Entrevista Exclusiva: Joe Lynn Turner

Entrevista Exclusiva: Joe Lynn Turner

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Por Thiago Reis

* Fotos sem legenda retiradas do facebook oficial do cantor

Em mais um dia de Caverna, trazemos mais uma entrevista internacional, dessa feita com o vocalista Joe Lynn Turner. O eterno ex-vocalista do Rainbow e Deep Purple revela suas pretensões para o futuro próximo, como lançar um livro, vir ao Brasil para mais uma turnê e um projeto inédito que irá surpreender os fãs, além de reviver seus tempos como líder de uma das maiores bandas de todos os tempos. Acompanhe abaixo a versão traduzida, e também o original em inglês.


Entrevista em português

Vários músicos com uma carreira longa estão lançando livros com suas histórias (Tony Iommi, Glenn Hughes, Bruce Dickinson, entre outros). Você planeja lançar um livro sobre sua vida e carreira?

JLT: Já conversei com algumas pessoas sobre isto, alguns escritores e outros. Não há planos definidos agora, mas eu tenho muito interesse e história malucas para dividir sobre minha carreira e minha vida em geral. Eu apenas não encontre o tempo certo para iniciar este projeto.

Seus fãs podem esperar um HTP III?

JLT: Glenn e eu estamos muito ocupados com nossos projetos pessoais que não sei o que irá acontecer em breve. Porém, eu sempre digo: “Nunca diga nunca”.

Em 2004, dividindo o palco com Glenn Hughes
Em 2004, dividindo o palco com Glenn Hughes

Se você tivesse a chance de gravar um álbum nos moldes do Hughes/Turner Project, quem você escolheria para a parceria?

Bem, eu estou trabalhando em um projeto que irá surpreender alguns fãs. Isto irá ser muito diferente para mim. Estou trabalhando com um produtor na Suécia. Ele é muito bem conhecido e tem feito algumas coisas realmente grande. Ele tem sua própria banda também. Quando eu digo direção diferente isso significa o uso diferente da voz, por que é mais escuro, pesado, mas ainda acessível para mim.

Em 2015 você tocou a canção “Street of Dreams” (N. R. canção gravada originalmente por Joe junto ao Rainbow, no álbum Bent Out of Shape) em um show de talentos na Bulgária. Slavin Slavchev, que cantou a canção com você, acabou ganhando o programa. Qual a sua opinião sobre esses shows de talentos e o que você sente quando um participante escolhe uma cançãp que você canta originalmente?

JLT: Penso que os shows de talentos podem ser bons se a pessoa que ganha, ou faz bem seu papel, tem talento. Mas em algumas situações, isto pode ser um contexto de “popularidade”, ou uma forma  de quem tem mais amigos e família para votar. Eu fiquei realmente surpreso que aquela canção foi escolhida, por que isto não é o tipo de canção que os concorrentes em um show mainstream irão performar. Fiquei muito honrado pelo convite para fazer parte deste show e cantar esta canção muito apropriada com Slavchev. O tema inteiro do show é sobre pessoas seguindo seus sonhos de ter seus talentos reconhecidos por uma grande audiência. Então, “Street of Dreams” acabou se encaixando bem.

Com o grupo Rated X
Com o grupo Rated X

Recentemente você fez um novo clipe para a canção “Edge of Tomorrow”, para o novo álbum do Sunstorm. Quais os seus pensamentos sobre este novo lançamento?

JLT: Alessandro Del Vecchio trabalhou comigo no disco do Rated X (n. r. projeto com o baterista Carmine Appice, o baixista Tony Franklin e o guitarrista Karl Cochran), e eu fiquei muito satisfeito com o resultado. Então, considerando que, e adicionando os compromissos que Dennis Ward tinha, Alessandro foi o escolhido para produzir o álbum. Eu queria um pouco mais do estilo de som do hard rock desta vez, então Alessandro escreveu a maior parte do disco com Simone Mularoni, que é um guitarrista muito talentoso, membro da banda italiana de prog metal DGM. Alessandro chamou Francesco Jovino para a bateria, que é realmente um dos melhores bateristas da Itália (ele também toca com os alemães do Primal Fear). Nik Mazzucconi no baixo é um soberbo músico que toca com Alessandro no Edge of Forever. Eles estão realmente entre os melhores músicos de rock da Itália. Esta canção em especial é mais metal melódico do que rock melódico. Menos com o “brilho” dos oitenta, como digo. Foi nos limites do som que o Rated X faz, mas combina bem com o som mais melódico do Sunstorm.

Você também fez uma performance acústica chamada “Acoustic in Glasgow”, contendo três canções no set list: “Street of Dreams”, “Love Conquers All” and “Moondance”. Os fãs podem aguardar um disco inteiro nesse formato?

JLT: Nós tocamos muitos ons mais do que esses que você mencionou, mas não registramos em vídeo, e eles ficaram muito bons. Alguns fãs me falaram que gostariam que eu lançasse um CD acústico. Isto é sempre possível. Eu fiz algumas boas performances acústicas na Grécia, com George Gakis, outro excelente artista.

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Não temos um álbum solo seu desde “Second Hand Life” (2007). Há planos de lançar algum álbum solo em um futuro próximo?

JLT: Como mencionei, estou trabalhando em um projeto especial que eu realmente não posso revelar muito agora. Quando eu estiver pronto para falar sobre isso, você certamente irá ver algo em minha página do Facebook.

Você tocou no Brasil várias vezes como um artista solo. Podemos aguardar você em turnê por aqui novamente?

JLT: Sim, isto sempre é possível se a situação correta aparecer por si só.

O que você lembra sobre a turnê do Deep Purple no Brasil em 1991?

JLT: Ser parte do DP foi como um sonho tornando-se realidade para mim. Lembro que eu toquei em uma banda quando adolescente e nós fazíamos muito covers do Deep Purple. Então, eu ainda tive a oportunidade de tocar com Blackmore e Glover no Rainbow, estar como frontman da banda que era uma enorme influência em mim e nos meus anos de formação é uma grande lembrança. Mais, os fãs brasileiros são sempre muito apaixonados.

Joe Lynn Turner e Ritchie Blackmore, no show de São Paulo, em 1991
Joe Lynn Turner e Ritchie Blackmore, no show de São Paulo, em 1991

Por favor, envie uma mensagem para seus fãs no Brasil, afinal, você tem um grande número de seguidores aqui.

JLT: Amo os fãs brasileiros! Eles são muito apaixonados sobre seu amor pelo rock ‘n’ roll. Eu espero retornar algum dia. Por enquanto, sou muito agradecido por seus apoios. Obrigado para todos vocês!


English interview

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Several musicians with a long career just like you are releasing books telling their stories (e.g: Tony Iommi, Glenn Hughes, Bruce Dickinson, among others). Do you have plans to release a book about your life and career?

JLT: I have talked with some people about it, some writers and others. No definite plans now but I do have a lot of interesting and crazy stories to share from my career and life in general. I just have not found the time to start on a book type project.

Can your fans hope to have a HTP III?
JLT: Glenn and I are so busy with our own projects that I do not see that happening soon. However, I always say “Never say never.”

If you have the chance to record a new album just like the Hughes/Turner project what partner you would choose?
JLT: Well I am working on a project that will surprise some of the fans. It will be a different direction for me. I’m working with a producer in Sweden. He’s pretty well known and has done some really great things He has his own band also. When I say different direction I mean it’s going to be a different usage of the voice that’s more dark, heavy, yet still accessible.

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Also in 2015 you played in a talent show in Bulgaria the song “Street of Dreams”. Slavin Slavchev, who sang the song with you ended up winning the contest. What do you think about these talent shows and what did you feel when a participant choose a song that you sang originally?
JLT: I think the talent shows can be a good thing if the person who wins or does well actually has talent. In some situations, it can be a “popularity” contest or a matter of who has the most friends and family to vote.

I was actually surprised that this song was chosen because it’s not the type that contestants on such a mainstream show would perform. I was very honored that they invited me to be a part of this show and sing this very appropriate song with Slavchev. The entire theme of the show is about people following their dream of having their talent recognized by a large audience. So, “Street of Dreams” fit well.

Recently you made a new music video for the song Edge of Tomorrow for the Sunstorm’s upcoming album. What are your thoughts about this new release?

JLT: Alessandro Del Vecchio worked with me on the Rated X album and I was pleased with the result. So considering that and adding the commitments that Dennis Ward had, Alessandro was chosen to produce the album.

I wanted a bit more of hard rocking sound this time, so Alessandro wrote the bulk of the album with Simone Mularoni, who is a very accomplished guitar player, member of italian prog metal band DGM. Alessandro used Francesco Jovino on drums, who’s truly one of the best drummers in Italy (he also plays with Germany’s Primal Fear). Nik Mazzucconi on bass is a superb musician who plays with Alessandro in the band Edge of Forever. They are truly among the best Rock musicians in Italy.

It’s more melodic metal than melodic rock. Less 80s “gliss” as I sometimes say. It takes the harder edge from the Rated X sound but blends the more melodic sound from Sunstorm.

You recently did an acoustic performance called “Acoustic in Glasgow” containing three songs on the set: Street of Dreams, Love Conquers All and Moondance. Do you have plans to release an entire album in this format?

JLT: We did play a lot more songs than those you mention but we did record those on video and they turned out great. I have had fans tell me they wish I would release an acoustic CD. It’s always possible. I had some great acoustic performances in Greece with George Gakis, another excellent artist.

You don’t release a studio solo album since the “Second Hand Life” release in 2007. Do you have plans to release a new solo album in the near future?

JLT: As I mentioned, I am working on a special project that I really cannot reveal too much about right now. When I am ready to talk about it, you will probably see something on my Facebook Page.

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You played in Brazil several times as a solo artist. Is there any chance for us to see you on tour again here?

JLT: Yes, it is always possible if the right situation presents itself.

What do you remember about the Deep Purple’s Tour in Brazil, 1991?
JLT: Being in DP was like a dream come true for me. Remember that I played in a band when I was growing up and we did lots of Deep Purple covers. So, even though I had played with Blackmore and Glover in Rainbow, to be fronting a band that was an enormous influence on me in my formative years was a great memory. Plus, the Brazilian fans are always very passionate.

Please send a message to your fans in Brazil, you have a great fan base here.

JLT: I love the fans in Brazil! They are so passionate about their love for great rock music. I hope to return there someday. In the meantime, I am very grateful for their support. Thank you to all the fans!

10 comentários sobre “Entrevista Exclusiva: Joe Lynn Turner

  1. Eu não tô dizendo que a coisa aqui tá ficando séria…parabéns Thiago por mais este esforço de reportagem da Consultoria.

  2. Rapaz, ter entrevistas trazidas pelo Thiago no site me assusta. Como o Eudes disse logo acima, a coisa tá ficando séria.

    E as perguntas fogem do lugar comum o que é sempre ótimo. Pena que não revelou sobre o novo projeto dele.

    No mais, baita entrevista!

  3. Muito boa a entrevista. E o Turner está mais esticado que os agudos do Ian Gillan em Child in Time.

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