Pausa para limpar os ouvidos com óleo de… Almendra
Por Marco Gaspari
(matéria publicada anteriormente na revista poeiraZine)
É fato que a histórica rivalidade entre brasileiros e argentinos não se restringe apenas ao futebol. Muitas vezes ela sai do lugar comum e costuma visitar as rodinhas dos fanáticos pelo bom e velho rock’n’roll.
Antes de se tentar julgar, porém, qual dos dois países produziu os melhores grupos ou os melhores discos, é bom saber que a história do rock tanto no Brasil quanto na Argentina foi feita muito mais de semelhanças do que de diferenças.
Uma dessas semelhanças pode ser atribuída à repressão que a juventude dos dois países sofreu durante boa parte dos anos 60 e praticamente todos os anos 70. Não precisamos nem mesmo nos aprofundar nessa questão porque, conhecendo os efeitos da ditadura militar nas formas de expressão do jovem brasileiro, podemos ter uma ideia bem clara do que se passou com nuestros hermanos.
Outra coincidência foi o isolamento dos dois países em relação ao rock que era feito nos Estados Unidos e na Inglaterra. Nenhum grande grupo da década de 60 sequer cogitou mostrar sua arte por estes lados e muitos nomes significativos da época nem ao menos tiveram seus discos lançados no Brasil e na Argentina (lá a quantidade de lançamentos foi ainda menor do que aqui).
Na Argentina da metade dos anos 60 (vamos agora deixar de lado o Brasil já que esta matéria é sobre o Almendra) esse isolamento até que foi benéfico, pois forçou os artistas e grupos do então nascente rock portenho a buscar desde cedo sua própria linguagem.
Acesso a grandes instrumentos ou equipamentos não havia, mas até aí nenhum exímio músico estrangeiro, com sua aparelhagem de primeiro mundo, aparecia por lá para forçar uma comparação e mostrar o quanto eles estavam atrasados.
Quanto à língua falada no país, se ela não tinha as vantagens e a sonoridade do inglês,
qual o problema de se munir de audácia e desafiar o estabelecido, cantando em bom castelhano, a língua de Borges, de Cortázar…? E misturar o 4×4 do rock aos ritmos locais?
O primeiro grupo a fazer sucesso com esses ingredientes se chamava Los Gatos, que estourou com a canção “La Balsa”. Lançada em 1967, esta música é considerada a pedra fundamental do rock argentino. E três grupos dividem a honra de fincar os alicerces que sustentam tudo o que foi feito a partir de então: Los Gatos, Manal e Almendra.
Buenos Aires, 1965.
Belgrano é um dos bairros mais residenciais e sofisticados de Buenos Aires, marcado por velhas e imponentes mansões, a maioria construída no final do século 19. É um bairro que transpira cultura, tradição e história, com seus monumentos, museus, bibliotecas e praças magníficas. Nesse bairro, na calle Migueletes, 2039 localiza-se o tradicional Instituto Sán Román, uma escola de padres cujo lema é “trabalhar, pelo amor de Cristo, em favor do advento do reino de Deus em nós e ao nosso redor”.
Em 1965, aos 15 anos de idade, cursando o primeiro ano do nível secundário, estudava nessa escola o aluno Luis Alberto Spinetta. Junto com seu colega de classe Emilio Del Guercio, Spinetta editava revistas satíricas, escrevia poemas e gostava de cantar e tirar no seu violão as músicas que estavam mudando a cabeça da garotada: “Por Favor”, “Señor Cartero”, “Boleto Para Passear” e “Anochecer De Um Dia Agitado”, do grupo inglês Los Beatles e “Hombre que Pelea em La Calle”, “Sai De Mi Nube” e “Satisfacción”, do grupo Los Rolling Stones.
Um pouco mais velho e dois anos adiantado no San Román estudava Edelmiro Molinari, um jovem que já arriscava uns solos de guitarra numa banda chamada Los Sbirros, formada por alunos da escola. Outra banda que também se apresentava em festivais estudantis era Los Larkins, liderada pelo baterista Rodolfo Garcia, também morador do bairro, mas que não estudava no Instituto. Los Larkins chegou a acompanhar Spinetta em alguns desses festivais quando ele se apresentava como cantor.
Pois reza a lenda que o futuro Almendra (esse nome ainda não existia) se formou em 1967 da fusão dessas duas bandas, com a seguinte formação: Luis Alberto Spinetta (guitarra e voz), Edelmiro Molinari (guitarra), Emilio Del Guercio (baixo e voz) e Rodolfo Garcia (bateria). O grupo passou a se reunir para compor e ensaiar seus primeiros temas na casa do pai de Spinetta, na calle Arribeños, entre Congresso e Quesada.
De La Organización a Almendra, passando por El Tribunal.
Em 23 de junho de 1967 foi lançado na Argentina o primeiro compacto simples do grupo Los Gatos, liderado por Litto Nebbia. Trazia de um lado a canção “La Balsa” e do outro “Ayer Nomás”. Foi uma revolução na cena “beat” (a Jovem Guarda argentina), pois pela primeira vez uma banda de rock local vendia 200.000 cópias, e ainda por cima com duas composições próprias cantadas em castelhano.
Enquanto isso, o grupo de Spinetta seguia ensaiando e compondo, sem no entanto definir qual o nome definitivo da banda. Por uns tempos foram “La Organización”, mas desistiram depois que apareceu o grupo americano The Association. Outro nome que pintou foi “El Tribunal De La Inquisición”, deixado de lado assim que Rodolfo Garcia propôs Almendra.
Em um show de Los Gatos no Teatro Payró acabam conhecendo Ricardo Kleiman, uma espécie de Carlos Imperial portenho. Dono de um império de música para dançar, composto por vários grupos comerciais que ele promovia em seu programa de rádio Modart En La Noche, Kleiman apareceu um dia em um dos ensaios do Almendra e, embora aquele som mais sofisticado e cantado em castelhano não fosse a sua praia, resolveu apostar no potencial da banda.
Nas mãos do novo empresário, o Almendra assina com a RCA e lança seu primeiro compacto simples na primavera de 1968. As duas músicas gravadas são “Tema De Pototo” e “El Mundo Entre Las Manos” que, longe de serem muito inovadoras, já davam uma ideia de que o grupo estava quilômetros à frente do que se fazia em termos de rock na Argentina da época. E isso sem nunca haver se apresentado ao vivo. Sua estréia em Buenos Aires só vai acontecer em março de 69 num ciclo de shows chamado Três Espetáculos Beat no Instituto Di Tella, uma casa de espetáculos que desde os anos 50 alimentava a fama de abrigar a vanguarda artística do país. Desse ciclo participaram Almendra, Manal e El Sonido De Hullber.
O segundo compacto do grupo sai logo depois, com “Hoy Todo El Cielo En La Ciudad” e “Campos Verdes”. Este disco também foi lançado no Peru e vendeu mais do que na Argentina. Outra curiosidade é que o grupo protagoniza um curta metragem de 35mm, em branco e preto, com as músicas “Campos Verdes” e “El Mundo Entre Las Manos”, para exibição nos cinemas.
Fundo branco com um palhaço chorando.
“Ao longo de seis meses de intenso trabalho, com dedicação total, fizemos o que era nosso. Mas compreendemos que chega um momento em que a obra transcende e deixa de ser exclusivamente do autor para se transformar em algo legitimamente de todos. Por isso, 15 de janeiro é uma data importante tanto para nós quanto para vocês. É o lançamento do nosso primeiro LP. É o nosso lançamento para vocês”.
Escrito a máquina e impresso em um volante, este texto circulou nos primeiros dias de 1970, anunciando a chegada do LP do Almendra. A capa enigmática, desenhada por Spinetta, mostrava um palhaço sobre fundo branco com uma lágrima nos olhos e uma flecha de brinquedo na cabeça.
Foi um sucesso imediato, um divisor de águas tão importante quanto havia sido o primeiro compacto de Los Gatos. Pela primeira vez, os críticos sérios dos grandes jornais se debruçaram sobre um álbum de rock de um grupo local e o analisaram em detalhes. O capricho na produção e na apresentação do disco, a riqueza melódica das músicas e o nível dos artistas convidados foram impecáveis.
Era inegável a influência dos Beatles, principalmente de Sgt. Peppers, e assim como os mais importantes trabalhos do quarteto de Liverpool, o LP do Almendra passeava por vários estilos e apontava diversos caminhos. Desde a ternura de “Muchacha (ojos de papel)” até as imagens poderosas de “Ana No Duerme”, da orquestração de “Laura Va” ao hermetismo de “Figuración”, tudo surpreendia É possível até mesmo bailar um tango ouvindo “Plegaria Para Un Niño Dormido” ou “A Estos Hombres Tristes”. E a acidez de “Color Humano” ferve no estômago como uma úlcera.
Com todo o interesse despertado pelo disco, era natural que o grupo começasse a pagar o preço da fama. A paparicação da mídia e os shows passaram a ocorrer numa sequência interminável, intercalados com apresentação nos programas de TV destinados ao público jovem, como o Sótano Beat, bailes por todo o país e participações nos famosos festivais organizados pela revista Pinap ou por Adolfo “Fito” Salinas.
Isso fez com que os integrantes da banda, antes amigos de longa data, começassem a colocar o ego acima da amizade. Aos poucos o Almedra deixou de ser um trabalho coletivo para se tornar um veículo para as vaidades pessoais, com os interesses e imposições de cada membro pairando acima do objetivo comum.
Uma ópera, mas sem grand finale.
Outro fator que contribuiu muito para o desgaste interno do grupo foi a malograda experiência de se fazer uma ópera rock argentina. Composta por Spinetta ainda durante a gravação do primeiro LP, era fruto do sucesso mundial alcançado na época por Tommy, do The Who, e por discos temáticos como Arthur, do Kinks.
Na revista Pinap de abril de 1970, Spinetta revela o argumento da ópera, uma história hermética sobre um mago à procura da pureza. O interessante é que seis personagens dessa obra, dividida em dois atos, seriam representados por Litto Nebbia, Moris, Tanguito, Javier Martinez, Roque Narvaja e Miguel Abuelo, ídolos da cena roqueira local.
Ensaiaram a peça durante meses na casa dos pais de Spinetta e algumas revistas até anunciaram a estréia para agosto, no cine Opera. Tinham praticamente todo o primeiro ato ensaiado e boa parte do segundo, mas as diferenças dentro do grupo chegaram a um ponto em que seria impossível continuar. Quando agosto chegou, em vez anunciar a estreia da ópera, a revista Pelo estampava na capa a seguinte manchete: “Se Separó Almendra”.
Apesar de confirmar a notícia, a banda ainda segue se apresentando ao vivo em vários concertos e festivais, como o primeiro B.A. Rock, e entra em estúdio em setembro para gravar seu último disco.
Nas ruas em janeiro de 1971, já com a banda desfeita, Almendra 2 é o primeiro álbum duplo da história do rock argentino. Longe da coesão do primeiro LP, o álbum figura como um patchwork de temas, boa parte deles brilhantes. E diferente do anterior, mais centrado nas composições de Spinetta, Almendra 2 traz várias músicas de Molinari e Del Guercio.
Pelo menos um dos temas gravados, a instrumental “Obertura”, fazia parte da fracassada Opera. Mas o talento do grupo fica mais do que evidente em faixas como “Toma El Trem Hacia El Sur” (um ataque de guitarras sobre uma letra em forma de telegrama), “Para Ir” (uma linda melodia que remetia ao álbum de estréia), “Parvas” (com seus gemidos de guitarra), Carmen (que já traz no seu ritmo a marca registrada dos trabalhos futuros de Del Guercio no Aquelarre), “Los Elefantes” (Spinetta inspirado por cenas do documentário italiano Mundo Cão) e Rutas Argentinas (rock básico).
Um álbum irregular, recebido com frieza pela crítica, mas que foi bem aceito pelos fãs. Hoje é encarado como uma espécie de Álbum Branco do Almendra, recheado de faixas acústicas, distorções e experimentalismos, e surrealista até a alma.
Buenos Aires, 1979
Depois de 9 anos separados, os membros originais do Almendra voltam a se reunir em 1979 para uma série de seis apresentações no estádio Obras Sanitárias. Segundo Spinetta, essa ressurreição já era cogitada desde 77 e o empurrão final foi dado por Alberto Ohanian, o empresário de Luis na época, oferecendo toda a estrutura e organização necessárias,
O rock argentino atravessava um momento não muito expressivo e a volta de um grupo lendário foi motivo de encontros emocionantes entre 31 mil velhos e novos fãs e quatro músicos que encarnavam boa parte da história do rock no país. As apresentações foram gravadas e transformadas em dois álbuns ao vivo (os shows foram filmados para lançamento em vídeo, mas a péssima qualidade do material abortou o projeto).
Embora para algumas pessoas essa volta pudesse ter uma conotação caça-níquel travestida de nostalgia, um álbum só de músicas inéditas tratou de calar a boca dos mais descrentes. Gravado em Los Angeles entre 15 e 24 de novembro de 1980, El Valle Interior é lançado ainda nesse ano e dá início a uma longa turnê da banda pelo país, com 34 shows em 32 cidades, durando até fevereiro de 1981.
O sucesso era novamente uma realidade, mas no momento em que parecia sacramentado eis que o cansaço e a convivência diária trazem de volta os velhos ressentimentos.
Os músicos decidem então anunciar um novo adeus para o Almendra, desta vez em definitivo.
“No nos dividimos, nos multiplicamos.”
(Edelmiro Moninari)
- Quando diferenças pessoais entre os membros da banda apressaram o fim do Almendra em 1970, Luis Alberto Spinetta foi curtir sua fossa na Europa e por a cabeça no lugar. De volta a Buenos Aires, em 1971, lançou seu primeiro disco solo, Spinettalandia y sus amigos, um álbum repleto de experimentalismos, com jams ácidas, blues urbanos e os hippismos da hora. Não é preciso nem dizer que as vendas do LP foram tão experimentais quanto.
- No melhor estilo “não brinco mais”, Spinetta tratou logo de formar uma das bandas mais importante do rock argentino em todos os tempos, o Pescado Rabioso.
- Edelmiro Molinari, por sua vez, inspirou-se em seus ídolos Clapton e Hendrix para formar o power trio Color Humano, outro monstro do rock portenho. As performances do grupo no filme Rock Hasta Que Se Ponga El Sol são inesquecíveis.
- Em 1972 é lançado o primeiro álbum do Aquelarre, banda formada pelos outros dois remanescentes do Almedra, Emílio Del Guercio e Rodolfo Garcia. Em importância, não deve nada aos grupos de seus ex-companheiros, e o seu som, com um pé no progressivo e influências de blues e folk psicodélico, alcançou fama internacional.
Ouça
Primeiro Álbum e Singles (1969 – 1992)
Parabéns ao Marco por essa matéria incrível (o texto original é seu?). Almendra é uma banda que eu gosto muito e, como sempre, é muito bom ler essas histórias secretas de grupos cujo nome não é muito ventilado no Brasil.
Falou-se da richa do rock entre Brasil e Argentina. Vou lançar uma polêmica: O primeiro disco do Almendra é (bem) melhor que a estréia dos Mutantes!
Oi Elardenberg. Eu fui colaborador da poeiraZine por quase 5 anos. Daí que todos os textos de lá que republico aqui foram escritos por mim. Acho o primeiro disco do Almendra maravilhoso, sou macaca de auditório do Spinetta, mas Mutantes é Mutantes. E afirmo isso sem bairrismos. Lógico que não sou dono dos ouvidos de mais ninguém.
Uma dúvida: Aí está dizendo que Almendra 2 foi o primeiro álbum duplo lançado na Argentina. Mas aí eu pergunto: E “La Biblia”, do Vox Dei?
Está lá na wikioedia: O Almendra II saiu na praça em dezembro de 1970 e o Vox Dei em março de 71. Esse disco duplo, a Biblia, é considerado o primeiro disco conceitual do rock argentino.
Gaspari, por que alguns blogs não considerm Artaud como um disco do Pescado Rabioso?
Não sei dizer, Eudes, mas a própria Rolling Stone argentina reconhece o Artaud como disco do Pescado Rabioso. Na matéria que escrevi para a poeiraZine havia esta nota:
“Uma votação patrocinada pelo jornal El Clarín, em 1985, elegeu o primeiro disco do Almendra o melhor da história do rock argentino. Em 2007, outra votação, desta vez da revista Rolling Stone argentina , deu ao disco a 6ª colocação. O vencedor foi o álbum Artaud, do Pescado Rabioso. Ou seja, tudo em casa.”
Vai ver existe algo nesses blogs que eu não saiba, ou revelado há pouco.
Dá uma olhadinha nesse aqui: http://www.taringa.net/posts/info/14493718/Artaud-algo-mas-que-un-disco-de-Pescado-Rabioso.html
Ah, vale dizer que o primeiro disco do Van der Graaf Generator, o Aerosol Grey Machine, era para ser o primeiro disco solo do Peter Hammill. Ele que insistiu para transformá-lo na estreia do VdGG já que por ene motivos só ele tinha contrato com a gravadora. Daí que muita gente considera o Aerosol um disco solo do PH e não o primeiro do VdGG. Talvez aconteça o mesmo com o Artaud, um disco que era pra ser solo, mas foi creditado ao grupo que evidentemente tinha os mesmos músicos envolvidos na gravação.
Li agora a matéria. Mistério! Vou pesquisar nos meus alfarrábios.
Vamos lá, Eudes. Tirei as informações de uma biografia do Spinetta. Ele diz que o disco foi gravado depois da dissolução do Pescado rabioso, já que os demais músicos queriam mudar a sonoridade da banda para algo mais blues. Como na cabeça de Spinetta “El Pescado Rabioso era yo”, ele encerrou a formação original e gravou Artaud com outros colaboradores.
Eudes, eu considero como um disco do Pescado Rabioso, sabe por que? Por que na Argentina se considera um disco do Pescado Rabioso … E fiz matéria sobre o Artaud aqui
https://consultoriadorock.com/2011/05/17/pescado-rabioso-artaud-1973/
O segundo disco do Pescado também é duplo, mas é de 1973. O primeiro disco de rock duplo LANÇADO é o Almendra 2. O Vox Dei, pelo que um amigo meu hermano contou, foi o primeiro a ser GRAVADO, mas demorou a sair por que a Igreja queria ter certeza que o disco narrava a Biblia nos conformes
Excelente e obrigatória lembrança. Almendra é a primeira invenção com apelo de massas de Spinneta e, talvez, a melhor delas. Na Argentina, como no Brasil, as melhores bandas foram a que fugiram da pura reprodução das bandas anglo-americanas. Spinneta foi um inventor que nunca se restringiu aos modelitos roqueiros importados.
Quanto a comparações com Mutantes, não acho pertinentes. Bandas diferentes, ambientes diferentes, sonoridades diferentes…comparar o que?
Infelizmente, da banda só tenho o que pesquei na internet. Do Pescado, graças a deus, tenho a estreia com Desatormentándonos e Artaud, em CD, o primeiro com faixas bônus, que comprei por 2 tostões num sebo em BA.
Marco…o primeiro disco é de 1969 ou de 1970. No texto vc diz 1970, mas o RYM diz qu eé 1969. Daí no fim do texto também tem anotado 1969. O mesmo acontece com o segundo que vc diz 1971 e o RYM 1970. Claro que eu confio muito mais na sua memória doque em um site colaborativo, mas só queria ter certeza…
Nunca tinha ouvido e estou aqui curtindo…
Novembro de 69 e dezembro de 70. São as datas oficiais. No meu texto cito o impresso que saiu na época dizendo que 15 de janeiro (de 1970) é a data do Lp (na wiki diz que janeiro é a data de um segundo single extraído do disco). No Almendra II também cito que o disco estava “nas ruas em janeiro de 71” (o que não é mentira, hehe…). Podemos concluir duas coisas: que eu não estava preocupado com datas exatas quando escrevi o texto cinco anos atrás e que NUNCA se deve confiar na memória de um velho.
HAUHAUHAUHAUAHUAA