Melhores de 2019: Por Fernando Bueno

Melhores de 2019: Por Fernando Bueno

No geral acho que o ano de 2019 foi mais fraco que o anterior. Obviamente essa é uma opinião pessoal como também não tenho a pretensão de que a lista abaixo seja definitiva e que todos estejam obrigados a concordar com ela. Ainda sobre a comparação entre 2018 e 2019 na minha coleção de discos eu tenho quase o dobro de discos do ano anterior se comparado com o ano que recém se acabou. Isso pode dizer alguma coisa, não? E, para dado de comparação, o número de lançamentos de 2018 na minha coleção é exatamente o mesmo em 2017. Mesmo assim se o ano como um todo não foi tão legal, listo aqui 10 discos que certamente marcarão 2019. e,para finalizar, posso dizer que ese foi o anos das belas capas e isso é o que o leitor vai ver nas escolhas que fiz.


Soen – Lotus

Acho que já podemos considerar o Soen como uma banda regular e não apenas mais como somente um projeto capitaneado por Martin Lopez que já tocou com Opeth e Amon Amarth. Para quem ainda não conhece a banda eles misturam o metal com progressivo mais ou menos como o Opeth e o Tool também o fazem, mas desde seu primeiro disco, esse já é o quarto, mostraram que seu senso de melodia é diferenciado fazendo com que logo nas primeiras audições o material se torne acessível aos ouvidos. Ainda tenho uma predileção para seu disco de estreia, mas é inegável que eles estão evoluindo demais. Só está faltando mais pessoas ouvirem os seus discos.


Rotting Christ – The Heretics

O Rotting Christ se tornou nesses últimos anos se não uma de minhas bandas favoritas, uma das que tenho mais ouvido. Gosto do peso quase percussivo das guitarras e baixo que é como uma pancada a cada ataque em suas cordas. Não sou um fã convencional da banda pois o que eles vêm produzindo nos últimos discos, mais ou menos desde o Theogonia é o que me agrada mais e não o black metal mais raiz dos primeiros discos.


Amon Amarth – Berseker

Outra banda que cresceu aos meus ouvidos mais recentemente. O que surpreende é que mesmo depois de mais de dez discos o tema viking ainda rende e não parece que vai chegar a cansar. Acredito que o Amon Amarth vai ser a banda headliner de festivais a partir dos próximos anos, substituindo aos poucos os medalhões que estão em fase de aposentadoria.


Flying Colors – Third Degree

Sabe aquele projeto que você acaba gostando mais do que a banda oficial de seus membros? O Flying Colors é quase isso. Eu ainda prefiro o Transatlantic da dupla Portnoy/Morse, mas é quase um pecado o Flying Colors não ser reconhecido pelo grande público. Seu terceiro disco é do mesmo nível dos outros dois e vale a pena todos ouvirem.


Opeth – In Cauda Venenum

O Opeth deixou e ser uma banda essencialmente de metal faz tempo. Sei que os fãs antigos ficam chateados com isso, mas a real é que ganhamos uma excelente banda de rock progressivo nesses últimos anos. Talvez a convivência com o Steven Wilson tenha sido fundamental. A aura setentista é evidente, mas o som é totalmente atual. Uma das principais bandas da atualidade.


Urn – Iron Will of Power

Conheci o Urn por conta da curiosidade que tive ao ver a capa polêmica do Soul Destroyers. a a blasfêmia quase infantil me fez não esperar nada do som, mas foi só começar e viciar. Até agora não ouvi nada que fosse definitivamente ruim da banda. Todos os discos tem seus melhores momentos, claro, mas a regularidade é enorme e não é diferente nesse Iron Will of Power. Para mim a banda faz parte de um grupo que poderia ser classificado como blackned thrash ou até mesmo um death metal mais divertido, o que alguns chamam de death n’ roll.


Idle Hands – Mana

O Youtube me recomendou o seu EP, Don’t Waste Your Time (2018), e acabei ouvindo no escuro. Gostei demais do que encontrei ali e acabei voltando para esse EP algumas vezes, até que no próprio Youtube apareceu a capa de Mana e só ali vi que era seu próximo lançamento. E por uma coincidência incrível sai aqui mesmo na Consultoriado Rock uma resenha do disco. Heavy metal melancólico, diferente do doom, mas menos gothic, fosse indicar para alguém seria dessa forma que faria.


Possessed – Revelations of Oblivion

Tenho receio dessas voltas de bandas clássicas. Muitas vezes as bandas arriscam seu legado em um disco ruim, feito de qualquer jeito sem a pegada que tinham na juventude. E não é que o disco veio excelente!!! Fico imaginando a banda gravando os seus clássicos, Seven Churches principalmente, atualmente com todas as facilidades de estúdio atuais. Bela volta, muito digna e da grandeza e importância do Possessed.


Candlemass – The Door to Doom

A cada disco do Candlemass que eu ouço e, são poucos os que ouvi e desgostei, eu percebo o quanto eu gosto da voz de Messiah Marcolin – isso não quer dizer que não gosto da voz dos outros tantos que passaram pelo line up dos suecos. Tanto que a banda precisou trazer um cara lá das antigas, Johan Langquist, para tentar ter o mesmo efeito. Porém o que manda são os climas que a banda consegue impor em seu som e, além de tudo, temos que lembrar que ninguém mais que Tony Iommi emprestou um pouco da sua genialidade para seus declarados fãs.


Flotsam & Jetsam – The End of Chaos

Confesso que nunca acompanhei o Flotsam & Jetsam fora aquele disco clássico com uma capa tosquíssima quando ainda tinha o baixista do Metallica em sua formação. Era assim que eu lembrava desse disco. O que me fez ouvir The End of Chaos foi justamente a capa que claramente é uma versão 2019 para a que foi feita em Doomsday for The Deceiver. Entretanto o som é bem menos thrash metal que o que encontrávamos lá na década de 80 e está muito mais para o que poderíamos chamar de metal tradicional moderno (se é que isso seja possível). E o que dizer de uma banda que tem em “Architects of Hate” a frase I need a metal show today, o que certamente expressa o desejo de todos os fãs.


Destaque do ano

King Diamond – Songs for the Dead LIVE

Sei que esse não é o primeiro disco ao vivo do Rei. Porém é o primeiro DVD que tem um show que dá gosto de ver. Como grande fã fiquei muito feliz em vê-lo no lançamento desse live recuperado, em forma e, melhor ainda, anunciando uma turnê em que se prepararia o lançamento de uma novo álbum. Sei que Abigail é o disco que mais marca os fãs da carreira solo de King Diamond e entendo que fazê-lo na integra é excelente, mas senti falta de outras músicas de seus outros discos, isso sem mencionar os álbuns pós-The Eye. E, como bônus, é anunciado que o Mercyful Fate irá se reunir para fazer um show no Wacken Open Air de 2020, justamente no ano que terei o prazer de estar presente. Tem como não ficar super feliz?

 

 

7 comentários sobre “Melhores de 2019: Por Fernando Bueno

    1. Foi tua a resenha do Idle Hands…vi depois que publiquei só. Se não tinha dado o crédito 😛

  1. Ainda vai ter mais listas?

    Eu tenho uma idéia legal.
    Que tal sortear 7 usuários.
    Cada um ganharia uma postagem indicando os 10 melhores álbum do ano.
    Aí vocês da consultoria diria nos comentários se gostou ou não da lista e etc…

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