Notícias da Semana {27 de Novembro a 3 de Dezembro}
Pitty e Nando Reis lançam o EP As Suas, As Minhas e As Nossas
Em turnê pelo Brasil desde agosto, o projeto PittyNando cresceu. As apresentações ao vivo foram tão emocionantes, tanto para o público como para os artistas, que Pitty e Nando Reis decidiram gravar 5 músicas em estúdio. O EP As Suas, As Minhas e As Nossas (Deck) chegou aos aplicativos de música na últimaquinta-feira (1/12) e, para marcar o lançamento, eles se apresentam no Vibra São Paulo hoje, 3 de dezembro. A data se torna ainda mais especial porque será feito o registro audiovisual do show para edição de álbum ao vivo e DVD em 2023.
O repertório do EP, assim como o do show, traz versões completamente novas de sucessos que foram revisitados, ganhando arranjos bem diferentes dos originais a partir de uma pesquisa minuciosa. “Primeiro fiz um setlist gigantesco com todas as minhas músicas e as do Nando. Depois fomos observando quais eram as músicas que combinavam mais e que as pessoas gostariam de ver a gente cantando junto e, principalmente, que músicas se mesclavam umas às outras de forma orgânica. Então o público vai ouvir no EP, assim como no show, canções que são conhecidas, mas de uma forma que nunca escutaram antes” – conta Pitty, que assina a produção do EP em parceria com Paulo Kishimoto.
“Esse projeto é uma alegria intensa que irradia do palco e agora das músicas gravadas nesse EP. Ficamos muito felizes em poder registrar algumas das canções tocadas na turnê e a inédita ‘PittyNando’, que além de ser nossa primeira parceria, traduz bem o espírito, que não é nem Pitty nem Nando e sim a junção de nossos trabalhos e de nossa forma de fazer música” – comenta Nando Reis. Além da parceria “PittyNando” (Pitty/ Nando Reis), composta durante a turnê, “Os Cegos do Castelo” (Nando Reis), “Temporal” (Pitty), “Luz dos Olhos” (Nando Reis) e “Na Sua Estante” (Pitty) são as canções que compõe o EP. Pitty e Nando são acompanhados pela banda formada por Martin Mendonça (guitarra), Daniel Weksler (bateria), Paulo Kishimoto (lap steel e percussão), Felipe Cambraia (baixo) e Alex Veley (teclados).
Serviço
Show: Pitty e Nando Reis – Lançamento do EP As Suas, As Minhas e As Nossas
Data: 3 de dezembro (sábado)
Horário: 22h
Local: Vibra São Paulo
Endereço: Av. das Nações Unidas, 17955 – Vila Almeida – São Paulo/SP
Ingressos: A partir de R$ 60
Compra de ingressos
Classificação: Livre (menores de 16 anos acompanhados de pais ou responsáveis)
Ficha técnica
Criação: Pitty e Nando Reis
Direção geral e artística: Pitty
Direção musical: Pitty e Paulo Kishimoto
Direção de arte: Tito Sabatini
Videos: Fabrizio Martinelli e Otavio Sousa
Realização: Setevidas, Relicário e Elemess
Michale Graves celebra sua fase no The Misfits em único show em São Paulo
Michale Graves, ex-vocalista da icônica banda americana de Horror Punk/Metal, The Misfits, voltará a América do Sul agora com sua turnê “American Monster II”, apresentando na íntegra os dois álbuns que gravou com a banda, os fabulosos American Psycho (1997) e Famous Monsters (1999), ambos considerados por uma grande parcela dos fãs como os melhores e mais pesados trabalhos lançados pela lendária banda. No Brasil, com produção da Dark Dimensions, teremos dessa vez uma única apresentação em São Paulo, hoje, 3 de dezembro, no Carioca Club Pinheiros, onde o cantor e sua banda prometem um show ainda mais visceral e cheio de energia para superar com louvor a primeira parte da turnê realizada em 2019. A banda de Groove Metal paulistana Furia Inc. será a responsável por aquecer o público na abertura do evento.
Faixas aclamadíssimas e queridas pelos fãs como, por exemplo, “American Psycho”, “Speak Of The Devil”, “Walk Among Us”, o hino “Dig Up Her Bones”, “Blacklight”, “Don’t Open ‘Til Doomsday”, “Hell Night”, “The Forbidden Zone”, a apoteótica “Scream”, “Saturday Night Live”, “Die Monster Die”, “Living Hell”, “Descending Angel”, “Fiend Club” e “Helena” são só alguns dos grandes clássicos, cantados em uníssono pelos fãs nos shows, que farão – mais uma vez – a alegria de todos presentes.
Michale Graves esteve à frente do The Misfits entre os anos de 1995 e 2000, período em que gravou os dois álbuns citados, incluindo também um álbum ao vivo e uma coletânea de raridades, recebendo muitos elogios da crítica e fãs da banda, e mesmo depois de mais de 20 anos após sua saída, são sempre comentados e lembrados com muita paixão e saudade. Mais uma vez, a capital paulista vai tremer e os coros de “ôôôôô” serão ouvidos por quarteirões! Os ingressos online já estão à venda no site Clube do Ingresso. Michale Graves manda recado aos fãs brasileiros. Confira “Dig Up Her Bones” ao vivo em São Paulo na primeira parte da turnê em 2019.
SERVIÇO: Michale Graves em São Paulo
Data: 03 de dezembro (Sábado)
Local: Carioca Club Pinheiros
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 – Pinheiros (próximo ao Metrô Faria Lima)
Produção: Dark Dimensions
Assessoria de Imprensa: JZ Press
Banda de abertura: Furia Inc.
Abertura da casa: 17h
Início do show Furia Inc.: 17h40
Início do show Michale Graves: 19h
Classificação etária: 16 anos (Entre 14 e 16 anos, somente acompanhado por pai ou mãe munidos de documentos)
Estacionamento: nas imediações (sem convênio)
Estrutura: ar condicionado, acesso para deficientes, área para fumantes e enfermaria
Créditos das fotos: Divulgação
Flyers e artes por João Duarte (@jduarte_design)
Release por JZ Press
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Veteranos do The Exploited se apresentam neste sábado (3) em São Paulo
A lendária e incansável banda punk escocesa The Exploited volta ao Brasil para apresentação única na capital paulista hoje, dia 3 de dezembro, no Hangar 110. Agrotóxico, Delinquentes e Dischava são as bandas nacionais que farão a abertura do evento. Últimos ingressos de pista à venda – mezanino já está esgotado.
O The Exploited foi fundado pelo vocalista Wattie em 1979 na cidade de Edimburgo, na Escócia. A raiz da sonoridade da banda está no street-punk do fim da década de 70 e também no que posteriormente seria chamado de movimento Oi! Dos primórdios aos dias atuais, o The Exploited é aclamado pelo punk agressivo, repleto de riffs e batidas ríspidas, às vezes flertando com o hardcore e o metal, com letras politizadas. Nas mensagens, eles brandam contra a mediocridade humana, violência da polícia e corrupção, além de ter músicas contra guerras.
São oito disco lançados, como os clássicos Let’s Start a War, Death Before Dishonour e The Massacre, além de EPs, splits e participações em coletâneas, como na mundialmente reverenciada Oi! The Album, de 1980, feita pelo músico e jornalista Garry Bushell e lançada pela gravadora EMI Records. Além de Wattie, atualmente o The Exploited é Wullie Buchan (bateria, irmão do vocalista), Irish Rob e Stivie (baixo) The Bastard (guitarra).
Bandas de abertura
O Agrotóxico é uma das mais ativas formações punk de todos os tempos no Brasil, que nasceu em São Paulo e está na ativa desde 1993. A banda tem seis álbuns, cujos registros abordam sobre anarquismo, ações DIY e contra o fascismo, violência do terceiro mundo, problemas ecológicos, entre outros temas. Toda essa fúria é redobrada em energia nas apresentações ao vivo.
A Delinquentes, igualmente experiente no movimento punk, é do Pará e está há mais de três décadas constantemente em festivais e turnês pelo país, levando seu hardcore crossover para as massas. A banda faz um som agressivo, flertando até mesmo com o thrash metal, para denunciar as injustiças e mazelas hipócritas que o mundo conservador e desumano descarrega dia a dia. O evento ainda terá a participação do Dischava e seu autêntico rock de rua, que fez sua estreia recentemente e está prestes a lançar o single de estreia, Cidadão de Bem (Nós odiamos você…).
Serviço
Agencia Sobcontrole Apresenta The Exploited
Única Apresentação no Estado de São Paulo!
Data: sábado, 3 de dezembro de 2022
Local: Hangar110
Endereço: Rua Rodolfo Miranda,110 – Estação Armênia do Metro
Hora: 19h (Abertura casa) | Shows: 19h30
Setores/Valores*:
Pista: R$120 (meia, 2º lote) | R$240 (inteira, 2º lote)
*para não estudantes. Doe um quilo de alimento na entrada da casa no dia do evento e pague meia entrada.
Ingresso online (com taxa de serviço)
Ingresso físico, sem taxa de serviço: Hangar110
Renan Lourenço: reveja participação no programa Backstage do dia 12 de outubro
O guitarrista, RENAN LOURENÇO, participou de um bate-papo para o programa, Backstage do Canal A no Youtube, no feriado do dia 12 de outubro. A entrevista foi ao ar às 20h30 e pode ser conferido na íntegra pelo link. Em paralelo, o artista foi confirmado como uma das atrações do Live The Festival Rock, que será realizado no dia 18 de novembro em Londrina/PR. O festival contará com apresentações das bandas, Laranja Mecânica, Senhor Bonifácio e AC/DC Cover Bon Scott Brasil. Também a apresentação dos solos de Paulo Lima e Renan Lourenço. O evento trará a atração internacional, Richie Ramone (ex Ramones) e banda. Os lucros do festival (50%) serão destinados às instituições (ONG VIVER e SOS ANIMAL).
Após mais de 1 ano de seu lançamento, Inception, debut álbum do guitarrista, RENAN LOURENÇO, continua recebendo elogios em resenhas nos mais diversos cantos do país. Desta vez, o colunista, Harley Caires, do site Underground Extremo, destacou a performance do artista em seu trabalho de estreia. “Criar um trabalho que se deixa ouvir não só por estudantes de conservatório, mas sim por todos que tem bom gosto, isso é talento, técnica característica que encontramos em músicos de verdade como é o caso dos que estão envolvidos aqui em ‘Inception’”, destacou o redator.
O álbum foi lançado pela Alternative Music Records e conta com a participação de Edu Ardanuy (Solo, Dr. Sin, Sinistra) na guitarra e Derek Sherinian (Sons of Apollo, Dream Theater, Yngwie Malmsteen, Black Country Communion) nos teclados.
Hypocrisy e Samael: Confira todas as informações do show em São Paulo em dezembro
Os gigantes europeus do metal extremo, Hypocrisy e Samael, realizam em dezembro uma breve turnê como co-headliners pela América Latina, que terá como data final uma apresentação única no Brasil, na Audio, em São Paulo, no dia 11 de dezembro (domingo). Lenda sueca do death metal, o Hypocrisy retorna ao país após oito anos, agora divulgando o aclamado novo álbum Worship, lançado pela Nuclear Blast e no mercado brasileiro pela Shinigami Records, e que obteve excelente retorno de público e crítica. No repertório, grandes clássicos de mais de trinta anos de carreira e algumas faixas mais recentes.
O Samael, por sua vez, visita o Brasil depois de uma década, trazendo para os fãs um repertório especial, no qual executam na íntegra um de seus mais importantes registros: Passage (1996). O álbum até hoje é considerado por grande parcela dos fãs como o melhor trabalho da longa carreira do grupo suiço formado em 1987. A banda também promete tocar faixas de outros álbuns.
Ingressos
Os ingressos estão disponíveis pela plataforma Ticket360 e nos pontos de venda autorizados, por valores a partir de 175 reais. Todos os setores têm ingressos disponíveis na modalidade solidária, na qual qualquer pessoa pode adquirir doando 2 kg de alimentos não perecíveis para a campanha #corridacontrafome, iniciativa que une a paixão pela música com a caridade e a conscientização com a coleta de doações. Na compra feita pela plataforma online da Ticket 360, é possível parcelar o valor do ingresso em até 12 vezes, assim como adquirir um ticket antecipado de estacionamento, garantindo uma vaga com preço especial. Esta oportunidade única de conferir dois expoentes em ação é uma realização conjunta da Honorsounds em parceria com a Till Dawn They Count Brazil.
Hypocrisy
Ícones do death metal melódico, estilo que foram desenvolvendo no decorrer da década de 1990 e aprimorando nos seguintes, o Hypocrisy é uma referência do metal extremo que comprova a cada disco sua relevância. O grupo traz ao Brasil a turnê de Worship, o 13º álbum da carreira, lançado oito anos após End of Disclosure (2013). A espera dos fãs foi longa mas totalmente compensada com um disco sólido, com muita agressividade e melodia, da mesma maneira que a banda vem entregando há décadas, porém, ao mesmo tempo, elevando o nível musical e de composição a um novo patamar ainda mais extremo. A recepção do público e da imprensa especializada comprovam o grande sucesso deste que é um dos grandes álbuns da carreira do grupo sueco.
Samael
Oriundo da segunda metade dos anos 1980, o Samael iniciou sua jornada como um grupo de black metal, que com o tempo foi incorporando cada vez mais elementos eletrônicos e industriais, que criaram obras atemporais dentro de sua discografia. Em mais de três décadas de estrada, são mais de 100 músicas lançadas e cerca de mil apresentações ao redor do planeta. Neste tempo, colocaram no mercado álbuns importantes como o disco de estreia Worship Him (91), um dos precursores do symphonic black metal Ceremony of Opposites (94) e o industrial Passage (96). São onze discos de estúdio, sendo o mais recente Hegemony (2017). Todavia, o Samael não parou neste tempo, realizando shows de grandes sucessos em diversos países. Esta será a segunda vinda do grupo suiço ao Brasil, agora com a Passage 25th Anniversary Tour.
SERVIÇO
Data: 11 de dezembro 2022 (domingo)
Show principal: Samael, Hypocrisy
Local: Audio
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca – SP
Abertura da casa: 17h
Classificação: 18 anos (menores acompanhados dos pais ou responsável)
Capacidade da casa: 3.000 pax
Acesso para deficientes: sim
Área PNE: sim
Local para alimentação: sim
Wifi: sim
Funcionamento bilheteria Audio: Segunda a sábado das 13h às 20h (exceto feriados) – sem taxa
Clipe feito com imagens produzidas por inteligência artificial
No segundo single do álbum O Que Acontece no Escuro, Lã (nome artístico de Guilherme Rech, também guitarrista da banda Amigo Imaginário) apresenta o retrato de uma mulher no fim de sua vida – a história é ilustrada por sobreposição de imagens produzidas por inteligência artificial. Musicalmente, “Um Raio” é apoiado num emaranhado de guitarras, inspirado em bandas como Real Estate e Television, e em detalhes de percussão e sintetizadores. A letra, que fala a respeito da iminência da morte e do saldo da vida, é contraposta por um arranjo pop e leve – dando a iluminação inesperada de um raio sobre a história.
Composta, gravada e produzida por Lã, a faixa é apresentada num clipe realizado com um colaborador inusitado: o programa de inteligência artificial Midjourney. “Foram 6 semanas de pesquisa e execução, tempo em que o programa se tornou um parceiro criativo. Nem todo resultado era perfeito, mas o jeito que a inteligência artificial interpretava cada comando gerava novas ideias que eu não teria sozinho.” diz Guilherme. A partir de comandos de texto, o programa gerou mais de 5 mil imagens diferentes e coube ao artista a seleção das mais de 1.000 que fazem parte do resultado final. “Ferramentas como essa são só isso: ferramentas. A ideia não é substituir colaboradores de verdade. Mas pra um artista independente é importante manter o olho aberto pra esse tipo de oportunidade. Exige tempo e dedicação, mas é algo que qualquer um pode fazer”.
“O Que Acontece no Escuro” está disponível em todos os serviços de streaming. O videoclipe de “Um Raio” pode ser assistido no YouTube.
Rafael Kadashi e Dall lançam música juntos
A fim de se encaminhar para o encerramento do ciclo de seu álbum Pedaços, o cantor carioca Rafael Kadashi lança o single “Existir”, em parceria com a banda gaúcha Dall. A canção é o penúltimo single antes do lançamento do álbum, que por sua vez faz parte da saga Reconstrução, projeto em que o artista, em três trabalhos diferentes – Quebrado, Pedaços e Completo – busca narrar e (re)significar a experiência de ter vivido um relacionamento conturbado e abusivo, explanando desde as dores atreladas à esta vivência até as forças necessárias para superá-la. O single “Existir” se comunica com este segundo aspecto, pois traz a mensagem que é preciso seguir em frente para realizar nossos sonhos, independentemente das circunstâncias e problemas. Essa intenção fica clara no refrão da música, que de maneira cabal expressa a gravidade do seu propósito: “não pense em desistir, pois desistir é deixar de existir […]”.
Rafael Kadashi transita musicalmente entre o MPB, o indie e o pop rock, este último bastante presente no single em questão, já que se mescla com o também pop rock groovado da banda Dall. A parceria entre o cantor e banda é um projeto já vislumbrado há muito tempo, visto que Kadashi e Rodolfo, o guitarrista da Dall, mantêm uma profunda amizade desde 2018. Os dois se conheceram na internet em grupos destinados ao desenvolvimento da carreira artística e se encontraram pela primeira vez presencialmente em 2019. Desde essa época nutrem a ideia de realizar um trabalho em conjunto, e, possível e provavelmente, Existir não será o último.
A Dall, por sua vez, é formada também por Neni Hx (baixo e teclado) e Pedro Graeff (bateria), e todos os membros da banda gaúcha cantam e compõem. O trabalho da Dall é apresentado como uma mescla de pop rock com reggae, black music e traços de experimentalismo e música eletrônica. A banda está em estúdio trabalhando no primeiro álbum, com previsão de lançamento para o ano que vem.
Ouça Existir em seu app de música favorito:
YouTube
Spotify
Deezer
Apple Music
Tetel Di Babuya: uma cantora brasileira lançada pelo selo nova-iorquino Arkadia Records
Desde os 9 anos de idade, a paulista do interior Tetel Di Babuya apreciava a música clássica. Aos 9 anos, iniciou como violinista, mais tarde se formou em bacharel e, posteriormente, mestre em performance musical. Este período foi marcado por diversas apresentações em orquestras juvenis e profissionais, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. No entanto, um outro ramo da música iria atrair seus ouvidos: o jazz (como o de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald) e a música popular brasileira de Elis Regina, Djavan e Tom Jobim. Em 2019, a até então violinista de carreira sentiu a necessidade emocional de registrar no mundo sua face como compositora e cantora. Ela sabia, porém, que necessitava de apoio quanto à composição de banda, refino de arranjos, organizações dos detalhes de gravações, entre outras questões semelhantes. Tetel encontrou em seu amigo de faculdade, o pianista e arranjador Daniel Grajew, a solução destes problemas. Foi então que gravaram o álbum Mon Choux.
Mon Choux foi lançado no ano seguinte de maneira independente, mas os próximos passos e “o que fazer com isso” a paralisou por um tempo, sentindo-se sozinha e sem experiência suficiente para dar sequência ao lançamento e sua carreira. Como as letras do álbum estavam todas em inglês, Tetel passou a explorar gravadoras e selos norte-americanos, na tentativa de que algum deles gostassem do seu trabalho. Foi então que a artista encontrou Bob Karcy, nova-iorquino atualmente dono da gravadora Arkadia Records.
“Recebi algumas respostas educadas às minhas mensagens por e-mail, mas a resposta de Bob Karcy foi rápida, honesta e humana, nunca sequer questionando o por quê uma brasileira escreveria músicas em inglês. As outras respostas eram frias e pouco inspiradoras. Ele ouviu o álbum, parecia genuinamente interessado e prestativo, tinha comentários precisos, sugestões e alguns criticismo. Depois que começamos a nos comunicar, deixei de pensar em seguir com qualquer outra gravadora. Ele me elogiou e fez críticas detalhadas. Outra vantagem foi que Bob tem uma vida de experiência e sucesso em muitas áreas da indústria musical”, conta Tetel.
Sobre Tetel, Bob Karcy diz: “Eu ouvi um som ímpar nos vocais de Tetel, e fiquei intrigado com a alta qualidade de suas composições, com letras únicas e tiradas irônicas. Com sua musicalidade inata, qualidade artística incomum, ética de trabalho e inteligência natural, essa é uma artista com quem quero trabalhar e acho que ela pode ir longe.” O álbum Mon Choux não serviu apenas para atrair a atenção de Bob. As faixas foram reaproveitadas e gravadas novamente em outro nível de produção, mais elevado. “Mudamos o título para ‘Meet Tetel’, reformulamos alguns dos títulos da música e refinamos as letras. Regravamos todos os vocais e Bob me orientou com interpretação e performance, além de retrabalharmos mix e master.”
Tetel diz: “Este é apenas o começo da história da Tetel com a Arkadia Records. Depois de um ano e meio trabalhando juntos, ainda não nos encontramos pessoalmente. Retrabalhamos completamente o álbum ‘Meet Tetel’ e desenvolvemos nossa relação artística e comercial através do zoom. Mesmo no estúdio, Bob estava comigo a cada passo do caminho. Quão conectados nos tornamos musicalmente e artisticamente, embora só nos conheçamos no ciberespaço. “Embora às vezes eu possa ser controladora por natureza, senti total confiança. Tudo está de alguma forma conectado e sincronizado, e continuaremos avançando. Minha carreira começou. Que será, será!”
DESAFIOS A SEREM SUPERADOS
Se você olhar para as circunstâncias e os potenciais obstáculos, diferenças e conflitos, é uma maravilha que essa relação possa sair do chão, quem dirá florescer. Aqui estão algumas questões que tivemos que resolver e trabalhar:
– Uma cantora brasileira desconhecida escrevendo músicas em inglês e uma gravadora amaricana estabelecida;
– Entre 2020 e 2022, a pandemia de Covid-19;
– Os desafios de trabalhar juntos mesmo com 4.758 milhas que separam São Paulo e Nova York;
– A diferença de gerações entre Tetel e Bob;
– As dificuldades tecnológicas de ensaiar à longa distância;
– O desafio de produzir e mixar o álbum por meio de vídeo-chamada;
– O processo de aprender a ser flexível e aceitar novas ideias, que certamente foi facilitado pela confiança que desenvolvemos um no outro.
SOBRE TETEL
Tetel tem longa estrada como musicista. Bacharel em Música pela USP e Mestre em Música pela UNESP, Tetel nasceu em Araçatuba, interior de São Paulo, e ainda criança se mudou para a capital. Aos 10 anos, iniciou seus estudos musicais, com teoria, coral, orquestra e violino, instrumento no qual se especializou. Desde então, sua ocupação profissional seu deu como violinista erudita, participou de inúmeras orquestra sinfônicas, como a OSUSP e OSESP, fez parte de musicais como o “Fantasma Da Ópera”, além de participar de gravações de álbuns de bandas e projetos de outros músicos.
Em 2018, iniciou sua carreira de cantora e compositora, uma face ausente em seus trabalhos anteriores. Sua forma de cantar é inspirada em clássicas cantoras brasileiras e internacionais, como Elis Regina e Amy Winehouse, entre outras. Hoje, Tetel se apresenta regularmente em casas de show na cidade de São Paulo.
AVALIAÇÕES SOBRE TETEL
“Quando você pensa que já ouviu tudo o que o Brasil tem a oferecer, aparece Tetel Di Babuya, uma artista de impressionante originalidade e talento virtuoso como vocalista, violinista e compositora. O estilo vocal envolvente de Tetel vai conquistar até os mais cansados entre nós.” (Mark Holston, JAZZIZ, LATINO)
“Tetel é uma artista com ótimo dote vocal e pelos clips que eu vi, ela usa a voz de uma forma bastante criativa, a buscar sonoridades onomatopaicas e assim simular de certa forma alguns instrumentos, o que me fez lembrar de Elza Soares e Tetê Espíndola, no entanto, é nítida a predominância de cantoras de Jazz e Jazz-Blues como maior influência dela. Pelo que eu entendi, ela tem formação clássica como violinista, o que lhe dá ainda mais substância no campo da instrução formal da teoria musical e sensibilidade para interpretar. E também notei que ela tem um lado performático na atuação em termos de mise-en-scène, o que lhe dá um elemento a mais para chamar a atenção do público.” (Luiz Domingues, músico e blogueiro)
A Contundente Arte das Rimas
Lançado no dia 1° de outubro de 2022 pelo cantor-compositor-rapper Gustavo Nobio, A Contundente Arte das Rimas é um álbum digital independente com sete faixas que também pode ser classificado como um EP. Tais sucessos nobianos (como ele gosta de se referir às suas produções) enfatizam e reforçam a veia crítica e poética do artista da cidade de Niterói (RJ). Despercebidamente marcando presença na cena musical independente – após um longo hiato na carreira até retornar em 2019 numa coletânea organizada por ele e distribuída nas plataformas de streaming -, os registros fonográficos aqui apresentados mostram o quanto seu discurso é sóbrio e austero, e esses clássicos reeditados num formato compacto soam inéditos para quem nunca ouviu!
Com a influência das imagens captadas através da vivência profissional no cotidiano de uma grande metrópole como o Rio de Janeiro, o nobilíssimo emecê dá voz ao seu olhar urbano logo na faixa de abertura, “Avançar Com Ímpeto”, em que declama sua poesia concretamente sonora na levada do rhythm and blues. A música brasileira se faz presente no samba-rap “O Grande Espetáculo” onde o intérprete homenageia nomes importantes da nossa cultura musical e do pensamento contemporâneo como Chico Buarque, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Guinga, os maestros Moacir Santos (1926-2006) e Julio Medaglia (este, numa respeitosa homenagem às avessas) e o filósofo Milton Santos (1926-2001).
O racismo estrutural é explicitado na letra de “Melanina Em Pauta” em que o autor é categórico ao rimar que quem renega sua ancestralidade, achando que descende da suposta raça ariana, talvez não saiba que seus antepassados eram escravos que colhiam o café e cortavam muita cana. É uma espécie de libelo anti-racista cuja introdução já dá o tom. O extended play chega na metade com “Potente Durâmen (Skit)”, um breve intervalo musicado no ritmo do soul-funk. “Rimano G.N.” segue o baile em Quebra de Silêncio, um rap cheio de atitude, na defesa da liberdade de expressão artística, alicerçado por uma base de timbres orgânicos (kicks e caixa), percussão de samba, bréques de maracatu e french horns ao teclado.
O poeta quebra o estigma do rapper bruto e sisudo ao provar que os rimadores também amam cantando loas para a mulher admirada em “Patrimônio da Natureza”, no melhor estilo boom bap com uma ousada alternância de ritmos e um lindo refrão melódico. Por fim, o juízo crítico do artista é direcionado de maneira muito inteligente à alienação midiática e ao poder de manipulação televisivo no rap-rock “Hipnose Eletrônica” que explode num pulsante refrão eletro-hardcore. O hip-hop não morreu! Gustavo Nobio honra a linguagem verbo-rítmica made in Brazil com forma e conteúdo consistentes para que a narrativa tenha propósito e não se torne vazia e decadente.
FICHA TÉCNICA:
1. “Avançar Com Ímpeto” (Autoria: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais. Bruno Brecht: beat sample / sequenciamento eletrônico de base rítmica. Produção e concepção musical: Gusnob DeSaints. Gravado no Estúdio Tomba Records (Niterói – RJ).
2. “O Grande Espetáculo” (Música e Letra: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais, vocal scratches. Bruno Brecht: programação de bateria e de percussão, teclados Fender Rhodes, edição digital e mixagem. Marcos Braz: baixo e violões. Produção musical e arranjo: Bruno Brecht e Gusnob DeSaints. Masterização: Raimundo Luiz. Gravado no Estúdio Tomba Records (Niterói – RJ).
3. “Melanina Em Pauta” (Música e Letra: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais. Bruno Brecht: programações de teclado, guitarra, loops, edição digital e mixagem. Produção musical e arranjo: Gusnob DeSaints e Bruno Brecht. Gravado no Estúdio Tomba Records (Niterói – RJ).
4. “Potente Durâmen” (Autoria: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais. Bruno Brecht: beat sample / sequenciamento eletrônico de base rítmica. Produção e concepção musical: Gusnob DeSaints. Gravado no Estúdio Tomba Records (Niterói – RJ).
5. “Quebra de Silêncio” (Música e Letra: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais, teclado adicional. Bruno Brecht: teclado, programação e sequenciamento eletrônico de base rítmica, loops e beat sample de percussão, edição digital e mixagem. Produção musical e arranjo: Bruno Brecht e Gusnob DeSaints. Gravado no Estúdio Tomba Records (Niterói – RJ).
6. “Patrimônio da Natureza” (Música e Letra: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais. Bruno Brecht: beat samples / sequenciamento eletrônico de bases rítmicas. Produção musical e arranjo: Gusnob DeSaints e Bruno Brecht. Gravado no Estúdio Tomba Records (Niterói – RJ).
7. “Hipnose Eletrônica” (Música e Letra: G. Nobio). Gustavo Nobio: voz e vocais, teclado adicional. Raul Rachid: teclados, sintetizadores (baixo e guitarra), scratch sample, programação e sequenciamento eletrônico de base rítmica, edição digital e mixagem. Produção musical e arranjo: Raul Rachid e Gusnob DeSaints. Masterização: Raimundo Luiz. Gravado no R.R. Estúdio (Niterói – RJ).
CURIOSIDADE: o álbum foi indicado no site da revista de jazz norte-americana Jazziz Magazine
OUÇA!!!
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● NAPSTER
Matheu Corrêa lança single da faixa “Brou!”
O músico Matheu Corrêa lança novo single, em parceria com o selo Estrondo Records e o estúdio Trilha Hub Cultural de Sapucaia do Sul. “Brou!” traz referências do Soul de James Brown, citando em letra o álbum de estreia de 2019 e premiado com os Açorianos de Melhor Instrumentista e Revelação de 2020 Meu Black É Rock, mas, também, apresentando novas perspectivas na obra do artista, que avança na sua sonoridade que funde Rock, Funk e a música popular brasileira. O single já está disponível nas plataformas digitais, acesse: Brou!
Além de contar com os músicos Felipe Bonilha na bateria, Maurício Tubs nos teclados e Vitor Lipp no baixo, a faixa conta com o mestre Edu Do Nascimento no tambor afro-gaúcho Sopapo. A foto de capa foi registrada pelo fotógrafo Roberto Ferreira, que também filmou o videoclipe. Aliás, o clipe sai nesta sexta-feira! A produção artística é da produtora Vanessa Capitolina. Já a gravação e produção musical do material foi realizada aqui no Trilha Hub Cultural por Rodrigo Rysdyk.