Discografias Comentadas: Kid Abelha

Discografias Comentadas: Kid Abelha

Por Davi Pascale

Muitos não gostam da cena BRock que invadiu as rádios na década de 80, eu gosto. E bastante! Não apenas o movimento é polêmico. Muitos artistas vivem essa relação de amor e ódio, tanto na parte de publico, quanto de critica. Entre essas “vítimas” está o grupo carioca Kid Abelha. E foi justamente eles quem eu escolhi para aparecer na última Discografia Comentada do ano. Muitos dizem que seu som é nada mais do que pop. Tenho um pé atrás. Em vários momentos, pego influência de Jovem Guarda, Rita Lee e daqueles quatro rapazes de Liverpool em seu trabalho. É nítida a influencia do rock no trabalho deles. Claro, não do rock pesado. Entretanto, mesmo depois de tantos modismos, suas músicas seguem encantando a todos. Prova disso é a cantora Roberta Campos fazendo uma releitura do hit “Grand Hotel” recentemente. Sendo assim, nada mais justo do que conferirmos com um pouco mais de atenção, a discografia de um dos principais nomes da cena pop/rock brasileira.


Kid_Abelha_E_Os_Aboboras_Selvagens-Seu_Espiao-FrontalSeu Espião [1984]

Nessa época, era muito comum a gravadora testar os artistas em que iriam investir lançando um compacto antes do primeiro LP. Com o grupo de Paula Toller não foi diferente. Em 1983, a gravadora Warner Music resolveu testar o grupo com o lançamento do compacto “Pintura Íntima” (a famosa ‘fazer amor de madrugada’). O disquinho superou as expectativas e ultrapassou a marca de 150.000 cópias vendidas, atingindo “disco de ouro”. Daí para a gravação do disco foi só questão de tempo. As duas músicas do compacto foram para o LP. A canção que serviu para apresentar o grupo ao Brasil foi composta pelo então casal de namorados Leoni e Paula Toller, mas não agradava o futuro “herói da resistência”. Leoni já declarou em entrevistas que odiava o refrão e tentou modificá-lo até o ultimo minuto. A balada “Como Eu Quero” por pouco não entrou no disco. Os músicos não acreditavam nela. A faixa entrou por insistência do produtor Liminha. Por ironia do destino, essas duas faixas se tornaram não apenas os dois maiores sucessos do disco, como os 2 maiores sucessos do conjunto. Durante a gravação do disco, o baterista Beni Borja abandonou o barco. Por isso, seu rosto, que aparecia na capa do compacto, não aparece na capa do disco. Ocorria a primeira transformação: de quinteto para quarteto. O LP é fantástico. Poderia facilmente se passar por uma coletânea. O grupo apresentava um som mais solto, mais alegre. As letras ainda tinham um tom adolescente abordando temas como rebeldia e namoros. Paula Toller ainda demonstrava fragilidade nos vocais, mas toda essa inocência traz um brilho especial na audição. “Alice (Não Me Escreva Aquela Carta de Amor)”, “Nada Tanto Assim” e “Por Que Não Eu?” estão entre os grandes destaques do disco. A única que considero fraquinha e dispensável é “Ele Quer Me Conquistar”. Vale lembrar que antes do compacto, o grupo participou com duas musicas inéditas na coletânea Rock Voador.


kidabelhaEducação Sentimental [1985]

Como todo mundo que não tem medo de ser popular, o grupo sofreu criticas. A sonoridade de fácil assimilação trouxe ataques pesados da imprensa. Embora tivessem músicas nas rádios e um grande número de seguidores, os músicos foram massacrados pelos críticos que rotulavam suas canções como ‘fúteis’, ‘descartáveis’, ‘idiotas’, ‘medíocres’… Por diversas vezes, esses rótulos foram utilizados nas criticas de seu álbum de estreia. O mesmo aconteceu com seu segundo álbum, Educação Sentimental. E assim como seu álbum de estreia, o trabalho sobreviveu à prova do tempo. Hoje, muitos dos que atacavam o álbum, agora o enaltecem. Muitos fãs consideram esses trabalhos como clássicos. Em seu segundo LP, o quarteto que ainda atendia pelo nome de Kid Abelha e Os Aboboras Selvagens, contando mais uma vez com a produção de Liminha, trazia um avanço. O álbum trazia uma banda com um som mais encorpado e melhor qualidade de gravação. As músicas continuavam com a mesma fórmula e as letras continuavam com uma linguagem jovem. Leoni, até então principal compositor do grupo, se arrisca como cantor em duas musicas. Mas não tem jeito, falou em Kid Abelha é a voz de Paula Toller que vem à sua mente. O trabalho mantém o nível do anterior e traz várias canções que permanecem na memória das pessoas até os dias atuais como “Lágrimas e Chuva”, “Os Outros”, “Garotos” e “Educação Sentimental II”. Traz ainda uma versão de “Fórmula do Amor”, divertida, mas não consegue superar a de Léo Jaime. Depois de um desentendimento com a banda, o músico Leoni abandonou o barco. Já tentei saber o que rolou, mas cada fonte aponta uma coisa. Há quem aponte que sua saída tenha ocorrido por conta do fim de sua relação com a cantora Paula Toller. Há quem diga que o romance já tinha terminado e que sua saída ocorreu por terem participado de um show do Léo Jaime sem a presença dele. Enfim, com a saída do mesmo começaram os boatos de que a banda chegara ao fim.

Para interromper os boatos, foi lançado o primeiro álbum ao vivo, autointitulado. Gravado no Centro das Convenções do Anhembi para um publico de 20 mil pessoas, o trabalho foi marcado por confusões. Um VHS que era pra ter sido lançado foi deixado de lado. O LP que era pra ser duplo, tornou-se simples, e a sequência das músicas não tinha muita lógica. A última do show é a primeira do disco. O trabalho é muito lembrado por conter a versão de “Nada Por Mim”, bonita canção de Herbert Vianna e Paula Toller, que tinha se tornado um grande sucesso na voz de Marina Lima.



Kid_Abelha_-_Tomate  Tomate [1987]

Sem Leoni por perto, a dupla George Israel e Paula Toller trouxe para si a responsabilidade das composições. Cansados das criticas da imprensa, o agora trio Kid Abelha e Os Aboboras Selvagens, resolveu apostar em uma sonoridade mais madura. Nesse álbum, flertaram seu pop/rock com o funk (favor não confundir com o que hoje é vendido como funk carioca), apostaram um pouco mais nos metais e suas letras ganharam uma nova conotação. O tema principal do álbum é o amor, mas tratado de uma forma mais adulta. Foi nessa época que Paula Toller abandonou sua imagem de moleca e começou a apostar em um visual mais sensual. A partir daqui começou a ser tratada pela imprensa como um sex symbol. Embora as intenções tenham sido as melhores possíveis, o álbum realmente é fraco. Há poucos momentos memoráveis. O grande destaque fica por conta da belíssima balada “Amanhã é 23”. Outra música muito lembrada entre seus fãs e que estava sempre presente nos concertos é a divertida “No Meio da Rua”.


Kid_Abelha_-_KidKid [1989]

Não é segredo para ninguém que o trio não morre de amores pelo nome da banda, escolhido por um radialista. O cara foi tocar as músicas da banda no ar e os músicos avisaram que não haviam decidido ainda como iriam se chamar. O rapaz pediu para ler a relação de nomes que haviam criado e do nada mandou um deles na transmissão. Na época desse disco, houve uma tentativa de modificar o tal nome. Os músicos deram a desculpa de que todo mundo falava sobre a banda utilizando apenas o termo ‘kid’. Tentaram, mas não pegou. Esse foi o único trabalho lançado com essa nomenclatura. Depois de muito apanharem da critica, finalmente conquistaram respeito. Pela primeira vez, a imprensa se dirigiu a eles de maneira respeitosa. Dessa vez a produção do álbum ficou por conta dos músicos George Israel, Bruno Fortunato e do amigo Nilo Romero. O disco realmente é mais bem elaborado e mais bem acabado do que Tomate. Os arranjos são mais variados também. Considero um disco bacana, mas com altos e baixos. A grande evolução, para mim, foi o crescimento de Paula Toller enquanto cantora. Aqui, ela finalmente encontrou seu estilo. Vale lembrar que o cantor Cazuza foi o responsável pelo texto do press release, além de ter ajudado a compor a primeira musica do álbum, (a boa) “De Quem É O Poder”. Mas os grandes destaques mesmo ficam por conta de “A Historia Única De Todo Amor” e “Todo Meu Ouro”. Vale lembrar que a turnê foi encurtada por conta da gravidez de Paula Toller.

Enquanto o próximo lançamento não vinha, a gravadora soltou no mercado a coletânea Greatest Hits 80´s que continha regravações de “Como Eu Quero”, “Fixação” além da, até então, inédita “No Seu Lugar”.

Kid+Abelha+PNG


Kid_Abelha_-_Tudo_é_PermitidoTudo é Permitido [1991] 

Em 1991, o trio volta com um novo álbum de inéditas. Mais uma vez contando com George Israel e Nilo Romero na produção, o grupo solta um de seus melhores álbuns, começando uma sucessão de ótimos lançamentos. Conseguem aqui, atingir um som que é ao mesmo tempo maduro e comercial. As letras ganham um pouco mais de ousadia. Pela primeira vez, trazem letras um pouco mais erotizadas (o que viria a se repetir em Iê Iê Iê e Pega Vida). Algo facilmente perceptível em faixas como “Lolita”, por exemplo. Nesse álbum também consta a primeira aventura de George Israel como cantor na faixa “Eletricidade”. A canção “No Seu Lugar” foi incluída no disco, que ainda conta com as clássicas “Grand Hotel” e “Gosto de Ser Cruel”. As versões de “Não Vou Ficar” (canção de Tim Maia que foi sucesso na voz de Roberto Carlos) e “Fuga N° 2” (de “Os Mutantes”) também merecem destaques.


745099256067.600x600-75Iê Iê Iê [1993]

No inicio dos anos 90, muitos artistas começaram a ficar meio perdidos por conta da explosão do axé e do sertanejo, mas o trio não se abalou. Mais uma vez contando com George e Nilo na produção, o grupo solta mais um disco bem interessante, mantendo a qualidade atingida em seu trabalho anterior. Ao contrário de seu antecessor que trazia um som mais encorpado, por momentos trazendo referências da soul music, aqui eles apostam em uma sonoridade mais simples, dando mais ênfase aos violões. O tema ‘sexo’ é recorrente no disco, mas acalmem-se, não há vulgaridade nas letras. Até porque tal atitude não combinaria com a imagem da banda. O play traz uma parceria um tanto inusitada. Em “Deus”, o músico Sérgio Dias (guitarrista dos Mutantes, e um dos melhores do Brasil, na minha opinião) assina a música junto com Paula Toller e George Israel. “Eu Tive Um Sonho” tornou-se o grande sucesso do álbum. “Por Um Dia” e “Em Noventa e Dois” estão entre os melhores momentos. O CD ainda conta com uma interessante versão de “Smoke On The Water” (Deep Purple).

Em 1994, o grupo fez seu primeiro álbum acústico: Meio Desligado. Assim como seu primeiro álbum ao vivo, era pra ter saído um registro em vídeo que não aconteceu. Mesmo assim, o disco vendeu acima do esperado trazendo uma renovação de publico. Além de conter um dos melhores trabalhos vocais de Paula Toller, eles superam as versões originais de “Seu Espião” e “Fixação”, e trazem as participações especialíssimas de Ritchie, Lulu Santos e Sérgio Dias.


Kid Abelha - 1996 - Meu Mundo Gira Em Torno De VocêMeu Mundo Gira Em Torno De Você [1996] 

Com esse disco, o grupo se viu de novo com grande impacto na juventude. Voltaram a lotar agendas de shows, os clipes passaram bastante na MTV, voltaram com força para as rádios. Quem não se lembra do clipe de “Te Amo Pra Sempre” com a belíssima Paula Toller de biquíni na praia? É o disco que trazia maior sofisticação nos arranjos até então, chegando a ter faixas, inclusive, orquestradas. Na minha opinião, um dos melhores discos do trio. Nas rádios, foi executada à exaustão a (ótima) versão que fizeram de “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda” (Hyldon). “Como É Que Eu Vou Embora”, “Combinação” e “Apenas Timidez” estão entre as minhas preferidas. As letras aqui tinham uma conotação mais romântica, mas não é um disco focado em arranjos lentos.

A aproximação do Kid Abelha com a nova geração fez com que suas músicas começassem a frequentar novamente as pistas de dança. Por conta disso foi lançando um álbum (mediano) de remixes intitulado simplesmente Remix. No ano seguinte, foi lançado o primeiro (e ótimo) álbum em espanhol com a tentativa (frustrada) de uma carreira internacional. O disco, inclusive, demorou anos para ser lançado no Brasil. Quando resolveram lançar por aqui, já tinha importado o meu.

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autolove-W320Autolove [1998]

Assinado pela mesma dupla que produziu o álbum anterior (Kadu Menezes e George Israel), o álbum Autolove seguiu a mesma ideia de trazer arranjos mais elaborados. Agora, entretanto, com um álbum mais lento, repleto de baladas. Trata-se de um bom disco, mas bem abaixo de seu anterior. O disco trazia a curiosa participação do músico Egberto Gismonti na faixa “Minas-São Paulo“. Como curiosidade vale destacar que a (bonita) faixa “Ouvir Estrelas” foi inspirada no poema de Olavo Bilac (Ora Direis Ouvir Estrelas) e que a música “3 Taças” é uma homenagem ao já falecido Renato Russo, líder da Legião Urbana. Os grandes destaques, entretanto, ficam com o hit “Maio” e o lado B “Depois das Seis”.

Em 2000 foi lançado o álbum Coleção. O disco traz três (ótimas) faixas inéditas: “Deve Ser Amor”, “Um Momento Só” e “Eu Sei Voar”, além de nove covers. Entre os artistas regravados estavam Rita Lee, Wanderléa, Mutantes e Jorge Ben. O disco é bem bacana, mas nem todos entenderam. O CD dividiu opiniões… As versões de “Pare O Casamento”, “Quem Tem Medo de Brincar de Amor“, “Esotérico” e “As Curvas da Estrada de Santos” ficaram espetaculares. Vale lembrar que o lendário cantor/compositor Jorge Ben Jor participa junto com o Kid Abelha na regravação de “Mas Que Nada”.


UNL014158-2 KIDSurf [2001]

Na sequência, mais um trabalho de inéditas. Dessa vez, a dupla George e Kadu contou com a ajuda de outros dois produtores: o músico Max de Castro e Memê, mais conhecido por seu trabalho com o músico Lulu Santos. Não é preciso ser nenhum grande gênio para saber que quando se busca uma dupla como essa é porque o artista está querendo se aventurar no universo da música eletrônica. E é exatamente isso o que acontece por aqui. O Kid Abelha costurou seu som com elementos eletrônicos. Não chega a ser um álbum de pop eletrônico, contudo. Não soa como um álbum da Kesha ou da Madonna. Os efeitos entram como algo a mais, um complemento. O vocal suave de Paula Toller continua sendo a tônica do trabalho. O disco é muito bom e não é algo distante daquilo que seus fãs podem esperar. As agitadas “3 Garotas Na Calçada”, “Ressaca 99”, a balada “Eu Não Esqueço Nada” e as dançantes “Eu Contra A Noite” e “10 Minutos” estão entre os melhores momentos.

Em 2002 foi lançado um novo projeto acústico, dessa vez em parceria com a MTV. Ao contrário do Meio Desligado que tinha uma roupagem mais intimista, esse trazia arranjos mais elaborados, trabalhando mais o som de banda. Destaques para as belas versões de “Lagrimas e Chuva”, “Como Eu Quero” (contando com os violões inspirados de Edgard Scandurra) e a inédita “Nada Sei”.


pega-vida-W320Pega Vida [2005]

Esse foi o ultimo trabalho de inéditas lançado pelo grupo. Dessa vez, a produção ficou a cargo do galês Paul Ralphes. O produtor teve seu primeiro contato com o Brasil quando veio ao país como baixista da extinta banda Bliss. Lembra do hit “I Hear You Call”? Pois bem… O cara mora há 37 anos por aqui e já produziu outros artistas brasileiros como Skank, Engenheiros do Hawaii e Cidade Negra. Aqui, o grupo carioca volta à um som mais orgânico, misturando guitarras e violões e deixando os elementos eletrônicos do álbum anterior de lado. As letras trazem de volta aquele ar erotizado, quase sacana que havia sido trabalhado nos primeiros álbuns dos anos 90. “Poligamia”, “Pega Vida”, “Peito Aberto”, “Fala Meu Nome” e “Duas Casas” são os grandes destaques.

Ainda em 2005 foi lançado o DVD Pega Vida Ao Vivo que trazia o disco sendo tocado na integra, além de quatro bônus: os covers de “Teletema” (canção de Evinha que já havia sido regravada pelo trio em Coleção) e “Aumenta Que Isso Aí É Rock n Roll” (Celso Blues Boy), além da participação do músico Donavon Frankenreiter em “It Don´t Matter” e “King Of The Free Ride” (versão em inglês do sucesso “O Rei do Salão”, presente no álbum Surf).

 

Kid+Abelha+surf

 

Depois de uma segunda pausa, onde os músicos aproveitaram para realizar novos trabalhos solo, o trio voltou a se reunir em 2010 para a turnê “Glitter de Principiante”. Na sequência, emendaram uma gira comemorando 30 anos de estrada. Essa tour acabou rendendo um CD e um DVD, o ótimo Multishow Ao Vivo, lançado no final de 2012. No inicio de 2013, quando todos imaginavam uma extensão da turnê por conta da ótima repercussão do álbum, Paula Toller anunciou que a banda estava entrando de férias novamente. E segue assim, até os dias atuais.

No momento, a cantora lançou o single “Perguntas” (2022) e teve seu primeiro álbum solo prensado em vinil, enquanto George Israel este ano trouxe o single “Reza Forte”, ao lado da filha Cathy Israel em comemoração aos 40 anos de sua carreira. Os dois seguem na estrada fazendo apresentações onde misturam canções de seus álbuns solo com sucessos do Kid. Particularmente, gostaria de ver os músicos deixando os atritos para trás e retornando à estrada. Não para fazer alguns shows em estádios para garantir uma aposentadoria mais feliz. Gostaria que voltassem para valer, produzindo novas canções e tudo mais. Pop de qualidade está em falta no Brasil e isso eles sempre souberam fazer.

12 comentários sobre “Discografias Comentadas: Kid Abelha

    1. A primeira lista sai dia 31/12 agora. As outras aparecerão nos dias subsequentes. A previsão é de umas 6 listas individuais de melhores e depois uma lista geral a partir destas.

  1. Boa escolha Davi. Kid Abelha é uma banda bem injustiçada. Vários são os sucessos, muita gente pula nas festas de final de ano, e os mesmos acabam falando mal depois, apesar de no fundo gostarem bastante do que ouvem. Conheço pouco da fase nova do grupo, mas vivi a febre de “Te Amo pra Sempre” no final da década de 60, aonde todo mundo cantava essa canção. “Na Na Na Na Nunca Mais …”. Só não concordo com sua visão sobre Tomate, mas ai é questão de gosto. Em tempo, Paula Toller em uma determinada época de sua vida era fantasticamente encantadora.

    1. Década de 90, você quis dizer kkkkkkk. Sim, muita gente, aqui no Brasil, acha que ser pop é crime. Daí o trabalho de artistas extremamente talentosos (como Roupa Nova, Jota Quest e o próprio Kid Abelha) ser massacrado. O Tomate é bem tocado, mas o repertório não me empolga, mas como você mesmo disse, questão de gosto. 🙂 E a Paula Toller continua lindona.

  2. Ótima resenha dessa grande banda. Até hoje não entendo a saída do Leoni, imagine o que estaria por vir se ele tivesse continuado. Acredito que discos como Tomate e Kid teriam a mesma qualidade e nº de hits que os dois primeiros, inclusive com clássicos do Heróis como a linda Só Pro Meu Prazer na voz da Paula e Doublê de Corpo com um solo de sax do George Israel.

    1. Muito obrigado! A saída do Leoni realmente foi mal explicada. O que sempre foi comentado é que teve uma briga entre ele e a Paula Toller no camarim de um show e que ela deu uma pandeirada na cabeça dele kkkkk Agora… a razão da briga nunca veio à tona.

  3. Nos comentários sobre o disco Autolove, não foi citada a belíssima “Eu só Penso em Você” (o clipe dessa canção embalou demais a minha infância, quando assistia a MTV Brasil), e não foi citada “O Rei do Salão” (outra canção muito boa da banda) no texto sobre o disco SURF.

    1. É, não dá para citar tudo, senão o texto fica muito grande, mas eu também gosto dessas músicas.

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