45 Atrás: O Rock Ao Vivo em 1978
Por Marcello Zapelini
Confesso que tenho um fraco por discos ao vivo. Quando comecei a comprar discos fora do catálogo dos Rolling Stones, álbuns ao vivo eram minha principal escolha para conhecer uma banda. Alguma coisa me dizia que o repertório seria algo especial, e achava muito interessante conhecer as músicas sem maiores produções de estúdio. O entusiasmo do público também me chamava a atenção. Por muito tempo acreditei que a primeira metade da década de 70 fosse a época áurea do disco ao vivo de rock. Mas aí, a Consultoria publicou um Ouve Isso Aqui destacando os álbuns ao vivo de 1979. E eu me peguei pensando: 1978 foi tão bom quanto 1979 nesse campo! Um dos melhores que conheço, Waiting for Columbus, do Little Feat, já foi resenhado aqui. E aquele que é provavelmente o favorito de todos no ano de 1978, Live and Dangerous do Thin Lizzy, vai para outra resenha de box set!! Este artigo destaca os outros grandes discos ao vivo que estão completando 45 anos em 2023.
And now, ladies and gentleman, let’s give a warm welcome to…
1) AC/DC – If You Want Blood You’ve Got It
Um dos dois únicos álbuns simples dessa minha lista, e por muito tempo o único ao vivo do AC/DC com Bon Scott se esgoelando. Incidentalmente, também foi o primeiro dessa lista que comprei, ainda nos tempos do vinil. Faltam palavras para descrever este longo (quase 53 minutos) álbum, gravado ao vivo no Apollo Theatre de Glasgow em abril de 1978 com um AC/DC jovem e a mil por hora. Do início com “Riff Raff” até o final caótico com “Rocker”, passando pelas clássicas “Let There Be Rock”, “The Jack”, “Whole Lotta Rosie”, o disco é uma aula de rock’n’roll dos irmãos Young, Phil Rudd, Cliff Evans e o inimitável Bon, e é presença obrigatória em qualquer coleção de rock que se preze. É uma pena que a Atlantic nunca relançou o álbum com músicas adicionais – o show completo deve ter sido apoteótico, com “Dog Eat Dog” e “Fling Thing” no setlist, e um solo mais longo de Angus. Enfim, quem sabe um dia rola…
2) AEROSMITH – Live! Bootleg
O Aerosmith em 1978 já refletia as tensões que acabariam com a formação clássica com Tyler, Perry, Whitford, Hamilton e Kramer. A maior parte do álbum duplo foi gravada durante as turnês americanas de 1976 e 1977, quando a banda promovia “Rocks” e “Draw the Line”, com duas músicas adicionais gravadas em 1973 (“I Ain’t Got You” e “Mother Popcorn”, esta com direito a um solo de sax). A capa tirava um sarro da má produção gráfica dos discos pirata da época, e até mesmo a tracklist estava errada, pois não trazia “Draw the Line”, que aparece logo após “Mother Popcorn”. Live! Bootleg é um excelente disco que apresenta versões extremamente enérgicas das músicas mais conhecidas da primeira parte da carreira do grupo (“Dream On”, “Mama Kin”, “Back in the Saddle”, “Walk this Way”), e não encontra paralelo nos outros lançamentos ao vivo do Aerosmith. Este é o tipo de álbum que você podia colocar para rolar na sua festa e esquecer que estava tocando!
3) THE BAND – The Last Waltz
Gravado no Dia de Ação de Graças de 1976, The Last Waltz esperou quase dois anos para ser lançado – a espera era para que o filme de Martin Scorsese ficasse pronto. A espera valeu, porque é uma aula de rock americano, com uma lista impressionante de convidados (Dylan, Clapton, Neil Young, Van Morrison… chega?) que se alternam no palco, muitas vezes interpretando músicas originais deles com o apoio da turma de Robbie Robertson, e uma impressionante seção de metais. Lançado em álbum triplo de vinil (e posteriormente em box set com 4 CDs), com um lado gravado em estúdio (no qual se destaca a maravilhosa versão de “The Weight” com participação do The Staples Singers), The Last Waltz passa a limpo toda a carreira do The Band e destaca como a banda foi ao mesmo tempo revolucionária nas suas músicas originais e um dos melhores grupos de apoio da história do rock. Ah, é claro, o filme (facilmente encontrável por aí) também é fantástico – especialmente quando a guitarra de Eric Clapton quase cai no chão e Robbie Robertson se mata de rir.
4) CAMEL – A Live Record
O Camel passara por uma mudança de formação, trocando Doug Ferguson por Richard Sinclair e efetivando Mel Collins. O agora quinteto lançou Rain Dances, que, apesar de ser um ótimo disco, não goza da mesma popularidade que os outros (para saber mais, confira Cinco Discos para Conhecer – Mel Collins). Planejado pela banda para ser uma espécie de resumo de sua carreira, o álbum duplo traz duas músicas gravadas em 1974 no Marquee, a versão ao vivo orquestrada de Snow Goose de 1975 (todas com Ferguson) e quatro com a nova formação, gravadas em diferentes shows na Inglaterra em 1977. Este disco é básico para quem quer conhecer o Camel! As performances são excelentes, a qualidade de gravação é espetacular e a banda estava no auge. Uma reedição em CD de 2002 acrescentou mais quarenta minutos aos já generosos 97 do original, e deve ser sua opção de compra (a menos que você queira empenhar a mãe e o pai para comprar o vinil). A maioria das músicas acrescentadas foi gravada em 1977. É pouco, pois adoraria ver A Live Record ser agraciado com uma box com todos os shows completos! Uma curiosidade: na primeira edição em vinil brasileira, um defeito de fabricação fez com que o lado A do segundo disco fosse gravado de trás para frente.
5) DAVID BOWIE – Stage
O segundo disco ao vivo oficial de Bowie é bem superior ao infeliz David Live de 1974, e foi gravado quando o Camaleão estava em sua fase berlinense. O que o outro disco tem de anêmico este tem de fascinante, tendo sido gravado em shows nos EUA com uma banda que incluía Adrian Belew na guitarra-solo, Simon House (do Hawkwind) no violino e Roger Powell (do Utopia) nos teclados, além de figurinhas carimbadas das bandas anteriores de Bowie. A maioria do repertório data dos discos de 1975 a 1977, com cinco canções representando The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars. Há várias edições diferentes de Stage disponíveis no mercado, e a box A New Career in a New Town trouxe duas delas: a original de 1978 e uma nova versão com mais de vinte minutos de música adicional, na ordem do setlist original. Se o orçamento permitir, essa é a ideal (disponível também em vinil triplo).
6) GROBSCHNITT – Solar Music Live
Este álbum alemão é provavelmente o mais obscuro da minha lista. Lançado como um álbum simples (apesar dos mais de 50 minutos de duração), e acrescido de músicas adicionais nas reedições em CD (a mais recente transformou-o em um álbum duplo), Solar Music Live tem seu título retirado da música que preenche todo o disco 2 do terceiro álbum da banda, Ballerina. Wildschwein, Lupo, Mist, Popo e Eroc formavam o quinteto nesta época, cujos shows eram cheios de elementos teatrais, com os músicos usando máscaras e fantasias, além de múltiplos efeitos especiais. “Solar Music” dura 34 minutos na versão original, mas aqui foi dividida em três partes que somam aproximadamente vinte. As outras músicas não tinham sido lançadas em disco de estúdio antes, e o álbum é quase inteiramente instrumental. Uma viagem de space rock e psicodelia como só os alemães eram capazes de fazer, perfeita para quem gosta de Hawkwind, Pink Floyd pré-Meddle, UFO dos dois primeiros discos ou de Steve Hillage. Se você ficou curioso, sugiro começar a ouvir a partir de “Solar Music II”, que é a parte mais viajante… E como não se impressionar com as guitarras em “Otto Pankrock”? Como curiosidade, este álbum atinge a impressionante média de 4,59 no ProgArchives, o que o torna um dos mais bem avaliados do site.
7) JETHRO TULL – Bursting Out
O Jethro Tull comemorou dez anos de carreira em 1978, ano em que a banda lançou um de seus melhores LPs, Heavy Horses, e este duplo ao vivo, cuja introdução foi feita por Claude Nobs, o organizador do festival de Montreux. O disco cobre praticamente todas as fases da carreira do grupo, e deixa para o lado 4 as músicas de “Aqualung”. As instrumentais “Conundrum”, “Quatrain” e “The Dambusters March” são exclusivas deste álbum ao vivo, que abrange nada menos do que oito discos de estúdio em suas 18 faixas (mais duas introduções). Algumas músicas, de acordo com o que se determinou, foram extraídas de um show em Berna (Suíça), que pode ser encontrado em versão completa na box comemorativa de Heavy Horses, mas há outros lançamentos do grupo com shows da época. Este álbum marcou o fim do período de John Glascock na banda, pois ele teve que fazer uma cirurgia e foi substituído por Tony Williams, e depois por Dave Pegg. Voltando a Bursting Out, as versões de “Aqualung”, “Thick as a Brick” (reduzida para doze minutos) e “Minstrel in the Gallery” são realmente excepcionais, e se você ainda não parou de ler para ouvir o álbum, desculpe-me por fazê-lo perder tempo! Em tempo: só eu acho o design da capa suspeitamente parecido com o Live and Dangerous do Thin Lizzy?
8) KANSAS – Two for the Show
O excelente álbum duplo ao vivo do Kansas nos anos 70 traz um repertório escolhido a dedo em versões quase perfeitas. A banda estava no seu auge, comercialmente falando, e o momento era ideal para um disco ao vivo. Com músicas extraídas dos cinco discos de estúdio lançados até então, e uma ótima capa, Two for the Show é essencial para os fãs do Kansas e muito bom para quem quer conhecer o grupo. A qualidade sonora das gravações é tão boa que até hoje tenho suspeitas de que tenha sido muito mexido no estúdio, mas nunca encontrei nenhuma confirmação. A primeira edição em CD mutilou a arte da capa e retirou uma música, mas uma reedição em álbum duplo (30th. Anniversary Edition, 2008), restaurou tudo e ainda acrescentou mais dez músicas, além de trazer um ótimo texto de Jeb Wright. No mais, é ouvir o disco e se deliciar com “The Closet Chronicles”, “Mysteries and Mayhem”, “Lonely Wind”, e os sucessos “Carry On Wayward Son” e “Dust in the Wind”.
9) THE OUTLAWS – Bring it Back Alive!
A banda de Southern rock The Outlaws era conhecido como “The Four Guitar Army” pelos fãs – mesmo que uma das guitarras seja, na verdade, um baixo. A turma de Hughie Thomasson (que integraria o Lynyrd Skynyrd nos anos 90) tinha lançado três discos de estúdio e – como muitas outras bandas – ganhara a fama de ser melhor ao vivo, então Bring it Back Alive! era a escolha natural para promover o grupo. Produzido por Bill Sczymczyk, o disco tem um som um pouco abafado, mas as guitarras realmente impressionam e o trabalho dos dois bateristas não deixa nada a desejar ao The Allman Brothers Band. The Outlaws é uma banda relativamente pouco conhecida no Brasil, mesmo entre os fãs de Southern rock, mas o som é muito gostoso de ouvir, e “Green Grass and High Tides”, que ocupa todo o lado 4 do vinil original, impressiona com seus mais de 21 minutos – a original durava “apenas” 10 minutos – de longos solos e duetos de guitarras e baterias. Felizmente, Bring it Back Alive! cabe num CD simples, diferentemente de outros discos aqui mencionados. E se você encontrar uma versão em vinil que traga o título Bring’Em Back Alive! nos selos dos LPs, não perca – foi um erro de impressão que torna o LP original uma peça de coleção.
10) TODD RUNDGREN – Back to the Bars
Todd Rundgren é mais ou menos como Frank Zappa: ou você ama, ou odeia. O guitarrista, pianista, vocalista, produtor, o que mais você quiser, já tinha juntado um catálogo impressionante em dez anos de carreira e nunca tinha lançado um álbum-solo ao vivo. Boa parte dos discos-solo de Todd traziam-no gravando todos os instrumentos, e para este álbum ele buscou músicos que pudessem recriar fielmente as músicas originais. Assim, Back to the Bars foi gravado em parte com o apoio da formação do Utopia à época e parte com ex-integrantes da mesma banda progressiva, além de ter a participação de Spencer Davis, Rick Derringer, Hall & Oates e Stevie Nicks. O disco é uma boa síntese da carreira solo de Todd, e se torna especial para mim ao revisitar as composições de “Something/Anything” (a obra-prima do moço, na minha opinião). “Love in Action”, “Real Man”, “Black Maria”, “Hello, It’s Me” e o “Medley” com clássicos do R & B sessentista são meus destaques no álbum. E se você tiver dúvida da capacidade de Todd Rundgren como guitarrista, ouça “The Last Ride” – o solo é curto, é verdade, mas direto na veia.
Bonus tracks:
Se quiser conferir mais alguns ótimos discos ao vivo de 1978, eis uma lista dos que ficaram de fora! E olha que nem incluí aqueles que, embora gravados em 1978, só seriam lançados anos depois…
1) BARCLAY JAMES HARVEST – Live Tapes
A banda progressiva britânica (que chega a tirar sarro de sua semelhança com o Moody Blues) no seu segundo disco ao vivo; ótimo para quem quiser conhecer o grupo na sua fase de maior sucesso.
2) BLUE ÖYSTER CULT – Some Enchanted Evening
O segundo álbum ao vivo do BÖC não é tão bom quanto o primeiro, mas a Legacy Edition, com diversos bônus e um DVD, vale a pena.
3) BOB DYLAN – Live at Budokan
O original japonês é de 1978. Um dos discos mais criticados de Bob, mas eu gosto, porque mostra um artista buscando novos arranjos para velhos cavalos de batalha.
4) BOB MARLEY – Babylon by Bus
Não gosto de reggae, mas respeito muito o Bob Marley. Este álbum, menos conhecido do que o Live! de 1975, é um bom resumo do trabalho do mestre jamaicano.
5) ELOY – Live
Passada a estranheza inicial com o sotaque carregado de Frank Bornemann, o que se tem é um excelente duplo ao vivo de uma das melhores bandas do progressivo alemão – e que faz a gente sentir vontade de ir atrás dos discos de estúdio.
6) FRANK MARINO & MAHOGANY RUSH – Live
Abrir listas de “melhores guitarristas de todos os tempos” e não encontrar Frank Marino é triste… Este álbum deveria ser enviado a todo redator dessas listas. É uma festa para quem gosta de uma guitarra hendrixiana.
7) FRANK ZAPPA – Zappa in New York
Frank liderando uma banda enorme com Eddie Jobson, Terry Bozzio, Brecker Brothers, Ruth Underwood, num dos seus melhores discos ao vivo. Recentemente, uma box set trouxe mais músicas da época.
8) GEORGE BENSON – Weekend in L.A.
Benson estava no seu período jazz-pop quando lançou este duplo ao vivo, essencial para seus fãs e bom para quem gosta de uma guitarra bem tocada. Outro álbum que merecia relançamento com bônus…
9) HOT TUNA – Double Dose
O Hot Tuna estava no fim da carreira quando lançou este disco, gravado ao vivo porque a produção (assinada por Felix Pappalardi) seria mais barata. Jorma Kaukonen começa sozinho no violão, Jack e a banda entram depois, e o blues e o rock comem soltos!
10) IAN GILLAN BAND – Live at Budokan
O combo jazzístico do Ian Gillan estava acabando quando este álbum saiu. Apesar de não ter nenhuma música do primeiro LP da IGB, é boa introdução para o som do grupo, com versões superiores à de estúdio; e ainda traz três músicas do Deep Purple.
11) JAN AKKERMAN – Live Montreux Jazz Festival 1978
Primeiro álbum ao vivo do mestre holandês, infelizmente muito curto – apenas 36 minutos. Akkerman estava em ótima fase e a banda é ótima, mas a gente fica querendo mais.
12) NEKTAR – More Live in New York
Continuação do disco de 1977, contendo o resto das gravações dos shows da banda inglesa radicada na Alemanha em New York em 1974. O melhor tinha sido colocado no primeiro álbum, mas este também é válido.
13) GONG – Gong Est Mort, Vive Gong!
A formação clássica do Gong era passado quando, em maio de 1977, reuniu-se para um show em Paris, lançado no ano seguinte neste álbum duplo – uma alternativa ao mais conhecido Gong Live Etc. de 1977. Consta que Daevid Allen teve que organizar uma ocupação do escritório da gravadora para que o disco fosse lançado. Deu certo!
14) SAMMY HAGAR – All Night Long
O primeiro disco ao vivo do Red Rocker traz boa parte do Montrose na banda de apoio, e inclui “Make it Last” e “Bad Motor Scooter”, além de músicas da carreira solo de Sammy. Outro disco que merecia uma reedição com bônus!
15) SCORPIONS – Tokyo Tapes
Primeiro disco ao vivo dos Scorpions, antes do estrelato nos anos 70. Se você não conhece, um bom motivo para correr atrás é a presença de Uli Jon Roth, simplesmente impecável. O repertório é o que a banda tinha de melhor até então.
16) SLADE – Alive! Vol. 2
Menos incendiário que o primeiro Alive!, traz alguns dos maiores sucessos do Slade, como “Mama Weer All Crazee Now”, “Take Me Bak ‘Ome”, “Cum on Feel the Noize”, mas não foi muito bem-sucedido. Alive! e Slade On Stage são melhores…
17) STEVE HILLAGE – Live Herald
O extraterrestre que ganhou fama no Gong lançou um duplo com três lados ao vivo e um de estúdio. Live Herald traz uma versão fantástica para “It’s All Too Much”, dos Beatles, e é o melhor disco lançado por Hillage.
18) TED NUGENT – Double Live Gonzo!
Último grande sucesso de Ted Nugent, embora ele mesmo ache o disco destestável – não consigo entender a razão! Double Live Gonzo! é Ted no seu habitat natural, fazendo o que faz de melhor: rock debochado com guitarras a todo vapor.
19) THE TUBES – What Do You Want From Live
The Tubes é uma banda mais legal de assistir do que de ouvir por causa da teatralidade. Mas a turma de Fee Waybill mandava muito bem no palco, e para quem quer conhecer seu potencial, este álbum duplo funciona melhor do que as coletâneas.
20) VAN DER GRAAF GENERATOR – Vital
A banda se despediu com este disco, muito criticado pelos fãs. Posteriormente, vim a entender a razão: eles faziam shows muito melhores do que este. Vale pela presença das cordas e de David Jackson, voltando à banda depois de mais de um ano fora.
Só discaço hein Marcello. Meu favorito da lista é o Two for the Show, mas da lista geral, Zappa in New York e Tokyo Tapes concorrem fortemente pela primeira posição. O Zappa In New York pega (mais uma) grande fase do bigodudo, com uma banda impecável. Já o Tokyo Tapes é o puta merda da caída de queixo para Uli Roth. O que o alemão está tocando neste disco é inacreditável, principalmente em “Fly to the Rainbow”. The Last Waltz é outro discaço.
Como adendo, sugiro Short Circuit: Live at the Electric Circus, compilação com gravações feitas no Electric Circus, e com um raro registro do grupo Warsaw (futuro Joy Division, como creditado na capa), Live Grape, retorno do Moby Grape em alto estilo, apesar de ter faixas de estúdio, An Evening with Herbie Hancock & Chick Corea: In Concert, disco dueto magistral entre esses monstros do piano, e senti muita falta do Live and Dangerous citado ali no Bursting Out (outro discaço), que apesar da semelhança mesmo na capa, não creio ser de propósito. Fico no aguardo da resenha do box deste baita álbum, que não é meu preferido de 78, repito.
Baita texto meu caro
Obrigado pelo comentário, Mairon – e mais ainda pelas recomendações. O “Short Circuit” é daqueles discos que só ouvi falar, e agora vou procurar por ele. “Live Grape” eu confesso que nem tinha lembrado, e olha que eu gostei do disco quando ouvi… O do Hancock e Corea eu tenho, é absurdamente bom, mas nem me dei conta de que tinha sido lançado nesse ano – como também não me lembrei do “Return to Forever Live”, que, apesar de gravado em 77, só saiu em 78. O “Live and Dangerous” está com a resenha da box quase saindo do forno!!
Agora, sobre “Tokyo Tapes”… Sempre que alguém que não conhece o Scorpions me pergunta se é bom, digo que dá para responder em três palavrinhas: Uli Jon Roth. Que performance absurda do cara!! Esse é outro que merece ser resenhado em separado!