Melhores de 2024: Por Emerson Lopes *
Após escolher os 10 discos que mais gostei ou que mais me impactaram em minhas audições no decorrer de 2024, percebi que todos os discos indicados são de artistas com mais de 50 anos de idade e com 30 anos de carreira. Não que isso seja um problema, afinal de contas, se esses artistas continuam na ativa após três décadas, alguma coisa boa eles devem ter gravado, não é mesmo? Por outro lado, também parece “preocupante” que apenas músicos tarimbados tenham lançados discos que “valem a pena” uma audição mais atenta. Mas como todos nós sabemos, listas são sempre questionáveis e representam uma fotografia do momento em que foram feitas. Então, mesmo sabendo que minha lista vai “denunciar” a minha idade, deixo vocês em ótima companhia e prometo me esforçar em 2025 para “gostar” de artistas com menos de 30 anos de idade.
10 – Mark Knopfler – One Deep River
Para quem tem menos de 30 anos, o guitarrista Mark Knopfler não deve dizer muita coisa, não é mesmo? Afinal, o eterno vocalista da banda Dire Straits deixou de ser popular um pouco depois do início da década de 1990, quando os Straits lançaram o belíssimo disco On Every Street. É claro que não ser popular nunca foi um problema para Knopfler, que seguiu sua carreira solo mantendo seu talento intacto e sua guitarra sempre brilhante. Em 2024, ele lançou seu 10° disco solo, One Deep River, que foi “traduzido” pela gravadora do cantor da seguinte maneira: “O disco traz um fluxo imparável de futuros clássicos de Knopfler, com suas habituais letras cultas e refinadas texturas de guitarra. As novas canções se baseiam em uma vida inteira de influências que cruzam gêneros como blues, folk e rock, entre outros, e, como de hábito, revelam seus encantos e sua profundidade com uma graça desapressada”. E aí, entendeu alguma coisa? Não dá para criticar o texto que acompanhou o lançamento do álbum, mas sempre que tentamos explicar algo que não deve ser explicado, o resultado normalmente é ruim. Enfim, Knopfler entrega aquilo que seu público (aquele que não espera ouvir um novo Dire Straits) deseja, ou seja, música de qualidade, com frases de guitarras impecáveis (“Smart Money”, “Ahead Of The Game” e “Before My Train Comes”) no volume certo, influência do country (“Watch Me Gone”) e canções introspectivas (“Black Tie Jobs”, “This One’s Not Going To End Well” e “Sweeter Than The Rain”). Aos 75 anos de idade, Mark Knopfler segue sua carreira com a dignidade e altruísmo que sempre marcaram seu comportamento e sua obra.
9 – Joe Grushecky and The Houserockers – Can’t Outrun a Memory
Provavelmente os leitores do Consultoria do Rock nunca ouviram falar do cantor norte-americano Joe Grushecky, já que suas músicas não tocam em “lugar nenhum”. Eu admito que também não conheceria seu trabalho se não fosse a conexão de Grushecky com o cantor Bruce Springsteen. Além de já ter participado de álbuns do cantor, Springsteen e Grushecky se encontram quase todos os anos em shows beneficentes na região de Nova Jersey (EUA), onde Springsteen fez toda a sua formação musical e, até hoje, mantém sua rotina de “aparições” em bares, botecos e casas de shows. Apesar do “anonimato”, o cantor manteve sua rotina de shows, composições e álbuns nas últimas quatro décadas. Neste ano, além do disco indicado aqui (Can’t Outrun a Memory), também foi lançado a coletânea dupla Houserocker: A Joe Grushecky Anthology, que vale a pena ser ouvida para entender como tudo começou. Já no disco de inéditas, a pegada de rock setentista permeia quase todas as canções. Temas como “This Is Who We Are”, “If These Hills Could Talk” e “Living In Coal Country” sintetizam bem a sonoridade e os maneirismos vocais de Grushecky. Para o ouvinte mais atento, “Let’s Cross The Bridge” e “Leave Well Enough Alone” poderiam facilmente estar em um disco dos Rolling Stones. Em “Can’t Outrun A Memory” e “Just Drive”, o espírito de Tom Petty parece ter participado das gravações. Por fim, Grushecky oferece uma bela versão de “We Gotta Get Out Of This Place”, gravado originalmente pelo The Animals, em 1965, e “Sleeping Dog”, disparada a melhor canção do disco.
8 – House of Lords – Full Tilt Overdrive
Não acredito muito nesta conversa de destino, sina, sorte, mas sou obrigado a concordar que, às vezes, parece que é o tal do destino que faz nossas vidas seguirem para esta ou aquela direção. Em diferentes momentos da história, as coisas nem sempre aconteceram apenas pela vontade da pessoa. Parece que “forças ocultas” acabam sendo definitivas para o desfecho final. Sempre que ouço uma música do grupo House of Lords essa questão do destino vem à minha cabeça. A banda teve todos os motivos para desaparecer no decorrer de uma carreira que agora comemora quatro décadas. Apesar de todos os altos e baixos, os caras sobreviveram e hoje mostram que todas as batalhas vencidas e perdidas deixaram um legado de persistência e, acima de tudo, amor à música. O grupo liderado pelo vocalista e baixista James Christian, que completa 72 anos em 2025, continua com aquela pegada hard rock que os fãs querem ouvir em seu disco mais recente Full Tilt Overdrive. Ao lado do tecladista Jimi Bell e do guitarrista Mark Mangold, o álbum mantém a temperatura sempre elevada, com canções como “Bad Karma”, “Full Tilt Overdrive”, “You’re Cursed”, “Cry Of The Wicked” e “Crowded Room”, música que abre o disco com os decibéis lá em cima. Outros destaques são “State Of Emergency”, que parece uma música perfeita para os vocais de Joe Elliott, do Def Leppard, e para a épica “Castles High”, com nove minutos de duração, que fecha o disco. É claro que não poderia faltar a velha e boa balada, que aqui responde pelo título de “Don’t Wanna Say Goodbye”.
7 – MTB – Solid Jackson
E lá se vão exatamente 30 anos desde o primeiro encontro entre Brad Mehldau (piano), Mark Turner (sax), Peter Bernstein (guitarra) e Larry Grenadier (baixo), época em que lançaram o disco Consenting Adults, pela gravadora Criss Cross. De lá para cá, os jovens talentos daquela época se tornaram os prestigiados e cinquentões músicos de jazz de hoje. Pois bem, para comemorar essa longa amizade, o quarteto lançou o disco Solid Jackson, sob o nome MTB (siglas de Mehldau, Turner e Bernstein). A diferença entre os dois discos, além da distância, é a mudança de baterista, que agora tem nas baquetas Bill Stewart, substituindo Leon Parker. Para quem está familiarizado, sabe o que pode esperar de um trio encabeçado por Mehldau, Bernstein e Turner. Parece que eles simplesmente leem a mente um do outro. A maneira como seus instrumentos se completam, o jeito que fazem as pausas para o outro solar ou para apenas incluir uma frase musical na hora certa é que torna esse disco obrigatório para quem não se importa com rótulos, e se concentra no que realmente importa, a música. O disco traz oito temas, todos com mais de 6 minutos de duração, que certamente vão deixar o ouvinte em êxtase. Destaques para as versões “Soft Impression” e “Ode To Angela”, dos saxofonistas Hank Mobley e Harold Land, respectivamente. Mas as faixas que “traduzem” a essência do jazz e do álbum são “1946” e “Angola”. Está tudo aqui. ritmo, improviso, melodia, sangue e suor.
6 – Melissa Etheridge – I’m Not Broken (Live From Topeka Correctional Facility)
Quase sempre esquecida pela grande mídia, a cantora norte-americana Melissa Etheridge é um tesouro que continuará a ser apreciado por poucos. Com 15 indicações ao Grammy e dois gramofones conquistados na década de 1990, a cantora foi uma das primeiras a se assumir gay e a lutar pelo direito das pessoas em ser aquilo que quiserem ser. Talvez essa coragem tenho deixado sua carreira no limbo, mas isso nunca foi o suficiente para inibir sua inquietação. Agora, aos 63 anos e 35 de carreira, ela lança um disco ao vivo, duplo, gravado no Centro Correcional de Topeka, uma prisão feminina no Kansas (EUA), trazendo grandes sucessos, entre eles, “I Want To Come Over”, “Bring Me Some Water”, “I’m The Only One” e “Come To My Window”. O disco é resultado da série documental exibida pela Paramount+ que conta a história de cinco detentas do Centro Correcional de Topeka. Apesar do história por trás do disco, o álbum é uma ótima oportunidade de sentir toda a potência que a cantora entrega ao vivo, e testemunhar o seu desenvolvimento artístico por meio de canções que abrangem quase todos os seus discos, desde 1988. Destaque para a emocionante “A Burning Woman”, a versão de “Born Under a Bad Sign”, do bluseiro Albert King, e “Like The Way I Do”, em uma versão matadora de 13 minutos.
5 – Avishai Cohen – Brightlight
A trajetória do baixista de jazz israelense Avishai Cohen o diferencia de seus pares. Sua inquietação e sua habilidade de compor tem trazido elementos de vanguarda e frescor para o secular jazz nas últimas três décadas. Além de sua natureza inovadora, o baixista sempre atribui como influência importante os anos que tocou com o saudoso pianista e arranjador Chick Corea, na década de 1990. Diante do caldeirão cultura que sempre norteou sua obra, Cohen se tornou uma peça fundamental entre o jazz tradicional e contemporânea. Em seu último disco, Brightlight, o baixista aposta novamente em jovens talentos para acompanhá-lo, com destaque para o pianista Guy Moskovich e a baterista Roni Kaspi. Boa parte do disco traz a formação clássica do jazz (piano, baixo e bateria), mas sempre com o toque enérgico de Cohen em todos os temas. O trio aparece coeso em “Humility”, “Courage” e “The Ever And Ever Evolving Etude”, essa última deixará os fãs do saudoso trio suéco E.S.T com lágrimas nos olhos. Para ampliar ainda mais os horizontes, ele escala Lars Nilsson (trompete) e Jakob Sollerman (trombone) na versão de “Summertime”, com Jenny Nilsson nos vocais. Os metais também são destaques na introspectiva “Hitragut”, com Yuval Drabkin (saxofone) e Nilsson (trompete), e na versão de “Polka Dots And Moonbeams”, composição da década de 1940 de Jimmy Van Heusen. Na faixa “Hope”, a mistura de guitarra (Yosi Ben Tovim), flauta (Ilan Salem) e flugelhorn (Hilel Salem) mostra como o jazz pode ter diferentes nuances, mas sempre com o espírito libertador que sempre o caracterizou.
4 – Phil Mogg – Moggs Motel
Qualquer disco que tem o sobrenome Mogg merece uma audição, pelo menos. O cantor Phil Mogg, eterno vocalista do UFO, tem 50 anos de carreira dedicada ao rock and roll. O cara deu sua vida pela música e continuará assim até o fim dos dias. Apesar do fim do UFO e do ataque cardíaco sofrido em 2022, o cantor mostra em seu “álbum de estreia” à frente de uma nova banda a mesma energia que o colocou como um dos maiores vocalistas da história do rock. Moggs Motel, inevitavelmente, tem em seu DNA o sonoridade do UFO. Naturalmente que isso não é um problema, afinal de contas, uma banda que lançou pedradas como “Lights Out”, “Love to Love”, “Doctor Doctor” e “Rock Bottom” tem o dever de influenciar a nova empreitada de Mogg. Mas para deixar tudo ainda melhor, o vocalista escalou o guitarrista e tecladista Neil Carter, que tocou com o UFO na década de 1980. A guitarra de Carter está por todos os lados no álbum. “Weather”, “The Wrong House”, “Princess Bride”, “I Thought I Knew You” e “Apple Pie” trazem o peso e a destreza exatos que o talento de Carter deve entregar, com riffs matadores e uma simbiose perfeita com o vocal de Mogg. Vale destacar também a guitarra de Tommy Gentry e a bateria de Joe Lazarus, que recentemente foi cogitado para substituir Nicko McBrain, no Iron Maiden, que acabou escolhendo Simon Dawson. Lazarus é sobrinho do baixista do Iron Maiden, Steve Harris.
3 – Collective Soul – Here To Eternity
O que dizer de uma banda com 30 anos de estrada e com sua alma ainda 100% intacta? É isso que qualquer fã do grupo norte-americano Collective Soul sente ao ouvir a guitarra de Dean Roland e a voz emblemática de Ed Roland, que estão neste ofício desde o excelente disco de estreia (Hints Allegations and Things Left Unsaid – 1993), que trazia a imortal “Shine”. Em seu novo álbum duplo, com 20 canções, o grupo mostra que o tempo não chegou a deixar sua música velha, mas que a banda não tem intenção de mudar. Talvez o nome do disco (Here to Eternity) sintetize bem o que o o Collective Soul deseja, ou seja, querem manter sua característica musical intacta e pela eternidade, sem, aparentemente, se importarem em fazer “algo novo” ou se reinventarem. O som coletivo da banda está em todas as partes, em especial nos temas “Bring On The Day”, “Bluer Than So Blue”, “Let It Flow”, “Hey Man”, “Keep It On Track”, e na hipnotizante “Mother’s Love”. Outro detalhe interessante do disco é o lugar onde ele foi gravado. O grupo escolheu o estúdio particular de Elvis Presley, em Palm Springs, na Califórnia (EUA). Por fim, o disco também oferece as baladas “Be The One”, “Over And Out” e “Letter From E”. Para quem é fã do Collective Soul, 2024 certamente será um ano para ser lembrado para a eternidade.
2 – The Black Crowes – Happiness Bastards
Aqui está uma banda que nunca decepciona. É impressionante que 35 anos depois do seu primeiro disco (Shake Your Money Maker), a banda norte-americana The Black Crowes mantém a mesma pegada, aquela mistura deliciosa de rock and roll dos anos 1970, com influências do blues e do soul. Liderado pelos irmãos Chris (voz) e Rich (guitarra) Robinson, os Crowes passaram um período turbulento, com o ápice acontecendo em 2015, com os irmãos confirmando a separação e o fim da banda. Em 2019, durante os preparativos para comemoração dos 30 anos de seu álbum de estreia, Chris e Rich voltaram a se falar e as diferença foram deixas de lado. O resultado desta volta aparece agora com o disco Happiness Bastards, que traz 10 canções no melhor estilo Black Crowes, tudo embalado em 37 minutos de muito rock and roll. Vale destacar “Rats and Clowns”, que ficaria ainda mais perfeita na voz de Brian Johnson e na guitarra de Angus Young, ambos do AC/DC, “Wanting and Waiting” e “Follow the Moon”, reencarnações da clássica “Jealous Again”, “Cross Your Fingers”, irmã da insuperável “Remedy”, e “Bedside Manners”, tema que abre o disco, trazendo a guitarra slide de Rich e a gaita de Chirs. O disco foi indicado na categoria melhor disco de rock no Grammy 2025, ao lado de feras como The Rolling Stones (Hackney Diamonds), Green Day (Saviors) e Pearl Jam (Dark Matter).
1 – Pearl Jam – Dark Matter
Pode até parecer saudosismo, afinal, já tenho muitas primaveras no currículo, mas ouvir um disco novo da eterna banda de Seattle (EUA) Pearl Jam é sempre um acontecimento. Talvez por eu ter vivido os áureos tempos do grupo, que apareceu há 35 anos, com o disco Ten, e nunca mais parou. Somado a isso, ainda há toda a história de trágicas mortes dos principais vocalista das bandas do movimento grunge, que aconteceu no início da década de 1990. Perdemos Kurt Cobain (Nirvana), Chris Cornell (Soundgarden), Layne Staley (Alice in Chains) e Andrew Wood (Mother Love Bone). Então, ver Eddie Vedder ainda empunhando seu microfone aos 60 anos de idade, é um alívio e um privilégio para qualquer fã de rock. Agora, quatro anos após o álbum Gigaton, o quinteto lança Dark Matter, provavelmente o seu disco mais acessível desde 2006 (o álbum do abacate). A voz de Vedder e as guitarras de Mike McCready e Stone Gossard estão cada vez mais interligados. Temas como “React, Respond”, “Scared Of Fear”, “Waiting For Stevie”, “Got To Give” e “Running” são poderosos e entram diretamente no cérebro, proporcionando aquela sensação de liberdade e liberando ocitocina e endorfina. Já “Something Special”, “Upper Hand”, “Wreckage” e “Won’t Tell” podem ser tocadas em qualquer rádio sem causar danos, e ainda corre o risco de atrair ouvintes que ainda acham que o Pearl Jam não tem mais lenha para queimar. É importante dar crédito para o produtor Andrew Watt, que nos últimos anos se tornou um dos mais vitoriosos e respeitados produtores do mercado. Aos 34 anos de idade, ele tem no currículo trabalhos com The Rolling Stones, Ozzy Osbourne, Iggy Pop, Paul McCartney, Post Malone e Justin Bieber. Ele também produziu o terceiro disco solo de Vedder, chamado Earthling. E antes de terminar, não podemos esquecer dos outros dois sessentões: Jeff Ament (baixo) e Matt Cameron (bateria), ambos fundamentais na cozinha sonora da banda.
*Emerson Lopes é jornalista, autor dos livros Jazz ao seu alcance e Springsteen, ambos publicados pela editora Multifoco, e editor dos blogues Jazz ao seu alcance e Bruce no Brasil
Parabéns pelas escolhas! Lista marcada pela diversidade e por excelentes escolhas
Lista bem interessante, tirando o Pearl Ja que é uma banda que nunca consegui gostar, não ouvi nada do restante. Uma prova de que o ano foi farto em lançamentos.
Não me lembro, nos últimos 10, 12 anos, de algum outro ano com tantos lançamentos tão bons em qualidade e quantidade como este! Espremendo muito (deixando uns 15 de fora), montei uma lista com 36 álbuns…
o pearl jam é um álbum agradável . e aó. mas não a ponto de colocar entre os 10.. eu achei que falta algo. (eu não sei o que é pois não entendo de música)ou lapidar mais a obra .
Que lista, meus amigos, que lista!
Parabéns!
O do Phil Mogg (“Moggs Motel”) eu ouvi numa recomendação do Spotify e não parei mais com as audições! Ele, tal qual o “V” do Black Country Communion e o “I Want Blood” do Jerry Cantrell, pode ser ouvido do começo ao fim sem pular nenhuma música!
Ah, e sobre o seu texto do disco do Pearl Jam, permita-me acrescentar a morte do vocalista da minha banda favorita do grunge: Scott Weiland.
O disco do Mark Knopfler é muito bom mesmo, eu acabei deixando-o passar sem destaque. Não sabia que o House of Lords ainda estava na ativa, preciso dar uma olhada. E esse disco do Mogg’s Motel… não sei como passou longe do meu radar! Discado! Lista com bastante coisa interessante para conferir.
Por isso que gosto dessas listas de vocês, são sempre boas referências de muita coisa que não descobriríamos sozinhos! E esse monte de discos que, a cada postagem de vocês, vão sendo revelados só confirmam que 2024 foi um super ano para o rock!