Test Drive: Sepultura – Machine Messiah [2017]
Por Mairon Machado
Com André Kaminski, Davi Pascale, Diogo Bizotto, Fernando Bueno, Micael Machado e Ulises Macedo
Arte por Pablo Ribeiro
Trazemos hoje mais uma edição do Test Drive, analisando o recente álbum do grupo Sepultura, Machine Messiah. Confira as impressões iniciais de nossos consultores.
André: O Sepultura continua buscando elementos diferentes para o seu heavy metal, além de velhas sonoridades de fases diferentes da banda. Dessa vez notei uma influência do stoner logo na primeira música “Machine Messiah” e em mais alguns momentos no decorrer das faixas. Retoma o thrash ao estilo Bay Area tal como em “I Am the Enemy”, pega aquele estilão pós-Max dos primeiros discos de Derrick em “Phantom Self” e músicas como “Alethea” já parecem com canções vindas do Dante XXI para frente. Sei que a temática envolvendo robotização e influências divinas deve atrair meu interesse em acompanhar as letras mais de perto. Por fim, destaco também o vigoroso thrash “Silent Violence” que me fez lembrar bons momentos do ápice do Sepultura lá no começo dos anos 90. É um disco de ótima qualidade, se lançassem um mês antes estaria na minha lista de Melhores do ano e como primeiro grande álbum de 2017, já digo que começamos com o pé direito.
Davi: Sepultura ou Max Cavalera? Fico com ambos. Para o desespero dos haters, o Sepultura continua sendo um ótimo grupo. Empolgante, profissional e inovador. Cada vez que lançam um trabalho, fico na expectativa para ouvi-lo e raramente decepcionam. Machine Messiah reflete o que o Sepultura é hoje. Uma banda de heavy metal que não fica presa ao rótulo thrash e busca inspiração em outras vertentes sem medo de ser feliz. Já tem um tempo que o grupo de Belo Horizonte vem explorando novos caminhos e a jogada permanece em Machine Messiah. O álbum inicia com a faixa-título e traz uma sonoridade nada típica no som dos garotos. Uma música arrastada, sombria, com Derrick apostando em uma vocalização limpa, quase soando como o Ghost. É uma faixa pesada e moderna. “I Am The Enemy” é a porradaria típica do Sepultura. Faixa veloz com os vocais agressivos de Derrick Green, passagens cadenciadas no meio e os solos velozes de Andreas Kisser. “Phantom Self” é um dos pontos altos do disco. Conta com alguns elementos orquestrais, mas bem de leve. O ponto alto, contudo, continua sendo o trabalho de guitarra e de bateria. Outra grande surpresa foi a (ótima) instrumental “Iceberg Dances” com elementos de progmetal inserido nos arranjos. – De boa, Eloy Casagrande está um monstro! – As orquestrações voltam a aparecer na empolgante “Sworn Oath”. Outro momento da sonoridade clássica do grupo volta a surgir em “Silent Violence”. Faixa agressiva, com bateria veloz e Derrick Green cantando como se estivesse pronto para dar porrada em alguém. Casagrande impressiona, mais uma vez, no petardo “Vandals Nest”. Assim como Casagrande, outro que merece destaque é Derrick Green. Está explorando mais suas linhas vocais. Buscando fazer linhas mais melódicas em diversos momentos, como pode ser conferida em “Cyber God”. Fez um ótimo trabalho no CD. Paulo Junior continua com suas linhas seguras (sim, eu sei da história de que ele não tocava nos primeiros álbuns, mas já passaram-se 30 anos, certo?) e Andreas Kisser continua com a competência de sempre, brilhando com ótimos riffs e ótimos solos. Machine Messiah não é um disco oldschool, mas é possível pegarmos alguns elementos de thrash 80´s e até algumas influências Tony Iommi aqui e acolá. São percebidas em algumas passagens inseridas no meio das canções. A sonoridade, contudo, é voltada para a hoje. A mixagem é bem moderna e como deu para ver, eles não estão preso em uma fórmula. Gosta do Sepultura da segunda fase? Especialmente em álbuns como Kairos e Dante XXI? Então, vá sem medo de ser feliz. Bela banda e grande disco.
Diogo: O Sepultura vinha em curva ascendente. Após um longo período lançando álbuns que soam pouco memoráveis, pobres em inspiração e em alguns casos até preguiçosos – especialmente Nation (2001) –, Kairos (2011) e The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013) recolocaram a banda em um patamar minimamente digno, facilmente configurando-se nos melhores discos da banda desde Chaos A.D. (1993). Pode-se dizer que Machine Messiah é uma continuação do trabalho desenvolvido nesses dois lançamentos, mostrando um Sepultura bem mais focado, tecnicamente superior e soando menos hardcore, mais heavy metal. Andreas Kisser, especialmente, parece ter reencontrado seu caminho como guitarrista nesses últimos álbuns, soando mais próximo daquele jovem furioso que empunha uma Jackson modelo Randy Rhoads no videoclipe para “Arise” do que daquele cara que, na década passada, palhetava com displicência riffs simplórios em sua Fender Stratocaster. Sobre Eloy Casagrande, cada vez menos precisa ser dito. Sua consolidação como um dos grandes do instrumento, a nível mundial, é evidente. Entre Kairos e The Mediator… sua diferença já se fez notar, uma vez que é muito superior a Jean Dolabella. Mesmo quando as canções não são lá grande coisa, é bom ouvi-lo tocar. Derrick Green, por outro lado, continua sendo um ponto fraco. Ok, o cara é muitíssimo boa praça, mas como vocalista soa na maior parte do tempo unidimensional, carente de interpretação. Sim, porque é possível urrar na maior parte do tempo e ainda assim imprimir personalidade e interpretação, vide o trabalho de caras como Chuck Billy (Testament), Corey Taylor (Slipknot) e do próprio Max Cavalera, seja no Sepultura ou no Soufly. “Vandals Nest”, por exemplo, poderia ganhar muito com uma linha vocal mais adequada, valorizando sua veloz pegada thrash metal. “Resistant Parasites” é outra que talvez ganhasse com vocalizações mais variadas. Não é difícil, imaginar, quem sabe, alguém como Burton C. Bell (Fear Factory) dando outra cara à faixa. Por ora, minha favorita é a instrumental “Iceberg Dances”, que ilustra bem o trabalho de Andreas e Eloy, encaixa teclados com bom gosto e empolga bastante. A faixa-título, arrastada e um tanto pomposa, é mais próxima ao heavy metal tradicional e ao doom metal, surpreendendo positivamente. Algumas faixas ainda correm naquele esquemão pouco inspirado da década passada, com riffs e melodias genéricas, mas ainda assim o saldo pende mais para o lado positivo. A princípio, Machine Messiah representa uma leve queda em relação a The Mediator…, mas, sinceramente, não enxergo a banda fazendo muito melhor que isso hoje em dia. Um último comentário: essa capa não parece saída de um disco de alguma banda prog italiana da década de 1970?
Fernando: Já na primeira música podemos identificar que o Sepultura se preparou de uma maneira diferente para esse álbum. Derrick Green cantando com voz limpa e sem o drive característico na faixa de abertura, a faixa título, surpreende imediatamente. “I Am the Enemy” já era bem conhecida de todos já que eles estavam tocando na última turnê. Uma resenha de um desses shows você pode ler aqui. Interessante que o Sepultura vem intelectualizando sua música nesses últimos lançamentos com adaptações de livros e agora usando um conceito filosófico atual em que trabalha com a ideia da automatização das ações das pessoas. Elementos sinfônicos também foram acrescentados se tornando protagonistas em algumas faixas, como em “Sworn Oath”, certamente resultado do trabalho do produtor sueco Jens Borgen. Há muito tempo não tínhamos uma faixa instrumental legal o suficiente que não fizesse as pessoas a pularem como em “Iceberg Dances”, que tem até um pequeno solo de teclado a la Deep Purple. Não posso deixar de citar Eloy Casagrande que está tocando cada vez mais. Um monstro! Já li por aí alguns dizendo que esse é o melhor disco do Sepultura com o Derrick e é possível que ele se torne mesmo. Vou ouvir mais algumas vezes para comprovar isso.
Mairon: Há muito tempo que deixei de acompanhar o Sepultura. Quando eles enveredaram pelas experimentações tribalísticas lá em Roots, brochei tanto que não tive mais pretensão de seguir a banda. A saída do Max Cavaleira só piorou meu relacionamento com os mineiros (nem mais mineiros assim), e tinha largado de mão. Como o mundo da voltas, o grupo lançou Machine Messiah, cujo nome automaticamente me refere ao clássico gravado pelo Yes em Drama (1980). Então resolvi conferir o que estava no disco. Bom, pouco tempos que lembre o metal extremo dos melhores tempos da banda, seja nos excelentes Morbid Visions e Bestial Devastation ou nos clássicos Beneath the Remains e Arise, e aqui estão a excelente “I Am the Enemy” (puta som), mas fiquei feliz em saber que não temos mais aquelas batucadas malucas no meio de camadas de guitarras. Quando eles inventam de experimentar com elementos orientais em “Phantom Self”, até que a coisa funciona bem. É um disco comum dentro do cenário metálico, com músicas interessantes (“Alethea”, “Vandals Nest”) , outras surpreendentes (legal ouvir cordas no meio de “Sworn Oath”e “Resistant Parasites”) outras mais arrastadas (“Machine Messiah” e “Cyber God”) e outras que passam praticamente sem ser notadas (“Silent Violence”). Melhor faixa disparado para a instrumental “Iceberg Dances”, sonzeira para quebrar pescoço e mãos com a air drums. Ainda temos dois bônus (“Chosen Skin” e “Ultraseven No Uta”, totalmente desnecessária) que pouco acrescentam ao álbum, do qual gostei no geral, mas não vou comprá-lo, pois tenho certeza que seria um álbum de poucas audições, mas para quem é fã da banda, vá sem medo.
Micael: Embora muitos ainda o façam, é uma besteira comparar o Sepultura “fase Derrick Green” (que já dura quase vinte anos) com sua encarnação anterior. Pelo menos para mim, é certo que, após a saída de Max Cavalera, o grupo nunca mais conseguiu gravar discos tão impactantes ou inovadores quanto aqueles registrados ao lado de seu antigo vocalista. Mas também dificilmente chegou a lançar álbuns abaixo da média, com alguns deles (Against, Roorback e Kairos, em especial) bem acima do que se pode chamar de “medianos”. Machine Messiah sofre do mesmo mal de outros registros com Derrick: é um bom disco, mas nada que vá mudar o mundo ou gerar uma pilha de clássicos a serem cantados e celebrados nas apresentações ao vivo do grupo daqui por diante. Se “I Am The Enemy” (que o grupo já vinha apresentando ao vivo na sua turnê de trinta anos), “Vandals Nest” e “Chosen Skin” (presente apenas na edição limitada) se aproximam da “pauleira tradicional” das músicas da banda, não se pode acusar o quarteto (em seu segundo registro com o fenomenal baterista Eloy Casagrande, que consegue suprir com competência a enorme ausência de Iggor Cavalera) de acomodação no restante do track list, pois o álbum traz algumas músicas bem diferentes daquilo a que estamos acostumados a esperar quando ouvimos o nome Sepultura, visto a faixa título, com muita melodia e Green realmente “cantando” (com voz limpa e tudo, algo que também ocorre em “Cyber God”, a faixa de encerramento), e não “berrando” as letras, em algo mais melancólico e que eu nunca esperaria de uma faixa de abertura de um álbum do Sepultura. “Phantom Self” traz alguns arranjos que remetem ao Oriente Médio em suas melodias, e “Sworn Oath” faz uso de temas orquestrais para criar uma dramaticidade raras vezes ouvida na carreira do Sepultura. Há até um tema instrumental, “Iceberg Dances”, que, para mim, acaba sendo o maior destaque do track list, com muitas variações e até um trecho acústico ali pelo meio. Como disse, é um bom disco, que talvez venha a crescer com um número maior e mais atento de audições (quando ouvi o álbum pela primeira vez, procurei não ler nada a seu respeito, para poder formar uma opinião isenta sobre ele), mas que nunca chegará ao nível de “clássico”, algo que alguns registros mais antigos já o fizeram há tempos. Para terminar, duas questões que ficaram a me atormentar: por que dar ao disco o mesmo nome de uma das melhores músicas que o Yes já registrou (embora a maior parte dos fãs do Sepultura dificilmente virá a fazer esta associação algum dia), e por que registrar uma versão para o tema do Ultra Seven (“Ultraseven No Uta”, também presente na edição limitada), sendo que o Ratos de Porão já o fez (e com mais competência) anos atrás? Quem souber que me conte, por favor!
Ulisses: Por mais que a banda não detenha o mesmo poder de antes, é difícil ignorar um novo álbum do Sepultura, banda que possui um status lendário no cenário metálico. Ainda que os caras já estejam em seu 15º álbum de estúdio, demonstram que não perderam a ambição, apesar de certa estabilidade sonora. Em Machine Messiah, temos um disco conceitual que insere os mais diversos elementos musicais para retratar o mundo cada vez mais tecnológico em que vivemos. Seja na introdução com a faixa-título, em que Derrick Green canta de forma limpa, pela inserção de elementos orquestrais em “Phantom Self” ou de teclados grandiosos em “Sworn Oath”, são em experimentos assim, bem utilizados, que vemos a banda acertar a mão e nos apresentar a passagens interessantes. Soam bem menos cativantes quando dão preferência à sua sonoridade crua, mas, ainda assim, faixas de cunho tradicional, como “I Am the Enemy”, “Silent Violence” e “Vandals Nest” estão longe de ser descartáveis, mantendo o bom pique do registro, mas demonstram que a banda parece não saber mais compôr aqueles petardos verdadeiramente icônicos e memoráveis de outrora – chegam perto, no máximo, como é o caso de “Alethea”. No mais, a audição de Machine Messiah não é tão enfadonha como eu esperava que fosse, e revela que o grupo ainda consegue entregar bons momentos quando se esforça. Aqueles que são fãs do tipo de som que os caras praticam talvez se impressionem mais do que eu, mas ainda posso dizer que vale a audição.
Legal que no geral a galera curtiu. Imagino se tivéssemos feito o mesmo com Nation ou Roorback…
Na época, lembro de ter visto gente da imprensa falando bem de “Nation”, ou melhor, sendo completamente CONDESCENDENTES com aquilo em que a banda estava se transformando: um grupo muito abaixo da sua capacidade e grandeza.
O Roorback acho um puta disco. Acho o melhor álbum deles da fase Derrick Green. Um que acho fraquérrimo é o A-lex… Um dos poucos discos do Sepultura que não gosto.
Agradecimento especial ao amigo e colega Pablo Ribeiro, pela arte da capa.
“mas, sinceramente, não enxergo a banda fazendo muito melhor que isso hoje em dia”
Bah, Diogo a pau com esse comentário. É basicamente isso aí.
Bom disco. Houve, claro, um oportunismo óbvio ao se lançar metal em plena sexta feira 13. Perdoável. Mas vou contradizer alguns dos colegas consultores (pelo menos um): Roots é o disco mais corajoso e criativo da banda. Comparado a ele, este aqui fica devendo justamente a raíz. Não significa enfiar mais tribalismo tupiniquim, mas explorar outros elementos da nossa rica tradição musical como diferencial. Bom, de repente já tentaram e a coisa não andou. Falar aqui é muito fácil. O que mais me surpreendeu no Messiah foi não ter saído mais um zumbi dessa sepultura. E a primeira música é caralhal. Pelos comentários e resenhas que li por aí, já é um sucesso. Resta saber se pela qualidade do conteúdo ou pela falta de qualidade dos concorrentes. Pelo menos no Brasil.
Pra mim, não há dúvida alguma de que “Roots” é o disco mais corajoso da banda, provavelmente o mais criativo também. Estabeleceu uma identidade que acompanharia a banda desde então; acompanharia ainda mais a carreira de Max Cavalera. No entanto, isso não o faz melhor. É longo em excesso. Em alguns momentos é muito intenso, mas em outros é cansativo. Quanto a explorar nossa tradição musical, adiciono um comentário que acabei cortando para não me alongar demais: senti o Sepultura mais europeu do que nunca em “Machine Messiah”. Talvez seja a influência do produtor sueco, talvez não, mas percebi isso.
Acho que facilmente achei esse o disco mais fraco da banda com folga. Do pessoal que eu converso o sentimento de ruindade tem sido unânime. Ate groselhei uma resenha lá no Rym, deixa eu colar aqui:
“Os caras realmente se esforçaram pra lançar esse chorume ou levaram esse negócio a sério, musicalmente falando? Groove dos mais cafagestes possíveis, umas linhas de baterias apressadas em incluir tempos diferentes, mas com resultados risíveis e que mais parece que o cara errou o tempo das músicas. Os solos são técnicos para o padrão do Andreas, mas soam completamente deslocados no trabalho. Derrick fazendo seu pior desempenho da carreira, com um vocal q tenta ser gutural, mas o resultado é um troço que não dá pra definir o que é. Pra fechar o desastre, umas orquestrações bregas pra cacete e uns oloduns eletrônicos pra banda ainda ter algum motivo pra dizer que ainda é aquela banda de metal brasileira de sempre e o escambau.”
Aí já é exagero de quem está louco pra falar mal da banda. Grooves cafajestes é o que se encontra em “Nation”, que representa o auge da preguiça de Andreas e Igor. Grooves genéricos, riffs simplórios, desleixo, participações especiais pra tentar enganar bobo, covers pra fisgar alguma atenção extra… “Machine Messiah” é, com folga, melhor que qualquer coisa que a banda fez entre “Against” e “A-Lex”.
Louco pra falar mal da banda não sei pq. Gostei do anterior e acho o Dante e o Against bons álbuns. Nesse aí além dos grooves serem previsíveis, as linhas de bateria não fazem sentido em muitas músicas.
É uma banda que já deveria ter se aposentado. E o Max deveria ter colocado o Andreas no pau(processado) e impedisse-os de usarem esse nome. O nome Sepultura hoje em dia não faz mais sentido para a música medíocre que eles fazem hoje. Esse nome remete aos tempos gloriosos dessa banda que um dia foi motivo de orgulho para os headbangers brasileiros. E usando esse nome eles estão estragando um passado de glórias. O Andreas sinceramente, deveria ter umas aulas de guitarra para aprender a criar riffs marcantes e bons solos de guitarra. Ele nunca foi bom músico de fato e a imprensa o bajulava até demais.
Não entendo exatamente como uma atualidade “não agradável” pode estragar um “passado de glórias”. Que eu saiba, música é feita para se ouvir e desde que eu me conheço por gente, discos antigos não se auto-desintegram caso discos novos que não agradam a um “pessoal exigente” sejam lançados pela tal “banda decadente”.
Nego fala que o Sepultura acabou com o Max. De fato isso é inegável. E o estilo vocal do Derrick para as músicas antigas do Sepultura quando ainda tocavam thrash e death metal não combina. Mas a bem da verdade é que a banda já estava em decadência total quando gravaram o ridículo e patético Roots. Ali o negócio já tava fedendo, a banda deveria ter acabado assim que Max saiu. Não como alguns críticos consideram Roots uma “obra-prima”. Não dá certo misturar metal com batucada. Se eles gostam tanto dessa idiotice que montassem um grupo de axé mas deixassem a sonoridade da banda intacta. E o Max é o típico arrogantão que se acha. O cara é um mané, não toca nada. E só tem quatro cordas na guitarra dele. É muito prego mesmo.