Uma introdução ao rock progressivo brasileiro – Parte 1
Dando continuidade a uma matéria do Fernando Bueno que acabou ficando esquecida aqui na Consultoria eu trago a todos o meu humilde guia para o Rock Progressivo feito no Brasil!
Não é de hoje que muitas pessoas me pedem recomendações de Prog Brasileiro, especialmente pessoas de fora do Brasil. Mas também existem diversos ouvintes mais novos que não tem certeza de por onde deveriam começar. Essa matéria tenta dar luz ao tema e tenta guiar o ouvinte incauto, mas sem a pretensão de se tornar um guia definitivo, apenas uma porta de entrada.
História:
O Rock Progressivo no Brasil começou mais tarde do que na Inglaterra ou na Itália (por exemplo), exatamente porque a influência veio desses países, e obviamente demorou um pouco para chegar em terras Tupiniquins em um tempo onde a informação, literalmente, vinha de barco!
Além disso, a influência que as bandas Brasileiras tinham no início dos anos 70 (assim como em muitos outros países) era completamente diferente de seus pares Europeus. O Prog Brasileiro vem, na maiorias das vezes, pintado com cores acústicas e muitas vezes com uma influência enorme da música Brasileira mais tradicional e regional.
As primeiras bandas brasileiras do gênero começaram a gravar em torno de 1971 e o pico do gênero no país ocorreu entre 1974 e 1975 quando várias bandas lançaram seus melhores discos.
A maioria dos artistas Prog do país, em semelhança com o Prog italiano, não conseguiu carreiras longas e de sucesso, esse reconhecimento geralmente veio décadas depois com a ajuda da internet. Muitas vezes, as bandas lançaram um ou dois discos e se dissolveram logo depois, geralmente por desentendimentos com as suas gravadoras.
Os anos 70 foram sem dúvida o ápice do gênero no país com diversos lançamentos. Ao longo dos anos 80 poucos álbuns de boa qualidade podem ser encontrados, na verdade, no geral, poucos foram os lançamentos Progressivos nessa época. O tão popular estilo europeu chamado de Neo Prog não pegou por aqui. Os anos 80 foram mesmo completamente tomadas pelo Rock Popular que se casou chamar de “BRock”. Somente em meados da década de 90, as bandas começaram a florescer novamente no país. Essas bandas foram especialmente influenciadas pelo retorno do Pink Floyd em 1994 e também pelas bandas de Metal Progressivo.
Discos principais:
Nesta parte vou focar em 5 discos, serão mais duas partes, totalizando assim 15 discos. Vou tentar dar uma geral no que (na minha opinião) de melhor aconteceu desde os anos 70 no gênero. Serão discos de todas as épocas! No final, alguns extras também serão indicados.
Módulo 1000 – Não Fale Com Paredes [1972]
O Módulo 1000 foi uma banda formada em 1969 no Rio de Janeiro. Este foi o primeiro disco de Heavy Psych lançado no Brasil e a influência do Rock Progressivo pode ser sentida em diversos momentos. Embora o álbum ainda estivesse embebido em cores Psicodélicas, eles foram muito além da simples “loucura de drogado” do Rock Psicodélico tradicional.
O álbum Não Fale Com Paredes foi lançado pela gravadora Top Tape (mais conhecida por distribuir filmes) e diversas vezes aparece em listas de colecionadores hardcore porque é um ítem muito raro.
Na época, o disco não foi bem recebido por público e crítica, que simplesmente não entendia o que a banda estava fazendo naquele momento, os caras estavam anos luz de tudo o que acontecia no Rock Brasileiro daquele início dos anos 70 e o simples fato da banda ter gravado o disco já é um milagre por si só.
O Módulo 1000 teve uma curta existência e, ainda em 1972, mudou o nome para Love Machine e lançou um single (desta vez em inglês), se dissolvendo logo depois disso.
Em 2013, a banda foi reformada e eles estavam preparando um novo disco (até um single foi lançado no Youtube). Mas depois de todos esses anos o plano do disco novo ainda não saiu do papel, apesar da página oficial da banda no Facebook ser atualizada de vez em quando.
Destaque: “Turpe Est Sine Crine Caput”
Som Imaginário – Matança Do Porco [1973]
O Som Imaginário nasceu para ser o grupo de apoio de Milton Nascimento em 1970. Após a turnê, a banda continuou e começou a gravar seus próprios álbuns.
Os dois primeiros discos (1970 e 1971) tinham um direcionamento mais psicodélico/popular com Zé Rodrix como principal compositor.
Foi apenas em 1973, quando o maestro Wagner Tiso começou a liderar a banda que eles se tornaram, de fato, uma banda Progressiva. E a coroação dessa nova fase foi a obra-prima Matança Do Porco, lançado pela poderosa (na época) gravadora Odeon.
Depois deste clássico o grupo seguiu sendo banda de apoio e chegou a gravar diversos discos de cantores populares, mas como banda autoral, nunca lançou outro disco, infelizmente.
Em 2012, a banda se reuniu em uma série de shows pelo Brasil mas encerrou suas atividades novamente depois disso.
Destaque: “Armina”
Som Nosso De Cada Dia – Snegs [1974]
Muitas vezes chamado de “O ELP Brasileiro” (devido à formação similar sem guitarra), o Som Nosso De Cada Dia foi formado em 1972 em São Paulo e tinha em dua formação Manito (teclados, violino e saxofones), que já era uma lenda no Rock Brasileiro tendo sido membro d’Os Incríveis.
Após 2 anos de reclusão e ensaios, a banda conseguiu um contrato com a Continental e gravou o seu primeiro e clássico álbum Snegs.
A banda fez muitos shows na época do lançamento do disco, entre 1974 e 1975, incluindo a abertura dos shows do Alice Cooper no Brasil.
Naquela época, devido ao sucesso de seus shows, a gravadora queria que a banda abrisse o seu leque sonoro e vendesse mais discos. Em 1975 a Black Music e a Disco Music começavam a se tornar mais e mais populares no Brasil e a Continental estava apostando nesse som. A banda lutou contra essa ideia, mas eles estavam sob contrato e depois de muita discussão e pressão, acabaram cedendo.
Ainda em 1975 o grupo estava trabalhando em uma suíte de 20 minutos chamada “Amazônia” e muitas músicas novas (Progressivas) foram tocadas em seus shows na mesma época (como mostra o disco ao vivo A Procura Da Essência, lançado em 2004 com faixas gravadas entre 1975 e 1976). No fim, toda a discussão com a gravadora desgastou o grupo e o material Prog que vinha sendo apresentado ao vivo seria descartado, por essas e por toda a pressão pra ser um sucesso comercial fizeram Manito deixas a banda no final de 1975.
Somente em 1977 saia o segundo disco do grupo, chamado apenas Som Nosso. Esse disco foi dividido em duas partes: o lado A chamado Sábado, com um som calcado na Black Music e dançante, e o lado B chamado Domingo, voltado para o Rock Progressivo mas sem a profundidade que o estilo pede. Não preciso dizer que Som Nosso não foi bem recebido pelos fãs do Snegs e falhou em conquistar um grande número de fãs novos.
Após o fracasso comercial do segundo disco a banda se desfez e seus membros seguiram seus próprios caminhos (o baixista Pedro Baldanza gravou com diversos artistas populares, incluindo Ney Matogrosso), no entanto houve um retorno em 1993 quando Snegs foi lançado em CD pela primeira vez e até um disco ao vivo foi lançado em 1994.
No final o que fica na história do Prog BR é mesmo Snegs e sua genialidade, sendo um clássico absoluto em se tratando de Prog no Brasil. Disco essencial!
PS. A Consultoria já publicou uma entrevista com Pedro Baldanza, leia AQUI.
Destaque: “Sinal Da Paranóia”
Bacamarte – Depois Do Fim [1983]
O Bacamarte foi uma banda formada no final dos anos 70 e que lançou seu único álbum em 1983, numa época em que o Rock Progressivo era não apenas ignorado, mas também desprezado.
Talvez a coisa mais surpreendente sobre Depois Do Fim seja o fato de que o som Neo Prog, tão em voga na época, não está presente por aqui, pelo contrário, o som do Bacamarte ainda estava completamente imerso nos anos 70 e a gravação é cheia de vida sem nenhuma ‘modernidade’ comum à época. Também pudera, o disco na verdade foi gravado em 1978, mas devido à enorme popularidade da Disco Music na época, o líder da banda, Mario Neto, decidiu guardar as fitas e esquecer todo o lance do Rock Progressivo, já que não valia a pena lutar contra a maré em um país como o Brasil.
No entanto, fomos salvos por um amigo de Mario por volta de 1982. Esse amigo ouviu as fitas e convenceu Mario a fazer algo com aquelas gravações de 1978 e ele acabou por aceitar a ideia e o disco foi lançado no ano seguinte, em 1983.
Como a banda que gravou o disco não mais existia, o projeto foi posto de lado, pelo menos até 1999, quando o álbum Sete Cidades foi lançado, embora este álbum seja um trabalho solo de Mario Neto ele trazia o nome Bacamarte na capa do disco, provavelmente pra chamar uma maior atenção, já que apenas Mario Neto da formação original toca no disco.
Desde seu lançamento Depois Do Fim foi elevado à um status mítico, inclusive internacionalmente, e sites como Rate Your Music e ProgArchives tem o disco no top 100 dos discos Progressivos mundiais.
Em setembro de 2012 a banda foi finalmente reunida para um único show que ficou marcado como um ato histórico do Prog Brasileiro.
Destaque: “Último Entardecer”
Cálix – Canções De Beurin [2000]
Dando um pulo de quase duas década desde Depois Do Fim chegamos a um trabalho independente lendário em terras Brasileiras. Vindo de Minas Gerais o Cálix mostrou toda a natureza folclórica mineira em um disco que beira a perfeição.
O primeiro álbum da banda, Canções De Beurin, é uma mistura sensacional do Rock Progressivo Sinfônico mais tradicional e o Folk Progressivo. Tudo isso regado com o já famoso misticismo Mineiro. O disco foi um verdadeiro sucesso e vendeu 3 mil cópias em 5 meses, sendo que logo depois mais 5 mil cópias foram prensadas e todas vendidas no decorrer do próximo ano, um recorde absoluto para uma banda de Rock Progressivo Independente. Cerca de 10 mil cópias do disco foram vendidas até hoje.
O Cálix ainda gravou um novo álbum 2 anos depois chamado A Roda [2002] e um CD/DVD ao vivo em 2007 e acabou ficando em hiato (pelo menos em termos de disco novo) por 9 anos e só em 2016 saiu o terceiro trabalho de estúdio do grupo mineiro chamado Caminhante.
A banda é uma das mais ativas de sua geração e faz shows frequentemente pelo Brasil.
Destaque: “Dança Com Devas”
Achou falta de algum disco na lista? Não se preocupe, ainda temos outras duas partes que serão publicadas nos dias 14 de fevereiro e 01 de março. Até lá!
“Os anos 80 foram mesmo completamente tomados pelo Rock Popular que se casou chamar de “BRock”.
Permita-me discordar Diego. Os anos 80 geraram muitas bandas boas do rock progressivo nacional, algumas até melhores que os dos anos 70. O próprio Bacamarte é uma delas (apesar de ter sido fundada em 79, o álbum foi gravado em 81, se não me engano, e lançado em 83). Mas, vou esperar a segunda parte para tecer mais comentários sobre isso.
Valeu pela matéria. Abraços
Pode discordar Mairon, mas vou dediscordar. O disco do Bacamarte foi gravado em 78 (vc não leu o texto hein!). E fora o Marco Antonio Araujo (que vai aparecer nas outras partes) me dê nomes do Prog Br dos anos 80.
Pois eu me lembro de cabeça de 4 bandas, e 3 delas são horríveis!
Eu li o texto Diego, tanto que coloquei que parecia que ele tinha sido gravado em 81 (as fitas originais, de 1978, não foram lançadas até onde eu lembro, mas posso estar errado).
Bom, além do Marco Antonio Araujo, temos
Apocalypse (fundada em 1983, apesar do primeiro disco ser de 1991)
Grupo Santos (1982)
Sagrado Coração da Terra (vários discos nos anos 80)
Quaterna Réquiem (o Velha Gravura foi lançado em 1990, mas a banda é de 1986)
Quintal de Clorofila (1983)
Quantum (1983)
Violeta de Outono
E se cavucar, acho que encontramos mais
Olá Diego, olá Mairon.
Muito boa essa série de artigos!
Passei aqui para esclarecer algumas coisas sobre a gravação do Depois do Fim.
Gravamos no primeiro semestre de 1979, e não em 1978. Lançamos em 1983, pela Som Arte, selo que criamos para aquele lançamento.
Depois do show do Teatro Rival, em 2012, tocamos em seguida no Circo Voador, no dia 27 de outubro.
Em abril de 2014, nos apresentamos pela primeira vez em São Paulo: duas noites no SESC Belenzinho.
Em junho de 2015, tocamos novamente em São Paulo, dessa vez no Teatro Municipal, durante a Virada Cultural. Todos esses shows (Circo Voador e SP) tiveram participação da Jane nos vocais.
O Bacamarte continua em atividade – estamos ensaiando – e teremos novas apresentações em 2018.
Grande abraço (estou aqui aguardando pela terceira parte 😉 )
Orra Marcus, que prazer imenso tê-lo aqui nos visitando em nosso humilde site.
Sei que seria pedir demais, mas sabe o que eu adoraria ouvir? Um novo disco do Bacamarte. Eu compraria a minha cópia na pré-venda sem nem ouvir teasers nem nada parecido. Será que você e o Mário junto ao restante da banda não poderiam conversar a respeito? Eu e mais tantos fãs adorararíamos ouvir pelo menos mais uma centena de músicas do Bacamarte.
Adoro Bacamarte, Som Nosso de Cada Dia e Módulo 1000. São discos mais do que maravilhosos. As outras duas eu ainda irei tirar um tempo para ouvir.
Diego, vou citar 10 bandas brasileiras que eu creio que apareçam nas outras partes. Sem revelar quais, diga aí quantas eu acertei:
Casa das Máquinas, Terreno Baldio, Quaterna Réquiem, Dogma, Kaizen, Apocalypse, Index, Trem do Futuro, Deus Nuvem, Violeta de Outono.
Acertou 4 das 10 pras próximas 2 partes 🙂
Vixe, estou fraco de palpites…
Boa lembrança! Terreno Baldio é o Gentle Giant do Brasil…
É uma comparação perfeita, Francisco. Aquela sonoridade bem experimental deles lembra muito o Gentle Giant.
Mairon.
Todas essas bandas podem ter sido fundadas nos anos 80 (assim como o Trem do Futuro), mas nenhuma delas lançou nada nos anos 80. Por isso mesmo coloquei que nada foi LANÇADO nos anos 80.
Mas vamos lá, Sagrado Coração Da Terra é uma boa banda, mas passa, por diversas vezes, bem longe do Prog, caindo diversas veze pro Pop. Grupo Santos, nunca ouvi falar, lançaram algum disco? Quintal de Clorofila é maravilhoso, mas outra vez, eu não considero um disco Prog, é muito mais psicodélico.
O Quantum eu não chamaria de Prog, tá muito mais pra Jazz Rock/Fusion, assim como o Violeta de Outono náo gravou nada Progressivo nos anos 80, eles mudaram o som deles pro Prog só muito muito tempo depois na volta da banda.
Houveram outras bandas que lançaram discos nos anos 80 com influência Prog como Alpha III, Raiz De Pedra e Alma da Terra. Mas nenhuma essencial.
Apocalypse e Quaterna são ótimas bandas, mas só comearam a lançar discos a partir dos anos 90.
Existem outras bandas que lançaram discos Prog nos anos 80 como Tellah, Fernando Pacheco, Wejah e o próprio Wagner Tiso. Mas na minha opinião passam MUITO longe de ser obrigatórios e a lista tenta repassar discos que são importantes, não qualquer coisa lançada 🙂
Sei do enorme respeito que o Depois do Fim é tratado, mas dessa lista eu ainda sou mais o Snegs. Nunca ouvi seu relançamento e sei que deram uma caprichada no som. Mas eu me interessei mesmo foi pelo Calix. Aguardando as sequencias da matéria.
Ahhh…obrigado por citar a matéria sobre o rock progressivo. É um dos meus trabalhos que mais gosto aqui da Consultoria.
Mas eu tb sou muito mais o Snegs e o Tudo Foi Feito Pelo Sol 🙂
O Cálix vale a pena Fernando 🙂
Pegando um gancho do que o Diego falou, uma das coisas que não me fazem muito a cabeça em relação ao progressivo brasileiro é esse excesso de brasileiridade que os músicos tentam impor ao seu som. Tanto que se vc pegar trabalhos de alguns músicos que são da seara prog e depois comparar com o que eles fizeram já com cara de MPB, a diferença não é lá tão grande. É que no fim das contas eu não gosto muito de música brasileira em geral.
Cara, eu também sempre torci o nariz pra isso, ouvi dezenas de discos que eram ‘Prog’ e que não passavam de MPB disfarçados rs
Mas na próxima edição tem um disco que eu acredito que os caras realmente souberam mesclar o Prog com ‘brasilidades’ 🙂
O Terço?
“Achou falta de algum disco na lista? Não se preocupe, ainda temos outras duas partes que serão publicadas nos dias 14 de fevereiro e 01 de março. Até lá!”
😉
Olá Diego! belo texto, bela pauta! permita-me fazer algumas pequenas correções e inclusões:
“Em 2013, a banda foi reformada e eles estavam preparando um novo disco (até um single foi lançado no Youtube). Mas depois de todos esses anos o plano do disco novo ainda não saiu do papel, apesar da página oficial da banda no Facebook ser atualizada de vez em quando.”
Eu participei da segunda formação deste retorno (substituindo o tecladista que os acompanhava) até o fim da banda, em fins de 2014, quando o guitarrista Daniel Romani faleceu. O material em questão estava sendo gravado e composto por ao menos 10 anos pelo Daniel e não chegou a ficar 100% pronto conforme a vontade dele. O material para um disco completo está gravado, mas não finalizado e não sei se há o interesse de quem ficou com o material de lançá-lo. Os antigos membros da banda (do line-up dos anos 70) não tem interesse em quase nada relacionado ao grupo (dois deles residem nos EUA e não tocam mais rock). Então, é bem provável que esse material não seja lançado. E ele não tem quase nenhuma relação com o som da banda da época do “Não Fale com Paredes”, sendo cantado em inglês também.
Sobre o Bacamarte, houve pelo menos outros dois shows além daquele retorno em 2012; conheço pessoalmente o Marcus Moura e o Mario Neto (além do baterista da atual formação, Alex Curi) e as informações são de que estão para marcar novas apresentações.
E comentário: a respeito do Cálix, acho a banda competente (já dividi palco com eles e assisti um show tb aqui no Rio), mas indigna de figurar junto a estes outros medalhões. São bons, mas não pra tanto.
Abraço!
Ronaldo
Ronaldo, em primeiro lugar obrigado pelas informações, não é tão fácil conseguir info sobre as bandas Progs já que elas basicamente não se preocupam em manter um site, blog, ou até mesmo uma página no Facebook.
Sobre o Cálix: eu te entendo perfeitamente, mas eu acredito que é uma banda que representa muito bem o Prog br do início dos anos 00. 🙂
Fiquei ansiosa pelas próximas partes, já saíram?
Senti falta de 3 bandas nessa primeira parte, duas antigas que já foram citadas em outros comentários, Violeta e O Terço. A outra é uma banda bem atual, que ainda não é um estilo puramente rock progressivo, mas tem muitos elementos dele, embora misture bastante com samba e música africana. É o trio Metá Metá. O disco MM3 parece ter bastante influência do King Crimson, principalmente pela presença marcante do sax. O que vocês acham?
Tudo bem, Catarina? Você pode conferir as duas partes seguintes nesses links:
Parte 2: https://www.consultoriadorock.com/2018/02/14/uma-introducao-ao-rock-progressivo-brasileiro-parte-2/
Parte 3: https://www.consultoriadorock.com/2018/03/01/uma-introducao-ao-rock-progressivo-brasileiro-parte-final/
O Metá Metá realmente tem influência de Prog Catarina. Mas eu decidi focar em bandas que abraçam o estilo completamente.
Por esse motivo também o disco do El Efecto, Pedras E Sonhos não entrou, porque é um baita disco! 🙂
Quando se trata de Rock Progressivo brasileiro , o primeiro nome a ser mencionado deve ser Terreno Baldio. Grupo da capital de São Paulo de 1975.