Glowing Tree – Bucolic (2017)
Por Thiago Reis
O GLOWING TREE é um projeto criado pelo vocalista/guitarrista Jean Felipe que produz Música Alternativa e Rock Progressivo, originário da cidade de São Paulo-SP. Jean Felipe (voz e guitarra), Fábio Fiore (teclado e backing vocals) e Scott Denis (baixo e backing vocals) formam a banda no momento. O álbum em destaque nesta resenha se chama “Bucolic” e foi gravado em São Paulo com produção de Marcelo Costa e Jean Felipe. Já a bela capa do disco foi criada pela artista americana Jolene Casko. Já a contra capa e a arte estampada no CD foram feitas por Leandro Ramo de Souza.
O álbum se inicia com a música “Animals (This Sounds Black)” que conta com uma bela introdução comandada pelo baixo e pelos vocais limpos e envolventes e Jean Felipe. O peso das guitarras se faz presente com ótimos riffs, além de contar com bases sólidas de teclado. Aos quatro minutos e vinte segundos ouve-se o solo de guitarra que é a ponte para um belo dedilhado que muda completamente o clima da música. A faixa de abertura apresenta ótimos elementos, que variam ao longo dos quase seis minutos, sempre surpreendendo o ouvinte.
A seguir temos a faixa “Johny Parker” que se inicia de forma um pouco semelhante à faixa anterior, principalmente em relação aos vocais de Jean e o baixo de Scott, entretanto em seguida ouve-se um riff bem diferente e criativo.
“Reasons to Cry” é a seguinte e possui um clima mais sombrio logo em seu início, além da famosa “quebradeira”, característica do rock progressivo/prog metal. O refrão fica grudado na cabeça, por ser bem direto e de fácil assimilação, provando que além dos riffs e andamentos complexos, a banda se preocupa com refrãos que sejam marcantes.
O início de “Psycho Paper” nos remete às duas primeiras faixas, mas sem soar repetitivo. Nesta música encontramos um andamento mais lento e um vocal mais suave, também de fácil assimilação. De maneira geral, mais uma bela composição.
“Slacker Generation” tem uma introdução bem diferente com sons de pessoas conversando acompanhadas de um dedilhado muito bem feito de guitarra, além do baixo e teclado. A voz também está mais suave, com as letras quase faladas. Mais uma vez o baixo se faz muito presente, o que pode ser encarado como um grande elogio, pois as linhas de baixo dão ainda mais vida para a música. Pode-se dizer que até a primeira metade do disco, “Slacker Generation” seja o destaque absoluto, pois apresenta diversas qualidades das quais já foram faladas, além de ter um ótimo solo de guitarra (simples,mas marcante), além da bela presença de instrumentos de sopro, criando um clima mais que especial no final da música.
Seguimos com “Half Dead Boy” e a presença de violões e uma introdução guiada pela guitarra, além de belas linhas de teclado. As várias vozes também se destacam no refrão, mostrando que mesmo tendo passado da primeira metade, o disco mantém o nível.
A próxima é “Unfinished Subjects” e sua bela introdução, com um clima que nos remete ao bucólico, não por acaso o título do disco. Os riffs de guitarra aparecem de forma empolgante e “alegre”, ou seja, é o tipo de música que nos deixa para cima.
“Pictures of Life” mais uma vez tem destaque para o baixo, juntamente com uma guitarra mais limpa e um andamento mais simples na bateria, com os vocais um pouco mais baixos do que o apresentado até o momento, mas a partir de um minuto meio as vozes voltam a estar à frente dos instrumentos, tendo essa alternância como um dos focos da música. Uma dinâmica diferente e que surtiu efeito positivo.
“Seeing Red” começa de maneira bem diferente, mas não menos brilhante, seguida de um dos riffs mais pesados do disco, que culmina com um belo dedilhado e vocais limpos e envolventes, além de nos transmitirem certa paz, mas logo em seguida vocais mais agressivos aparecem junto com um instrumental mais pesado, conferindo uma dinâmica bem interessante para a música.
O disco se encerra com “Goodbye” e um clima mais calmo toma conta, cortesia de uma bela introdução comandada pelo violão e pelas vozes. Uma bela maneira de encerrar o disco, deixando o ouvinte com a curiosidade a respeito de um futuro lançamento.
“Bucolic” apresenta além de ótimas composições e excelentes músicos, uma produção cristalina e que destaca tanto as vozes quanto os instrumentos, conseguindo o balanço ideal e um disco desse estilo. Diante de um disco tão bem feito em todos os aspectos só nos resta aguardar pela continuidade e por futuros discos. Para os amantes de progressivo, prog metal e rock em geral, a banda Glowing Tree é uma boa pedida para aqueles que querem buscar algo novo para ouvir.
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Ouça: Spotify: http://spoti.fi/2p81v1z
Deezer: http://bit.ly/2FApZrz
SoundCloud: http://bit.ly/2FKdj4x
Faixas:
01) Unfinished Subject
02) Pictures of Life
03) Half Dead Boy
04) Psycho Paper
05) Reasons to Cry
06) Johnny Parker
07) Animals (This Sounds Black)
08) Slacker Generation
09) Seeing Red
10) Goodbye