Discografias Comentadas: Theatre of Tragedy
Por André Kaminski
A Noruega vivia o auge do black metal lá no ano de 1993. Bandas e discos do estilo pipocavam e influenciaram muitas bandas futuras. Também vindos deste mesmo background musical, o vocalista Raymond Rohonyi e os guitarristas Pål Bjåstad e Tommy Lindal queriam fazer uma banda em um estilo mais extremo que combinasse o death e o doom metal utilizando apenas vocais guturais. Convocaram o baterista Hein Frode Hansen e depois o baixista Eirik T. Saltrø. Então, tiveram a ideia de acrescentar alguns arranjos de piano e aí chamaram Lorentz Aspen para os pianos e teclados e gravaram algumas canções. Resolveram que em uma das músicas haveria um dueto entre os vocais guturais de Raymond e os vocais femininos de uma adolescente de 17 anos que eles conheciam e que cantava muito bem, uma loira chamada Liv Kristine. Ela inclusive namorava o vocalista. Gravaram a canção, a banda toda gostou dela e a convidaram para cantar permanentemente. Nascia o Theatre of Tragedy.
A banda não foi necessariamente a primeira a fundar o estilo gothic metal. Elementos sinfônicos já foram usados no Celtic Frost, certos arranjos típicos do estilo e os vocais “beauty and the beast” também foram usados em bandas anteriores. Porém, é certo afirmar que o Theatre of Tragedy foi a primeira banda a usar o estilo bela e a fera em um disco inteiro e ser parte de sua identidade, além de contar com os temas sentimentais de suas letras e a postura dark, sendo a banda pioneira em ditar as “regras” do que viria a ser o gothic metal. De fato, sua influência foi marcante em inspirar diversas bandas a adotarem vocais femininos na linha gothic/symphonic.
Integrantes juntos, hora de gravar o primeiro disco e falar do restante de sua discografia, como faremos a seguir.
Theatre of Tragedy [1995]
Aqui a banda já inicia demonstrando a que veio em uma de suas melhores e mais clássicas canções. Escrito grande parte em inglês antigo para dar aquela aurazinha de mistério e medievalidade, “A Hamlet for a Slothful Vassal” possui um riff marcante de guitarra e um piano ditando a melodia principal. E Liv Kristine, uma menina ainda, demonstra um até hoje delicado e doce vocal, uma coisa meio angelical mesmo, contrastando com o peso das guitarras e os guturais de Raymond. Porém, algo que possivelmente tenha sido falha da produção (feita pelo futuro renomado Dan Swano, mas que aqui ainda era um iniciante de 22 anos), a voz de Liv muitas vezes sai distorcida e mal compreendemos sua pronúncia. Seguindo por “Cheerful Dirge”, a banda dá uma diminuída na velocidade e os riffs são pesados e lentos, com a bateria soando bastante alta. Uma faixa tipicamente doom de um intenso diálogo entre Raymond e Liv. “To These Words I Behold No Tongue” é outra ótima canção, mais gótica, da qual o foco maior fica em Liv. A vocalista dá outro show na linda “Hollow-Hearted, Heart-Departed” em que ela até arrisca, e da qual ficou muito bom, alguns vocais líricos. Destaco a clássica “… A Distance There Is…” e a sua intro de chuva ao piano, iniciando como uma bela balada que divide depois momentos de tensão com o violoncelo, é mais uma canção para Kristine brilhar sozinha. Música que por sinal, foi composta por ela e pelo tecladista Lorentz Aspen. Segundo o guitarrista Tommy Lindal, foi gravada de última hora no estúdio. Também enfatizo a instrumental “Monotone” que finaliza um excelente álbum de uma banda em que todos os que trabalharam aqui eram jovens que não tinham nem 23 anos. Essa energia e frescor, além da capacidade de inovar, fizeram deste primeiro disco do Theatre of Tragedy um clássico pioneiro do gothic metal que influenciaria muitas bandas futuras.
Após o lançamento do primeiro disco, o guitarrista Pål Bjåstad deixa a banda e é substituído por Geir Flikkeid.
Velvet Darkness They Fear [1996]
Pouco mais de um ano depois, a banda já solta o seu segundo e a meu ver, seu melhor álbum. Basicamente é como se fosse uma continuação direta do álbum anterior, Velvet Darkness They Fear corrige as poucas falhas do anterior e ainda melhora o que já era bom. A produção foi a mais afetada, apresentando uma mixagem melhor dos vocais de Liv Kristine que agora soam mais nítidos. O disco inicia com uma pequena intro instrumental que é o título do disco “Velvet Darkness They Fear” e já emenda com “Fair & ‘Guiling Copesmate Death”. Uma coisa bacana é que o novo integrante Geir usa bastante aquele pequeno aparelho conhecido como E-Bow em sua guitarra, fazendo um som que lembra o de violino em várias canções. Seguindo com “Bring Forth Ye Shadow”, a canção se destaca com uma mistura perfeita entre a energia do gothic e o peso e melancolia do doom, sendo uma de minhas canções favoritas do grupo. Outra que gosto muito é a quinta canção “And When He Falleth” dessa vez com Raymond gravando suas vozes com um vocal mais “falado” e usando pouco gutural. Coisa que por sinal, eles fariam bastante nos discos seguintes. Gosto muito também da sexta música “Der Tanz der Schatten” gravada em alemão e que também se tornou uma música imprescindível nos shows. Após mais duas ótimas canções, destaco a música final “Black as the Devil Panteth” uma espécie de balada doom mais lenta.
No último dia de gravação deste disco com a banda na Alemanha, o guitarrista Tommy Lindal passa mal no estúdio e é levado ao hospital em 1996. Lá, verificam que ele sofreu um derrame. Ele deixa a banda. 1997 foi um ano conturbado para a banda. O relacionamento entre Liv Kristine e Raymond Rohonyi chega ao fim. Após a tour, Geir Flikkeid também cita diferenças musicais e pessoais e abandona o barco. Foram recrutados os guitarristas Tommy Olsson e Frank Claussen. De acordo com Lindal, a banda já passava por um processo de redirecionamento musical, visto que Rohonyi estava ouvindo muito Kraftwerk e Lacrimosa e Olsson gostava da sonoridade do rock gótico.
Os próprios membros mais antigos sentiram que estavam ficando sem ideias e deram toda a responsabilidade de composição ao novo guitarrista Olsson enquanto Rohonyi seguia com as letras em inglês antigo.
Aégis [1998]
Apesar de bem conhecidos no underground, o Theatre of Tragedy nunca foi lá uma banda grande, mas aqui eles finalmente conseguem entrar em um chart europeu entre os discos mais vendidos. Ficaram em quadragésimo lugar na Alemanha. As novas influências resultaram em uma sonoridade diferente neste disco, a começar pelos vocais de Raymond agora mais limpos e mais “falados” ao invés de cantados, o que já havia feito em uma faixa do disco anterior. Os teclados agora se focam em sonoridades e atmosferas mais eletrônicas, ao invés do foco no piano de antes. Isso já é percebido na abertura com “Cassandra”. Muito do doom de outrora também foi limado. A banda está mais leve e um tanto mais rápida. “Lorelei” comprova esta última frase. Na época, alguns fãs torceram o nariz, mas a verdade é que para uma grande maioria esse é o melhor disco da banda. Também gosto muito, mas ele fica no quarto lugar entre minhas preferências. Seguindo com o disco “Angelique” mostra uma bela sutileza entre a “nova” voz de Raymond e a sempre doce Liv cantando juntos. Ah, e agora há solos de guitarra. Mais boas canções aqui, por exemplo, são “Venus” e “Poppaea” que misturam o inglês antigo com o latim, criando um dueto que soa bastante interessante. Na primeira, Rohonyi até usa um pouco de seus velhos guturais. Bom disco, há outros que gosto mais, porém, entendo quem acha este o melhor da banda.
Logo após a tour do disco, por motivos que não encontrei nas minhas pesquisas internet afora, o guitarrista Tommy Olsson deixa a banda em 1999. O baixista Eirik T. Saltrø também saiu e não soube de seus motivos, embora eu acredite que possa ter relação ao novo direcionamento musical da banda. Sem buscar substitutos, a banda resolveu seguir para o quarto disco como um quinteto. Todavia, Aégis foi bem visto pelas gravadoras e críticas musicais e chamou a atenção da gigante do metal Nuclear Blast, do qual assinaram para os próximos dois álbuns.
Musique [2000]
Mais um choque sonoro para os fãs antigos da banda. O novo álbum conta com diversas passagens eletrônicas limando de vez o doom de outrora. O baixo é feito no sintetizador. A banda passa a fazer um gothic metal moderno e até mesmo abandona as suas letras em inglês antigo, cantando agora no inglês moderno. Particularmente, Musique é um disco mediano, mas que tem lá seus bons momentos. As primeiras cinco canções do álbum nada mais são que um gothic metal meio “mazomeno”, umas batidas eletrônicas que não acrescentam muito (mas também não atrapalham) e neste disco eu gosto mesmo da sexta faixa “Radio” que é industrial, tem um acento pop e até bem bacana perto das outras. Também gosto de “Crash/Concrete” que possui os riffs de guitarra mais pesados do disco todo. O restante até não acho ruim, mas são canções bem esquecíveis e sem algo para chamar de único. É um metal gótico misturado com eletrônico e industrial que não empolga.
Logo após o lançamento do disco, a banda necessitou de um segundo guitarrista e Vegard Thorsen foi contratado para assumir a segunda guitarra.
Assembly [2002]
Eu tenho um pouco de pena deste disco. Não, não o acho ruim. Pelo contrário, é o meu segundo favorito deles. Mesmo que tenha continuado na mesma pegada industrial/eletrônica do anterior, eu vejo que aqui as composições tem um potencial absurdo para soarem melhores, mas o famoso produtor Hiili Hiilesmaa que praticamente trabalhou com todas as grandes bandas de metal da Finlândia não extraiu da banda aquilo que poderia ser a porta de sucesso em que finalmente estourariam no cenário. Lançaram o disco na época certa, o clima era propício mas… não vingou. Os sintetizadores estão muito melhores e mesmo Liv canta de maneira diferenciada, por vezes soando mais agressiva, coisa que nunca havia feito desde então. “Episode” é uma música bem bacana, apesar de simples. Um exemplo de que poderiam ter trabalhado melhor nela. O single “Let You Down” também poderia ser melhor promovido, sendo esta um metal-pop que tocaria bastante nas rádios visto que na mesma época estourava o Evanescence. “Envision”, “Liquid Man” e “Motion” também são músicas que dentro deste estilo industrial que a banda havia se tornado, também me cativaram. Infelizmente o investimento gasto no álbum não deu retorno e eles saíram da Nuclear Blast, indo agora para a menor (mas ainda grande) AFM Records.
O ano de 2003 foi bem complicado para eles e a situação interna da banda deteriorou de vez, principalmente com Liv Kristine. De acordo com a banda, Liv não ajudava mais a compor e se afastava cada vez mais deles. Ainda segundo Liv, ela só soube que foi demitida quando sua mãe viu a notícia no site oficial da banda. Volto a falar mais de Liv na parte final do texto.
Pouco tempo depois, Nell Sigland que foi vocalista do The Crest é anunciada como nova integrante da banda. E esta formação é a que segue nestes dois álbuns finais.
Storm [2006]
Felizmente, largaram mão dos baixos sintetizados e contrataram um baixista de verdade para gravar o instrumento. Além disso, voltaram a uma sonoridade mais próxima ao Aegis. A nova vocalista Nell Sigland tem uma voz similar à de Liv Kristine, logo, não houve muito impacto na questão vocal. Porém, o retorno ao gothic metal foi muito bem visto pelos velhos fãs que o elogiaram bastante. A música de abertura “Storm” é a melhor de todas desta fase. Um teclado dando uma atmosfera dark mas ao mesmo tempo o ritmo da música segue de um jeito pop que a torna bastante assimilável. “Silence” segue na mesma pegada radiofônica. Raymond usa primariamente aquele estilo “falado” de vocal mas Nell equilibra muito bem cantando com doçura e gentileza. As músicas seguem um padrãozinho normal de intro-verso-refrão-verso-refrão em sua maioria mas nada que soe enjoativo. “Voices” é mais um exemplo de ótima canção em que Nell rouba para si a atenção com sua bela voz. “Exile” tem uma ótima linha de baixo e teclados que me lembram vagamente as atmosferas dos trabalhos mais recentes do Tristania. Finalizando, é um ótimo disco, agradável, bom de ouvir e embora não seja como os primeiros, o trabalho ficou de muito bom gosto.
Forever is the World [2009]
Apesar da banda meio que seguir a linha anterior de retorno ao gothic metal (ainda modernizado), com vocais guturais e tudo mais, este disco cai naquela velha discussão de um detalhe que aconteceu muito principalmente nos anos 2000: a chamada loudness war. Infelizmente, sim, este disco foi produzido bem a esses moldes. E isso prejudicou muito as composições, principalmente as guitarras que soam até pesadas, mas com pouca definição. O disco soa por demais cansativo, enjoativo, sem empolgar. Só duas músicas aqui ainda ficaram boas muito mais pelas suas qualidades de composição do que sua produção: o single “Frozen” é a melhor faixa do disco, sendo uma balada tristonha e bem feita e “Illusions” também outra balada bonita remetendo as bons tempos de Aégis. É um trabalho final aquém do que a banda já fez e aparenta mesmo que eles não tinham mais muito a oferecer. Com certa dor, foi mesmo melhor terem parado e seguirem com suas vidas.
A banda anunciou sua despedida em 2010 com uma tour final (que incluiu o Brasil) e um dvd do último show, gravado na sua querida Noruega.
Dos membros que terminaram no lineup final da banda, quase todos abandonaram o mundo da música e seguem em empregos normais na vida. O Theatre of Tragedy nunca deu lá muito retorno, então eles estão longe de serem rockstars ricos. Também são um pouco avessos à internet, não encontrei muita coisa sobre o que andaram fazendo. O que achei dividirei aqui.
O baterista Heim Frode Hansen tentou emplacar um projeto com o marido de Nell Sigland (que também era do The Crest) chamado The Black Locust Project, que só gerou uma demo e não deu em mais nada. Pelo que vi, ele se tornou um pedagogo.
O tecladista Lorentz Aspen e o guitarrista Frank Claussen vivem vidas comuns na Noruega, assim como Nell Sigland que fez apenas algumas pequenas participações vocais em alguns discos de heavy metal e vivem todos na mesma cidade. Inclusive, falam que se visitam de vez em quando.
O outro guitarrista Vegard Thorsen chegou a integrar a banda Kal-El como baixista, saiu em 2013 e agora trabalha como mergulhador.
Raymond Rohonyi teve um destino curioso: assim como o guitarrista Tommy Lindal, ele simplesmente veio morar no Brasil e passou uns bons anos por aqui, se relacionando com uma brasileira e morando em Goiás. Inclusive, achei uma postagem bizarra dele no facebook xingando a dupla sertaneja de Goiânia Luiz Henrique e Montenegro. Depois de um tempo aqui, ele retornou a Noruega e recentemente tem feito participações especiais nos shows de Liv Kristine, cantando músicas do Theatre of Tragedy.
Dos velhos integrantes, Tommy Olsson toca em uma banda de rock gótico chamada Long Night. Recentemente, ele encontrou umas gravações antigas de uma composição de seus tempos de Theatre of Tragedy e enviou à Liv Kristine para ela cantar que a gravou como um single de sua carreira solo.
Tommy Lindal como já mencionado, saiu da banda devido a um derrame. Segundo ele conta, seu pai conheceu uma brasileira que morava em Natal, no Rio Grande do Norte, e passou a morar no Brasil. Ele veio um dia visitar o seu pai, conheceu uma moça também e resolveu morar no Brasil. Ele ficou vários anos aqui produzindo com a banda brasileira Ravenland. Como ele disse, ele recebe uma aposentadoria por invalidez do governo da Noruega pelas sequelas da doença. Em 2012, ele postou um relato dizendo que se aposentava da guitarra porque o derrame havia o impedido de tocar decentemente. Ele morou por aqui até o final do ano passado e então resolveu retornar à Noruega.
Por fim, temos Liv Kristine. O caso dela foi bem complicado. Após ser demitida do Theatre of Tragedy, ela um mês depois resolveu montar a banda Leaves’ Eyes com o então marido Alexander Krull da banda Atrocity e toda a formação da banda dele. Ela lançou seis discos com a banda num estilo mais symphonic metal com temática viking. Porém, em janeiro de 2016, ela se separa de Alexander Krull, embora ainda continuassem na mesma banda. Só quem em abril do mesmo ano, Krull e todos os caras da banda simplesmente escreveram um documento dizendo que ela não é mais parte do Leaves’ Eyes e que estaria sendo demitida. Da própria banda. De novo! Aparentemente, é difícil trabalhar com a loira. Os caras contrataram outra vocalista e Krull segue com ambos Atrocity e Leaves’ Eyes. Já Liv foi convidada pela irmã mais nova a integrar o Midnattsol, e segue lá cantando junto à ela, além de fazer shows solo e alguns projetos paralelos tal como o The Sirens.
Show demais a disco do Theatre of Tragedy comentada.
Obrigado pela consideração, Tiago. Abraços e bem vindo ao nosso site!
Excelente texto avaliando cada álbum em sequência cronológica, mencionando as mudanças entre cada trabalho da banda, os detalhes sonoros etc. Na minha adolescência, costumava amar Theatre of Tragedy, baixava toda a discografia num site russo 😂 (que inclusive era muito bom, queria lembrar o nome).
Achei seu artigo por acaso ao procurar algum texto sobre a música “exile”. Hoje a ouvi e fiquei interessado pela letra, aí queria ver alguma crítica bem escrita que reconhecesse os elementos artísticos, referências… e que tivesse citações de teorias de filósofos ou sociólogos. Costumo ler críticas assim sobre videoclipes e músicas pop, filmes tbm (filmes são os que têm mais esse tipo de análise). Infelizmente, Exile já é uma canção antiga e o Theatre of Tragedy não é tão POP-ular (se bem que tem uma música ainda com Liv Kristinr que sempre achei a cara da Madonna 😅) a ponto de ter tanto material analisando sua obra. Imagino que esse tipo de texto ao qual me refiro talvez não seja tão comum na área do metal. Mas, se souber de algum texto sobre a música Exile, me avisa, please?
Parabéns pelo texto escrito com dedicação e um abraço.
Obs: Quando li essa parte do texto, achei que o baterista tinha um marido e, juntos, haviam tentado um projeto. 😅 Mas, logo em seguida, vi q era ao marido da vocalista Nell que vc se referia:
“O baterista Heim Frode Hansen tentou emplacar um projeto com o marido (que também era do The Crest) de Nell Sigland chamado The Black Locust Pro (…)”.
Opa, valeu pela consideração cara!
É uma música muito específica mesmo, eu mesmo jamais imaginei que pudesse haver tanta coisa por trás dela. Até vou dar uma conferida de novo da letra para rever.
Sobre a frase que citou, de fato, ficou muito esquisita. Vou mudar o entre parênteses de lugar para desfazer essa impressão.
Abraços!
Tenho que discordar da grande maioria quanto ao último álbum lançado (Forever is the world) ser um dos mais “fracos”, ao meu ver foi um dos melhores. Obviamente que está longe de ser algo parecido com a obra prima que foi o Aégis e outros mais. Porém, o ponto é que nem tudo precisa ser parecido a algo que fez sucesso pra ser considerado bom. O álbum traz uma essência bem diferente e agradável a quem gosta do estilo musical mais “melancólico” (não estou aqui para me aprofundar no assunto, é apenas um comentário sintético e crítico).
As músicas do disco estão muito longe de ter em sua composições, conforme o autor do artigo: “um padrãozinho normal de intro-verso-refrão-verso-refrão”. Certamente não ouviu o álbum. Em suas partes, é possível identificar nas músicas diversas pontes e tantas outras variações feitas pelo instrumental. Enfim, uma obra prima, viajo neste álbum 🙂