Podcast Grandes Nomes do Rock #7: Slayer
Por Mairon Machado
O Podcast Grandes Nomes do Rock dessa semana irá homenagear uma das bandas mais importantes do thrash metal, o grupo norte-americano Slayer. Em uma hora e meia de muita pauleira, apresentaremos canções da carreira do grupo em versões alternativas ou até mesmo desconhecidas, covers interpretados pelo Slayer, covers de famosos para canções do Slayer e também um bloco com bandas relativas aos membros que passaram pelo quarteto californiano.
O início do Slayer se dá em 1981, na cidade de Huntington Park, perto de Los Angeles, Califórnia, quando o guitarrista Kerry King conhece o baixista e vocalista Tom Araya. Ambos passam a ensaiar na casa de um vizinho amigo de King, o baterista Dave Lombardo. Como o som que o grupo fazia era muito influenciado por grupos como Montrose, Judas Priest, Iron Maiden e principalmente UFO, logo sentem a necessidade de adicionar mais um guitarrista. Eis então que surge outro vizinho da garotada, o guitarrista Jeff Hanneman. Nascia então uma das mais importantes bandas do thrash mundial, o Slayer, nome que foi sugerido por Hanneman.
Começam então a compor material próprio, com uma sonoridade inspirada no grupo Venom, e em seguida são convocados a participar da coletânea Metal Massacre III, onde gravam a faixa “Agressive Perfector” (1983). Ainda nesse ano, lançam o primeiro álbum, Show No Mercy, que estabelece o Slayer como um dos pilares da santíssima trindade do thrash metal, ou Tríade Demoníaca, ao lado de Venom e Exciter. É exatamente nessa época que o Slayer adota um visual recheado de correntes, rebites e munhequeiras pontiagudas.
Slayer em 1986. Dave Lombardo, Jeff Hanneman, Kerry King e Tom Araya |
Em agosto de 1984 saí o EP Haunting the Chapel, seguido pelo LP Hell Awaits, e o Slayer partiu para uma turnê ao lado de Venom e Exodus na turnê “Combat Tour”, registrada no VHS The Ultimate Revenge. Da América, o grupo invadiria a Europa para uma mega turnê, tocando na Bélgica, Alemanha e Inglaterra.
Live Undead, registrado ao vivo durante uma turnê pelos Estados Unidos em 1984, é lançado no final de 1985, e durante mais uma turnê pela América do Norte, onde tocaram inclusive no Canadá, começam a projetar aquele que seria o LP a lançar o nome do Slayer para patamares jamais alcançados pelo grupo até então.
Em 1986, saía o álbum mais rápido, sujo e pesado da história do Slayer, Reign in Blood. Com uma sonoridade crua, produção impecável de Rick Rubin, um trabalho perfeito de Lombardo, letras apelando fortemente para o satanismo, com anjos da morte, sacríficios, assassinos sádicos e chuva de sangue, este LP deixou clássicos como “Jesus Saves”, “Raining Blood” e “Angel of Death” entre as principas do estilo, que fazem de Reign in Blood ser considerado um dos melhores álbuns de thrash metal da história (ao lado de Master of Puppets, do Metallica).
Pictures (fonte: Whiplash) |
Durante a turnê de Reign in Blood, Lombardo sai do Slayer, alegando não estar ganhando dinheiro por trabalhar com o grupo. Tony Scaglione, baterista do Whiplash, substitui Lombardo até o fim da turnê, e a esposa de Lombardo é a responsável por convencê-lo a voltar ao grupo.
Tendo que manter o nível de Reign in Blood, o Slayer inova mais uma vez. Se Reign in Blood era um álbum extremamente veloz, o grupo diminuiu o ritmo em South of Heaven (1988), e desagradou muitos que esperavam uma sequência de Reign In Blood. Porém, South of Heaven trouxe mais fãs para o mundo do Slayer, com canções como a faixa-título, “Mandatory Suicide” e a cover para “Dissident Agressor” (original do Judas Priest).
Seguiu-se o álbum Seasons in the Abyss (1990) e outra gigantesca turnê, agora ao lado do Testament e do Megadeth, intitulada Clash of Titans, que foi registrada e lançada no álbum Decade of Agression (1991), o qual comemorava os 10 anos da carreira do Slayer.
Slayer em 1992: Kerry King, Tom Araya, Paul Bostaph e Jeff Hanneman |
No final de 1992, Lombardo saiu da banda, indo fundar o Grip Inc. Para seu lugar, o baterista do Forbidden, Paul Bostaph, foi chamado, e com a nova formação, lançam em 1994 o álbum Divine Intervention, assim como apresentam-se no Brasil no Monsters of Rock daquele ano. Em 1996, saiu o disco de covers punk Undisputed Attituded, que não agradou aos fãs tradicionais do grupo, bem como o seguinte, Diabolus in Musica (1998), já que o Slayer mostrava uma sonoridade cada vez mais diferente, com letras voltadas para problemas humanos, não falando mais sobre o satanismo, mas ainda mantendo o peso e a velocidade que o caracterizaram.
Em 2001, sai o último álbum com Bostaph, God Hates Us All, e durante a turnê, Bostaph sai do Slayer, partindo para um projeto solo. Necessitando terminar a turnê, o agora gordíssimo Kerry King convida o amigo Lombardo para cumprir as datas. Lombardo não somente aceita o convite como volta oficialmente para detrás dos bumbos do Slayer, o que motivou toda a nação slayerana a reviver os momentos da década de 80.
Em 2004, o Slayer excursionou interpretando o álbum Reign in Blood na íntegra. Durante o show, muitos efeitos especias culminavam com o quarteto banhando por uma chuva de sangue durante a última canção a ser apresentada, “Raining Blood”. Essa macabra e sensacional apresentação pode ser conferida no DVD Still Reigning, lançado no mesmo ano.
Com a expectativa nas alturas, 15 anos depois da saída de Lombardo era lançado o primeiro álbum com canções originais do Slayer com a sua formação original, Christ Illusion. Um petardo que conquistou novos e velhos fãs, com faixas como “Cult”, “Skeleton Christ” e “Jihad”.
Em 2009, mais um petardo, World Painted Blood, mantinha o Slayer como uma das principais bandas do Thrash Metal do planeta, o que os levou em 2010 a ser um dos headliners do festival Sonisphere Festival – The Big Four, ao lado de Metallica, Megadeth e Anthrax, passando por países como Romênia, República Tcheca, Polônia, Inglaterra, Suiça, Espanha, Turquia, Grécia e Bulgária.
No início desse ano, Hanneman sofreu uma picada de aranha que acabou causando uma doença conhecida como Necrotizia Facial. O Slayer está programado para ser uma das atrações do Soundwave Festival, na Austrália, no dia 26 de fevereiro, e já anunciou que, com a ausência temporária de Hanneman, o guitarrista do Exodus Gary Holt irá substituí-lo.
Temos então alguns clássicos para serem conferidos principalmente por fãs e para quem não conhece essa que é uma das principais (se não a principal) banda de thrash metal da história.
Discografia oficial em várias versões (fonte: Whiplash) |
Track List do Podcast # 06 -Let’s Have A Party
Bloco 01
Abertura: “Rock and Roll” [do álbum IV – 1972 (Led Zeppelin)]
“Take On Me” [da trilha do filme BASEketball – 1998 (Reel Big Fish)]
“Lay It On The Line” [do álbum Live at US Festival – 2003 (Triumph)]
“Girls, Girls, Girls” [do álbum Girls Girls Girls – 1987 (Mötley Crüe)]
“Can’t Stop Loving You” [do álbum Balance – 1995 (Van Halen)]
“You Give Love A Bad Name” [do álbum Slippery When Wet – 1986 (Bon Jovi)]
Bloco 02
Abertura: “Rock’n’Roll Soul” [do álbum Caught in the Act – 1975 (Grand Funk Railroad)]
“A Man Like Me” [do álbum Man of Miracles – 1974 (Styx)]
“Shoot Shoot” [do álbum Force It – 1975 (UFO)]
“Hell Bent for Leather” [do álbum Set the World on Fire – 1993 (Annihilator)]
“Anytime Anywhere” [do álbum Lipservice – 2005 (Gotthard)]
“Bichos Escrotos” [do álbum Cabeça Dinossauro – 1986 (Titãs)]
Bloco 03
Abertura: “Hey Amigo” [do álbum O Terço e Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de SP Live at Palace – 1994 (O Terço)]
“Judas” [do álbum Mata Virgem – 1978 (Raul Seixas)]
“Agora Só Falta Você” [do DVD Bailão do Ruivão – 2010 (Nando Reis)]
“Inútil” [do álbum Nós Vamos Invadir Sua Praia – 1985 (Ultraje A Rigor)]
“O Tempo Perdido” [do álbum Dois – 1986 (Legião Urbana)]
“Pierrot” [do álbum Los Hermanos – 1999 (Los Hermanos)]
Bloco 04
Abertura: “Is This Love” [do álbum Kaya – 1978 (Bob Marley)]
“Oh No Not You Again” [do álbum Sirocco – 1981 (Australian Crawl)]
“Used to Love Her” [do álbum G N’ R Lies – 1988 (Guns N’ Roses)]
“Owner of a Lonely Heart” [do bootleg Yes Acoustic – 2004 (Yes)]
“Hard Luck Woman” [do álbum Kiss My Ass – 1994 (Garth Brooks)]
“Live to Win” [do álbum Live to Win – 2006 (Paul Stanley)]
“Rock and Roll All Night” do álbum Unplugged – 1996 (Kiss)]
Encerramento: “Dancing Queen” [do bootleg The Golden Unplugged – 2008]
Eita bandassa … Homenagem mais que justa , Kerry King é mito maximo
As fotos da coleçao foram retiradas do site do Whiplash
http://whiplash.net/materias/collectorsroom/069603-slayer.html
Slayer é uma instituição do Metal! Meus álbuns preferidos são Seasons in the Abyss, Reign in Blood, Divine Intervention, Hell Awaits e World Painted Blood…merecida homenagem!
Eu acho o Slayer a banda mais superestimada do Thrash Metal mundial. Adoro tudo que eles fizeram ate o Divine Intervention, principalmente o Show No Mercy e o Seasons In The Abyss, mas já se vao mais de 15 anos sem lancar nada absurdamente maravilhoso. Ok, o Christ Illusion é bom, mas nenhum dos outros discos lancados desde entao me convencem, inclusive o endeusado World Painted Blood, que tem uma das piores produoces que eu ja ouvi e poucas musicas que se destacam. Nao é ruim, mas está longe de ser o classico que tantos criticos apontaram.
Mas só pelo que fizeram ate 94 merecem muito credito, mas que existe um certo exagero nos lancamentos recentes da banda, isso tem.
Blz Leo, eu tb concordo contigo. Até o Divine a banda era muito boa, mas depois acho que não funcionou mais como o Slayer deveria funcionar. Vc chegou a baixar o podcast? Se sim, o que achou das versões que estão presentes? Vc ja conhecia alguma?
Um abraço e valeu
o Kerry King,costumaa dizer,que o disco do Slayer,que ele menos gosta,é o Divine Intervation.Ele diz,que a produção,é horrível
Se comparada à produção de álbuns como "Reign in Blood" e "Seasons in the Abyss", certamente ela é consideravelmente inferior, mas não acho tão ruim assim. A do "Diabolus in Musica", essa sim é deficiente…
Eu acabei de ouvir o Divine intervenion e o World Painted Blood, na sequencia. A produção do Divine realmente é muito fraca. Não lembro do Diabulous in Musica, mas ja fico com um pe atras
Kerry King,também costuma dizer,que South of Heaven,poderia ser melhor.Ou seja,ele quer dizer,que as músicas,poderiam,ser mais trabalhadas,e com mais peso.O primeiro álbum,do Slayer,na minha opinião,é um dos melhores.Tom Araya,costuma dizer,que "Show no Mercy",tem muita influência,de Iron Maiden,e que ainda,não tinham uma identididade própria.Com certeza,a música "Crionics",se parece muito,com Phantom of The Opera,do primeiro disco do Iron Maiden,com Paul Diano,nos vocais
A música Chemical Warfare,se parece muito com Blasphemer,do Sodom.Acho que o Slayer,plagiou o Sodom,pois o EP,In the sign of the Evil,veio antes do EP,Haunting The Chapel,que contém Chemical Warfare.São duas músicas,do mesmo ano,mas de meses de diferença
Kerry King,certa feita,declarou,que ter gravado,a cover do Iron Butterfly,foi a maior merda,da carreira deles.Foi uma sugestão do produtor Rick Rubin.Uma cover,que ficou ótima,como Slayer,fi a cover de Dissident Agressor,do Judas Priest,que gravaram,no álbum South of Heaven.Chega aser melhor que a original.E por falar,em covers,o que vocês aqui da Consultoria do Rock,acham do disco de covers do Slayer,Undisputed Attitude???A cover de I wanna be your dog,dos Stooges,é muito estranha,para uma banda como o Slayer!!
A cover desse álbum,que eu gosto,é de Violent Pacification,do D.R.I.
Um feliz natal,a todos da Consultoria do Rock!!!!
Nobre anonimo, eu gosto de In A Gadda da Vida com o Slayer, e tb acho a versão de Dissident agressor melhor q a do Judas. Mas o Unidsputed Attitude não me passa na goela.
Um feliz natal pra ti tb meu caro