo desistir de gostar deste disco do Yes. Sou grande fã do grupo, mas até hoje não entendo porque CTTE é tão querido por seus fiéis seguidores. Mas por outro lado, fico contente em saber que o Diogo é fã incondicional do nosso Boss Bruce Springsteen. Não discordo da opinião dele sobre Born to Run. Pra mim este é o melhor segundo disco lançado em 1975, sendo o primeiro Wish You Were Here (Pink Floyd) que assim como o Born to Run, completou 40 anos de lançamento em 2015 e a Consultoria não fez nenhuma dessas matérias esse ano. Em relação ao Boss, meu disco favorito dele é o duplo The River (1980), junto com o aclamadíssmo Born in the USA, melhor disco de 1984 na minha opinião.
Queria ter feito uma homenagem a “Born to Run”, Igor, mas as obrigações de emprego e estudo simultâneos têm sido pesadas. Abraço.
E a homenagem á WYWH também não podia ficar de fora… mas OK, Diogão!
Gostei muito da entrevista. Mas alguém pode me dizer que diabos é CTTE?
Close to the Edge. Muito superior aos Contos dos Oceanos Topográficos.
Quase diariamente ouço o som da CPTM.
Por favor André, pela última vez eu afirmo: Contos dos Oceanos Topográficos (Tales from Topographic Oceans) é infinitamente superior á tudo – sim, eu disse “tudo” – que o Yes fez antes e depois deste disco duplo. Aliás, neste mês este disco “quase tão incompreendido” pelos fãs irá completar 42 anos de lançamento. Eu já falei tanto sobre TFTO desde 2013 que não quero parecer repetitivo, mas o que eu posso afirmar é que este disco do Yes é a prova do que diz aquele versículo Bíblico: “a pedra que os obreiros rejeitaram tornou-se a pedra angular”. Agora chora, André!
Bah, mas essa discussão do TFTO e do CTTE aqui não tem cabimento.
Daqui pra frente a discussão vai ser em cima do IPVA.
Se todos os fãs gostassem “apenas” do TFTO, o mundo seria muito melhor hoje!
Tô achando que era melhor eu não ter citado o “Close to the Edge” lá em cima. Quem sabe substituo pelo primeiro do Bad Company, que merece entrar tanto quanto.
Chorando aqui, Igor. Buááááááááááááá. Fui humilhado e agora saio com o rabinho entre as pernas
Pode sair mesmo!
Aliás que porra vem a ser um oceano topográfico?
Me surpreende um cara inteligente como você, professor e escritor, não saber o que é oceano topográfico. Trata-se do antônimo de terra hidrográfica.
Que é isso, Igor, repetitivo você?
A verdade é que eu não gosto de me exceder.
Sei não, acho que vou curtir mais esses oceanos pornográficos.
A ideia original de TFTO era de um álbum simples com duas músicas de cada lado. Acho que assim seria bem melhor. A propósito, boa entrevista e que venham mais. Abraços!
Entrevista muito legal, fiquei contente em ler. Nosso patrão é o cara!
Mais uma ótima entrevista. Acho muito importante essa questão de padronização das publicações. Procuro sempre dar isso ao meu blog. Um exemplo é ter um dia certo pras postagens.
Tem algum motivo pra série “Melhor de Todos os Tempos” não ser recolocada no site? Sendo que o Mairon postou tudo aqui: http://baudomairon.blogspot.com.br/2013/03/melhores-de-todos-os-tempos-1963.html ?
Na verdade está tudo neste blog: http://baudomairon.blogspot.com.br. Aquele link seria do primeiro “episódio”..
Meu caro Luis Henrique, essas postagens feitas no meu blog pessoal foram feitas na época original da publicação. Teria que ser feita um copy paste de todas as matérias, além de reformatar, baixar e adicionar imagens, entre outros pormenores, ou seja, é uma trabalheira desgraçada, e como estamos em final de ano, torna-se impossível fazer isso nesse momento. Quem sabe nas férias, mas agora, infelizmente sem chances. Espero ter respondido sua pergunta
Primeiramente, valeu por esclarecer essa questão. Fico feliz de saber que não é um coisa impossível, porém da trabalho como você mesmo citou. Pelo menos o conteúdo ainda está lá, que no momento, pra mim é o que importa, já que fiquei bem feliz de achar tais posts que eu só visualizei quando foram postados originalmente, e agora posso relê-los.. Obrigado Mairon.
Uma pena que não tive tempo de, na época, copiar as postagens de 1988, 1990 e 1991. Mas um dia a justiça será feita
AEHOOOOOOOOOOOOOOO,gostei bastante da inclusão do segundo melhor disco do Moody Blues na hipotética lista deserta,o melhor é “ISOTLC” obviamente.Faltou um TFTO ou CTTE nesta lista,mas……GUESTO É GOSTO.No mais,ótima entrevista e obrigado por você,Diogo,ter proporcionado juntamente com los outros consultores um apanhado de ótimos,hilários,geniais,engraçados,geniosos e,acima de tudo,informativos,de uma maneira ou outra,comentários.No mais novamente,só tenho a agradecer a todos!Que o Edificador nos abençoe,tanto quanto,nos ilumine! /O/
Assim como só existe um Edificador, só existe um Síndico: Tim Maia.
Não entendi a piada(ou trocadilho),provavelmente porque eu dormi demais,mas é isso aí!
Relaxa, Erick. Não tem a mínima importância.
Gaspa, cê falou do Tim Maia? Dá uma olhada nesse vídeo que eu peguei do “Pânico na Band”: https://www.youtube.com/watch?v=_udvyxS9joY
Esses caras gostam de sacanear o saudoso síndico com suas cantorias!
Sacanearam foi o Zelador Timóteo.
O quadro se chama “Agnaldo te Mostro Show” uma homenagem hilária e simples ao Agnaldo Timóteo. Esse quadro é muito louco, a sinopse é assim: numa competição apresentada por um Agnaldo Timóteo feito por Eduardo Sterblich, outros quatro Agnaldos (Carlinhos Silva, Gui Santana, Carioca e Diego Becker) precisam adivinhar qual participante é menino ou menina. Teve de tudo neste quadro: mulher grávida, partes do corpo humano, animais e até personagens famosos, como o caso desse vídeo que eu te enviei.
Mas a melhor parte do quadro é a sacanagem que eles fazem com vários cantores famosos, como Chico Buarque, Roberto Carlos, Elis Regina e Tim Maia. O Agnaldo chefe (Sterblich) começa cantando uma música famosa e no final ele bota um “rrrááááá” para dar mais graça á música, e os outros Agnaldos fazem o mesmo. Esse negócio do “rrrááááá” é uma maneira de satirizar a forma que o Agnaldo Timóteo (original) canta em várias músicas. Por isso que este quadro do Pânico é hilário pacas!
Acho que já vi esse quadro,Maxwell.Realmente é hilário,pena que o conjunto da obra do Pânico hoje em dia não se equipara nem a pé o classicismo ‘Pânico Na Tv’,mas That’s Journey.
Entrevista bem bacana de ler. Parabéns Diogo e Mairon. Ficou ótima!