Caixas de raridades geralmente são presentes especiais para fãs de um determinado artista e banda, principalmente quando as mesmas vem acompanhadas de mimos ou material complementar além das músicas que marcaram a carreira do mesmo. No caso de Scraping the Barrel, lançada em 2004, essa caixa de 4 CDs vai além desses mimos, investindo pesado em uma área bastante incomum dentre os lançamentos tradicionais, que é a oferta de um CD de Dados. Sim, isso mesmo, dados como fotos, vídeos e textos.
A caixa em si é uma compilação especialíssima sobre a carreira do Gentle Giant, que como o nome diz, raspou o barril (nosso conhecido raspou o tacho) para tentar encontrar material totalmente inédito até então, buscando em inúmeras fitas, rolos de gravação e casas de conhecidos, em um processo que demorou mais de seis anos para ser finalizado.
Dos quatro CDs, dois são CDs de áudio que resgatam sessões de ensaio, apresentações ao vivo e experimentações feitas pelo grupo inglês desde sua origem como um sexteto, formado pelos irmãos Ray Shulman (baixo, violinos, violões, guitarras, vocais, flautas, percussão), Derek Shulman (voz, baixo, violões, saxofone, percussão, flautas) e Phil Shulman (saxofone, trombone, vocais, flautas, clarinete, piano) ao lado de Gary Green (guitarras, violões, voz, flautas, percussão), Kerry Minnear (órgão, moog, piano, sintetizadores, clavinete, violoncelo, marimbas, percussão) e Malcolm Mortimore (depois Martin Smith) na bateria, no período entre 1969 e 1972, até a consagrada fase do grupo como um quinteto, tento Ray, Derek, Gary, Kerry e John Weathers (bateria), em um período que vai de 1972 até 1980.
Durante as duas horas e meia de ambos os CDs, somos levados para dentro do mundo das gravações e experimentações de uma das mais inovadoras bandas de todos os tempos. Cada detalhe é construído e ensaiado em um trabalho minucioso e incrivelmente perfeito, com excepcional participação de Kerry Minnear, o mais talentoso dos cinco músicos, com uma formação clássica em harmonia, contraponto e composição na Royal Academy of Music, ainda na década de 60, sendo o primeiro a formar-se nessa área em dez anos de RAM. Não há nenhuma faixa completa com banda, apenas as experimentações, demos e ensaios, em sua maioria com durações girando entre um e três minutos, mas que são bem-vindas para aqueles que gostam de conhecer o que rola por trás de suas canções especiais.
No CD 3, Scraping the Barrel apresenta canções solo gravadas por Kerry Minnear, John Weathers, Gary Green e Ray Shulman, além das raras canções do grupo Shout – parceria formada por Gary Green tocando bateria e guitarra, e Ray Shulman nos vocais, baixo e guitarras, após o fim do Gentle Giant, que rendeu um único compacto em 1982 – e também duas raras faixas do grupo Simon Dupree and The Big Sound, banda formada pelos irmãos Shulman antes do Gentle Giant nascer.
As canções de Minnear (onze ao total) estão completas. As três primeiras são projetos particulares de Kerry ao piano (“Home Again”) e com sintetizadores (“Moog Fugue” e “Move Over”), e que foram completadas por Gary e John especialmente para o lançamento da caixa, tornando-se ainda mais valiosas por serem as últimas composições a conter a bateria de John Weathers, já que pouco depois desse registro, ele nunca mais conseguiu tocar devido a uma doença chamada Degeneração Espinocerebelar, que causa degeneração lenta de células nervosas do cerebelo, tronco cerebral e medula.
Depois, temos cinco canções (“Really Don’t Know”, “Heaven’s Tears”, “Flower Arranging”, “Living in a Restaurant” e “You Make Me Very Happy”) com todo o espírito Sessão da Tarde, com bateria eletrônica, sintetizadores por todos os lados e aquela sensação de que daqui a pouco irá aparecer um jovem Michael J. Fox ou o menino Macaulay Culkin na sua TV. Estas são canções construídas para um projeto ainda sob o nome Gentle Giant, e que foram sabiamente rejeitadas pela Chrysalis Records. As três últimas são canções gospel que Kerry compôs em um período no qual dedicou-se à Deus, no caso o rockzão “Get Out of My Way”, a eletrônica “Wisdom Was Calling” e ainda “Good Christian Men Rejoice”, que lembra canções de Giant for a Day.
As duas canções da Simon Dupree – “Hava Nagila” e “Homeland” – são homenagem ao povo judeu, e enquanto a primeira demonstra toda a versatilidade vocal que depois consagrou-se no Gentle Giant, a segunda exalta o talento de Ray ao violino. “Burn My Working Clothes” é um boogie envolvendo algumas passagens de blues, com Weathers surpreendentemente na guitarra. Já as canções do grupo Shout são versões demo para “Starting Line” e “Running Away”, e ainda uma pequena vinheta chamada “On Safari”, com a participação da pequena Sally Minnear tentando falar o nome da mesma. Encerram o CD 3 “Our World” e “Back to the Front”, boas faixas registradas por Gary no início da década de 90, e “Prehistoric Boss Level” e “Volcano”, canções desenvolvidas para jogos de computador por Ray.
Resumindo, no contexto geral, as canções do CD 3 não são tão chamativas, soando bastante populares e com um climão oitentista meio desagradável, mas vale a pena dar uma escutada nas canções da Simon Dupree, e ainda, nas gravações individuais de Gary e Ray. Por outro lado, a preciosidade dessas joias é imensurável, já que a maioria delas se quer veio ao mundo oficialmente.
Então, após curtirmos quase 4 horas de música em 3 CDs, mergulhamos no profundo e encantador mar do CD de dados. Ao inserirmos o mesmo no computador (o CD não roda em nenhum outro equipamento que não seja um sistema PC/Macintosh), nos deparamos com duas pastas raiz, que são MP3 AUDIO e VISUALS.
Afim de ouvir música, adentramos a pasta MP3 AUDIO, que é dividida em mais seis pastas: GENTLE GIANT; KERRY MINNEAR; SHOUT; GARY GREEN; RAY SHULMAN e SAMPLE ARCHIVE. Todos os arquivos de áudio nessa pasta estão com qualidade 320 kbps.
Na pasta GENTLE GIANT estão 13 pastas: GENTLE GIANT; IN A GLASS HOUSE;PLYMOUTH; TORINO; THE POWER AND THE GLORY; FREE HAND; OCTOPUS IN REHEARSAL; INTERVIEW; PINEWOOD REHEARSAL; THE MISSING PIECE; GIANT FOR A DAY; CIVILIAN e ODDITIES. O seu contéudo é uma diversidade de material de ensaio, passagens instrumentais/vocais individuais ou em grupo e apresentações ao vivo retiradas de gravações não-oficiais.
Essas apresentações ao vivo são as pastas PLYMOUTH, TORINO e PINEWOOD REHEARSAL. PLYMOUTH contém a versão na íntegra de “Octopus” apresentada em Plymouth em 1973, com qualidade muito baixa, da qual foi retirado o solo de Kerry Minnear que aparece no CD 1. A pasta TORINO tem uma qualidade um pouco melhor no som, e contém uma apresentação da banda na cidade de Torino em 19 de outubro de 1973, no Palazzo dello Sport, em um set list de 6 arquivos: “The Runaway”, “Way Of Life”, “Funny Ways”, “Excerpts from Octopus”, “Nothing At All” e “Plain Truth”. Com exceção de uma pequena falha em “Knots”, quando a canção fica alguns segundos simplesmente muda, e também no solo alucinante de “Plain Truth”, o resto é perfeitamente audível, e assim, essas falhas não chegam a abalar o produto final. Já PINEWOOD REHEARSAL apresenta um show realizado para a imprensa antes da turnê de The Missing Piece, com uma qualidade regular. Esse show é o mesmo que veio a estar presente nove anos depois na caixa Memories of Old Days, porém com a ordem das canções diferentes daquela apresentada na caixa de 2013, apesar de musicalmente não haver distinção nenhuma entre elas, a não ser a mixagem, que em Memories of Old Days ficou bem melhor.
Nas pastas referentes aos álbuns, GENTLE GIANT traz apenas um arquivo, com o solo de piano de “Nothing at All”, e IN A GLASS HOUSE mais dois arquivos, com testes de loopings e efeitos para a gravação de “An Inmates Lullaby” e uma longa improvisação de piano com o gravador Revox. Da THE POWER AND THE GLORY destaca-se as sessões de gravação de “So Sincere”, e a dificuldade de Ray em reproduzir o que Kerry faz ao piano no riff central, o que toma vinte e cinco minutos dos 4 arquivos desta pasta. Os demais são as gravações clavinet e o solo de Glockenspiel – ainda para “So Sincere” e os “The FBI Files”, arquivos que foram apagados da fita master do álbum, mas que quando foram restauradas, apareceram novamente, com uma qualidade muito baixa, mas mesmo assim, passível de ser apresentada para os fãs.
Em FREE HAND encontramos as backing tracks de “Just the Same”, “Free Hand” e “Time to Kill”, e ainda passagens instrumentais de “On Reflection” e “Free Hand”, além das vocalizações de “His Last Voyage”, totalizando 6 arquivos, dos quais 5 apareceram posteriormente na caixa Memories of Old Days, enquanto em OCTOPUS estão os ensaios para a turnê de divulgação do mesmo, mais precisamente a famosa “Excerpts from Octopus”, com o duelo de Ray e Gary, as vocalizações de “Knots”, o solo de Kerry e os solos de flautas no final, mas tudo ainda muito cru, e não menos interessante. INTERVIEWapresenta sessões de ensaios para o álbum através de 12 arquivos, exclusivamente para as faixas “Interview”, “Give It Back”, “Empty City”, “Timing” e “I Lost My Head”, a qual sem sombra de dúvidas é a que mais chama a atenção, já que o que está inserido na mídia é exatamente o momento de criação ao piano dessa bela obra. 6 destes arquivos apareceram posteriormente na citada caixa Memories of Old Days.
THE MISSING PIECE possui sete arquivos de ensaios somente instrumentais para “I’m Turning Around”, “Mountain”, “Memories of Old Days” e “Winning”. Sem sombra de dúvidas, o grande momento dessa pasta vai para a gravação de “Mountain” somente com vocais femininos, infelizmente não creditados, e que deram uma cara toda especial para essa deliciosa faixa, soando bastante sensual e harmoniosa. Além disso, as teclas do piano de Minnear também são de arrasar. Ao mesmo tempo, os violões de Gary Green e Ray Shulman para construir a lindíssima “Memories of Old Days” também ganham espaço, encantando o ouvinte. GIANT FOR A DAY possui 7 arquivos, as quais são versões demo para “Words From the Wise”, “Thank You”, “Spooky Boogie”, “Little Brown Bag”, “It’s Only Goodbye”, “Freedoms Child” e ainda uma faixa que acabou ficando de fora do fraco álbum que dá nome a pasta. Essas são as únicas demos que estão completas no box, apenas sem a adição de vocais, sendo que as cinco primeiras apareceram posteriormente na caixa Memories of Old Days.
Ainda temos os dois arquivos da pasta CIVILIAN, que são ensaios para “All Through The Night” e “Just a Imagination”, também presentes na caixa Memories of Old Days e sem vocais, e a pasta ODDITIES, trazendo 8 arquivos bastante particulares: uma conversa entre Ray e Gary, intitulada “Fine Friends You Turned Out to Be”, da qual saberemos mais na pasta PDF FILES; ensaios de violão entre Ray e Gary para as apresentações de “Excerpts from Octopus”; passagens de teclados, guitarra e glockenspiel; e Derek fazendo vocalizações acompanhado apenas por seu violão. Todos os arquivos são bastante curtos, com exceção do duelo de violões, o melhor momento de ODDITIES.
Adentrando a pasta KERRY MINNEAR, somos surpreendidos por mais oito pastas:GRUNDING TAPE; JAZZY ME TAPE; PETER BROOKSMITH SONGS; WAKEHURST ROAD MULTY’S; VERY FRAGILE TAPE; BELL STREET WORK TAPES; CHRYSALIS DEMO e PORTFOLIO. Essas pastas acompanham o período de Kerry Minnear como músico desde 1964 até 1989, e é mais um achado de raridades. GRUNDING TAPE possui 3 arquivos registrados em 1964, mas não tocando piano ou teclados, mas sim cantando e tocando violão em uma bonita canção – “Every Day” -, fazendo uma versão de um rock anos 50 do qual não consigo lembrar o nome, ao lado de seus irmãos na banda Phantom Brothers, e tocando sintetizador durante seu teste para músico do programa Old Grey Whistle.
JAZZY ME TAPE apresenta quatro arquivos: “Jazzy Me”, um maravilhosos jazz com Kerry ao piano / órgão, acompanhado de um trio guitarra, baixo e bateria, que ao que parece, é o próprio Kerry quem está tocando, já que não há explicações sobre as mesmas; “Make it Work (Pain)”, um rock mod na linha de Kinks e Animals, com órgão, baixo, bateria e os vocais de Minnear; “That’s One Idea!”, um bonito rock instrumental somente com Kerry na guitarra; e “One More Chance”, rockabilly somente com Kerry cantando e tocando guitarra. Todos esses registros foram feitos em 1965, e que adicionam mais pontos para o quesito raridade.
De Três anos depois vem 3 arquivos em PETER BROOKSMITH SONGS, que são a balada sessentista “Some Other Time”, para dançar coladinho com a namorada, a psicodelia londrina de “Turn Out the Sun” e a sombria “An Echo Today”, somente com Kerry a capela, como um canto gregoriano carregado de ecos, e com uma tímida participação de um órgão. Essa canções foram gravadas a pedido de um amigo de Kerry, que planejava usar as canções para a trilha sonora de um filme-B, e conta com Kerry ao piano e vocais e Peter em intervenções na guitarra, além de uma menina fazendo vocais na primeira e uma leve percussão na segunda.
WAKEHURST ROAD MULTY’S traz mais 6 arquivos, agora registrados em 1969 ao lado do amigo de Royal Academy of Music David Reid, em canções que variam de inspirações nos grupos da British Invasion (“He Started to Dance”) até a psicodelia londrina do final da década de 60 (“Fairground”). Ainda temos Kerry somente ao piano, emulando Thelonius Monk em “I Watch You”, ou cantando, acompanhado de seu violão em “The Baby is Crying”, ou do piano em “We’ve Taking All the Flags Away” e “Writing for Sturminster Newton’s Choir”. VERY FRAGILE TAPE constitui-se de apenas duas pequenas vinhetas com sobreposições de vozes de Kerry, ambas registradas em 1972.
Depois, saltamos para a década de 80 na pasta BELL STREET WORK TAPES, com 8 arquivos solo de Kerry ao piano ou teclados, uma percussão e vez por outra cantando, sendo 5 das 8 canções, completas e nunca lançadas anteriormente.CHRYSALIS DEMO contém 5 arquivos registrados por Kerry em uma mixagem bastante caseira, que depois tornaram-se as mesmas canções que aparecem no CD 3 dessa caixa.PORTFOLIO encerra a pastaKERRY MINNEAR com 8 arquivos, que são experimentações synthpop muito curtas, com no máximo 1’30” de duração, gravadas em 1989, e que foram divulgadas em diversas empresas de rádio e TV na Inglaterra na esperança de o músico conseguir algum emprego, já que ele estava passando por grandes dificuldades financeiras nessa época.
SHOUT contém 5 arquivos, os quais são a versão original de “Starting Line”, que saiu no compacto junto de “Walk don’t Talk”, essa não presente na caixa, e quatro demos que não chegaram a se tornar material oficial (“Running Away?”, “Is This a Turner?”, “Dance” e “Friday Night Suit”). Aos curiosos, vale ressaltar que essas faixas em nada tem do Gentle Giant tradicional. GARY GREEN é constituída por 6 arquivos registrados entre 1977 e 1993, com Gary treinando escalas na guitarra e no violão em faixas de pouco mais de um minuto (ou nem isso), com exceção de “Waltz Through the Night”, faixa de dois minutos e meio de escalas de guitarra sobre uma base de baixo e bateria construída pelo próprio Gary. RAY SHULMAN apresenta dois arquivos: uma demo de 1982 (“1982 Ray Demo”) que poderia ter sido registrada em álbuns de grupos como Depeche Mode ou New Order, e “Showmix”, uma espécie de trilha sonora para um filme de ficção científica, carregada de efeitos, sintetizadores, vozes e dramaticidade através de seus mais de oito minutos de duração.
Encerra a pasta MP3 AUDIO a pasta SAMPLE ARCHIVE, trazendo no total 94 arquivos de samplers de diversas canções da carreira do Gentle Giant (“Giant”, “Nothing at All”, “Pantagruels Nativity”, “The House, The Street, The Room”, Schooldays”, “Peel the Paint”, “Mr.Class and Quality”, “A Cry for Everyone”, “Knots”, “Think of Me With Kindness”, “River”, “Proclamation”, “Playing the Game”, “No God’s a Man”, “The Face”, “The Power & The Glory”, “Just the Same”, “On Regflection”, “Time to Kill”, “Mobile”, “Interview”, “Give it Back”, “Design”, “Another Show”, “Empty City”, “Betcha Thought We Couldn’t Do It”, “As Old as You’re Young”, “Winning” e “Living in a Restaurant”), e através de pequenas vinhetas, dá destaque para instrumentos específicos como moog, guitarras, violoncelo, percussão, piano, entre outros, tornando-se arquivos especiais apenas para os fãs e colecionadores. Mesmo com poucos minutos (alguns até no máximo 10 segundos), dá para se perceber a incrível genialidade dos músicos.
A pasta VISUALS divide-se nas pastas FILMS, PDF FILES, PHOTOS e SCRAPING THE BARREL ADD ONS.
A pasta FILMS apresenta as inéditas sessões de gravação do filme Gentle Giant, que seria usado para aparecer nos telões pré-show da turnê de In A Glass House, mas que acabou não acontecendo por conta da baixa qualidade do filme, e também de duas crianças que aparecem no mesmo (somente vendo para entender o por que) e alguns minutos de uma máscara com a face do Gigante Gentil sendo usada por um membro do grupo, mostrando os movimentos que a mesma faz. Ambos os arquivos estão isolados na pasta FILMS, que ainda possui mais duas pastas dentro dela: KERRY 2000 e THE WEATHERs REPORTS2000. KERRY 2000 são quatro pequenos arquivos do tecladista em 2000, interpretando um Hip Hop (“Hop Wreck”), gritando “OhhArr” (“Kerry OhhArr”) e curtíssimas passagens de “His Last Voyage” e “Way of Life”. Já THE WEATHERS REPORTS apresenta 15 divertidíssimos arquivos de John Weathers narrando sobre as condições climáticas durante uma temporada de quinze dias na Suécia, enquanto o box Scraping the Barrel era preparado. Todos os arquivos desta pasta estão no formato .mpg.
Na PDF FILES, encontramos histórias inéditas contadas por Gary Green sobre gravações dos primeiros álbuns: um incidente ocorrido por conta da neve, que não permitiu ao grupo apresentar-se no Marquee Club de Londres, e três respostas de Gary Green feitas para fãs através do site On Reflection, as quais são sobre sua participação na gravação de “An Inmates Lullaby”, o curioso fato de ele ver e ouvir nascer o grupo Derek and the Dominoes, e como Reg Dwight (depois Elton John) quase virou um membro do Gentle Giant.Essas histórias não aparecem no booklet oficial de Scraping the Barrel.
Ainda nesta pasta, temos:
As letras de todas as canções do CD 3;
A letra de “Empty City” escrita a máquina;
Um conto específico de um fato ocorrido em uma visita de Gary e Frank Covey aos irmãos Shulman, que é exatamente a faixa citada na pasta ODDITIES, com o nome de “Fine Friends You Turned Out to Be”;
Papeis de carta do Gentle Giant;
A história sobre o filme Gentle Giant, contada por John Weathers (o gigante do filme);
A máscara promocional do álbum Giant for a Day;
O Booklet da turnê de Interview, descrevendo cada faixa do álbum e com várias fotos inéditas;
Um pequeno flyer italiano comentando sobre a turnê que o grupo fez naquele país em 1974;
Três manuscritos complicadíssimos de músicas da banda;
O raro booklet do álbum Playing the Fool, com uma belíssima revisão da história do Gentle Giant, narrada pelo escritor Phil Sutcliffe;
Kit de imprensa dos álbuns Gentle Giant, Free Hand, Interview e Playing the Fool, fazendo um interessante resumo da história do Gentle Giant até o lançamento de cada álbum;
Oito fotos promocionais desde o início da banda até o álbum Giant for a Day;
Capa + contra-capa + selos do compacto do grupo “Shout”, com as canções “Starting Line” e “Walk Don’t Talk”;
Adesivos com as capas de Gentle Giant, The Power and The Glory eInterview;
Cartão de controle das faixas dos álbuns Three Friends e Octopus.
Já a pasta PHOTOS apresenta todas as fotos presentes nos diferentes arquivos do BOX no formato .jpg, e mais diversas fotos raríssimas, através de mais seis pastas: STUDIO PHOTOS; OUTSIDE THE STUDIO; OTHER; SLIDE SHOW SLIDES; PUZZLE e SIMON DUPREE. A pasta STUDIO PHOTOS apresenta 67 arquivos do grupo em estúdio, com destaque especial para as montagens dos kits de percussão que o grupo utilizava, bem como fotos dos integrantes com violinos, mandolins, violoncelos, marimbas entre outros, todas nomeadas cuidadosamente (e as vezes em um tom bastante humorístico) por Gary.
OUTSIDE THE STUDIO possui 21 arquivos, começando com uma inédita foto da banda durante a excursão de Civilian, fotos em aeroportos, hotéis e países como Estados Unidos e Itália, bem como da van que levava o grupo em suas primeiras excursões. OTHERcompreende 39 arquivos ilustrando instrumentos (mandolin, flautas, violinos, guitarras utilizadas nas gravações e shows), pôsters de divulgação, fotos em shows, momentos de lazer do quinteto individual, unidos ou ainda crianças (no caso Gary Green e Malcolm Mortimore), entre outros. Destaque especial para a foto de Gary junto de Barriemore Barlow e Martin Barre durante a excursão promovida entre Jethro Tull e Gentle Giant, bem como uma imagem de um dos 100 espelhos com a imagem da capa de The Power and Glory, utilizados para promover o álbum.
SLIDE SHOW SLIDES é apenas 5 arquivos, uma com o mapa da Espanha, com os dizeres Two Weeks in Spain (em alusão à canção de mesmo nome) e quatro imagens da face de Derek Shulman girando 180°. PUZZLE destaca a montagem de um quebra-cabeças construído para promover o álbum The Missing Piece, desde a primeira peça até a última, e depois, a desmontagem até chegar na última peça, que acabou virando a mesma que aparece na capa do álbum citado, tudo isso através de 66 arquivos. Por fim, a pasta SIMON DUPREE traz sete cobiçadas imagens da banda pré-Gentle Giant entre 1968 e 1969.
ADD ONS complementa a pasta PHOTOS com o booklet do box na versão .pdf, dois pôsters promocionais da caixa em .jpg e duas imagens de rolos de fitas masters e também diferentes k7s com gravações utilizadas para montar os áudios da caixa, também em .jpg.
Dentro da caixa, encontramos impresso um booklet de 32 páginas com declarações diversas dos músicos para as canções disponíveis nas quatro mídias, chamando a atenção para os comentários feitos sobre as canções disponíveis no CD de dados, um pequeno resumo da história do Gentle Giant, através das palavras de Gary Green, e uma apresentação muito legal sobre o processo de criação, busca pelos registros e lançamento de Scraping the Barrel.
Esta é uma caixa bastante pesada até para o fã mais ardoroso do Gentle Giant, gigante e gentil quanto o nome Gentle Giant sugere, mas vale a pena por conta das inúmeras raridades que ela apresenta. Certamente, você não irá ouvir ela todo dia (até por que a soma total de todos os arquivos em áudio dá mais de doze horas de duração), mas para ter em sua coleção, mostrar aos netos e eventualmente, servir como pesquisa de boa música para seus ouvidos, e principalmente, conhecer a criatividade de uma das melhores bandas em todos os tempos.