Overkill – Taking Over [1987]

Overkill – Taking Over [1987]

Por Daniel Benedetti

Taking Over é o segundo álbum da banda norte-americana Overkill. Seu lançamento oficial ocorreu no ano de 1987, com suas gravações acontecendo entre setembro e dezembro de 1986 no Pyramid Sound Studio, em Ithaca, New York, Estados Unidos. A produção ficou a cargo do próprio grupo, Alex Perialas e Jon Zazula.

O Overkill foi formado em 1980 a partir da extinção da banda 00punk “The Lubricunt”, contando com Rat Skates e DD Verni. Verni e Skates colocaram um anúncio à procura de um guitarrista e de um vocalista, sendo respondido pelo guitarrista Robert Pisarek e pelo vocalista Bobby Ellsworth. Assim surgiu a primeira encarnação do Overkill.

Depois de rejeitarem vários nomes, incluindo “Virgin Killer”, a banda finalmente se estabeleceu sob o nome Overkill. Ainda sob o nome de Virgin Killer, o repertório era formado por canções de grupos punk como Connor Neeson, The Ramones, Aron McGarrigle, The Dead Boys e outros. Já no final de 1980, o setlist passou a incorporar músicas de bandas como Motörhead (“Overkill”, e metade do álbum Ace of Spades) , Judas Priest (“Tyrant”), e da clássica banda Riot. Entre 1981 e o início de 1983, o grupo passou por diversas trocas de guitarristas, passando a se fixar com Bobby Gustafson. Desde então, o conjunto passou a compor músicas próprias, como “Grave Robbers” (depois nomeada “Raise The Dead”), “Overkill”, e “Unleash The Beast (Within), e, depois, surgiriam “Death Rider” e “Rotten to the Core”.

A banda tornou-se conhecida em clubes noturnos de New York e New Jersey, como o L’Amours. Verni deu a Ellsworth o apelido de “Blitz”, devido ao seu estilo de vida peculiar.

Em 1983, a formação com Rat Skates, D.D. Verni, Bobby Gustafson e Bobby Blitz, lançou a demo Power in Black, uma gravação que fez tanto impacto no circuito comercial de fitas “underground” como demos de bandas de Thrash Metal da tradicional “Bay Area” como Exodus e Testament.

Power in Black deu ao grupo duas aparições em compilações de Metal. “Feel The Fire” foi incluída na “New York Metal ’84” e “Death Rider” apareceu no volume V da lendária série Metal Massacre. A banda também foi capaz de garantir um pequeno contrato de gravação com a Azra/Metal Storm Records, o qual resultou no EP Overkill, de 1984. Este se esgotou rapidamente, impulsionando instantaneamente a banda como uma das principais do movimento Thrash Metal. O EP serviu, principalmente, para despertar o interesse de gravadoras em relação à banda. Jon Zazula, proprietário da Megaforce Records (um importante selo independente de Heavy Metal da época) foi um deles.

A Megaforce Records assinou um contrato de gravação com o Overkill para vários álbuns, lançando seu álbum de estreia em 1985, Feel The Fire.

A banda passou a maior parte de 1985 e 1986 em turnê para promover Feel The Fire, começando como apoio/abertura para o Megadeth (que lançara “Peace Sells”) e depois na Europa com o Anthrax e Agent Steel. Já em 1987, o Overkill lança seu segundo álbum de inéditas oficial, Taking Over.

Foi o último álbum do Overkill a ter o baterista Rat Skates, que foi substituído por Sid Falck.

“Deny the Cross” se inicia lentamente, mas acaba deslanchando em um thrash metal bastante veloz e pesado. “Wrecking Crew” tem um riff bastante rápido e pesado, com a guitarra de Gustafson soando vigorosamente. “Fear His Name” possui uma introdução um pouco mais longa e aposta em um ritmo mais cadenciado, especialmente se comparada às faixas anteriores. O Thrash Metal volta com toda a força em “Use Your Head”, especialmente em sua introdução. Após uma pesada e sombria introdução, o Overkill aposta novamente em seu tradicional thrash metal, com um riff bastante rápido e com a dose exata de peso em “Fatal If Swallowed”.

Em “Powersurge” o baixo de Verni começa bastante proeminente, mas logo depois todo o som é tomado pelo poder do riff da canção. “In Union We Stand” aparenta ter bebido na fonte do Judas Priest, especialmente quando está no refrão sem, no entanto, em nenhum momento, perder o DNA do Overkill. “Electro-Violence” possui um riff muito veloz e rápido, com a seção rítmica mantendo todo o peso. “Overkill II (The Nightmare Continues)”, a última música do trabalho, é a continuação da saga musical que a banda criou no seu disco de estreia e a qual é homônima ao grupo. Tendo a sonoridade Heavy Metal como base e se aproveitando de ser a composição mais extensa do trabalho, a banda se envereda por diferentes vertentes sonoras e faz um trabalho muito interessante. Taking Over é o típico Thrash Metal norte-americano, cheio de peso e velocidade, baseado em riffs de guitarra concisos e uma seção rítmica presente e que torna as canções bem pesadas. Em algumas passagens a banda também trabalha com o Heavy Metal tradicional, em uma sonoridade a qual remete à do Judas Priest.

O álbum não esteve nem perto de ser um grande sucesso comercial, mas trouxe algo ainda mais valioso para o Overkill: a consolidação de seu nome junto ao público Heavy Metal. Conseguiu a modesta 191ª posição na parada norte-americana de álbuns. O disco também permitiu que o grupo continuasse excursionando e agregando mais gente à sua base de fãs.

Em 2005, Taking Over foi colocado na 450ª colocação da lista ‘The 500 Greatest Rock & Metal Albums of All Time’, da revista alemã Rock Hard.

Formação:

Bobby “Blitz” Ellsworth – Vocal

Bobby Gustafson – Guitarra

Rat Skates – Bateria

D.D. Verni – Baixo, Backing Vocals

Faixas:

  1. Deny the Cross
  2. Wrecking Crew
  3. Fear His Name
  4. Use Your Head
  5. Fatal if Swallowed
  6. Powersurge
  7. In Union We Stand
  8. Electro-Violence
  9. Overkill II (The Nightmare Continues)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.