Notícias da Semana {14 a 20 de Maio}
Crédito: Leo Liberti. Na foto (da esquerda para direita) estão Claudio Vicentin (realizador Brasil), Bruce Dickinson (vocalista Iron Maiden), Achim Ostertag (criador do festival na Alemanha) e Rick Dallal (realizador Brasil)
SUMMER BREEZE OPEN AIR BRASIL 2024
A primeira edição do tradicional festival alemão, Summer Breeze, aconteceu no último final de semana de abril (dias 29 e 30/4), no Memorial da América Latina (São Paulo/SP). O festival contou com a apresentação de grandes nomes do rock mundial como Blind Guardian, Stone Temple Pilots, Skid Row, Parkway Drive, Bruce Dickinson, Avantasia, Lamb of God, Kreator, Testament, Winery Dogs, Stratovarius, Shaman, Krisiun, Crypta, Accept e muito mais. Além das atrações musicais, o festival contou também com o sucesso de suas experiências e ativações. Entre elas, feira geek, tatuagem e a Horror Expo, venda de vinis, espaço kids com monitoria, áreas de descanso, palestras, entre outras.
A recepção do público foi tão positiva e imediata, que os realizadores do Summer Breeze Brasil decidiram já confirmar a edição de 2024. O Summer Breeze Open Air Brasil acontece dias 26, 27 e 28 de abril de 2024, no Memorial da América Latina. Para quem não está acostumado com esse formato no Brasil, os Blind Tickets contemplam ingresso de pista comum válido para todos os dias de festival, copo exclusivo do evento e entrada antecipada no local. Serão disponibilizados neste serviço apenas 666 Blind Tickets no valor de R$1.200,00 (preço único) válido para os 3 dias de evento, sem taxa de conveniência para o cliente e com opções de parcelamento disponíveis na compra online. Garanta já seu lugar nessa grande festa e venha curtir o SBOA 2024.
Outras informações
Hammerfall relança clássico Crimson Thunder em edição comemorativa de 20 anos
Não importa o quanto tudo mude dentro da cultura e no mundo em geral, o Heavy Metal vai ficar sempre firme e forte. Ele empodera, engaja e gera força. Basicamente, ele supera qualquer tipo de modismos. E o mesmo pode ser dito do HAMMERFALL. Desde a sua formação em 1993 na Suécia, o agora quinteto formado por Oscar Dronjak (guitarra), Joacim Cans (vocal), Fredrik Larsson (baixo), Pontus Norgen (guitarra) e David Wallin (bateria) resistiram às muitas tempestades e às mudanças nas tendências dentro do mundo da música, sempre se destacando como um dos pioneiros que ainda agitam fervorosamente a bandeira do Heavy Metal. Nos seus trinta anos de carreira, os titãs suecos lideraram as paradas de álbuns tanto em seu país quanto fora, esgotaram os ingressos das suas turnês, ultrapassaram mais de 100 milhões de streams e 100 milhões de visualizações no YouTube e mais de 1.5 milhão de álbuns vendidos, ao mesmo tempo em que foram indicados para o Grammy sueco inúmeras vezes. E sempre enquanto continuavam defendendo o seu venerável legado a cada novo lançamento.
Após retornar à sua primeira casa, também conhecida como Nuclear Blast, no final de 2022, o HAMMERFALL comemorou mais um grande marco na sua carreira quando os álbuns Renegade (2000), Crimson Thunder (2002), Chapter V: Unbent, Unbowed, Unbroken (2005) e No Sacrifice, No Victory (2009) conseguiram o Disco de Ouro na Suécia. Logo depois foi revelado que “Crimson Thunder” ultrapassou 60.000 cópias vendidas, conseguindo assim o tão almejado Disco de Platina. E para comemorar este feitio, e continuar sua série retrospectiva, o HAMMERFALL lança a edição de aniversário de 20 anos de “Crimson Thunder”, remixado e remasterizado por Fredrik Nordstrom, em formato DIGIPACK TRIPLO que inclui faixas de pré-produção inéditas, um novo medley e músicas acústicas ao vivo, além do álbum ao vivo One Crimson Night.
A banda lança hoje um videoclipe para um medley da faixa Crimson Thunder
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia no seguinte link.
Formação: Joacim Cans – voz; Oscar Dronjak – guitarra; Fredrik Larsson – baixo; Pontus Norgen – guitarra; David Wallin – bateria
Curitiba terá exibição da segunda parte do documentário Andre Matos – Maestro do Rock
O maestro Andre Matos foi um dos mais importantes nomes da música brasileira em âmbito global. O músico, com formação erudita, se consagrou como vocalista e tecladista de bandas fundamentais do heavy metal brasileiro, como Angra, Shaman e Viper. O músico faleceu em 2019, e uma das obras que celebra seu legado é o documentário Andre Matos – Maestro do Rock. O filme chega a sua segunda parte, que cobre os anos do artista como integrante do Angra durante os anos 1990, época que o sacramentou definitivamente como um dos grandes nomes da música. O sucesso mundial, englobando Europa e Japão, até hoje é celebrado pelos fãs do estilo.
Andre Matos – Maestro do Rock chega a Curitiba no dia 10 de junho (sábado), em duas sessões: às 16h30 e às 19h30, ambas na Cinemateca (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174), região central da cidade. Os ingressos custam 35 reais (meia e promocional, mediante doação de 1 quilo de alimento não perecível ou ração para cães ou gatos) e estão à venda pela plataforma Sympla.
O documentário
Muito aguardado pelos fãs, o segundo filme dos quatro que compõem o documentário na carreira de Andre Matos, foca nos anos de 1991 até 1999. O segundo filme conta em detalhes a trajetória do Maestro na banda Angra, desde seu embrião até a última turnê e a separação, além de resgatar materiais inéditos dele com a família nunca exibidos. O documentário Andre Matos – Maestro do Rock foi idealizado pelo diretor Anderson Bellini e está sendo produzido desde 2020 de forma independente e capitalizado com ajuda dos fãs via crowdfunding e apoio da família do Andre, que cedeu uma caixa com cerca de 150 fitas gravadas e inéditas. O documentário é dividido em quatro partes e vai mostrar como Andre era uma “estrela do rock” que nunca quis ser uma estrela e não temia ter que recomeçar sua carreira do zero, pois nem mesmo o auge e o sucesso eram capazes de segurá-lo.
O filme traça a trajetória de Andre Matos, do maior vocalista brasileiro de heavy metal de todos os tempos, que obteve renome mundial mesmo sendo uma pessoa discreta e avessa a fama. A cidade de Curitiba sempre teve estreita relação com Andre Matos, músico que faleceu em 2019. O vocalista se apresentou na capital poucos meses antes de sua partida, e a partir da década de 1990, realizou inúmeras apresentações na cidade, seja ao lado do Angra, Shaman, Viper ou com sua banda solo. O evento é uma realização Acesso Music. Outra obra que chega ao mercado esse ano, para homenagear a vida e obra do artista, é Andre Matos – A Obra, pelos escritores Clovis Roman e Gustavo Maiato. O livro chega ao mercado brasileiro pela editora Estética Torta.
Serviço
Documentário: Andre Matos – Maestro do Rock II
Data: 10 de junho de 2023 (sábado)
Local: Cinemateca
Endereço: Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174
Horários: 16h30 e 19h30
Ingressos: R$ 35 (meia/promocional)
Venda online:
Sessão 16h30
Sessão 19h30
Yusuf / Cat Stevens prega união e amor em “King of a Land”
Yusuf / Cat Stevens lança King of a Land faixa título de seu décimo sétimo álbum de estúdio. Com lançamento previsto para o dia 16 de junho, o disco ganha uma prévia onde o artista imagina – de modo lúdico e com um lyric video em animação – tudo que poderia fazer se fosse rei de um lugar, e como buscaria a paz e a união entre as pessoas. A canção é lançada pouco antes da coroação do Rei Charles III, fato que faz Yusuf reafirmar a mensagem deste single: “Há algumas coisas nesta música que podem ser muito úteis para o novo rei, é como um manifesto. Mas uma das grandes mensagens é que não se esqueça; há um outro rei acima de você e tenha cuidado para sempre olhar para os que estão abaixo de você”.
Assim como “Take the World Apart”, primeiro gostinho do novo álbum, a faixa teve um vídeo criado pelo premiado ilustrador canadense Peter Reynolds, colaborador de Yusuf no livro infantil Peace Train, de 2021. Seu olhar onírico e ingênuo dialoga com o otimismo da música. O lançamento do disco será mais um marco de um ano especial para o artista, que em volta do seu aniversário de 75 anos, irá estrear no palco principal do Glastonbury. “King of a Land” está sendo realizado há mais de 10 anos e traz um conto épico sobre terras mágicas, imaginação e ingenuidade como escapismo para um lugar onde possa existir um final feliz.
Ouça King of a Land
Assista ao lyric video de “King of a Land”
Faça pré-save de King of a Land
Assista ao lyric video de “Take the World Apart”
“Olhando minha jornada na música, desde os anos 60, sinto que este novo trabalho é como um mosaico. E no fim mostra, claramente, onde eu estive e quem eu sou hoje”, reflete Yusuf. O novo trabalho foi gravado em diferentes e icônicos estúdios europeus, como o Hansa Studios, em Berlim (lar da trilogia berlinense de David Bowie e de Achtung Baby, do U2), e finalizado no estúdio pessoal de George Harrison, o Friar Park. “Foi uma honra ser um dos primeiros artistas de fora a estar naquela sala de estúdio para mixar o álbum. George Harrison é uma influência pra mim na música e na espiritualidade”, revela Yusuf. “Se você ouve o disco, você vai sentir o espírito de George”, completa ele, que lança o álbum pela Dark Horse Records, fundada pelo próprio Harrison, via BMG. King of a Land está disponível em todas as plataformas de música.
Crédito: Aminah Yusuf
Tracklist:
1. Train on a Hill
2. King of a Land
3. Pagan Run
4. He is True
5. All Nights, All Days
6. Another Night in the Rain
7. Things.
8. Son of Mary
9. Highness
10. The Boy Who Knew How to Climb Walls
11. How Good it Feels
12. Take the World Apart
Chester Doom lança “Not Far Behind”, single é inspirado na resiliência do povo ucraniano
A música foi escrita no início de 2022 pelo vocalista Josh Best enquanto ele se recuperava da Covid-19 e assistia aos acontecimentos da guerra na Ucrânia. Best foi inspirado pela resiliência do povo ucraniano, que enfrentava imensas dificuldades, mas ainda conseguia manter a esperança. Em “Not Far Behind”, Best canaliza esse senso de esperança e resiliência, tecendo uma história poderosa e emotiva de perseverança diante da adversidade. A faixa é um comentário sobre a força do espírito humano e um lembrete de que, não importa o quão sombrias as coisas possam parecer, nunca estamos realmente sozinhos.
Com uma batida forte, vocais crescentes e um gancho inesquecível, “Not Far Behind” certamente ressoará com o público de todas as idades e origens. A música mostra o som característico de Chester Doom, uma mistura de rock clássico e alternativo moderno que vem conquistando fãs em todo o mundo. Falando sobre o novo lançamento, o vocalista principal do Chester Doom, Josh Best, disse: “Essa música é muito pessoal para mim e acho que fala com muitas pessoas que passaram por momentos difíceis. Queríamos criar algo que elevasse as pessoas. e lembre-os de que não estão sozinhos. Estou muito orgulhoso de como tudo acabou e mal posso esperar para que as pessoas ouçam.”
“Not Far Behind” já está disponível em todas as principais plataformas de streaming, e Chester Doom está definido para apresentar o novo single nos próximos shows e festivais em todo o Canadá. Com seu som único e mensagem poderosa, Chester Doom é uma banda que certamente causará um impacto duradouro no mundo da música.
“Not Far Behind” Music Video
THE CROSS: Participação de Vinícius Campos em “Resquiest in Pace Frater Noster” é anunciada, confira!
Nos preparativos finais para o lançamento do novo EP, Resquiest in Pace Frater Noster, o THE CROSS acaba de anunciar mais uma participação especial deste trabalho. Trata-se do experiente músico pernambucano Vinícius Campos (Phantasma Nocturna, MFVC, Seeds Of Destiny e Hate Embrace) que será o tecladista na música “In Funere”, na qual também trabalhou na composição lírica ao lado do vocalista Eduardo Slayer, confira o anúncio AQUI.
“In Funere” também contará com a voz da poetisa inglesa MS Moem, que estará declamando uma poesia de sua autoria intitulada “Carry On”. Para mais informações e novidades acerca de Resquiest in Pace Frater Noster, siga o THE CROSS em suas redes sociais:
Em outras notícias, o vocalista Eduardo Slayer foi destaque na recente edição do programa Seventieth Blood – que foi ao ar no último dia 25/04/2023 – onde falou um pouco mais sobre sua história dentro do Doom Metal, no qual é referência internacional, atual momento do THE CROSS, discografia, projetos futuros e MUITO mais, assista. Encontre, salve e ouça o THE CROSS em sua plataforma de streaming e download mais utilizada CLICANDO AQUI.
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Kin Wagon une o Hard Rock e o Glam Metal com mensagem motivacional contra o alcoolismo!
A banda de Hard Rock brasileira KIN WAGON, liderada pelo experiente cantor Lean Van Ranna, músico que já passou por muitas bandas e projetos de renome (inter)nacional, lançou em todas as plataformas digitais e através dos selos GL Music / Ingrooves / Universal Music, “Sunrise Will Shine”, o quarto single extraído do vindouro EP de estreia intitulado First Arrival. A sonoridade da nova faixa mostra uma roupagem mais Glam Metal, lembrando bastante bandas consagradas como, por exemplo, Van Halen e Stryper, o que combina perfeitamente com sua temática motivacional de otimismo devido as altas doses de energia e alto astral.
O cantor e líder Lean Van Ranna comentou: “A letra de “Sunrise Will Shine” conta, de forma muito positiva e de autoajuda, a história de um alcoólatra recuperado que organiza uma festa para comemorar sua conquista e vitória contra seu antigo vício.” Assista o Lyric Video para “Sunrise Will Shine” no canal do YouTube da Lab Sonoro (Subdivisão da GL Music) . Ouça “Sunrise Will Shine“. A relação das faixas de “First Arrival” é: “All I Want”, “Return To Zero”, “Promised Land”, “Sunrise Will Shine” e “She Just Forgot Me”. Previsão de lançamento segundo semestre de 2023.
O Hard Rock da KIN WAGON prima por abranger influências e referências clássicas, sempre mantendo níveis de qualidade técnica e coerência musical do estilo sem se prender a rótulos, proporcionando aos ouvintes verdadeiras sensações instigantes de déjà-vu e muito alto astral. Atualmente radicada em São Paulo, é formada por Lean Van Ranna (vocal), Yuri Donatti (guitarra), Anderson Sherman (baixo) e Caio Gaona (bateria). A banda já tem como convidado especial um novo tecladista que gravará todos os novos trabalhos incluindo as demais músicas do álbum de estreia que será lançado em 2024.
Arranjos vocais e letras por Yuri Donatti, Lean Van Ranna e Carlos Nogarolli
Arranjos de teclados e sintetizadores por Nilver Pérez
Fotos e arte de capa por Ricardo Janke
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Formada por Lean Van Ranna (King Of Salem, Excalibur, Auryah, Menahem, A Taste Of Freedom, Masterful, Melodius Deite) em 2020 sob o nome Road To Prize, priorizava uma sonoridade mais voltada para o AOR e Melodic Rock, chegando a lançar o single “All I Want”, em 2021, antes de entrar num curto hiato. No ano seguinte retornou as atividades como KIN WAGON, trazendo uma nova formação e, principalmente, uma sonoridade mais pesada e calcada no Hard N’ Heavy, Glam Metal, até pitadas de Blues, sem deixar suas raízes do Hard Rock e AOR dos anos 80 e 90 de lado. Nessa volta lançou os singles “All I Want” (regravação), “Return To Zero”, “Promised Land” e agora “Sunrise Will Shine”.
Recentemente, devido inconsistências de agendas e conflitos com outros projetos, a formação da banda novamente sofreu algumas mudanças com a saída do experiente tecladista peruano Nilver Perez e do exímio guitarrista Johnny Moraes (que tinha entrado justamente no lugar do recém retornado Yuri Donatti, na época por motivos particulares). “Uma pena o Johnny não conseguir ficar conosco, mas por um lado não queríamos prender um cara tão incrível (músico e pessoa), de voar alto na carreira como está voando. Ter de volta Yuri conosco cheio de garra e disponibilidade foi ótimo, pois ele compôs os arranjos de todas faixas do EP e 70% do álbum de estreia, e gravou muitas partes de guitarras, assim poderá finalizar o restante das faixas como era previsto. A química entre nós dois e mais nosso parceiro de composição Carlos Nogarolli, é forte, e agora nessa nova fase o processo criativo vai ser dividido com os novos membros Anderson Sherman e Caio Gaona, ambos também grandes músicos e compositores”, comentou Lean Van Ranna.
Nilver gravou todas suas partes nas faixas do EP “First Arrival” e mais duas faixas que estarão presentes no vindouro álbum de estreia. Já Johnny Moraes, como despedida, aparecerá no próximo lançamento, que será uma versão para “Since You Been Gone”, famoso clássico do Rainbow com Graham Bonnet nos vocais, que recentemente fez parte da trilha sonora do filme da Marvel, Guardiões da Galáxia Vol. 3.
ALERTA DE UTILIDADE PÚBLICA:
O uso nocivo de álcool leva à 3 milhões de mortes ao ano no mundo. No Brasil, o SUS realiza atendimento gratuito para pessoas que sofrem com o vício do alcoolismo, basta buscar os CPAS (Centros de Atenção Psicossocial) em seu município ou nas UBS). Outra ajuda fundamental é a do A.A. (Alcoólicos Anônimos), pesquise no site uma unidade próxima de você.
Ouça KIN WAGON em:
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No Cine Joia (25/05), em SP, Ritchie celebra 40 anos do LP Voo de Coração
No dia 25 de maio, o Cine Joia, em São Paulo, recebe um show especial do Ritchie e banda para celebrar 40 anos de um dos discos mais importantes do pop brasileiro: Voo de Coração. A realização é da produtora Mar Festival, que no mês de abril estreou com a produção – sold out! – da influente banda norte-americana The Brian Jonestown Massacre em SP. Lançado em junho de 1983, o disco trouxe pelo menos meia dúzia de hits de rádio, como o hit eterno, “Menina Veneno”, e outros sucessos como “Pelo interfone”, “A vida tem dessas coisas”, “Voo de Coração” e “Casanova”.
Voo de Coração foi o LP mais vendido do Brasil naquele ano e permaneceu nas paradas nacionais por tanto tempo que, no fim do ano seguinte, ainda disputava a liderança com Roberto Carlos e “Thriller”, de Michael Jackson. No show, Ritchie, acompanhado de uma excelente banda, formada por músicos experientes como Hugo Hori (sax e flautas), Eron Guarnieri (teclados), Luis Capano (bateria), Renato Galozzi (guitarrista) e Igor Pimenta (contrabaixo), fará um apanhado de seus 40 anos de carreira e homenageará ídolos como Cat Stevens, Caetano Veloso, Peter Gabriel e Righteous Brothers.
SERVIÇO
Ritchie – 40 anos Do LP Voo de Coração
Data: 25 de maio de 2023 (quinta-feira)
Horário: 20h30 (portas)
Local: Cine Joia
Endereço: Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo/SP
Classificação etária: 18 anos
Venda on-line
Ingressos:
R$ 130 (3º lote – meia entrada promocional, com doação de um quilo de alimento não perecível);
R$ 260 (3º lote – inteira)
R$ 440 (Camarote, 2º lote – inteira).
Voo do Coração, um marco do pop brasileiro
Por André Barcinski
Em junho de 1983, um disco-voador pousou na música brasileira. Na época, ninguém entendeu direito o que era e nem de onde ele veio. Mas ele veio para ficar. Voo de Coração, LP de estreia de Ritchie, era uma anomalia no pop brazuca: a música radiofônica brasileira do início dos anos 80 era orgânica, feito de guitarras, não de sintetizadores. Era uma música solar, praiana e alegre – Blitz, Lulu, Gang 90 –, ao passo que a música de Ritchie era gélida e contida, o que lhe conferia uma atmosfera mais europeia e cool. Além disso, a figura de Ritchie contrastava com a de um popstar tropical: magérrimo, meio andrógino, com orelhas pontudas e dentes imperfeitos, usava um topete de gel, vestia jaquetas de couro e cantava com um forte sotaque estrangeiro. A canção tinha uma letra sexy e misteriosa, com um refrão absolutamente inesquecível e solo de saxofone, um must do pop da década de 1980. Se fosse gravada em inglês pelo Duran Duran, “Menina Veneno” teria sido um sucesso mundial.
Ritchie não tinha na manga apenas essa música. O disco todo, Voo de Coração, era muito bom, com canções pegajosas, bem-produzidas e hits a granel, como “Pelo interfone”, “A vida tem dessas coisas”, “Voo de coração” e “Casanova”. Todos os sintetizadores foram gravados por Lauro Salazar, um brasileiro que morava em Munique e trabalhava com alguns dos músicos mais importantes da vanguarda alemã, como o baterista Curt Cress, conhecido por seu trabalho solo e por discos com Falco e Alphaville. Salazar também fez os arranjos do LP de Ritchie e, mais tarde, tocaria teclados no sucesso “Cheia de Charme”, de Guilherme Arantes.
Desde Secos & Molhados, nenhum disco de estreia no Brasil fizera tanto sucesso quanto Voo de Coração. Ritchie saiu em uma turnê gigante – com 139 shows em sete meses – por Brasil, Paraguai e Peru, levando toda a aparelhagem de som e iluminação. A excursão passou por cidades que nunca tinham visto uma guitarra elétrica, quanto mais um sintetizador. E o professor de inglês, que ganhava a vida dando aulas para Gal Costa e outros, virou o maior popstar do Brasil.
Ritche e a gênese de Voo de Coração
Quando estourou com “Menina veneno”, Richard David Court, o Ritchie, já era um veterano da cena musical no Brasil. O inglês desembarcara por aqui em 1972, para três meses de férias, mas nunca mais voltou à Inglaterra (sua matrícula no curso de literatura inglesa em Oxford ainda está aberta). Ritchie era um músico versátil: tocava vários instrumentos e havia cantado no coral da Sherborne School, tradicional escola britânica, onde foi colega do ator Jeremy Irons. Em Londres, conheceu Rita Lee, que o convidou para passar uma temporada com os Mutantes em São Paulo. Ao chegar, Ritchie logo se enturmou com os brasileiros. Montou uma banda, Scaladácida, que cantava em inglês, e foi chamado para o grupo de rock progressivo Vímana, no qual tocou com Lulu Santos e Lobão. A cena roqueira no Brasil era pequena e ortodoxa. O rock progressivo de Yes, Gentle Giant e Emerson, Lake & Palmer dominava as discussões.
“As pessoas não acreditavam que havia um roqueiro inglês de verdade por aqui, que cantava em inglês, e eu virei um rockstar. Várias bandas tentavam cantar em inglês, mas falavam muito mal. Pensei: ‘Posso me dar bem por aqui!’” Quem tinha visto shows de Roxy Music, Mahavishnu Orchestra e Yes na Europa não se impressionava muito com as bandas brasileiras, exceto com os Mutantes. “Eles eram fora de série, estavam no mesmo nível técnico de qualquer banda estrangeira. Tinham uma força e uma originalidade impressionantes. Virei grande fã deles.” Ritchie morou por um tempo com Arnaldo e Sérgio e presenciou as brigas que culminariam na saída de Rita Lee do grupo.
O Vímana acabou em 1977, sem estourar, e Ritchie foi dar aulas de inglês para sobreviver. Não via nenhuma perspectiva para quem gostava de rock e pop. Cansou de ouvir gravadoras dizerem que o rock jamais teria vez no Brasil, pois o povão não apreciava. Ritchie conseguiu um emprego na escola de inglês Berlitz e deu aulas particulares para Paulo Moura, Egberto Gismonti, Gal Costa e Liminha. Já tinha se conformado em abandonar a música. Em 1980, o ex-baterista do grupo inglês Traffic, Jim Capaldi, casado com uma brasileira, pretendia gravar um disco solo, Let the Thunder Cry, e convidou Ritchie para ajudá-lo com os arranjos vocais em Londres. Capaldi reuniu um supergrupo para o LP, incluindo o baterista Simon Kirke (Free, Bad Company), o saxofonista Mel Collins (King Crimson, Camel), o percussionista Rebop Kwaku Baah (Can, Traffic) e o baterista Andy Newmark, que havia trabalhado com Sly and the Family Stone, Cat Stevens e Pink Floyd, e gravaria, meses depois, o último disco de John Lennon, Double Fantasy.
Ritchie ficou orgulhoso por estar no meio daquelas feras. Embora fosse um músico desconhecido, sentiu-se respeitado por todos. Além de cantar, acabou ajudando na produção do disco. O trabalho restaurou a confiança artística que ele havia perdido. Ao mesmo tempo, começou a notar que a cena no Brasil estava mudando, e que a música jovem ganhava terreno no país. E, assim que voltou ao Brasil, bateu à porta do amigo Bernardo Vilhena, letrista e poeta do grupo Nuvem Cigana: “Bernardo, vamos ganhar dinheiro?”.
Meses antes, a mulher de Ritchie, Leda, tinha trazido do exterior um Casiotone, pequeno teclado eletrônico. O músico sabia as limitações do instrumento, mas ficou fascinado com a sonoridade moderna do brinquedo. Na época, faziam sucesso grupos de synthpop como Soft Cell, Depeche Mode, Human League e A Flock of Seagulls, que usavam sintetizadores em canções dançantes. Havia também uma vertente do synthpop chamada new romantic, nascida de clubes do underground londrino, inspirada no visual andrógino e chique de Roxy Music e David Bowie, e que revelaria grupos como Duran Duran, Visage, Culture Club e Spandau Ballet. Ritchie seria o primeiro new romantic brasileiro. Só faltava convencer as gravadoras.
Várias músicas que entrariam no primeiro disco do cantor com a CBS foram gravadas em um porão pelo produtor Liminha, durante uma sessão que contou com o guitarrista Steve Hackett, ex-Genesis, outro gringo casado com uma brasileira. Ritchie mostrou à CBS a fita demo com duas músicas, “Voo de Coração” e “Baby, meu bem”. O executivo da gravadora, Claudio Condé, adorou as canções e deu ao músico um horário de estúdio que ninguém queria – a tarde de 31 de dezembro de 1982. Ritchie deveria regravar as faixas em 24 canais, pois as demos haviam sido feitas em oito canais. Mas o cantor tinha outros planos: em vez de usar o estúdio para mexer em músicas prontas, decidiu gravar uma inédita, que havia acabado de fazer com Bernardo Vilhena, chamada “Menina Veneno”. Na tarde de 1º de janeiro de 1983, ignorando o feriado, Ritchie bateu na casa de Condé: “Você vai me desculpar, mas eu não passei as músicas pra 24 canais, eu gravei outra”.
O diretor da CBS nem teve tempo de reclamar. Ritchie colocou a música para tocar e Condé ficou de queixo caído: “Isso aí é tudo o que a gente queria”. Quem ouve “Menina Veneno” hoje pode ter dificuldade em compreender por que a canção soava tão moderna em 1983. Mas os que viveram aquela época sabem o choque que foi ouvir uma canção tão futurista em português. Aquilo simplesmente não existia por aqui. E hoje, 40 anos, depois, “Voo de Coração” é justamente celebrado como um disco fundamental do pop brasileiro.
OUTONO disponibiliza single com inspiração cinematográfica, “Night of the Hunter”
O trio OUTONO retorna às plataformas digitais com mais um artefato sonoro único, disponibilizado aos fãs justamente durante o outono. A música “Night of the Hunter”, lançada em 13 de maio, é a novidade da banda, que vem colhendo bons frutos com os últimos lançamentos. A sonoridade minimalista do gothic rock da banda resulta em uma abordagem musical única e com identidade. A letra foi inspirada no clássico filme noir de 1955, The Night Of The Hunter, dirigido por Charles Laughton. A película é estrelada por Robert Mitchum no papel de um serial killer que se passa por um padre, que encanta os cidadãos de uma pequena cidade do interior e persegue um casal de crianças, com o objetivo de botar as mãos em 10 mil dólares roubados pelo pai delas. Antes de morrer, o pai havia escondido o valor dentro da boneca da menina e pedido para que ambos não contassem a ninguém sobre o paradeiro do dinheiro.
O letrista, baixista e vocalista Guto Diaz disseca o tema: “The Night Of The Hunter, na versão em português, O Mensageiro Do Diabo, é um dos mais incríveis filmes noir já produzidos. A primeira vez que assisti fiquei completamente apaixonado e impressionado com o enredo, as atuações, a trilha sonora e, principalmente, a magistral fotografia em preto e branco, que deu ao filme uma atmosfera extremamente soturna e tensa. Ano passado, assisti novamente e me veio a ideia de criar uma letra inspirada no filme. Resumidamente, é a história de um serial killer que se passa por um padre e encanta os cidadãos de uma pacata cidade do interior dos Estados Unidos e que persegue duas crianças (o casal de irmãos John e Pearl) em busca de uma grande quantia roubada que está escondida dentro da boneca de Pearl”.
A fusão de expressões artísticas diferentes é uma iniciativa louvável, pois promove um intercâmbio cultural entre diferentes visões: “Acredito que não somente o cinema e a literatura, mas as artes em geral, manifestações culturais e a própria realidade (por mais distópica que possa parecer em alguns momentos), servem de inspiração para a nossa música. Não é a primeira vez que me baseio em temas tirados do cinema ou da literatura. Algumas músicas do álbum de estreia da The Secret Society, Rites Of Fire, são alguns exemplos: “Deciduous” (Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis), “Mephistofaustian Transluciferation” (filme Fausto de Jan Švankmajer), “Memento Mori” (Bobók de Dostoiévski), e por aí vai. Acho que a grande vantagem é poder absorver ideias nesse intercâmbio de inspiração entre as diversas artes”.
A OUTONO, formada pelo baixista e vocalista Guto Diaz, pelo guitarrista Fabiano Cavassin e pelo baterista Wlad Zechner, carrega consigo grande experiência adquirida no decorrer das décadas. No passado, alguns deles estiveram em bandas importantes como Primal e The Secret Society, com as lançaram discos icônicos e dividiram palco com gigantes como Dee Snider, Europe e The Sisters of Mercy, entre muitos outros. Os singles anteriores, “Shades Before Dawn”, “Brighter Than The Sun” e “Confessional” declararam ao mundo a chegada deste novo personagem da música sombria. Deixe-se abraçar pelas gentis e soturnas melodias, e vocais ásperos, mas envolventes. O ritmo de trabalho da OUTONO segue intenso.
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Ouça “Night of the Hunter”
Sound Bullet une math rock, política, games e animes em “Inevitável”, terceiro álbum de estúdio
No texto “Uma Faísca Pode Incendiar Toda a Pradaria”, de Mao Zedong, o autor reforça de modo objetivo e também poético a iminência das revoluções que aconteceriam em seu país. Ele usa figuras como um navio que se apresenta no horizonte próximo ao porto, o sol nascendo no leste em mais um dia e uma criança se movendo no ventre da mãe, mostrando para o mundo que em breve irá nascer. Essas transformações, com revoltas internas e esperanças, surgem no intenso Inevitável, terceiro álbum de estúdio da banda carioca Sound Bullet. Inspirados pela mensagem texto de Zedong, eles fecham ciclos em sua obra e abrem portas para o novo.
Em um caldeirão de inspirações, a Sound Bullet mistura uma forte carga politizada, inerente a um disco gravado no último ano no Brasil, com uma onda de luz de possibilidades mais claras para o futuro. O lançamento chega junto do clipe “Jupiter Jazz Pt. 2”. “O disco é inspirado por diversas pequenas coisas que compõem o conceito de inevitável, ou seja, a mudança positiva rumo ao futuro ideal. Sem a negatividade de ‘o mundo está morrendo’ ou que ‘o único caminho é abandonar esperanças’, sabe? Sem aquela perspectiva ecofascista que a gente viu na pandemia. É preciso trilhar um caminho positivo, mas também sem uma positividade falsa que deixa de ser combativa, afinal, o mundo não é doce”, conta o vocalista e guitarrista Guilherme Gonzalez.
Sobre a faixa que ganhou o clipe, ele complementa: “A música fala sobre acordar, de uma certa forma. Estamos vivos ou estaremos vivos no fim do dia? Tudo depende. Mas não vamos abaixar a cabeça por isso. O que tiver que ser, vai acontecer, mas o final sempre é inevitável”. A faixa tem referências claras e inspirações do anime “Cowboy Bebop” e é uma das múltiplas inspirações do caldeirão criado pela banda em volta de muito math rock, que em horas caminha quase para a Nova MPB e em outras para o post-hardcore. “Lavender Town”, cantada pelo guitarrista Rodrigo Tak-ming, foi inspirada na icônica cidade dos fantasmas presente nos jogos Pokémon Red/Blue/Yellow. O álbum conta ainda com samples de falas do jornalista Fagner Torres, do podcast Lado B do Rio, e do historiador João Carvalho.
O novo trabalho fecha um ciclo iniciado 10 anos atrás, com referências e saudações a tudo que a banda fez desde o EP de estreia Ninguém Está Sozinho e passando pelos discos Terreno e Home Ghosts. Além dos já citados Gonzalez e Tak-Ming, a banda conta com Fred Mattos (baixo) e Henrique Wuensch (guitarra e synth), além do baterista Bruno Castro fechando a formação atual. Com produção musical de Patrick Laplan, que assume as baterias do álbum, Inevitável já está disponível para audição nas principais plataformas via Sony Music Brasil.
Ficha técnica do single:
Produção: Patrick Laplan
Mixagem: Andrew Oedel (EUA) – Ghost Hit Recording
Masterização: Kevin Butler (EUA) – Test Tube Audio
Gravadora: Sony Music Brasil
Guilherme Gonzalez – Voz e Guitarra
Fred Mattos – Baixo
Rodrigo Tak-ming – Guitarra
Henrique Wuensch – Guitarra e Synth
Patrick Laplan – Bateria
Ouça Inevitável
Assista ao clipe “Jupiter Jazz Pt. 2”
Assista ao lyric video de “O Ano da Volta”
Assista ao visualizer “De repente, tudo é possível de novo”
Acompanhe Sound Bullet: