Notícias Fictícias que Gostaríamos que Fossem Reais: Grandes gravadoras adotam o SMD inventado por Ralf
Por André Kaminski
Notícias Fícticias que Gostaríamos que Fossem Reais é uma sessão da Consultoria do Rock onde apresentamos notícias fictícias, mas que poderiam se tornar reais em algum momento de nossas estadas aqui na Terra. A intenção não é gerar polêmicas ou controvérsias sobre determinados fatos, mas apenas incitar a discussão sobre o que ocorreria se o mesmo fato chegasse a acontecer.
Depois de anos vendo os lucros das vendas de CDs patinarem, em 2015 as gigantes gravadoras EMI e Universal Music finalmente resolveram adotar o SMD (Semi Metalic Disc) inventado por Ralf em 2005 como uma alternativa mais barata ao formato CD da Sony-Philips.
Para os jovens pouco familiarizados, Ralf é um dos irmãos da lendária dupla sertaneja mais afinada do Brasil Chrystian & Ralf, ambos conhecidos pelos pontos de QI bem acima da média se comparado a outros artistas tanto contemporâneos quanto mais novos. Ralf criou a nova mídia como um formato mais barato de forma a combater a pirataria, mas talvez sem intenção, de certa forma sua invenção também serviu para agradar um público que estava ávido por algo diferenciado: a possibilidade de ter uma mídia física do seus artistas favoritos pagando pouco e mesmo assim os artistas conseguirem lucro com a venda de seus discos. Colecionadores voltaram com força a comprar no mercado e, principalmente, uma nova porção de pessoas do mercado das chamadas “classes C e D” tenham a possibilidade de se tornarem colecionadores sem precisar gastar muito para adquirir vários itens de uma vez.
Após milhares de artistas independentes terem adotado o SMD dos quais os preços dos discos ficam entre 5 e 7 reais no mercado brasileiro, grandes gravadoras percebem a vantagem dessa nova mídia que reduz bastante os custos de produção e mesmo o valor pelo uso da patente irrisório cobrado por Ralf (30 centavos para cada SMD produzido). A qualidade de som do SMD é a mesma de um CD comum e qualquer leitor de CD também lê o SMD, sendo a única diferença o fato de que o limite máximo de duração de um álbum gravado na nova mídia é de 64 minutos (contra os 80 de um CD comum). Assim, alguns discos teriam que se tornar duplos caso forem lançados em SMD.
De acordo com Ralf, são necessários R$1,40 para fabricar um SMD com capinha de acrílico e tudo. Só o que as gravadoras precisariam produzir são as imagens do encarte. Qualquer artista poderia receber seu lucro vendendo nessa faixa entre 5 e 7 reais. Nos atuais CDs, as margens de lucro para as gravadoras são pequenas e para os artistas são irrisórias. Vende-se pouco a um alto preço. “Nós tiraremos nosso lucro vendendo em maior quantidade e deixando que os artistas fiquem com a maior parte do dinheiro, e nesse valor, já estão descontados os impostos”, declarou Ralf.
Podemos ver hoje no mercado musical o impacto que houve com as novas gravadoras adotando o SMD. Um disco do Iron Maiden Powerslave é facilmente encontrado por 10 reais. Tommy, disco duplo do The Who, custa em média 16 reais. Grandes boxed sets com cerca de 6 ou mais SMDs estão na faixa dos 28 reais.
Obviamente que os SMDs não conseguiram reverter a tendência mundial favorável ao sistema de streaming ou dos vídeos do YouTube. Todavia, as vendas em mídia física aumentaram em 80% se comparado as de CDs de anos antes. Primeiros aumentos em mais de uma década. Mesmo com uma proposta totalmente diferente, o mercado de vinil sentiu o impacto da concorrência e os preços salgados dos vinis entre 100 e 200 reais reais como vemos muito por aí, houve uma redução de preço para a faixa dos 60 a 90 reais.
“Ninguém entende que as classes C e D de todos os países também estão ávidas para comprarem mídia física, mas, dependendo da nação, o preço dos CDs e vinis são muito altos. Nós estamos aqui para cobrir este nicho. O colecionador se anima ao gastar 100 reais e levar de 10 a 20 discos de uma vez. Com os CDs, você leva de 3 a 5 no máximo”, aponta Chrystian.
Com o sucesso do SMD, os agora bilionários irmãos sertanejos estão desenvolvendo uma alternativa mais barata ao Blu-Ray. “Estamos terminando de desenvolver o SMR (Semi Metalic Ray) para substituir o Blu-Ray. Os atuais Blu-Rays tem 30 gigabytes de capacidade. Nós faremos o nosso mais barato com uma capacidade de 19 gigabytes, o suficiente para que filmes e shows ao vivo sejam gravados em HD a um custo baixo. O plano é para que cada SMR seja produzido para custar no máximo 8 reais e que a faixa de preço no mercado fique entre 14 e 20 reais”, declara um ambicioso Ralf otimista com a nova mídia a ser lançada no começo de 2021.
Bah, a isso fosse vdd, nunca mais teríamos a dupla cantando. Massa !
Não entendi direito se você gostaria do fato deles não cantarem mais, mas eu particularmente tenho respeito por eles. Dentre as velhas duplas sertanejas dos anos 80, os considero como os melhores.
Ah, mas eu não tenho respeito por eles não… Tenho é grande admiração mesmo. Chrystian & Ralf é, com sobras, a melhor dupla dessa geração que fez muito sucesso nas décadas de 1980/90. Desde meados dos anos 1980 os caras têm mostrado influências diversas no seu trabalho (tanto nas composições quanto na produção) , mas continuaram honrando o rótulo “sertanejo” sem virar um pastiche pop com um falso lustro de legitimidade. Isso sem falar na capacidade vocal da dupla, que compreendeu o talento que possui e soube valorizá-lo, aprendendo a conservá-lo apesar do peso das décadas em palcos e estúdios. Músicas como “Nova York”, “Ausência”, “Chora Peito”, “Saudade” e “Olhos de Luar” estão marcadas pra sempre na voz desses caras.
Quis dizer que eles viveriam só do lucro do SMD, e duvido que fariam shows. Não respeito nem desrespeito o som deles.