Como e por que você começou a gostar de rock?
Por André Kaminski
Sério mesmo, responda esta pergunta lá nos comentários. Tenho curiosidade em saber.
Mas já que há um belo espaço para que eu possa escrever aqui, ao invés de ficar restrito apenas a esta pergunta, falarei um pouco do meu breve histórico com o gênero e como fui desenvolvendo meus gostos musicais com o passar dos anos.
Eu comecei meio tarde a me interessar por música, apenas lá pelos meus 15 anos. Antes até ouvia bandas BR Rock na casa de amigos, mas nunca com atenção ou com interesse em me aprofundar nelas. No meu caso, foi por influência de um amigo em específico ao qual a casa eu frequentava para jogarmos videogame. Ele, influenciado por outro amigo e com a MTV bombando no final dos anos 90 e início dos 2000, começou a adquirir cds do Iron Maiden, Stratovarius, Helloween, Dream Theater, Judas Priest, Blind Guardian e outras de estilos similares. Pela primeira vez na vida, comecei a sentir que aqueles sons combinavam comigo. Simplesmente combinavam. Letras falando de temas variados do mundo nerd, incluía-se aí também História, Literatura, Tolkien, Motos e uma chavinha virou dentro do meu cérebro dizendo que estas bandas conversam comigo.
Embora não tivesse dinheiro para comprar cds (quiçá um aparelho de som digno), eu sempre ouvia com muita atenção essas bandas acompanhando as letras em seus encartes e assistindo com ele alguns programas (ainda bons) que passavam na falecida MTV. Numa dessas, em 2004, conheci uns finlandeses pálidos que apareciam com frequência com seus clipes e que haviam acabado de lançar seu disco Once. Piramos e logo ele comprou o disco. Ouvíamos demais e logo ele comprou o restante lançado até aquele período na época. O Nightwish se tornou minha banda favorita. Ainda é.
Uns anos depois, com o barateamento dos computadores e das conexões banda larga, comecei a ter acesso a internet e, com isso, aos downloads. Me focava nas grandes bandas que conhecia e em poucos gêneros como Heavy Metal, Power Metal, Metal Sinfônico e Progressivo. Após uns meses, pensei “vamos conhecer este tal de Hard Rock” e inclui Scorpions, Deep Purple, Led Zeppelin e Kiss. Mais um tempo, e então “falam muito dessas bandas de Rock Progressivo, vamos ver o que tem nelas” e aí vieram Rush, Pink Floyd, Yes, Jethro Tull e mais um punhado. Esta trinca Heavy Metal (e seus subgêneros), Hard Rock e Progressivo virou minha base por muitos anos. Praticamente só ouvia o que poderia se encaixar nestes três rótulos.
Quando tive meu primeiro emprego fixo, também iniciei a minha coleção de discos. Infelizmente ela está parada há alguns anos devido ao aumento do dólar e das taxações do exterior. Mas um dia ainda irei de voltar a aumentá-la.
Depois por alguma influência aqui e ali dessas bandas que ouvia, comecei a incluir música sinfônica, darkwave, synthwave, folk, jazz, soul, trilhas sonoras de filmes e games e música regional de certos países. Do Brasil, voltei ao BR Rock e incluí também MPB antiga, sambas antigos e bons músicos regionais de cada uma das 5 regiões brasileiras. Isso bem mais recente, dos últimos 6 a 10 anos para cá.
Esta é uma postagem simples, mas que normalmente estimula ao pessoal que nos acompanha a escrever. De novo, responde lá: como ocorreu e por que começou a gostar de rock (e de outros estilos também)?
Eu comecei a gostar de rock com certeza influenciado pelo meu irmão, Micael Machado (colaborador aqui do site). A presença constante de amigos do Micael com VHS, k7 e vinis lá em casa, seja do BRock seja do punk, metal ou rock clássico, me motivaram bastante a curtir aquilo. Algumas bandas me foram apresentadas por conta dele, mesmo que ele não curtisse (casos de Pink Floyd, Led, Doors, WASP, Deep Purple Mark III), e as que eles curtia bastante, tanto no BRock (Legião, Engenheiros, Titãs, Paralamas …) e as internacionais (guns, metallica, iron, faith no more, jethro tull etc). Assistiamos vídeos (passavamos a tarde de sábado copiando de um video-cassete para outro, em uma engenharia incomum para os dias de hoje) enquanto assístiamos aos mesmos, virávamos a noite ouvindo fitas gravadas de canções que tocavam no rádio, e assim, fui aprendendo a colecionar e admirar o rock. Depois disso desenvolvi meu gosto pessoal por rock progressivo, enquanto o Micael seguiu por outros caminhos, mas até hoje, ainda temos nossas richas e histórias para contar dos bons tempos de formação musical, que não voltam mais.
Certeza que se não fosse a influência do Micael eu hoje não estaria com mais de 4 K de discos, tendo assistido a inúmeros shows e sendo um aficcionado por música. Valeu Mano!!!
No meu caso foi no radinho de pilha! Nas madrugadas, antes de meu pai sair para trabalhar, o radinho de pilha estava sempre ligado no Zé Béttio, então minha porta de entrada para a música foi pela música sertaneja de raiz. Daí para os programas de auditório tipo Chacrinha e Bolinha com seus artistas populares e estigmatizados foi um pulo. Depois vieram os programas de vídeo clips da primeira metade da década de 80 como Som Pop, Realce, Clip Trip e afins. Talvez por isso ouço música sem distinção de gênero, indo de Beethoven à Genival Lacerda, de Waldick Soriano à Sleep Token, de John Cage à Milionário e José Rico, de Wando à Slayer e de Beatles à Luísa Sonza…
Quase chorei aqui com a “homenagem” do Mairon ali em cima! Valeu, mano!
No meu caso, acho que o primeiro contato com algo que se possa chamar de “rock” foi o estouro da Blitz com “Você não soube me Amar”, quando eu tinha uns oito ou nove anos. Depois, veio a novela Hiper Tensão, que tinha na trilha sonora grupos como Titãs, Engenheiros do Hawaii e Heróis da Resistência… mas a grande “virada” mesmo foi quando uma rádio aqui do RS chamada Atlântida FM fez um “especial” em que tocou o disco “Rádio Pirata Ao Vivo” do RPM inteiro, e eu gravei numa fita cassete que quase furei depois de tanto ouvir… essa mesma rádio me apresentou também outros grupos do BRock (como Legião, Ultraje, Barão Vermelho) e algumas outras coisas mais antigas, bem como os “sucessos internacionais” da época, como U2, The Cure, Echo and the Bunnymen e todas aquelas bandas de synthpop dos anos 80…
Mais ou menos na mesma época, os amigos de colégio me apresentaram o punk rock, com Ramones, Dead Kennedys, Inocentes, Garotos Podres, Replicantes… quando entrei no segundo grau, novos amigos me apresentaram ao heavy metal, com Iron Maiden, Metallica, Slayer e outras bandas que eu mantinha gravadas nas minhas preciosas fitas K7. Ainda nessa época veio o Rush, que era muito diferente do que eu costumava ouvir, e, de certa forma, me “abriu as portas” pro Progressivo, que conheci através de bandas como Jethro Tull, Pink Floyd, King Crimson, Renaissance e Yes…
De lá para cá, meus gostos musicais não mudaram muito, e, embora algumas bandas tenham sido “agregadas” às minhas audições mais frequentes, normalmente acabo mesmo ficando “restrito” às velhas “companheiras de caminhada”, mas nunca sem curtir “o bom e velho rock and roll”, como muitos já cantaram por aí!
Muito boa a ideia deste texto, André! Pena o pessoal não ter participado mais dos comentários, seria legal ver mais histórias por aí de quem acompanha o site com mais frequência!
No meu caso, terceiro de quatro filhos, via meus irmãos mais velhos (quase dez anos de diferença, para meu irmão mais velho, e cinco anos para a minha irmã) ouvindo rock quando ainda era um moleque de 5, 6 anos. E aí ouvi Rolling Stones (que se tornaram minha grande paixão), Deep Purple, Pink Floyd, Led Zeppelin, Nazareth, Ten Years After, Bachman-Turner Overdrive, Humble Pie, coisas assim. Com 11 anos comprei meu primeiro LP (Stones…), economizando um bocado da mesada, e por anos só curti Rolling Stones, deixando os outros de lado. Aí, aos 15, comecei a ouvir discos dos amigos, e redescobri as bandas que meu irmão curtia, e fui acrescentando outras, tanto antigas (a maioria) quanto algumas novas. No final das contas, estou chegando a quase 50 anos ouvindo rock, e acrescentei soul e funk clássico, jazz e blues à minha paleta. Mas a esmagadora maioria da minha coleção é formada por CDs de rock. Mas acho que família e amigos são o que me colocou nessa preferência!
Acredito que foi influência de alguns primos. Eles ouviam música sempre e eu querendo me enturmar com “os mais velhos” comecei a me interessar também. Ganhei umas fitinhas deles, comecei a gravar minhas próprias músicas e assim foi.
Por acaso, eu enturmei com um pessoal no colégio que curtia, lógico , já tinha escutado Blutz, Barão Vermelho, Legião Urbana, no rádio, mas aquilo era tão xoxo… aí um amigo desses me mostrou o Bark At The Moon do Ozzy . Primeiro, a capa, aquele monstro sinistro com a lua cheia ao fundo, nada de fotinha com foto de banda, Aliás ,o Frehat sempre enaltece o vinil e toooodo aquele espaço pra arte da capa, mas nunca fizeram uma capa que prestasse pro Barão, tudo bem. Voltando pro Ozzy, o disco já abre com aquele riff maravilhoso do Jake E. Lee que o bunda mole do Zakk Wylde não toca dire até hoje… pronto , estava definitivamente fisgado.