Na Caverna da Consultoria: Aline Santos
Por Fernando Bueno
Conheci a Aline por meio de um grupo de colecionadores de Iron Maiden que ambos participamos. Tive um contato maior com ela quando precisei de ajuda com relação à hospedagem para os dias em que ficaria na cidade do Rio de Janeiro para poder ver a banda na última edição do Rock in Rio. Ele muito simpática, me ofereceu uma vaga no apartamento que tinha alugado com outras pessoas, um grupo de fãs que estava acompanhando a banda em todos os shows que fizeram no Brasil, inclusive acho que não consegui agradecer a altura da ajuda que ela me deu (fica aqui novamente meu obrigado). Fanática pelo Iron Maiden, principalmente pelo guitarrista Dave Murray, é um exemplo de fã fiel, daquele que toda banda gostaria de ter. Acompanhe nosso bate papo.
Olá Aline, é um prazer ter você aqui na Consultoria do Rock. Primeiramente se apresente para os nossos leitores.
Sou Aline Santos, moro em Viamão região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sou guitarrista e colecionadora há 22 anos. Tocar guitarra é uma das minhas paixões e quando assisti Dave Murray, guitarrista da banda Iron Maiden, tocar me apaixonei completamente por este instrumento e hoje o que sei e aprendi foi tudo ouvindo e assistindo ele tocar. É gratificante demais ter alguém que te inspira todos os dias a continuar aprendendo e tocando o que o artista toca, é aquele ídolo que todo mundo tem no coração. Sobre colecionar, a grande maioria da minha coleção é composta por itens da banda da minha vida. Também aprecio outras bandas clássicas do metal britânico, do mundo e outras que gosto fora desse gênero.
Em que momento da sua vida começou o seu interesse pela música?
Na infância com meus pais, cresci ouvindo Elton John, Duran Duran, Tears for Fears, Scorpions, Whitesnake, Roxette, Men At Work, Dire Straits, Foreigner e outras, mas ainda não tinha entrado no mundo do punk e depois metal. Já sobre se interessar, foi na minha adolescência na escola com os amigos punk que apreciavam muito Ramones, Sex Pistols, Billy Idol e Tequila Baby. A partir daí fui comprando vários K7s virgens para os amigos gravarem para mim as músicas as quais também escrevia nos cadernos para aprender a cantá-las. Já tinha conhecimento de muitas bandas desde a infância.
Você lembra qual foi o seu primeiro disco? Ainda o tem?
Lembro sim, foi um bootleg, uma coletânea das melhores dos Ramones compostas pelo disco Ramones de 1976, Rocket to Russia 1977, Road to Ruin de 1978 e Brain Drain de 1989. Infelizmente não tenho mais, tenho a certeza de que se perdeu durante minha mudança de residência.
É uma bela coletânea! Como a sua família vê esse seu amor pelo heavy metal? Eles entendem, te apoiam ou acham tudo muito estranho?
Eles ficam impressionados com meu pique para fazer muitas coisas principalmente quando tenho que viajar para assistir as bandas. Eles entendem e me apoiam demais, acham bonita a coleção e ficam felizes quando vou aos shows, pois sabem que quando essas bandas pararem, nunca mais terei tais bandas iguais para assistir novamente. Algo legal que aconteceu ano passado foi que eu precisava de um cômodo novo, bem maior para coleção, pois já estava tudo ficando em caixas e fiz todo o projeto por escrito com todos os detalhes com tudo sob medida para cada item e mostrei para meu pai. O resultado foi que ele mesmo fez o cômodo, exatamente como estava no meu projeto e ficou além do que esperava. Então, tenho todo o apoio deles pois gostam muito de ver minha paixão pelo mundo do colecionismo e pela música.
Quando foi que você percebeu que esse interesse era muito maior do que simplesmente ouvir a música, em outras palavras, quando foi que percebeu que estava se tornando uma colecionadora?
Quando uma noite olhei para coleção e me dei conta que já tinha muitas coisas, caí em si de que já estava em nível de colecionadora. Para ter uma ideia, a coleção estava em um móvel que tinha e já não cabia mais nada nele. Realmente comecei a pensar que precisava de um cômodo maior (já tinham caixas fechadas com itens guardados) e essa troca aconteceu três vezes contando com essa última. Com a fato de que nunca vamos parar de comprar creio que pode ser que eu precise de mais um cômodo daqui “alguns anos” pois isso nunca terá fim.
Sabemos do seu amor pelo Iron Maiden, como surgiu esse interesse e por que você acha que a banda gera tanta dedicação dos fãs?
Esse amor pela banda surgiu em 2001 quando ouvi “2 Minutes To Midnight” pela primeira vez e fui correndo pedir para os amigos se tinham algum vídeo dessa música e ao assistir a versão do Live After Death me apaixonei completamente pela banda. Isso também leva o primeiro contato que tive com Dave Murray ao assistir ele solando nessa música e foi ali que eu fiquei vidrada no estilo dele de tocar, de como ele se portava no palco. Iron Maiden é coragem, inspiração, superação, união, comunhão, é o respirar para todos os seus fãs. Não me imagino sem fazer parte dessa loucura que é ser fã. Por exemplo, sem acompanhar a banda pelas redes sociais para saber notícias, de ser do fã clube, de estar indo nos shows e rever os amigos que compartilham desse mesmo pensamento, de respirar a banda todos os dias. A Donzela vai mais além que uma banda, é uma religião que aglomera milhares de fãs do mundo todo em um único lugar e que nos proporciona as melhores amizades que existem. Acho que é isso que gera tanta dedicação dos fãs.
Conte-nos histórias relacionadas à banda que você guarda com carinho na memória.
Tive o privilégio de assistir o Rock In Rio 2001 ao vivo na TV, o qual foi o retorno histórico de Bruce Dickinson e Adrian Smith para a banda. Tive esse privilégio de assistir ao vivo pela primeira vez uma apresentação deles que hoje é um dos melhores ao vivo da banda na opinião dos fãs. Em 2018 tive o prazer de ficar frente a frente com Steve Harris, foi algo inesquecível, um dia que vai ficar marcado para sempre. Ele tirou foto com todos os fãs que estavam à sua espera. Eu consegui tirar foto, ter alguns itens autografados e ter contato visual durante o show com sua banda British Lion. Que show incrível, um dia inesquecível. Em 2019 show do Iron Maiden na Arena do Grêmio em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Minha banda e time do coração em um único lugar, amor em dose dupla. Rsrs. Momentos que tive com todos os amigos que encontrei nas quatro cidades em que a banda tocou no Brasil na turnê Legacy Of The Beast 2022. Na cidade do Rio de Janeiro, um dia antes do Rock In Rio 2022 horário da tarde, Janick Gers passeando no calçadão da cidade atendendo alguns fãs que paravam. Fomos atrás e ele foi simpático conosco atendendo meus amigos e eu com fotos e autógrafos. Momento especial para todos nós que estávamos naquele dia.
Temos consciência que o tempo do Iron Maiden está terminando. Com a idade é difícil para os músicos segurarem as intensas turnês e as performances da banda. Você acha que vai acontecer o que? Eles vão se aposentar de vez, ou vão fazer outros tipos de músicas, separados ou não?
O grupo Iron Maiden sim, não teremos mais turnês e performances dos seis integrantes juntos, mas para mim a empresa continuará lançando materiais para os fãs. Temos integrantes que no momento que a banda encerrar as atividades não veremos mais como Janick Gers e Dave Murray. Cada um deles mora com suas famílias sem projetos fora da banda. Também temos o restante da banda com empresas e projetos paralelos como Nicko com seu restaurante na Flórida, onde já apareceu para atender os fãs no estabelecimento, sua empresa de bateria e sua banda cover Titanium Tart que se apresenta tocando clássicos da Donzela para os fãs. Adrian Smith tem sua banda com Richie Kotzen e já lançou discos e realizou turnê no início de 2022. Bruce Dickinson com suas palestras de empreendedorismo, shows cantando Deep Purple e sua carreira solo que por sinal em breve teremos disco novo a ser lançado. E, por fim, Steve Harris com o British Lion que já lançou 2 discos e realiza turnês na Europa. Esses ainda vão aparecer para os fãs por um tempo.
Você se contenta com apenas uma versão dos discos ou precisa da versão tailandesa, neozeolandeza e todas as outras que saíram?
Não consigo me conter. Acho muito legal ter outras versões pois, até mesmo o tom de cor dos encartes, a mídia e tudo mais as vezes diferem um item de cada um e são muito interessantes esses detalhes. Também não é só a questão de ter saído versões de países diferentes, dependendo dos discos até por questão de numeração de tiragem e código de barras corro atrás.
Vamos nos aprofundar na sua coleção. Você tem números precisos dela?
Como nunca paro de comprar é difícil ter números precisos, sempre estão sendo atualizados, mas acho que devo estar perto de uns seiscentos itens agora, incluindo camisetas que gosto muito, copos, DVDs, CDs, bonecos, digibooks, boxes, LPs, livros, chaveiros, quadros, cervejas e bandeiras. São muitas coisas adquiridas ao longo de vinte e dois anos de garimpo.
De onde você costuma adquirir os itens da coleção?
No merchandising dos shows das bandas, com amigos que vendem, trocam e que me trazem de outras cidades ou países. Além de eBay, Mercado Livre, Shoope, lojas de garimpo, lojas online e leilões na internet.
Tem algum disco que você procura há muito tempo e não consegue achar?
Sim, Psycho Motel Welcome to the World e Iron Maiden Hallowed Be Thy Name Live 1993.
Qual disco é o seu xodó e qual é a maior raridade que você tem?
Olha, meu xodó na verdade são 3 que são versões japonesas que saíram em slipcase do Iron Maiden que são muito lindos, material bem-feito, um luxo. Esses xodós estão em um lugar bem visível na minha coleção que são Fear of The Dark, Dance Of Death e A Matter Of Life And Death, todos com slipcase, encartes contendo um em português e outro em japonês e livreto de fotos com uma página. Todos vieram de longe, dois de uma loja do Japão e outro da Polônia. A raridade da coleção é um item também do Iron Maiden, meu box inglês do Virus com luva que é composto por dois CDs em digipack com apenas uma música em comum: “Virus”, lançada em 1996 como single da coletânea Best of The Beast que foi o 1º single desde “Women in Uniform” (1980) a não aparecer em nenhum disco da discografia de estúdio da banda, o restante das músicas são “My Generation”, “Doctor Doctor”, “Sanctuary” e “Wrathchid” dividindo duas canções em cada disco e o que se vê mais por aí é esses dois discos separados fora dessa luva, encontrar ela com os dois discos juntos requer muito garimpo. Contudo, acho que tem a parte mais valiosa desse item que deixa ainda mais raro, são os 5 cartões postais coloridos que leva uma foto da banda e quatro imagens diferentes do single. Hoje em dia é complicado de conseguir pois o que mais se vê por aí é esse box faltando um, dois cartões ou até mesmo não contendo nenhum dos cartões. As pessoas na época não se importavam com isso quando saiu e só ter os discos já era o suficiente, porém não é bem assim, esse box completo e em estado ótimo de conservação é muito raro hoje em dia.
Alguma outra banda desperta seu interesse no sentido de se aprofundar em seu material?
Sim, Rush e Kiss.
Tem algum método de organização da coleção?
Tenho sim, meu método com cada banda é em ordem cronológica das mídias e com relação ao restante dos itens cada banda tem seus lugares. Sou muito perfeccionista com a coleção, a organização faz parte do carinho que se tem com cada banda que gosto.
Tem alguma mania particular?
Bom, não consigo limpar, mexer e organizar a coleção ouvindo outras bandas que não estão nela. Minha audição é somente com as bandas que estão ali, questão de expressar meu carinho por elas e, pode parecer exagero, mas é pela questão de honra delas estarem ali.
Gosta de alguma coisa fora do metal e Iron Maiden? Cite outros estilos e artistas que você gosta.
Com certeza, gosto de música tradicionalista gaúcha, rock progressivo, blues, gospel, soul, hard rock, jazz, bossa nova e rock’n roll. Gosto muito de Triumph, Rush, Elton John, Tom Jobim, Fleetwood Mac, Men At Work, TOTO, Daryl Hall & John Oates, Tina Turner (diva demais!), Asia, Sammy Hagar, Paul McCartney, Dire Straits, Donna Summer, Black Swan, Eric Clapton, Joe Bonamassa, Jimi Hendrix, Mr.Big, Overkill, Foregner, Steve Vai, Tears for Fears, Pet Shop Boys, Torch, Trance…
O metal sempre foi um grande Clube do Bolinha e dentro do colecionismo a participação das mulheres é bem pequeno, apesar de conhecermos várias mulheres que também se interessam por isso. Você é apenas a segunda mulher entrevistada (a primeira foi a Líbia Brígido) aqui para a seção de colecionadores. Porque você acha que isso acontece. Teve alguma dificuldade a mais por conta disso?
Bom, podem serem vários fatores, mas posso citar alguns: as mulheres que colecionam devem ser mais participativas nas redes sociais, mostrarem suas caras e seus itens, tem muitas por aí no anônimo, imagina se todas aparecessem na internet? Seria muito legal e seria um enorme grupo de peso. No início quando comecei a me expor mais, teve resistência masculina sim em ter uma mulher que coleciona. Pode ser que na cabeça deles não poderem estar por baixo, de não ter algum item que tenho ou até mesmo machismo em si, algo ultrapassado. Sem contar nos grupos de colecionismo no whatssap que já fiz parte, já me removeram por mostrar itens e acharem que estava me exaltando e que sabia demais no mundo do colecionismo. Era um item e dez perguntas ao mesmo tempo e até hoje tem, mas não me afeta, muito pelo contrário, dá mais ânimo pra continuar além de ser uma baita besteira no mundo.
E na hora dos shows. Já passou algum perrengue?
Não, graças a Deus! rsrs
Cite e comente três discos que foram ou são importante para você.
Ramones – Ramones (1976)
Um disco com clássicos que marcou muito minha entrada para o mundo do punk na minha adolescência no estilo do all star, calça jeans, correntes e jaqueta de couro. Quando tive esse disco não parava de ouvir e era aquela febre com todo o estilo do punk por onde passava, meu primeiro contato no segmento.
Iron Maiden – Fear of The Dark (1992)
O disco foi lançado em 1992, mas conheci a banda em 2000 e comprei em um supermercado e ainda vendiam os CDs nesses lugares e por isso tenho um carinho enorme por esse item, meu primeiro CD físico da banda.
Rush – Power Windows (1985)
Disco que ouvi muito em fita cassete na época de infância por volta dos 10 anos de idade. Meus pais tinham um arsenal de cassetes e esse foi um dos álbuns mais marcantes na minha vida. É muito bom crescer em um ambiente musical que te faz ouvir músicas de ótima qualidade como Rush, é meu disco preferido da banda com muita personalidade e que traz um enorme diferencial, os teclados muito marcantes de Geddy Lee com as guitarras de Alex Lifeson.
Você falou algumas vezes sobre as fitas cassetes, largamente usadas nos anos 80 e 90 para trocas de materiais. Você tem algum formato preferido, como é sua relação com as diversas mídias físicas e também as digitais?
Tenho sim, minha preferência de mídia é o CD, sou apaixonada! É um item pequeno, prático e que pode ser levado em qualquer lugar. Tenho CDs lindos e de grande qualidade, o material que pode envolver essa mídia é espetacular. Gosto das outras mídias físicas, mas depois que lançaram o CD eu dei preferência para eles. Sempre dou prioridade pra comprar ela antes de qualquer outra versão do mesmo disco, gosto demais de CD. No mundo digital uso quando estou na rua, indo e voltando do trabalho ou em alguma condução, no dia a dia fora de casa mesmo porém, nada supera você abrir seu item e colocar em um reprodutor de mídia e ouvi-lo. Sou mais de tocar no item, tirar da embalagem e colocar para ouvi-lo, é uma sensação gostosa demais.
Quais os melhores discos dos anos 60?
The Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
Jimi Hendrix Experience – Are You Experienced? (1967)
Cream – Disraeli Gears (1967)
The Who – My Generation (1965)
The Rolling Stones – Aftermath (1966)
Elis & Tom (1966)
Bob Dylan – Highway 61 Revisted (1965)
Creedence Clearwater Revival – Bayou Country (1969)
Marvin Gaye – United (1967)
Quais os melhores discos dos anos 70?
Captain Beyond – Dawn Explosion (1977)
Wishbone Ash – Argus (1972)
Ramones – Ramones (1976)
Genesis – And Then There Were Three (1978)
Deep Purple – Machine Head (1972)
Kiss – Destroyer (1976)
Black Sabbath – Paranoid (1970)
Elton John – Goodbye Yellow Brick Road (1973)
Fleetwood Mac – Rumours (1977)
Van Halen – Van Halen (1978)
Pink Floyd – The Wall (1979)
Quais os melhores discos dos anos 80?
Judas Priest – Screaming for Vengeance (1982)
Rush – Power Windons (1985)
Accept – Metal Heart (1985)
Iron Maiden – Seventh Son of A Seventh Son (1988)
Black Sabbath – Heaven & Hell (1980)
Def Leppard – Hysteria (1987)
Dio – Holy Diver (1983)
Triumph – Allied Forces (1981)
King Diamond – Abigail (1987)
Tears for Fears – Songs From The Big Chair (1985)
Guns N’ Roses – Appetite For Destruction (1991)
Quais os melhores discos dos anos 90?
Megadeth – Rust In Peace (1990)
Fight – War Of Words (1993)
Iron Maiden – Fear of The Dark (1992)
Savatage – Edge Of The Thorns (1993)
Roxette – Joyride (1991)
Scorpions – Crazy World (1990)
Steve Vai – Passion and Warfare (1990)
Van Halen – Balance (1995)
Angra – Angel’s Cry (1993)
Quais os melhores discos das duas primeiras décadas de 2000?
Iron Maiden – Brave New World (2000)
Angra – Rebirth (2001)
Audioslave – Audioslave (2002)
Bruce Dickinson – Tyranny of Souls (2005)
Halford – Resurrection (2000)
Rush – Vapor Trails (2002)
Iron Maiden – The Book of Souls (2015)
Heaven & Hell – The Devil You Know (2009)
Paul Stanley – Live To Win (2006)
Saxon – Battering Ram (2015)
Conte-nos uma história engraçada, curiosa ou infeliz sobre a compra de um disco.
Um fato que ocorreu foi com meu digibook Live Chapter do Iron Maiden. Tenho minha felina e ela o consumiu e foi tenso, tinha comprado no dia anterior, saí por alguns minutos e quando entrei em casa só vi o “encarte” no chão sem condição nenhuma de restauração, fora a capa que foi consumida também, não se via mais o Eddie… rsrs
Isso sim é uma tristeza (mas também não deixa de ser engraçado). Você acha que a sua coleção vai ter um fim? Um momento que você vai se dar por satisfeita e chegar em um momento que você se dará conta de que tem tudo o que você quer?
Não, quem coleciona nunca estará satisfeito. Tem muitos itens por aí que não tenho e que em algum momento correrei atrás. Colecionar é algo que mexe muito com nossos sentimentos pela banda que gostamos e isso também nos faz continuar em busca deles. Ainda tenho muitos itens para garimpar e isso leva muita paciência e persistência para conseguir, o tempo é meu aliado e conseguirei.
Faça uma recomendação de banda ou disco que você ache interessante para os leitores da Consultoria do Rock.
Black Swan, álbuns Shake The World e Generation Mind.
Muito obrigado pela participação Aline, espero que você inspire outras garotas a participar dessa grande comunidade de colecionadores e amantes de música. Esse espaço é seu, deixe aí seu recado para nossos leitores.
Gostaria de agradecer ao meu amigo Fernando pelo convite e oportunidade de ser entrevistada. É gratificante demais mostrar essa minha paixão e reverência à essas bandas que gosto muito, principalmente o Iron Maiden que mudou completamente a minha vida e que respiro. Que essa minha entrevista inspire outras mulheres a saírem do anonimato e mostrar suas coleções, vejo muita foto linda de coleção feminina nas redes sociais, mas tudo no anonimato. Desejo que acabe com o que ainda resta de preconceito em alguns pensamentos masculinos de que somente eles têm tudo e que sabem de tudo, sendo que a intenção nunca será essa. No mundo do colecionismo há um único propósito: expressar nossos sentimentos pelas bandas que amamos, compartilhar com todas as pessoas essa nossa paixão independente do sexo e nunca deixar essas bandas no esquecimento pois somos os grandes responsáveis por elas ainda e suas obras magníficas serem lembradas. Vamos continuar reverenciá-las com seus itens em nossas casas.
Up The Irons!
Linda coleção! Parabéns, Aline!
Obrigada Marcelo!
Grande coleção do Iron Maiden – aliás, que banda boa para se construir uma coleção legal!! Meu primeiro CD do Iron foi, coincidentemente, “Fear of the Dark” – eu tenho a primeira edição brasileira, de 1992. O papel do encarte é um pouco diferente das outras edições, tem uma qualidade um pouco inferior. Já o primeiro LP foi justamente “Live After Death”, no longínquo 1985, hehehe…
Por que quando tratam das últimas duas décadas, as tratam juntas e não de forma se parada (décade de 2000, década de 2010) conforme as décadas anteriores (1990, 1980, 1970, 1960,…)? É para sublinhar que a pessoa vive de passado ou é escolha do entrevistado?
Ola João das Couves, já estamos modificando isto para as próximas entrevistas, mas obrigado pelo seu comentário. E sim, na ampla maioria das vezes, é escolha do entrevistado.
Acho que nesse caso a culpa foi minha mesmo.
Achei estranho a citação da Aline para “And then There Were Three” em sua lista dos anos 70… Ela não gosta da fase do Genesis com Peter Gabriel e Steve Hackett? Devia citar ao menos um dos 4 discos dessa fase clássica da banda, desde que não seja o “The Lamb Lies Down on Broadway” (o queridinho da maioria dos fãs hoje).
Em sua lista dos anos 80, não gostei das citações de “Abigail” (King Diamond), “Heaven and Hell” (Black Sabbath), “Hysteria” (Def Leppard – que eu chamo carinhosamente de “Porcarya”) e, principalmente, de “Seventh Son of a Seventh Son” (Iron Maiden), do qual já falei inúmeras vezes aqui no site que eu não sou lá grande apreciador e que acho muito estranho quando algum fã da banda o cita aqui como um favorito pessoal. De resto, está tudo certo!
não gostei, iron maiden muito superestimado, podemos melhorar isso ai
Belíssima coleção Aline, Parabéns!!!
Up The Irons 🤘😎