Cinco Discos Para Conhecer: Brian Tichy

Cinco Discos Para Conhecer: Brian Tichy

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Por Igor Miranda

Brian Tichy é um tipo de baterista onipresente. Já tocou em vários discos que provavelmente você já ouviu, mas não reparou na ficha técnica. Apresentamos cinco discos desse excelente baterista, competente em vários gêneros do Rock.


Sass_Jordan_-_RatsSass Jordan – Rats [1994]
(Por João Renato Alves)

Assim como Mitch Malloy, a canadense Sass Jordan também é conhecida de boa parte dos fãs de Hard Rock por ter sido cogitada como uma das opções para assumir o microfone do Van Halen após a saída de Sammy Hagar. Pode parecer realmente estranho uma mulher nos vocais da banda, especialmente levando em conta que várias das letras – com frequência maior na primeira fase, com David Lee Roth – não eram exatamente referências de cavalheirismo e bom comportamento diante do sexo oposto. Mas a possibilidade foi cogitada. O último trabalho de Sass antes dessa pequena experiência foi Rats. É o terceiro lançamento de sua carreira, contando com a participação de algumas feras como Richie Kotzen, Stevie Salas, Brian Tichy e George Clinton – sim, o tiozão dá as caras em “Ugly”! Aqui temos um exemplar de Hard Rock em sua face mais crua, com influências setentistas e até certo acento sulista, combinando muito bem com a voz potente de Jordan, que se sobressai. Influências de cantoras como Janis Joplin (a quem ela intepretou no musical da Broadway de 2003, Love Janis) e Maggie Bell são facilmente percebidas, mesmo que seu som seja compatível com algo mais atual.

Sass Jordan (vocal), Stevie Salas (guitarra), Carmine Rojas (baixo), Brian Tichy (bateria)

Músicos adicionais:
Richie Kotzen (backing vocals)
George Clinton (vocal em 7)
Rei Atsumi (órgão Hammond, Mellotron)
Tai Bergman (percussão)
Kimmie Wood (gaita)

1. Damaged
2. Slave
3. Pissin’ Me Down
4. High Road Easy
5. Sun’s Gonna Rise
6. Head
7. Ugly
8. I’m Not
9. Honey
10. Wish
11. Breakin’
12. Give


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Pride & Glory – Pride & Glory [1994]

Zakk Wylde é um ícone do Heavy Metal. Construiu uma carreira irretocável ao lado de Ozzy Osbourne e com sua banda, Black Label Society. Mas nunca escondeu seus gostos fora do estilo. E a sua primeira viagem fora do gênero foi o Pride & Glory, power-trio formado em 1991 mas que só tomou forma no ano de 1994, ao lançar o seu primeiro e único álbum, autointitulado. Aqui, Wylde mergulha em influências do Southern Rock, mas com uma leve dose de peso organicamente associada à sua própria pegada. Instrumentos de corda menos usuais, como banjo, bandolin e violão de 12 cordas, são utilizados durante o registro e contam com o apoio da cozinha impecável de James LoMenzo (White Lion, futuramente Megadeth) e Brian Tichy. O melhor trabalho de Zakk, em minha opinião.

Zakk Wylde (vocal, guitarra, violão, piano, bandolim, banjo, gaita), James Lomenzo (baixo, violão de 12 cordas), Brian Tichy (bateria)

1. Losin’ Your Mind
2. Horse Called War
3. Shine On
4. Lovin’ Woman
5. Harvester of Pain
6. The Chosen One
7. Sweet Jesus
8. Troubled Wine
9. Machine Gun Man
10. Cry Me A River
11. Toe’n The Line
12. Found A Friend
13. Fadin’ Away
14. Hate Your Guts


Foreigner_-_Can't_Slow_DownForeigner – Can’t Slow Down [2009]
(Por João Renato Alves)

Nessa nova encarnação do Foreigner, o grande Mick Jones cercou-se de uma trupe de músicos altamente competentes, como Jeff Pilson (Dokken) e Brian Tichy, além do excepcional Kelly Hansen (Hurricane), que oferece um desempenho irrepreensível. Obviamente os mais saudosistas vão sentir falta de Lou Gramm, mas Kelly dá conta do recado com sobras, afinal de contas seu registro vocal encaixa-se perfeitamente no estilo do grupo. Tecnicamente falando não há o que reclamar. O instrumental e as vocalizações mostram a competência de sempre, provando que os “tiozinhos” não esqueceram a velha e boa fórmula. Destaques para o puro AOR da faixa-título, “Living in a Dream” e “Ready”, as semi-baladas “When it Comes to Love” e “I’ll be Home Tonight” e a romântica “I Can’t Give Up”, daquelas pra dançar de rosto colado com a pessoa amada no mais puro estilo rádio cachaça sábado à noite (risos). Obviamente, os clássicos são insubstituíveis. De qualquer forma, o Foreigner fez um disco que com certeza não desapontará os fãs.

Kelly Hansen (vocal), Mick Jones (guitarra), Jeff Pilson (baixo), Michael Bluestein (teclados), Brian Tichy (bateria)

1. Can’t Slow Down
2. In Pieces
3. When it Comes to Love
4. Living in a Dream
5. I Can’t Give Up
6. Ready
7. Give Me a Sign
8. I’ll be Home Tonight
9. Too Late
10. Lonely
11. As Long as I Live
12. Angel Tonight
13. Fool for You Anyway


whitesnake - forevermoreWhitesnake – Forevermore [2011]
(Por João Renato Alves)

Forevermore dá continuidade à saga Hard Rock da Cobra Branca. Quem aprovou Good to Be Bad, trabalho anterior, pode correr atrás sem medo de errar. As diferenças não são das maiores, o que por si só já é muito bom. Mas esse álbum possui uma veia Blues mais forte em comparação aos mais recentes – leia-se por recente, últimos vinte anos, já que o grupo não é lá muito constante em trabalhos inéditos. Um destaque positivo vai para ‘o dono da bola’. Apesar de, obviamente, não conseguir alcançar os registros de outrora, Coverdale conseguiu dosar bem seu timbre atual, oferecendo uma performance muito agradável. Doug Aldrich mostra mais uma vez o porquê de ser um dos grandes guitarristas da atualidade, além do parceiro ideal para David. Reb Beach preenche o papel de coadjuvante nas seis cordas com eficiência, mas é um bônus. Já a cozinha renovada se encaixa na proposta, especialmente Brian Tichy, que mostra mais uma vez que é um baterista pra lá de eficiente.

David Coverdale (vocal), Doug Aldrich (guitarra), Reb Beach (guitarra), Michael Devin (baixo), Brian Tichy (bateria)

1. Steal Your Heart Away
2. All Out Of Luck
3. Love Will Set You Free
4. Easier Said Than Done
5. Tell Me How
6. I Need You (Shine A Light)
7. One Of These Days
8. Love And Treat Me Right
9. Dogs In The Street
10. Fare Thee Well
11. Whipping Boy Blues
12. My Evil Ways
13. Forevermore
14. Whipping Boy Blues (Bonus Track – Swamp Mix)


jack-blades-rnrr-coverJack Blades – Rock N’ Roll Ride [2012]

Jack Blades lançou um disco solo homônimo em 2004. Seus outros compromissos não permitiram que lançasse outro rapidamente, mas Rock N’ Roll Ride compensa a espera. Como o próprio Blades declarou em entrevista, “este álbum é uma extensão da música que fiz por 30 anos, foi uma viagem Rock n’ Roll e eu quis colocar tudo aqui”. Rock N’ Roll Ride tem uma dose a mais de distorção do que seu antecessor. O riff inicial da faixa de abertura, “Back In The Game”, comprova. Até mesmo naquelas que cumprem a função de “grude”, como “Born For This” e “Don’t Give Up”, nota-se uma pitada adicional de peso. Mas a maioria do registro é composto por baladas, como a farofinha “Hardest Word To Say”, a quase-country “West Hollywood” e a beatle “Anything For You”, esta com a participação de Robin Zander (Cheap Trick) no refrão.

Jack Blades (vocal, baixo, guitarra, violão), Joel Hoekstra (guitarra), Will Evankovich (violão, mandolin, guitarra, sitar), Kelly Keagy (bateria), Brian Tichy (bateria), Eric Levy (teclados), Christian Matthew Cullen (teclados)

Músicos adicionais:
Brad Gillis (guitarra em 9)
Robin Zander (vocal em 6)

1. Back In the Game
2. Rock N’ Roll Ride
3. Born For This
4. Hardest Word To Say
5. Anything For You
6. Love Life
7. West Hollywood
8. Don’t Give Up
9. Say You Will
10. Rise And Shine
11. Hey Now

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2 comentários sobre “Cinco Discos Para Conhecer: Brian Tichy

  1. Quando vi a postagem da seção pensei que só conheceria o disco do Whitesnake, mas ao lê-la vi o Foreigner e o Pride & Glory – um eu não sabia, o outro eu nem lembrava, da presença de Brian Tichy. Ótimo baterista, sem sombra de dúvida, e vou atrás dos outros dois discos.

    1. Já eu, quando vi a postagem, achava que só saberia do Pride & Glory… O do Foreigner eu não tinha ouvido e achei-o excelente; o do Whitesnake, já tinha ouvido, mas não sabia/me toquei da presença do baterista. Já Sass Jordan e Jack Blades, não conheço nem de nome, mas certamente vou atrás! Adoro essa coluna “5 discos para conhecer”: além de ter uma das coisas que mais curto, listas, elas sempre me trazem excelentes surpresas e descobertas.

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