Megadeth – Dystopia (Limited Edition) [2016]
Por Mairon Machado
Hoje em dia, os lançamentos especiais para colecionadores são quase obrigatórios entre os grandes e os pequenos artistas do mundo interior. A maioria desses lançamentos traz CDs bônus com canções inéditas, ou então, material em vídeo, acesso para download no site oficial, camisetas, entre outros mimos que se tornam atrativos para aquele fã que deseja ter até a tampinha da garrafa que seu ídolo bebeu.
O Megadeth resolveu apostar em algo ainda mais complexo, e para acompanhar o lançamento de Dystopia, entregou para seus seguidores uma edição limitada, na qual o fã poderá montar um óculos 3D.
O décimo quinto álbum do grupo do guitarrista e vocalista ruivo Dave Mustaine marcou a estreia do brasileiro Kiko Loureiro nas guitarras. Completando o time, estão o veterano Dave Ellefson (baixo) e o batera Chris Adler, que assim como Kiko, assumiu o posto nesse álbum, o qual gerou comentários bastante diversos entre fãs e imprensa. O álbum teve uma marca importante quando de seu lançamento, estreando em 3° lugar na Billboard americana, o que o fez superar a marca do Youthanasia, que na época de seu lançamento, 1994, estreou em 4° lugar, e ficando atrás apenas de Countdown to Extinction (1991), além de ter atingido mais de 50.000 cópias vendidas nos EUA apenas na semana de estreia.
De forma geral, é um bom disco, destacando a veloz “Fatal Illusion”, o peso de “Bullet to the Brain”, a pancada “Lying in State”, a pesadíssima instrumental “Conquer … or Die”, com exímios solos de guitarra e cuja introdução ao violão é um daqueles momentos mágicos da união entre dois monstros em seus instrumentos, violão também que registra um bonito trabalho em “Poisonous Shadows”, também apresentando a inserção de orquestra e piano, elementos raros nas canções do Megadeth.
Em comparação com seu antecessor, Super Collider (2013), é um excelente disco, e vale muito a pena a sua aquisição, e essa versão limitada então, é daquelas que para um colecionador, é material essencial. Afinal, receber a caixa no formato de livro, abrir ela e encontrar uma nova caixa, junto ao CD, já causa aquela sensação de euforia que qualquer edição limitada apresenta.
Dentro da segunda caixa, encontramos um saco plástico envolvendo o material utilizado para montar o óculos. São cinco suportes de velcro, duas proteções oculares e os óculos em si, desmontados obviamente, mas sendo bem prático de montá-lo. Dentro do óculos, vem um código que você irá utilizar para poder acessar o material que o óculos oferece como diferencial, que é o site http://ceek.com/megadeth.
Com esse código, o fã baixa um material para os dispositivos Apple ou Android, e assim, coloca o seu Smartphone no local indicado dentro dos óculos e pronto, irá curtir o Megadeth tocando em 3D dentro de sua sala, interpretando cinco faixas de Dystopia: “Fatal Illusion”, “Dystopia”, “The Threat Is Real”, “Poisonous Shadows” e “Post American World”. Durante a apresentação da banda, o fã pode mergulhar no mundo virtual criado como pano de fundo da apresentação, e se divertir com o que estiver vendo. Uma pequena palhinha pode ser mostrada no site citado acima, bem como no vídeo fornecido pelo grupo como divulgação, o famoso Behind the Scenes.
Um material diferenciado e praticamente inédito entre as grandes bandas do rock, e que certamente, fará você ter muito orgulho de apresentá-lo aos amigos.
Track list
1. The Threat Is Real
2. Dystopia
3. Fatal Illusion
4. Death from Within
5. Bullet to the Brain
6. Post American World
7. Poisonous Shadows
8. Conquer or Die!
9. Lying in State
10. The Emperor
11. Foreign Policy
Olha, vou ser honesto contigo Mairon. Eu não compro material extra.
Eu entendo que esse tipo de material limitado é fantástico para os fãs. Mas eu acho completamente desnecesário. No final das contas o fã compra só pra depois dizer ‘eu tenho esse material assim, limitado, pararara…’.
No final a única coisa que conta é o disco.
Por exemplo, eu não tenho basicamente nada raro, no sentido ‘extra para colecionador’, dos poucos que tenho, foi porque eu ganhei. Por exemplo, tenho um Greatest Hits do Queen versão Japonesa de 1987. É legal ter uma coisa assim? É, é bem legal. Mas no final, o áudio – que é o que interessa – é igualzinho ao meu CD edição Europeia.
Esse óculos ai parece do caralho? Com certeza! Mas no final das contas depois de umas duas semanas você coloca na prateleira pra decoração, e só.
Não me leve a mal, eu não critico ninguém por comprar material de colecionador, só não é pra mim 🙂
De qualquer forma, esse óculos aí é um puta negócio de outro mundo mesmo hahahah
Ai que tá Diego, eu comprei essa versão direto da Alemanha, pelo preço que saia praticamente o mesmo que a versão normal aqui no Brasil. Daí não comprei a versão normal, hehhee.
E os óculos estão dependurados lá, mas é muito massa mesmo. Não me arrependo
Eu acho que nesses tempos de música praticamente grátis (legal ou ilegalmente), qualquer coisa que as bandas lancem de diferente é válido.
Pois é Marcel. E o esquema pelo menos me matou saudade da infância, por que demorei um tempo para entender como montava.
Ah Mairon, eu entendo muito bem o lance de valores… quando uma versão limitada importada, custa pouca coisa mais do que o CD simples brasileiro ai não tem nem o que pensar mesmo rs
Mas uma coisa me incomoda nesse lance do Megadeth. Até quando esse App vai ser válido, porque foram incontáveis os discos lançados com uma promoção online e 1 ano depois não tem mais nada rs
Tipo o Steal This Album! do System Of A Down (e outros) que vinha sem as letras e te dava o site dos caras pra você baixas as letras, eu lembro que entrei no site em 2005 e já não tinha mais nada hahahaha
Ok, entendo que as letras hoje em dia estão em todo o lugar, mas concorda que ter que ir pra sites de terceiros pra um negócio que você comprou é foda? xD
Pois é, boa pergunta Diego. Não sei te dizer mesmo.
Subscrevo tudo que o Diego disse. Quem tem $, faz o que bem entender, mas acho que há uma sobrevalorização do material não musical. Versões especiais de discos são muito mais especiais quando trazem material de qualidade inédito, seja em áudio ou em vídeo. Uma camiseta ou algo parecido é uma boa, pois é algo que a pessoa pode usar de verdade, mesmo assim há quem guarde “pra conservar” e às vezes não tira nem da embalagem.
Quanto a esse exemplo do SOAD, lembro que nessa época, quando a internet ainda estava migrando pra sua versão 2.0, surgiram vários lançamentos com esse tipo de extra que, hoje em dia, soa como piada. Senha pra acessar site e conseguir não sei o que, esse tipo de coisa. É caso de pensamento a curto prazo mesmo.
Aaaaaaaaaaah, com certeza. A versão box do Chinese Democracy por exemplo, que resenhei aqui, tem atrativos de mimos bem melhores que o óculos. Mas como eu disse, peguei a versão limitada por que o preço com frete saia pouco mais que a versão nacional (na época).
Eu vi essa versão quando saiu. Sinceramente achei bobagem qua do soube do óculos, mas nao tinha entendido o que tolava até a sua explicação. Espero que meu vício nao me faça ir atras disso….rs
Paguei 20 e poucos dolares em um site alemão Fernando, com frete grátis, isso no ano passado. Hj deve estar mais barato.