The Rolling Stones – Gravações Comentadas & Discografia Completa [2009]
Por Mairon Machado
Alan Clayson é jornalista, tendo trabalho em publicações como The Guardian, Records Collectors, Ink, Mojo, Drummer, entre outros, além de ser autor de diversos livros sobre música, entre os quais o clássico Backbeat, que inspirou o filme Backbeat: Os Cinco Rapazes de Liverpool. O rapaz também liderou o grupo Clayson and The Argonauts na década de 70, além de fazer trabalhos ao lado de Yardbirds, The Pretty Things e Screaming Lord Sutch. Ou seja, o homem tem gabarito para escrever algo do porte de uma biografia que abrange toda a discografia da mais duradoura banda de rock da história, os Rolling Stones.
The Rolling Stones – Gravações Comentadas & Discografia Completa, é a obra que Clayson publicou lá fora em 2006, e que chegou ao Brasil em 2009. É um acervo fundamental para se conhecer a discografia de Jagger, Richards, Watts e cia, servindo de guia para os iniciantes e de relíquia para os veteranos. É um material impecável, com tanta informação para colecionadores e amantes dos Stones que parece que estamos diante de uma Enciclopédia Barsa voltada exclusivamente ao grupo (para quem não viveu os anos 80, a Enciclopédia Barsa – combinação dos nomes do casal que fundou a mesma, Dorita Barrett e Alfredo de Almeida Sá – idealizada em 1959, foi, e ainda é, uma das maiores referências bibliográficas de nosso país no quesito informações).
No formato brochura, com páginas do tamanho de um CD (o livro lembra um pequeno box no formato de CD, 14 x 14), são 474 páginas e oito capítulos – além do Índice e Agradecimentos – divididos em: As gravações dos Rolling Stones; Os álbuns britânicos AB – de The Rolling Stones (1964) a Between the Buttons (1967); Os álbuns britânicos e americanos AB e A – de Their Satanic Majesties Request (1967) a Shine a Light (2008); Os álbuns americanos AA – de England’s Newest Hitmakers (1964) a Flowers (1967); As coletâneas britânicas CB – de Big Hits (High Tide and Green Grass) (1966) a Forty Licks (2002); As coletâneas britânicas e americanas CA – de Big Hits (High Tide and Green Grass) (1966) a Jammming With Edward (1971); As coletâneas americanas; Discografia.
Só essa separação dos álbuns ingleses e americanos, assim como a ordem das canções dos mesmos, já é um grande atributo do livro, pois a confusão que é saber qual é a versão americana, qual é a versão inglesa, e quando saiu cada uma delas, é uma das árduas tarefas que os fãs dos Stones tem quando começam a colecionar sua obra. Com esse livro, irá ficar bem mais fácil montar sua estante de discos.
Percorrendo The Rolling Stones – Gravações Comentadas & Discografia Completa, no primeiro capítulo, Clayson apresenta o que irá ser tratado, contando um pouco da história inicial dos primeiros anos da banda, como sua formação em 1962, o contrato com a Decca via recomendação de George Harrison, o primeiro compacto e o impacto da banda na década de 70. O que mais chama a atenção nessa espécie de introdução, é a pura realidade que Clayson assume para si quando afirma que “a discografia dos Stones é cronologicamente bagunçada em certos momentos, principalmente depois que deixaram a Decca em 1970”.
Na sequência, o autor estabelece a divisão dos capítulos, e assim, mergulhamos em um mar de informações. Cada álbum tem como informações: capa; data de Lançamento RU; data de Lançamento EUA; Produtores; Selo; Tempo Total; Faixas: compositor, duração, músicos participantes. Todos os discos oficiais lançados desde 1964 até 2008 estão na obra, e vem acompanhados por comentários do autor, incluindo curiosidades, algumas desmitificações, poucas fofocas e muitas opiniões sobre cada álbum. além de curiosidades sobre cada canção. Ou seja, é um vasto material de leitura e entretenimento, além de uma riqueza de detalhes ímpar. E não fica só na Discografia do grupo.
Os álbuns solo de Mick Jagger, Keith Richards e Charllie Watts também estão inclusos no texto. Ao mesmo tempo, temos a discografia detalhada com n° de lançamento, gravadora, faixas e data de lançamento dos compactos simples, compactos de 12 polegadas, compactos em CD e compactos duplos.
Ainda há um subcapítulo, Miscelânea, trazendo algumas raridades e colecionáveis do grupo, como um Flexi-disc britânico lançado pela revista New Musical Expresss com quatro canções da banda (“All Down the Line, Tumbling Dice”, “Shine a Light” e “Happy”) junto de outros artistas em 29 de abril de 1972, um LP alemão exclusivo para colecionadores, lançado em 4 de junho de 1980, trazendo uma inédita versão de estúdio para “I’ve Been Loving You Too Long”, a caixa Rest of the Best (The Rolling Stones Part 2), com nada mais que quatro LPs com canções entre 1962 e 1981, e que foi lançada em 11 de setembro de 1983, entre outras curiosidades que irão atiçar os olhos dos colecionadores.
O livro saiu pela Editora Larousse, que também trouxe ao Brasil, na mesma época aqui, edições iguais a essa para as discografias de The Beatles e Bob Dylan, ambas incríveis e fundamentais para as prateleiras dos amantes de música, história e informações.
Ah, Rolling Stones. Uma lição de como continuar no ‘business’ por mais de 50 anos e se tornar milionário sem nada de decente pra mostrar durante todo esse tempo!
P MIM , desde Tatoo You 81 , eles n lançam álbuns relevantes , e lá se vão 36 anos !
Eu acho o Voodoo Lounge um baita disco, e o A Bigger Band tb. E honestamente, prefiro os Stones fazendo o mesmo velho som da década de 60 do que os Metallicas e Iron Maidens da vida, que não conseguem fazer nada de realmente bom com suas “invenções” e lançamentos recentes
Mas vejam bem, acho que vocês não entenderam o meu comentário. Os Stones NUNCA fizeram nada de bom 🙂
Acho os Stones a banda mais superestimada da história…
kkkkkkkkkkk
Mais superestimada é o Nirvana!!
Nirvana… U2…
Superestimado eles são mesmo. Mas são bem melhores que aquele lixo do Nirvana.
Kurt Cobain foi um músico medíocre e extremamente limitado que ganhou reconhecimento graças à ‘críticos” musicais que sentem aversão por boa música e heavy metal. Nem preciso dizer que aqui no Brasil, os que babam o ovo do Nirvana até hoje são os mesmos que sempre falaram mal do Dio, do Maiden, do WASP e do “metal farofa”. O famoso músico frustrado que se tornou “jornalista musical” para descontar sua inveja e frustração em quem sabe de fato tocar. Não é Andre Forastieri?
Ótimo livro! Tenho tb as edições dos Beatles e do Bob Dylan
E são tão boas quanto???
Acho muito legal esse tipo de livro! Mais bandas deveriam ter algo do gênero.
Com certeza. É uma baita referência para colecionadores. Valeu Marcel