Rock in Rio 2017: 23/09

Rock in Rio 2017: 23/09

Por Mairon Machado

N. R. Este é um relato do sexto dia do festival Rock in Rio, apenas com as bandas presentes no Palco Mundo naquela data, 23 de setembro de 2017. Os posicionamentos são do autor do texto, refletindo apenas sua visão do espetáculo, a qual foi feita in loco. Todas as imagens foram feitas pelo autor do texto.

Ah o Rock in Rio. Desde 1991 que acompanho o festival. 2001, 2011, 2013 e 2015, praticamente vi pela TV todos os shows que passaram pelos mais diferentes locais onde o evento foi realizado, muitos marcantes (Slayer, System of a Down, Halford, Steve Vai) e que sempre me fizeram ter vontade de ir lá, presenciar o que a TV mostrava. Mas culpa essencialmente de uma única banda: Guns N’ Roses. Foi a primeira banda que eu vi ao vivo pela TV, lá em 1991, ao lado do meu irmão Micael Machado, e que trouxe aquela sensação de “putz, como um show de rock é legal“. Os solos de Matt Sorum (bateria) e Slash (guitarra) são memoráveis, assim como ainda hoje, posso ouvir aquelas versões de “Civil War”, “November Rain” e “Paradise City”, bem como o Pedro Bial falando sobre “a bundinha do Axl” …

De 1991 para cá, adquiri muito conhecimento musical, e na vasta aprendizagem, conheci um grupo que era o “arroz de festa” dos grandes festivais na década de 60 e 70: The Who. Os caras tocaram simplesmente em Monterey, Woodstock, Isle of Wight, e ainda foram atrações no Concert for Kampuchea e Live Aid. Monstros sagrados dos palcos, guiados pelo espetáculo sonoro e visual principalmente de Roger Daltrey (vocais) e Pete Townshend (guitarra e vocais).

Tirando a virgindade do Rock in Rio, a uma pessoa da grade!!

Pois não é que os deuses do rock ‘n’ roll (tá, foi o Medina) uniu na mesma noite Guns e The Who? Oportunidade raríssima de presenciar dois gigantes do rock em um único evento e que não podia desperdiçar, e assim, parti rumo a cidade maravilhosa para perder a virgindade do Rock in Rio, e ter a oportunidade de contar para os netos os três dias de desventuras que me gerou mais momentos eternos e satisfatórios como fã de música.

Para não encher o saco dos leitores, vou dividir o texto em duas partes: a primeira, irá ser com comentários apenas sobre os shows. A segunda será com os destaques positivos e negativos que posso relatar sobre o Rock in Rio. Lembrando que estarei falando apenas do dia 23 de setembro, e que todas as opiniões são puramente pessoais.


Início do show dos Titãs

Titãs: Curiosamente, eu nunca tinha visto o Titãs ao vivo. Confesso que não sou fã da banda, mas fiquei curioso para saber como um grupo que se consagrou nacionalmente com oito integrantes, iria funcionar apenas com três membros originais e dois músicos adicionais. Exatamente às 19h00, horário de Brasília, surgiu nas caixas de som “O Guarani” de Carlos Gomes, uma citação, claro, a Voz do Brasil, e logo percebia-se que o Titãs ia fazer um show político.

Como toda a carreira do grupo, eles se especializaram em “se vender” para o momento, e que momento ideal do que o atual cenário político brasileiro para fazer um show, diante de 100 mil pessoas, cantando suas principais composições com temas políticos do que o Rock in Rio? E assim foi. Os paulistas largaram vários clássicos do passado oitentista, como “Lugar Nenhum”, “Cabeça Dinossauro”, “AA UU”, “Polícia”, “Bichos Escrotos”, “Sonífera Ilha” misturado com novos sucessos, em especial a versão de “Aluga-se” (Raul Seixas) e hit-radiofônico “Epitáfio”.

Encerramento do show dos Titãs

Achei audacioso que no meio do show, a banda apresentou três canções novas, que irão fazer parte da ópera-rock que será lançada ano que vem. Das três faixas, a que mais admirei em termos de letra foi “Me Estupre”, uma boa paulada em defesa das mulheres. As outras canções achei muito amenas, mas é aquele caso, eu não tava com cabeça para prestar atenção como elas mereciam, então, não posso dar uma opinião real sobre “12 Flores Amarelas” e “A Festa”.

O show foi encerrado com “Vossa Excelência”, muito apropriada, e foi um bom esquenta para começar a noite. Porém, confesso que não fiquei com nenhuma vontade de ver a banda novamente.


Os americanos do Incubus começando seu set

Incubus: Apesar de ser uma banda da década de 90, o Incubus era total novidade para mim. Começando pelo esquema de palco, no qual a bateria foi montada “de lado” para o público, dava para sentir que seria um show bem interessante. Assim que o vocalista Brandon Boyd pisou no palco, milhares de calcinhas começaram a sentir o efeito da presença do cara. A gritaria tomou conta, e fiquei impressionado como a mulherada cantava praticamente todas as músicas. Quando o cara tirou a camisa então, meu Deus! Foi ensurdecedor …

Passei vergonha alheia por não conhecer nada na apresentação da banda. Quer dizer, quase nada, pois quando eles tocaram uma canção própria, chamada “Wish You Were Here”, e emendaram uma versão instrumental para a homônima do Pink Floyd, cantada em uníssono pela plateia presente na Cidade Olímpica, pude acompanhar com voz o que estava saindo das caixas de som.

Final do show do Incubus

Curti a banda, curti o som dos caras (apesar de alguns exageros em termos de samplers) e achei o Ben Kenney um baita de um baixista. O cara faz uma baita sonzeira com seu instrumento, e carrega o grupo nas costas. A performance vocal do Boyd também merece destaque, e ele tem carisma suficiente com a galera para encarar 100 mil pessoas de boa. Não pretendo ir atrás da discografia dos caras, mas assim como o Titãs, foi uma boa audição.


Anuncio da entrada do The Who

The Who: O show mais esperado da noite para mim. Apesar das horas e horas na fila, e também da espera durante os shows (foram mais de 12 horas entre chegar na fila e começar o show do The Who). Quando o anúncio da Johnny Walker iluminou o telão, dizendo que o The Who estava chegando, e Pete Towshend entrou correndo em direção ao público, a casa caiu. Eram eles, ali, diante dos meus olhos, para resgatar sucessos e mais sucessos de toda sua carreira cinquentenária.

Os britânicos não perdoaram ninguém. “I Can’t Explain”, “Substitute”, “Who Are You”, “The Kids Are Alright”, “I Can See For Miles”, “My Generation”, puta que o pariu, isso só para começar. Minha voz se foi no meio de “I Can See For Miles”, mas eu não tava nem aí. A hélice de braço do Pete, a dancinha tradicional de Roger, o microfone sendo jogado por ele, e pego pelo cabo, o filho  do Ringo, Zak Starkey, detonando na bateria, o baixista Jon Button usando um Precision idêntico ao do John Entwistle, bah, que coisa linda.

E os caras detonando. Sem piedade. Vieram duas do álbum Who’s Next (1971), “Bargain”, a qual Pete apresentou como a melhor canção que ele gravou naquele disco, e “Behind Blue Eyes”, que a galera cantou bem a primeira parte, acredito eu que por conta da regravação que o Limp Bizkit fez. Fechando a primeira parte da apresentação, vieram “Join Together” e “You Better You Bet”, e depois, aja coração.

Imagem clássica do The Who no telão, durante apresentação do grupo

Daí em diante, o show que já tava excelente ficou totalmente excelente. Pete foi aos microfones anunciar que iriam trazer algumas faixas do álbum Quadrophenia (1973), meu preferido do grupo. Com o violão em punhos, encantou ouvidos durante “I’m One”. A pauleira seguiu forte na execução perfeita de “5:15”, e a sequência de Quadrophenia foi encerrada com a canção que encerra aquele álbum, a sensacional “Love, Reign O’er Me”. Cara, que música linda. Apesar do tempo ter tirado bastante da vitalidade vocal de Daltrey, ele segurou as pontas sem muito esforço. Lágrimas brotaram fácil dos meus olhos no encerramento da canção, e muita gente se surpreendeu com o que estava acontecendo no palco. Mas não havia terminado.

A conclusão só poderia vir de forma épica, com um Medley das principais canções da ópera-rock Tommy (1969). Em pouco mais de doze minutos, os britânicos fizeram um apanhado geral no track list daquele disco, e trouxe aos presentes “Amazig Journey”, “Sparks”, “Pinball Wizard” e “See Me, Feel Me”. Car@lho, que sensacional ouvir e ver os criadores de um disco atemporal interpretando faixas emblemáticas para a música mundial diante dos teus olhos.

Pete Townshend (acima) e Roger Daltrey (abaixo)

Ainda houve tempo para mais dois sucessos de Who’s Next, “Baba O’ Riley”, com todos os teclados e “Teenage Wasteland”‘s possíveis, e a sensacional “Won’t Get Fooled Again”, faixa maravilhosa que fechou um show maravilhoso e inesquecível. O repertório foi impecável, escolhido a dedo, e não tem do que se reclamar.

Claro, a voz de Daltrey com certeza já não é mais a mesma, Pete não pula tanto quanto nos anos 60 e 70, John Entwistle jamais será substituído tecnicamente por qualquer baixista (lembrando que ele foi eleito o melhor baixista de todos os tempos aqui na Consultoria), e ainda falta muito feijão com arroz para o Zak chegar perto da unha de Keith Moon, mas foi um baita show, de tirar o chapéu.

Final do show do The Who

Ficou a promessa de retornarem ao Brasil em breve (essa foi a primeira vez do grupo por aqui), e tomara que realmente aconteça.


Início da gigante apresentação do Guns

Guns N’ Roses: A grande atração da noite entrou no palco pouco antes da uma da manhã. Eu estava exausto por conta da fila e do show do The Who, e mesmo já tendo visto o Guns outras duas vezes, essa era a oportunidade de ali, no gargarejo, conferir o talento de Slash, e claro, ver de pertinho uma das maiores bandas de todos os tempos.

Curti muito o show do ano passado em Porto Alegre, com o retorno de Duff e Slash ao lado do Axl, e tinha uma boa expectativa para a apresentação no Rock in Rio, e olha, confesso que a expectativa foi atingida. Não vou me deter no set list apresentado, até por que foram diversas canções, mas cara, vi e estou vendo comentários muito maldosos por aí.

Axl Rose e Slash. Ícones do rock mundial, voltando ao palco central do Rock in Rio

Ao vivo e presencialmente, dava para ver que a voz do Axl com certeza já não é mais a mesma, mas também não foi algo tão horrível assim. Ele segurou as pontas bem, controlou quando deu para controlar, falhou diversas vezes, mas cara, o tempo e uma estrada cheio de excessos uma hora pega, e no Axl isso veio cedo. Porém, isso não tira os méritos de que ele e os demais membros da banda tocaram por quase 4 horas no Palco Mundo (pelo meus cálculos, deu pouco mais de três horas e meia de show). Os caras tocaram tudo o que precisava ser tocado, e pronto.

Slash é um show a parte. Banhando suas guitarras com seu suor, usando e abusando de escalas bluesísticas e pentatônicas, o cara é um animal. Conferir sua batida de perna esquerda, o levantar da Les Paul, as pisoteadas no wah-wah, a cabeleira vasta sob a cartola negra, tudo ali, de pertinho, foi mais revigorante do que litros de Gatorade. O cara não é um virtuose, não é um gênio, mas como sabe marcar suas notas de guitarra na mente do vivente. Mesmo quando a corda arrebentou durante “Coma”, ele não se intimidou. Segurou tranquilo a música, trocou de guitarra e dê-lhe baile. A sombra dele projetada na parede de um dos lados do palco me chamou muita atenção, me dizendo que mesmo o tempo passando e pegando para todo mundo, a imagem de um ícone do rock mundial, com sua cartola e vasta cabeleira, Muito bom.

Uma sombra diz muito

O grupo todo do Guns segurou bem as faixas. Achei que houveram muitos erros de entrada, principalmente do Duff e do Slash, mas isso acontece. Afinal, os caras vem excursionando direto, e provavelmente tem pouco tempo para ensaiar, se é que ensaiam. E pombas, quando estamos ouvindo “Welcome to the Jungle”, “You Could Be Mine”, “It’s So Easy”, “My Michelle”, “Mr. Browstone”, “Sweet Child O’ Mine”, fala sério, dá para prestar atenção nisso? Só os babacas de plantão que adoram ver pêlo em ovo, e que sabem que quando o nome Axl Rose está envolvido, vai gerar milhares e milhares de pessoas curiosas para saber o que está sendo escrito.

Voltando ao Axl, tchê, que que eu vou te dizer? Bom, tudo bem, ele desafinou diversas vezes. Mas repito, foram quase 4 horas de show. Só por isso o cara já merece respeito. Ele estava lá, se entregando como podia – ok, saiu do palco diversas vezes para carregar a bateria, mas isso não é demérito – e mandou ver quando precisava. Todo mundo na minha volta se emocionou com”Estranged” e “November Rain”. Todo mundo cantou junto “Patience” e “Don’t Cry”. Todo mundo comentou que mesmo barrigudo, o cara não para de correr e agitar. Vão catar coquinhos os críticos, foda-se a voz, foda-se a ausência de agudos, o carisma e a pessoa Axl Rose estavam lá como um profissional. Diferente de 7 anos atrás, quando enchia a cara e não respeitava os fãs, dessa vez ele superou qualquer problema pessoal e foi profissional, e isso contou muito para mim.

Duff McKagan, Axl Rose e Slash. Precisa dizer mais??

Óbvio que o final de “Coma” ficou bem estranho sem a velocidade da gravação original, mas fala sério, o cara estava ali cantando “Coma”, uma das melhores (e mais difíceis) canções do Guns sem nenhum teleprompter. Muita gente aplaude os erros vocais de Ozzy Osbourne, que não consegue nem cantar e aprender a letra de “Paranoid”, achando isso uma virtude, mas descem a lenha no Axl. Se catar mesmo. O cara fez a parte dele, regularmente bem feita, e pronto. Pior seria ele cantando mal, sem vontade, com 5 horas de atraso, uma capa de chuva amarela por cima e pronto. Isso sim é errado. O que esteve no Palco Mundo na madrugada do dia 23 foi digno de aplauso, e fim de papo.

Agora, uma coisa é fato. O Guns virou uma banda cover gigante. Não só de si mesma, mas de outros artistas também. Só que com uma capacidade incrível de colocar sua marca registrada nas músicas dos outros. Afinal, “Attittude”, “Live and Let Die” e “Knocking On Heaven’s Door” já são clássicos na discografia da banda. Só que desta feita, eles trouxeram ao menos mais duas novidades perante o repertório do ano passado, as quais foram a linda homenagem à Chris Cornell, com “Black Hole Sun”, e “uma música de uma banda que eu toco de vez em quando, vocês devem saber qual é“, segundo Axl Rose, antes de introduzir “Whole Lotta Rosie”. Animação total, galera pulando geral. Showzaço. Ainda nas covers, versões para “The Seeker” e “Wish You Were Here” (instrumental), presentes no repertório do ano passado, apenas atestam que por mais grande que uma banda seja, poucas são aquelas que sabem reconhecer suas origens e influências como o Guns tem feito nos últimos tempos.

Resumo da ópera: não foi o melhor show do Guns que eu vi (o do ano passado foi bem melhor), mas foi muito divertido e gratificante poder conferir os ícones dos anos 80 de pertinho, e principalmente, ver que Slash está em plena forma, e que o respeito pelos fãs parece ter voltado.


Pontos positivos: Curti muito o ambiente do Rock in Rio. Muita paz, sem enrolação, e todo mundo numa vibe muito boa. Não deu para conhecer a Cidade Olímpica, andar de tirolesa ou fazer qualquer outra atração que não fossem os shows do Palco Mundo, mas deu para perceber que o local é enorme, e que a galera que vai para se divertir, com certeza não sai com muitas reclamações.

Destaco mesmo:

  • Organização do festival: tudo certinho. Abriu na hora que tinha que abrir e não houve enrosco muito grande. As pulseiras-ingresso funcionaram, e é uma lembrança interessante do evento.
  • Transporte: Acho que foi o ponto máximo da organização do evento. BRT funcionando direto, sem parar, e metrô também. Fácil, rápido e seguro. Apesar da distância da Cidade Olímpica até as regiões mais acessíveis em termos de hotéis no Rio, foi tranquilão de pegar o transporte, e por um preço justo.
  • Salto de paraquedas da Red Bull: Enlouqueceu a plateia o salto dos cinco paraquedistas da Red Bull. Adrenalina comeu solta.
  • Copos de lembrança: O Itaú, um dos patrocinadores do evento, distribuiu gratuitamente copos para quem estava lá no gargarejo. Aproveitando os mesmos, os seguranças, nos intervalos dos shows, traziam água para encher os copos e saciar a sede da galera. A origem da água é desconhecida, mas bebi dela e estou vivo, além de ter salvado muitos do calorão que tomava conta do local. Atitude humanitária muito bem vinda.
  • Apresentação dos Drones: Baita ideia para entretenimento da plateia. Imagino a trabalheira para sincronizar os equipamentos. Foi muito bonito de ver. Mas …
Drones formam uma guitarra no céu da Cidade Olímpica (imagem do telão do palco mundo)

Pontos negativos:

  • Apresentação dos Drones: … achei equivocado o local escolhido para a apresentação dos drones. Poderiam ter feito ao lado do palco, ou sobre ele, mas não atrás. Ok, foi transmitido pelo telão, mas acredito que a sensação de ver ao vivo e a cores teria sido bem mais legal do que já foi.
  • Celulares e máquinas fotográficas: Está cada vez mais xarope aguentar celulares e máquinas fotográficas nos shows. Só que agora, a coisa chegou em um nível que nunca tinha visto. Uma galera ao meu redor ficava tirando fotos mode infinite e olhando as mesmas, selecionando as melhores e publicando-as em instagrams e twitters no instante que as bandas estavam detonando no palco. Lembro principalmente na apresentação do The Who, durante “Who Are You”, um casal “discutindo” e fazendo pose para tirar umas dezenas de selfies, e olhando qual tinha que fica melhor, conversando alto e incomodando uma audição prazerosa. Bem que podiam proibir isso de vez, mas entendo que uma recordação como uma foto é especial, ainda, para fãs de verdade.
  • Poucas palhetas: Tudo bem que a palheta não é o essencial, mas bah, nunca imaginei que os grupos não iam jogar praticamente nada de palhetas. Titãs e Incubus nem sei se jogaram algo. The Who teve apenas UMA palheta, do Pete, jogada para a plateia. Slash jogou cinco somente. Acho que a crise bateu inclusive nos gringos, ou eles quiseram evitar cenas de esmagamento por conta de um mimo, o que sempre é divertido depois que se passa pela situação.
  • Lojas fechadas após o encerramento do Palco Mundo: Terminado o show do Guns, resolvi então passear pela Cidade Olímpica, conhecer o local e arrebatar um mimo para a patroa. Porém, me surpreendi com as lojas fechadas. Até mesmo as que vendiam comida estavam já fechando. Não sei se esgotou o material de venda daquele noite – o que duvido muito – ou se eram ordens superiores, mas o baile seguia com Simoninha no Palco Sunset, portanto, o Rock in Rio não tinha acabado.
Lembranças físicas do festival

Enfim, são apenas algumas constatações de um festival muito massa. Dependendo dos próximos shows que vierem, talvez eu vá novamente, mas é uma aventura muito cansativa. Ainda hoje estou com dores nas pernas e nas costas, mas deu para curtir pacas. Que venha o U2 em outubro, e claro, um dia, Wacken!

9 comentários sobre “Rock in Rio 2017: 23/09

  1. Apesar das horas e horas na fila, e também da espera durante os shows (foram mais de 12 horas entre chegar na fila e começar o show do The Who)

    Teve fila então? Quando fui, em 2013, o único dia em que enfrentei fila para entrar foi o do Iron Maiden (pra variar…), e inclusive perdi show que queria ver no Sunset por causa disso. De resto, foi muito tranquilo.

    Ficou a promessa de retornarem ao Brasil em breve

    Não vi o show do Rio, mas aqui em Porto Alegre eles disseram que o ciclo está se encerrando e não devem mais fazer turnês nesses moldes em razão da idade e dos problemas que ela traz. Provavelmente tenha sido a última oportunidade mesmo.

    Ao vivo e presencialmente, dava para ver que a voz do Axl com certeza já não é mais a mesma, mas também não foi algo tão horrível assim.

    Comparando com o que ele já foi, é claro que a diferença é absurda, mas há muita, mas muita má vontade mesmo quando o nome Axl Rose é envolvido, então é necessário pensar um pouco antes de sair falando groselha (mas pra isso o pessoal não paga imposto, né?). Não sou vocalista, não manjo do assunto tanto quanto gostaria, mas acho que, na medida do possível, ele faz um trabalho regular, com pontos bem baixos e algumas boas surpresas. Também é fato que o material que ele gravou nos três primeiros discos da banda deve ser de difícil reprodução ao vivo, mas isso é algo em que não se pensa (e nem se deve pensar) quando se grava uma música, certo? Reparei, inclusive, como pareceu bem mais tranquilo para ele cantar “The Seeker” e “Whole Lotta Rosie”. Isso já diz muita coisa.

    A origem da água é desconhecida, mas bebi dela e estou vivo, além de ter salvado muitos do calorão que tomava conta do local.

    Em 2013 era da companhia de abastaecimento local mesmo. Deve ter sido também.

    Dependendo dos próximos shows que vierem, talvez eu vá novamente, mas é uma aventura muito cansativa.

    Sem dúvida eu iria novamente. É cansativo? É, mas ir em festivais e shows grandes é cansativo mesmo, não dá pra negar. Claro, um show no Beira-Rio, como foram The Who e Def Leppard ontem, e Bon Jovi na semana passada, facilita muito a vida e oferece bem mais conforto, mas essas são exceções. Aqui em Porto Alegre, geralmente o que sobra é uma Fiergs ou um estádio do São José, locais despreparados para receber um grande fluxo de pessoas. O maior problema do Rock in Rio é a distância, mas o transporte funciona, então facilita muito. De resto, não posso reclamar. Não dá tempo de ficar entediado por lá, ainda mais que eu não sou desses que fazem questão de colar na grade.

    1. – Teve fila Diogo. Meio dia e já tinha uma galera para entrar

      – Sim, eles disseram isso também. Mas eles afirmaram que para participar de festivais como o Rock in Rio, sempre estarão a disposição. E convenhamos, o The Who tá dizendo que não vai mais fazer turnês desde que a banda começou!!

      – Falou pouco e falou bem sobre o Axl. Sem mais delongas.

      – Pois é. Eu curto ir de grade, e iria de novo na grade se fosse um artista que eu curto mesmo. Voltar ao Rock in Rio dependerá disso. Por exemplo, já está programada a noite Metal em 2019. Se for algo nos moldes de um Alice in Chains, Slayer, System of A Down e um Viper, por exemplo, iria fácil!!

      1. Já fiquei na grade do Rock in Rio em 2001 no Maiden, no Metallica em 2015 e muito próximo no Bruce Springsteen. Mas cara….eu tenho que parar de querer fazer isso…rs

        1. “cara….eu tenho que parar de querer fazer isso” [2]

          Ahuahuahuahaha

          Mas fala sério, quanto mais perto da grade, melhor de ver o show. Ainda mais em um festival como esse

  2. De todas as vezes que fui eu tb só enfrentei fila no dia do Iron Maiden. Banda grande é outro papo 😛 …
    Eu concordo em partes com os que criticam o festival. Acredito que em termos de atrações ele poderia ser um pouco melhor sim. Não falo nem em relação aos grandes nomes, mas o que tem de tranqueira no palco Sunset é absurdo. Mas é sim um uma baita (para usar um adjetivo gaúcho) de um programa. Esse ano infelizmente eu não fui e se tivesse que escolher um dia seria esse daí.
    Sobre o show do Guns eles claramente quiseram se redimr da vez anterior. Concordo com tudo o que o Mairon falou sobre a voz e o excesso de críticas que o Guns recebe. mas por outro lado ele podia se cuidar um pouco melhor. Não acompanho sua vida fora dos palcos, mas é certe que o cara dá uma detonada.

    1. Com cerveja, hehehe (e outras cositas mas). Mas fala sério. O cara ficar correndo três horas e meia, com a idade dele, é de se aplaudir!!

    2. Banda grande é outro papo

      Você quis dizer: banda com fãs chatos que fazem questão de ficar aglomerando? Metallica é maior que Iron Maiden e entrei diretaço. Zero fila. Aliás, o Mairon deve ter tido o mesmo problema no dia do Guns N’ Roses em função do mesmo problema: fã ejaculação precoce. Não acho que há grade que valha certas coisas, mas isso sou eu.

  3. O que encheu o saco nesse Rock in Rio foi a turma do “lacre” com aquele histerismo e frescura de sempre. Fora isso, até que foi bom.

  4. To vendo o show do Guns no reprise da Multishow agora, e realmente, na TV a voz do Axl tá uma porcaria. Que estranho isso. Lá não tava horrível assim!!!

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