Discografias Comentadas: Scorpions [Parte 1]

Discografias Comentadas: Scorpions [Parte 1]
UNSPECIFIED - CIRCA 1970: Photo of Scorpions Photo by Michael Ochs Archives/Getty Images
Uli Jon Roth, Francis Buccholz, Rudolf Schenker, Klaus Meine e Herman Rarebell

Por Mairon Machado

Uma das maiores bandas do hard rock setentista, e um dos grandes nomes do metal mundial nos anos 80, esse é o grupo alemão Scorpions. Com uma carreira de mais de 40 anos de estrada, o grupo já lançou dezoito álbuns, os quais serão analisados por mim e pelo colega Fernando Bueno, em duas matérias que serão dividas entre 1972 / 1985 e 1988 / 2015.

Começamos então com a primorosa era dos anos 70, na qual as guitarras eram dominadas por Michael Schenker e Uli Jon Roth, além dos três clássicos álbuns do início dos anos 80.


618Lonseome Crow [1972]

A estreia dos alemães é uma pepita de ouro a ser encontrada pelos fãs. Voltada quase que exclusivamente para canções que privilegiam a parte instrumental, temos aqui um hard rock que marcou época, misturando um som pesado com muita psicodelia. O grupo era formado pelos irmãos Schenker (Rudolph e Michael) nas guitarras, Klaus Meine (vocais), Wolfgang Dziony (bateria) e Lothar Heimberg (baixo), e com Michael sendo o principal nome. Parece mentira que o garoto Michael, com apenas 16 anos, é quem está fazendo toda a sonzeira que ai das caixas de som, seja através do emprego de muita melodia na bela “Leave Me”, que também chama a atenção pelo bom trabalho vocal, aplicando virtuosismo na deliciosa maluquice de “Inheritance”, recheada de mudanças de andamento, ou na alucinante “I’m Going Mad”, cuja introdução apresenta Michael para o mundo através de um breve solo de uma canção que assusta e encanta ao mesmo tempo, seja pelas vocalizações bem encaixadas ou pelos gritos dilacerantes de Klaus Meine. O grupo traz também influências jazzísticas em “It All Depends” e “Action”, que usam e abusam do improviso de Michael sobre uma dançante levada de baixo e bateria, lembrando um pouco o Jethro Tull da fase Mick Abrahans. Não engane-se com a introdução de “In Search of the Peace of Mind”, pois ela irá brutalmente transformar-se em uma viajante faixa que narra a história de um sujeito em busca de um pedaço de sua mente. Viagem mesmo fica por conta da longa faixa-título. Com mais de treze minutos de duração, a canção perpassa por um pequeno trecho vocal, que conduz ao magnífico e longo solo de Michael, combinando escalas jazzísticas, virtuose e muita distorção, e metamorfoseia-se em uma endiabrada sessão de gritos sobre um ritmo sinistro e hipnotizante. O disco fez relativo sucesso pela Alemanha, apesar de não ter emplacado mundialmente, e hoje é cobiçado por colecionadores e admiradores de Michael Schenker, que buscam nas raízes de sua carreira algumas explicações para explicar um dos maiores monstros das seis cordas que ele veio a se tornar posteriormente com o UFO.

Scorpions band
Lothar Heimberg, Rudolf Schenker, Michael Schenker, Klaus Meine e Wolfgang Dziony: formação de Lonesome Crow

O grupo abriu para o UFO durante a turnê alemã dos britânicos, e se apavorou com o talento de Michael, levando-o para assumir o posto de guitarrista principal e gravar discos clássicos, como Phenomenon, Force It, Lights Out e o aclamado ao vivo Strangers in the Night. Para seu lugar, um garoto amante de Jimi Hendrix, que liderava um rupo local chamado Dawn Road, era o nome a ser escolhido. Porém, o novato, batizado de Uli Jon Roth, preferiu seguir com sua banda, e assim, o Scorpions deixou de existir. Rudolf decidiu seguir em ação, e aceitou a ideia de Uli para ingressar no Dawn Road. O grupo cumpriu alguns contratos, e então, percebeu que, trazendo novamente Klaus para os vocais, e adotando novamente o nome Scorpions, poderiam conseguir mais reconhecimento (lembrando que o Scorpions já tinha uma certa fama na Alemanha). Nascia assim um novo Scorpions, formado pelos quatro membros do Dawn Road – Uli Jon Roth (guitarra), Francis Buchholz (baixo), Achim Kirschning (teclados) e Jürgen Rosenthal (bateria) – ao lado de Rudolf e Klaus.


MI0002816075

Fly to the Rainbow [1974]

O melhor disco do Scorpions e fim de papo.  Os garotos do Dawn Road fizeram com que Klaus Meine crescesse como vocalista, sendo o homem de destaque na linda “Fly People Fly” e em “Far Away”, canção que irá agradar aos apaixonados pelo som da década de 80 principalmente por ser mais acessível perto das demais. Porém, o nome do disco é Uli. Ele apresenta sua técnica com a alavanca na veloz “Speedy’s Coming”, e dá uma aula de criação de riffs na pancada “This is My Song”. Mostrando ser um virtuose que domina vários estilos, Uli também detona o violão flamenco com uma impecável performance em “They Need a Million”, faixa brutal com a presença marcante do sintetizador de Achim, que não foi creditado oficialmente como membro da banca, e com os vocais principais de Rudolf, que também nos brinda com seus vocais na fantástica “Drifting Sun”, uma alucinante canção que mistura psicodelia e virtuosismo, na qual Uli também surge como voz principal. O grande momento de Fly to the Rainbow vai para a excepcional faixa-título, um petardo de quase dez minutos, com os vocais divididos entre Klaus e Uli, e que encanta o ouvinte diversas vezes, seja na linda introdução ao violão clásico – um dos mais lindos dedilhados que já ouvi – acompanhada por um belo arranjo vocal, seja pela grudenta letra que acompanha o grudento riff, seja pelo ritmo cavalgante de baixo e bateria, seja pela simplicidade da transição de vocais, inspirada em “Little Wing” (Jimi Hendrix), seja pelas camadas de teclados no grandioso solo de Uli, mandando ver com a alavanca, e que se é impressionante em estúdio, ao vivo era mais encantador e surpreendente, já que o homem simplesmente fazia a guitarra gemer sem sentir dor, humilhando-a de maneira que poucos conseguem fazer. Uma música linda, que por si só já vale a aquisição dessa obra-prima do rock alemão, e um dos melhores discos da história.

scorpions-michael-schenker2
A mistura Dawn Road + Scorpions: Jürgen Rosenthal, Rudolf Schenker, Klaus Meine, Achim Kirschning, Uli Jon Roth e Francis Buchholz. Formação de Fly to the Rainbow

Jürgen deixou a banda por ter sido convocado para o exército, e posteriormente, em 1976, acabou indo fazer parte do grupo de rock progressivo Eloy. Para seu lugar entra Jurgen Fechter, que fica pouco tempo nas baquetas, sendo rapidamente substituído por Rudy Lenners. Nascia então a primeira formação estável do grupo, a qual lançou dois álbuns.

doobie_f_2
Rara imagem com Jurgen Fechter (o primeiro da direita para a esquerda)

Scorpions-In-TranceIn Trance [1975]

O primeiro disco da nova formação mostra um novo Scorpions, mais pesado e voltado para o hard rock que o consagrou mundialmente, muito graças a nova parceria com o produtor Dieter Dierks, e ainda, um Uli Roth cada vez mais em destaque, inclusive sendo o compositor exclusivo de quatro canções: a suave e viajante “Evening Wind”, a qual possui os vocais de Klaus Meine e conta com um show a parte de Uli com o botão de volume; “Dark Lady”, uma veloz e virtuose homenagem à Jimi Hendrix, na qual Uli divide os vocais com Klaus; o blues “Sun in My Hand”, na qual além do espetáculo da guitarra de Uli, que faz duelos e passagens com os vocais do próprio, o peso do baixo também chama a atenção; e a bela instrumental “Night Lights”, uma aula de melodia e técnica para aprendizes e mestres das seis cordas. O peso de “Top of the Bill”, com Uli novamente dando um show de uivos com a alavanca, contrasta com a velocidade de “Robot Man”, faixa perfeita para abrir um show devido a sua alta energia, ou com o hard de “Longing for Fire”, que parece ter saído dos primeiros álbuns do Rush. Os teclados de Achim, ainda como membro convidado, destacam-se na linda faixa-título, a qual podemos dizer foi a primeira balada de sucesso do grupo, contendo um belo solo de Uli, e na tocante “Life’s Like a River”, cujo riff central é de chorar de tão perfeito, assim como o riff da emocionante “Living and Dying”, outra que os teclados também marcam presença em um disco muito bom, apenas um pouco abaixo de seu antecessor e de seu sucessor. A capa do álbum causou polêmica, por trazer uma linda loira “transando” com uma guitarra, e com um dos seios a amostra, sendo foi proibida em muitos países, onde foi colocado uma mancha negra sobre o seio. É nela também que pela vez surge o tradicional logo da banda.


Virgin-Killer-Deluxe-Collector-Edition-coverVirgin Killer [1976]

O segundo lançamento do grupo com a mesma formação, continuando a parceria com Dieter Dierks, é uma aula do hard rock setentista. Mais maduros, e cada vez mais separados entre o talento individual de Uli Jon Roth e as composições mais acessíveis de Rudolf Schenker e Klaus Meine, o quinteto consegue unir essas divergentes ideias em canções que tornaram-se clásssicos do que convém ser chamado Uli Years. Uli novamente é dono exclusivo de quatro canções: a faixa-título, com um riffzão para colocar a casa abaixo; a lindíssima “Yellow Raven”, saída das penumbras sombreadas por “Little Wing”, ambas cantadas por Meine, e as Experiencianas “Hell-Cat” e “Polar Nights”, ambas cantadas por Uli, com a primeira destacando alavancadas e bends, e a segunda tendo um show de hammers e arpejos, mostrando que Uli era uma banda a parte. O guitarrista também divide a composição com Meine e Schenker na paulada “Pictured Life”. O grupo segue caprichando na criação de baladas, e nesse álbum, a bela “In Your Park” é a responsável pelo momento “isqueirinho aceso”, com Uli abrilhantando a faixa com harmônicos divinamente encaixados, assim como o guitarrista também apimenta com seu toque diferenciado as passagens de guitarra na igualmente bela “Crying Days”. A velocidade de “Catch Your Train”, com os dedos de Uli deslizando furiosamente pelas cordas enquanto Meine gasta as cordas vocais, e o embalo de “Backstage Queen” complementam  Virgin Killer, um álbum praticamente perfeito, o qual, na minha modesta opinião, está atrás de Fly to the Rainbow apenas por conta de pequenos detalhes. Sua capa, com a jovem adolescente nua, causou ainda mais polêmica e a capa de In Trance, sendo também proibida em muitos países, com alguns colocando uma tarja preta sobre os seios e a vagina da menina, e outros simplesmente trocando a arte. Para saber mais sobre as polêmicas capas do Scorpions, leia esse texto do colega Fernando Bueno. O disco atingiu a posição 32 na parada de discos japonesa, mercado onde o grupo nunca parou de crescer.

s
Francis Buchholz, Rudolf Schenker, Klaus Meine, Rudy Lenners e Uli Jon Roth: formação de In Trance e Virgin Killer

61huQQJJ1gLTaken By Force [1977]

A despedida em estúdio de Uli Jon Roth do Scorpions é um dos grandes discos da década de 70, assim como seus antecessores. Contando com mais uma dança nas baquetas, agora com a entrada de Herman Rarebell no lugar de Rudy Lenners, para muitos esse é considerado o melhor disco da fase Uli. Apesar de não concordar com isso, tenho que admitir que Taken By Force é um disco praticamente impecável. Uli aparece como compositor de três faixas: a agitada “I’ve Got to Be Free”, a clássica “The Sails of Charon”, com suas escalas egípcias na guitarra que tornaram-se essenciais nas apresentações de Uli Jon Roth a partir de então, e a swingante “Your Light”, ótima para aquela balada de sábado à noite. Do álbum, saíram pelo menos três clássicos incontestáveis, a pesadíssima “Steamrock Fever”, a veloz “He’s a Woman – She’s a Man”, uma pancada pesadíssima com muitos ataques à alavanca de Uli, mas com uma letra simplesmente terrível, e a maravilhosa e bela “We’ll Burn the Sky”, com suas variações entre o andamento leve e os solos recheados de arpejos e hammers que Uli eternizou nas mentes dos fãs dos alemães. Complementam o quinto disco do grupo a bela e esquecida “The Riot of Your Time”, com sua densa introdução aos violões e seu ritmo alucinante, e a baladaça “Bprn to Touch Your Feelings”, um indicativo das baladas melosas que acabaram caracterizando o grupo nos anos 80. Foi uma despedida em alto nível, que trouxe mais uma polêmica com a capa original, a qual mostra um duelo de garotos em um cemitério católico. A capa foi proibida nos Estados Unidos e Reino Unido, e se tornou cobiçada pelos colecionadores.

Arrival_in_Japan_1978_Scorpions
Chegada da banda no Japão, em 1978: Uli Jon Roth, Klaus Meine, Francis Buchholz, Herman Rarebell e Rudolph Schenker

A turnê de Taken By Force que levou o grupo ao Japão pela primeira vez, onde, recebidos como heróis, registraram seu primeiro álbum ao vivo, o essencial duplo Tokyo Tapes, na qual Uli é o destaque em interpretações primorosas para pérolas como “Fly to the Rainbow”, “Polar Nights”, “We’ll Burn the Sky”, “Dark Lady” entre outras. Uli partiu para uma carreira solo bem sucedida, ao lado da Electric Sun, insatisfeito com os rumos comerciais que o Scorpions assumiu, e para seu lugar, nada mais nada menos que Michael Schenker voltava a assumir as seis cordas, já que ele acabava de se despedir do UFO. Com alguns conflitos com o agora polêmico Michael, nasceu o sexto disco da banda, que ainda contou com o novato Matthias Jabs nas guitarras.


scorpions_lovedrive_aLovedrive [1979]

Michael foi anunciado como novo integrante do Scorpions, mas problemas com o UFO impediram dele seguir como membro do grupo, e assim, na emergência, Matthias Jabs foi chamado para substituí-lo. mesmo assim, Michael gravou três faixas para Lovedrive: a esquisitona “Another Piece Of Meat”, com fortes inspirações em Led Zeppelin e um riff grudento, a própria faixa-título, uma das melhores canções do grupo pós-Uli, e a linda instrumental “Coast To Coast”, a qual tornou-se obrigatória nos shows do grupo a partir de então, assim como a baladaça “Holiday”, uma das interpretações mais marcantes de Klaus Meine, que foi a partir daqui que começou a ganhar mais espaço como compositor e como artista. Sem dúvidas, é com Lovedrive que nasceu o Scorpions que se consagrou no mundo, com um hard rock simples mesclado com baladas adocicadas no ponto. “Loving You Sunday Morning” tornou-se um clássico de cara, Jabs apresenta-se emulando Uli Roth na pegada “Can’t Get Enough”, para mim a segunda melhor do disco, atrás apenas de “Coast to Coast”. O riff da balada “Always Somewhere” sempre me faz pensar que irá começar “Simple Man”, do Lynyrd Skynyrd, e como ponto fraco o reggae no sense de “Is There Anybody There?”. Para quem gravou Fly to the Rainbow e Virgin Killer, é assustador ouvir essa canção. Muitos consideram esse LP um clássico, mas acho ele apenas um álbum regular, que se escapa pela presença de Michael. A capa também trouxe polêmica – novamente – em alguns países, que consideraram a mão com o chilete saindo do seio da mulher muito obsceno, e preferiram olocar apenas um escorpião sobre um fundo preto. Coisas da censura. O álbum foi o primeiro dos alemães a figurar na Billboard americana, atingindo a posição 55.


MI0002440538Animal Magnetism [1980]

Com a formação agora consolidada com Matthias Jabs como o novo guitarrista, sai o sétimo LP dos alemães. Animal Magnetism traz uma banda com a fórmula de hard oitentista azeitada e pronta para conquistar de vez o mercado internacional, principalmente o americano, e contendo mais três grandes hits para os fãs dessa nova geração, os quais são a pesada “Make it Real”, apresentando um interessante solo da dupla Rudolph / Jabs, e a super clássica “The Zoo”, levada pelo seu andamento arrastado e complementada pelo refrão grudento, que possui uma canção muito similar no lado A, “Hold Me Tight”, mas que não fez tanto sucesso quanto “The Zoo”, uma das principais canções da carreira da banda, sem sombra de dúvidas. Como sempre, há baladas com espaço garantidos, e Animal Magnetism contém “Lady Starlight”, bonita faixa com um singelo arranjo orquestral, tendo como instrumentos oboé, violinos, viola, violoncelo e trompas, arranjados por Allan Macmillan. As melhores do disco ficam por conta de canções que ficaram obscuras perto da grandiosidade de “The Zoo”, as quais são “Only a Man” e “Falling in Love”, que podiam facilmente estar em qualquer um dos álbuns da era Uli, a veloz “Don’t Make No Promises (Your Body Can’t Keep)”, “Twentieth Century Man”, com seu riff rasgado e grudento, e a estonteante faixa-título, uma das obras-primas criadas por essa formação do Scorpions, com sua levada pesada e sinistra que não é encontrada em nenhuma outra faixa do grupo. A versão em CD de 2001 trouxe como bônus “Hey You”, faixa que honestamente, não acrescenta muito ao bom conceito final do disco, cuja capa, para variar, também gerou polêmica, apresentando uma loira ajoelhada diante de um homem que bebe cerveja, enquanto um cachorro observa algo que não se sabe o que é, mas pode se deduzir, mas dessa vez, não houve problemas de censura. A partir daqui, o Scorpions entrava de vez no mercado europeu e americano, sendo que com ele, os alemães atingiram a posição 52 na Billboard, e também assumiram um novo visual, com roupas coloridas e/ou de couro, que se aproximavam mais do que o mercado de lá pedia naquela época. Era um choque para os fãs antigos, mas a conquista de toda uma nova geração de seguidores.

Photo of SCORPIONS
Francis Buccholz, Herman Rarebell, Rudolph Schenker, Klaus Meine e Matthias Jabs. Formação clássica dos álbuns Animal Magnetism, Blackout e Love at First Sting

blackout_1982Blackout [1982]

O Scorpions preferiu sair das temáticas sexuais em seu oitavo álbum, e dessa vez trouxe na capa um homem sendo torturado. Ela passou sem problemas de preconceito (violência pode, sexo não), e independente de capas, Blackout se tornou o principal disco da era Jabs, colocando o Scorpions entre os dez mais na Billboard – onde recebeu platina pela marca de mais de um milhão de cópias vendidas em 1984 – e primeiro na França. Afinal, aqui você irá ouvir a mega-clássica “No One Like You”, hino da era Jabs cujo destaque vai para a inda introdução das guitarras gêmeas e a perfeita mescla de momentos amenos com momentos mais pesados, além de um refrão inesquecível. Blackout também possui outras canções fantásticas, como a pegada faixa-título, outra das melhores faixas da era Jabs, assim como a estupenda “Dynamite”, uma pancada para ser gritada aos plenos pulmões, e com mais um grandioso solo de Jabs, a agitada “Now!”, faixa característica do Scorpions, curta, direta e ótima para sacudir a casa, e a também clássica “Can’t Live Without You”, faixa perfeita para agitar uma festa para amantes do rock and roll. Os fãs em geral irão estranhar a longa “China White”, uma viajante faixa criada por Meine, que em sete minutos, deixa os cabelos arrepiados com seu andamento sinistro, e Meine cantando como poucas vezes se ouviu. As baladas se fazem presentes em “You Give Me All I Need”, trazendo um bonito solo de guitarra, e a baladaça “When the Smoke is Going Down”, que já preparava os ouvidos dos fãs para o grande sucesso meloso que viria em 1984, através dos dedilhados marcantes uma interpretação impecável de Meine. Complementa o álbum “Arizona”, faixa que até chegou a ser lançada nas rádios, mas que não fez o mesmo sucesso de outras citadas mais acima. Como curiosidade, antes das gravações de Blackout, Meine passou por uma cirurgia nas cordas vocais que quase o impediu de seguir como vocalista. Algumas demos com os vocais de Don Dokken chegaram a ser registradas, mas nunca lançadas oficialmente.


71ay4Hes3qL._SL1073_Love at First Sting [1984]

Se quiser conhecer o Scorpions da era Jabs, comece com esse disco. Love at First Sting é o maior detentor de clássicos da era Jabs em todos os tempos. Vejam só o track list: “Bad Boys Running Wild”, “Rock You Like a Hurricane”, “Coming Home”, “Big City Nights” e “Still Loving You”. É mole ou quer mais? Todas essas faixas tocaram muito, e até hoje, são símbolos e hinos para os fãs do grupo e do hard oitentista. Qualquer um que goste do estilo certamente conhece esas pérolas, mas para quem não conhece, posso citar que “Big City Nights” e “Bad Boys Running Wild” tem um refrão que ficará dias na sua cabeça, “Coming Home” é uma “balada” surpreendente – que baita música – na qual a descrição não vale o que realmente é a música, “Rock You Like a Hurricane” é o segundo riff mais famoso da história do Scorpions, além de um dos melhores trabalhos da dupla Jabs / Schenker,  e o primeiro riff mais famoso da história do Scorpions veio de “Still Loving You”, simplesmente A BALADA. Falem o que quiserem, critiquem a terrível versão feita por Cleiton & Camargo, batizada de “Meu Anjo Azul”, mas “Still Loving You” é uma pérola da dor de corno, por que ela é simplesmente linda demais. Quem já teve o fim inesperado de um relacionamento e ouve essa canção certamente irá se identificar. Mas há mais nesse nono álbum da banda. “I’m Leaving You” é uma das faixas que sempre quis ouvir ao vivo, principalmente pelo solo de Jabs, e quando ouço “The Same Thrill”, fico imaginando como que a mesma banda criou algo tão belo quanto “Still Loving You” criou algo tão poderoso e violento quanto essa faixa, uma pancada que também tenho a curiosidade de vê-la e ouvi-la ao vivo. Também temos a simples “As Soon as the Good Times Roll” e a leve “Crossfire”, cuja introdução não sei por que me lembra “Waysted Years” do Iron Maiden. Sexto lugar nos Estados Unidos e décimo sétimo no Reino Unido, é sem sombra de dúvidas o melhor álbum da fase Jabs, com o Scorpions no auge da sua carreira. A capa para variar, causou polêmica, principalmente nos Estados Unidos, onde a comunidade religiosa de lá não viu com bons olhos o casal dando um amasso enquanto a moça é tatuada pelo rapaz. Por lá, saiu uma capa apenas com uma imagem do grupo, a qual tornou-se bastante procurada atualmente pelos colecionadores.

No ano seguinte, o grupo veio ao Brasil pela primeira vez, fazendo uma apresentação sanguinária na primeira edição do Rock in Rio. Nesse mesmo ano, saiu o segundo ao vivo do grupo, o ótimo World Wide Live, com destaque para “Coast to Coast”, na qual Klaus Meine empunha a guitarra, mas que tem como defeito o fato de apresentar apenas canções da era Jabs, menosprezando totalmente a era Uli, algo que considero muito lamentável.

scorpions
Scorpions no Rock in Rio de 1985

Passo a bola então para o colega Fernando Bueno, com os discos do final dos anos 80 até os dias atuais.

75 comentários sobre “Discografias Comentadas: Scorpions [Parte 1]

  1. Mais uma edição do “Discografias Comentadas” aqui da Consultoria, hoje focalizando os Scorpions, a segunda melhor banda da Alemanha na minha opinião (a primeira é o Accept).

    O Scorpions é uma ótima banda realmente, com uma história invejável de sucesso e muitos hits clássicos em sua bagagem. A banda já havia alcançado o ápice de sua trajetória com Blackout, magnum opus de 1982 – se não fosse a volta de Klaus Meine após aquela cirurgia nas cordas vocais pra se livrar daquela doença que quase o afastou pra sempre da música, eles não tivessem alcançado esse feito. Hoje Meine é visto como um grande exemplo de superação do rock, assim como Bruce Dickinson, o eterno vocalista do Iron Maiden. Voltando á história, o processo de maturação dos Scorpions havia sido iniciado com Lovedrive (1979), passando por Animal Magnetism (1980) até chegar ao seu pico com o já citado Blackout. Estes 3 álbuns estão entre os meus 5 favoritos do grupo, os outros dois serão citados na próxima parte deste DC daqui á duas semanas.

    Com Blackout o Scorpions ganhou o mundo merecidamente, mas foi com Love at First Sting (1984) que eles, no meu ponto de vista, quebraram a cara. Tudo bem que é o disco de maior sucesso dos caras, mas há controvérsias. Eu vejo este disco como uma tentativa de superar o sucesso de Blackout e o resultado foi decepcionante. O motivo de tudo isso e também pelo qual não consigo gostar deste disco como um todo está na balada “Still Loving You”. A verdade é que eu ainda não entendo o que está por trás do sucesso desta canção: virou tema de uma novela da Globo (Corpo a Corpo, 1985), ganhou uma versão em português pela dupla recém-desfazida Cleiton & Camargo intitulada “Meu Anjo Azul” (como o chefão Mairon citou aqui) e tem inspirado na época o aumento de crianças recém-nascidas na Europa.

    Apesar dos meus problemas com “Still Loving You” – que não são poucos, gosto bastante de outras músicas do LAFS, como “Big City Nights” e a trinca inicial “Bad Boys Running Wild”, “Rock you Like a Hurricane” e “I’m Leaving You”. Só isso. Caso não saibam, em se tratando de baladas, a melhor do Scoprions é “Wind of Change” (Crazy World, 1990) que será citada na segunda parte da DC do grupo alemão. Já meu pai que é fã da banda, prefere “Send me an Angel”.

    Outra coisa que eu esqueci de falar é que a inclusão de LAFS na lista dos melhores de 1984 aqui da Consultoria há uns anos atrás foi algo que eu não gostaria que tivesse acontecido, por causa dos meus motivos negativos citados. Queria mesmo era que o Judas Priest com “Defenders of the Faith” figurasse um lugar de destaque naquela lista, junto com “Born in the U.S.A.” do nosso “The Boss” Bruce Springsteen, “Balls to the Wall” do Accept (mais uma vez, a melhor banda alemã), “Purple Rain” do Prince, “Powerslave” do Iron Maiden, “Ride the Lightning” do Metallica, dentre tantos outros bons discos de 1984. E olha que eu tinha sugerido exaustivamente a presença dos eternos “Metal Gods” com seu último grande disco antes de “Painkiller”, Mas como vocês resolveram pôr nesta lista o disco do Scorpions que não faz muito meu gosto ao invés do disco do JP que eu citei, só me resta lamentar.

  2. Desta fase, gosto principalmente de In Trance, Lonedrive e Love at First Sting. O curioso do Scorpions é a ignorância do povão que acha que a banda se resume aos “pops rocks” do disco de 1984. Já vi gente no meu carro estranhando com o peso do Scorpions de velhos álbuns que eu tocava. Algo similar ocorreu aqui em Guarapuava quando teve um show do Nazareth e o pessoal foi pensando só em músicas ao estilo “Love Hurts”.

    1. Cara, eu lembro que na década de 90, nem se falava do Scorpions Uli. Quando descobri que havia um Scorpions setentista, parecia uma coisa obscura, lançada só na alemanha. Foi com muita sensação de raridade que descobri a banda. Não sei se continua sendo assim hj, mas com certeza, quando o grupo veio tocar no Faustão com o famoso “quem sabe faz ao vivo” e o playback comendo em “Stil Loving You”, acho que ninguém dos meus próximos que conheciam musica sabiam da existência de In Trance ou Fly to the Rainbow. Estranho, não?

      1. O que aparece na tv ou no rádio ainda influencia muita gente, então naquela época sem internet a influência da tv era muito maior. E aqui no Brasil, não adianta, quando se fala de Scorpions todo mundo pensa que é uma banda só de balada mela cueca do disco de 84.

        Até hoje pode tocar pra muita gente o Scorpions setentista que é capaz de muitos não reconhecerem.

        1. Sei não André, prefiro mil vezes ouvir Screaming for Vengeance do que dar ouvidos ao amado-odiado Love at First Sting!

  3. Belas resenhas Mairon , essa fase do Scorpions q vc comentou ULI / SCHENKER / JABBS até 84 é MARAVILHOSA , depois n curto a banda ! Estive n RIR de 85 e eles foram junto c tds do Hard perfeitos , MAS o melhor de tds foi claro o QUEEN !ÚNICO porém é quando o ULI cantava . voz horrível heheheheheheh

    1. Olá Paulo. Eu acho interessante a voz do Uli, mas com certeza, o cara nas seis cordas manda muito mais. Abraços

  4. Mairon Machado é tão detalhista que fica difícil a gente encontrar uma brecha para poder acrescentar alguma coisa aos seus textos. Vou me concentrar então naquele que considero o grande disco alemão do Scorpions, o primeirão: Lonesome Crow. Antes dele, eram uma banda beat de Hannover surgida lá pela metade da década de 60. E quem acreditou neles foram dois dissidentes do selo Ohr, Bruno Wendel e Günter Körber, que montaram o legendário selo Brain e coube ao Lonesome Crow a honra de inaugurar o selo, sob número 1001. E por que eu acho que esse é o grande disco alemão do Scorpions? Primeiro que a produção é de ninguém menos que Conny Plank, o mesmo gênio que produzia na época Kraftwerk, Ash Ra Tempel, Neu! e Guru Guru, entre várias outras bandaças. Aliás, esse disco tem algumas maluquices a la Guru Guru. E muita psicodelia, alguns toques progressivos (ouçam Action) e baladas esquizofrênicas. Bem no estilo das bandas hard alemãs de então. E os irmãos Schenker… são os irmãos Schenker, né? Nada contra os outros trocentos discos do Scorpions (o próximo, Fly to the raimbow, também é excelente) mas a melhor fase deles é a de quando ainda não haviam sido capturados pelo Butantã do sucesso.

      1. Obrigado Marco. Eu admiro muito o Lonesome Crow, e considero ele fácil um top 5 da banda. Michael Schenker é um monstro nas guitarras, e pena que o ego tenha inflado tanto quanto inflou sua barriga nos últimos anos. Acho um pouco exagerada sua comparação com o Guru Guru, mas apesar dos pesares, In Search of the Peace of Mind e a faixa titulo tem boas viagens.

    1. Cara esse disco é muito bom, mas Fly to the rainbow é sensacional, Parece um disco conceitual, todas as faixas são maravilhosas, e a bateria?? o peso?? Scorpions morreu em 1978!!! fato, Scorpions é com Uli Jon Roth(gênio).

        1. Cara Scorpions com Uli Jon Roth é maravilhoso!!!! É minha segunda banda favorita dos anos 70, só perde pro Rainbow, pois lá tinha um tal de Ronnie James Dio!!!! Quero sua Opinião sobre Ronnie James Dio, acho o melhor vocalista da musica e vc???

          1. Acho o Dio um BAITA vocalista, mas meu preferido ainda é Freddie Mercury. O carisma do homem ao vivo era sensacional, e ele conseguia cantar qualquer estilo de boas. Valeu Renan!

          2. Olha Renan, em termos de qualidade, o melhor vocalista do rock pra mim é Rob Halford (Judas Priest), juntamente com o baixinho Udo, do Accept. Dio foi realmente um gênio, mas pra mim não chega nem perto destes dois “monstros sagrados” da música pesada!

          3. Vcs são loucos Udo??? Freddy Mercury??? Rob Halford é meu segundo vocalista preferido, pergunto a vcs, qual vocalista lançou mais clássicos e por bandas distintas como Ronnie James Dio??????? Acho o site de vcs muito bom, mas depois dessas opiniões me decepcionei muito.

  5. O Scorpions setentista é irrepreensível. Virgin Killer ainda é top 10 hard rock aqui em casa. Mas depois do Blackout também acabou, não tenho paciência para o que veio depois. Só quero ver os comentários para aqueles trecos chatos com orquestração.

    1. Quando o Fernando me fez a proposta de dividir a discografia, fiquei com receio de ele querer que eu fizesse dos discos pós love at first sting. Mas por outro lado, me surpreendeu ele gostar dessa fase dos anos 90. Bueno e suas surpresas

      1. Anos 90 pro Scorpions é dureza. Eye 2 Eye é uma das maiores abominações que eu ouvi até hoje. Acoustica e Moment of Glory também não ficam muito atrás não. Depois da fase setentista acho que só ouço vez ou outra o Humanity…

        1. Até o Crazy World ainda respeito. Depois, músicas aqui e acolá. O disco do ano passado foi o melhor que ouvi em anos. Eye II Eye em compensação, é uma abominação terrível, parelho com o também insuportável Far From Home (Traffic)

          1. Muito disco “nada” nesse período. O pior não é ser abominável, mas sim ser completamente esquecível. Nessas eu coloco Pure Instinct, Face the Heat, Sting in the Tail e Savage Amusement. Se lembrar de uma faixa de cada um dos discos é muita coisa.

          2. O Face the Heat tem “Under the Same Sun”, que foi uma balada famosa aqui no Brasil (inclusive foi tema global), e chegaram a “tocar” no Faustão, junto com “Still Loving You” (eu tinha isso registrado em VHS. Os demais, realmente, é complicado

  6. Muito boa matéria! O melhor do Scorpions está aqui, na minha opinião. Quero ver a parte 2 pra ver o que se salva 🙂 Achei que os 2 ao vivo mereciam maior destaque no texto, na minha opinião são 2 discos ao vivo obrigatórios em qualquer coleção! Abraço!

    1. Marcel, com certeza são discos obrigatórios, mas as nossas DCs limitam-se quase que exclusivamente aos álbuns de estúdio. POr isso não pude falar mais dos ao vivos, principalmente do Tokyo Tapes, que acho um discaço (o que o Uli faz em Fly to the Rainbow é de chorar). Abraços

  7. Gostei tanto do texto do Mairon que vou reouvir todos os discos do Scorpions que tenho em casa.
    Abraço!

  8. Muito legal a matéria! Só um reparo: o cemitério na capa de Taken by Force é o de Arlington, em que são enterrados os militares mortos em combate e os heróis nacionais dos EUA.

    1. Obrigado Marcello, mas só uma dúvida, nesse cemitério não enterram só os militares católicos?

  9. texto excelente. A década de 70 pro Scorpions é indescritível, a criatividade estava em alta na banda. Fly to The Rainbow, Virgin Killer e o magnifico Taken By Force (meu preferido) são icônicos. A década de 80 é excelente também, apesar do pessoal malhar essa época.

    1. Obrigado Marck. Acho o Taken o mais fraquinho da era Uli, mas não posso negar que é um baita disco, sem dúvidas

      1. Taken By Force fraquinho?? acho esse álbum perfeito, pra mim o Scorpions acabou aqui. Mas o melhor álbum disparado é o Fly To The Rainbow é de chorar!!!!!!!!!!!!!!

        1. Pra ti ver, fraquinho perto dos outros né, por que é um discão. E concordo totalmente Renan, Fly to the Rainbow is the best.

          1. Até q enfim concordamos com algo, agora falar q Udo e Mercury cantam mais q Dio forçaram a barra geral, acho Mercury superestimado demais, talvez pela sua morte…. agora Udo, pelo amor de Deus, agora Rob Halford é monstro mesmo, meu segundo vocalista preferido, vcs ignoraram o q Dio fez na carreira, começou com o Elf uma puta banda de blues rock, depois detonou no Rainbow, o que ele fez em Stargazer nenhum vocalista nessa terra nem sonharia em fazer, interpretação soberba, magnífica,fora Gates Of Babylon, depois salvou o Sabbath e gravou clássicos como Heaven And Hell, Mob Rules, Dehumanizer(meu preferido), fora isso Holy Diver e The Last In Line, quem no mundo do rock tem essa discografia?? fora q ele era um ser humano ímpar, tratava os fãs com respeito, ao contrario do mala Mercury.

          2. Meu caro Renan, discordo que o Mercury seja superestimado. Ele foi um dos poucos cantores que interpretava qualquer estilo com segurança, e fora o carisma que ele tinha com as plateias. Dio é um gênio mesmo, cantava demais, e é um dos meus vocalistas favoritos. Uma pena a Uol ter apagado nossa lista de Melhores Vocalistas. Lá você ia ver que a Consultoria elegeu o Halford como um dos melhores de todos os tempos, assim como o Dio (UDO não entrou)

  10. Fico com uma dúvida tremenda na hora de escolher meu disco favorito do Scorpions. Normalmente cito “In Trance”, mas a diferença para “Virgin Killer” é tão pequena que, dependendo do dia, é este que cito como preferido mesmo. “Taken By Force”, porém, também fica pouquíssimo para trás, além de “Fly to the Rainbow”, “Lovedrive” e “Blackout” também serem dignos de ostentar rótulo semelhante.

    1. POr mais que eu goste do Blackout, não consigo colocar nenhum disco da era Jabs no mesmo patamar de um disco da era Uli (e tão pouco do Lonesome Crow). Viva a diversidade

          1. Legal cara,mudando de assunto,uma opinião sua, qual o maior vocalista do rock na sua opinião Ronnie James Dio ou Freddy Mercury, pra mim de longe o baixinho arregaça o arrogante do Mercury.

          2. Como disse acima, prefiro o Mercury. Independente da arrogância, ele cantava todos os estilos com facilidade e soberania. Além disso, no palco ninguém segurava o homem (hummmmmmmmm, será que ninguém segurava ele mesmo??? hehehe)

      1. A fase Uli Jon Roth era o Scorpions na sua essência, mais visceral e magico, cara falar o que de In Traince, Yellow Raven, The Sail Of The Sharon, o álbum fly To The Rainbow inteiro, essa é umas das minhas bandas preferidas dos anos 70, Uli Jon Roth e Tony Iommi são para mim os melhores guitarristas de todos os tempos, não é a primeira pois tinha uma certa banda chamada Rainbow com um gigante no vocal(Dio).

  11. Aliás, tão citando o receio do Scorpions pós-90, eu aprecio muitos discos dessa fase. Gosto bastante do Face the Heat [1992], Unbreakable [2004], Sting in the Tail [2010] e até do malhado Humanity – Hour I [2007].

  12. O que mais me deixa triste é saber que muitas bandas alcançaram o ápice de suas carreiras com discos que não consigo gostar por óbvias razões. É o caso do Scorpions e seu “Love at First Sting”. Tá certo que o disco é o mais bem-sucedido do grupo, mas por favor, né, como vocês sabem, a balada “Still Loving You” pra mim não tem cabimento neste disco que foi tão fundamental para a carreira deles. A inclusão desta balada no tracklist arruinou toda a perfeição do LAFS e os Scorpions botaram tudo a perder com isso. Realmente não dá.

  13. Bandaça, uma das minhas favoritas da Alemanha ao lado do Accept. Foi bom reouvir os discos do Scorpions acompanhando a matéria. Fazia tempo que eu não tirava os cds do armário. Já estavam pegando poeira, o que é lamentável, pois os caras sempre mandaram bem pra caramba.

    1. Em termos de bandas alemãs, prefiro mil vezes o Accept do que o Scorpions. Quanto ao que você falou que eles sempre mandaram bem, eu discordo. Só no Love at First Sting eles fizeram o contrário do que fizeram em Blackout, a meu ver. Quanto ao Accept, gosto de mais dos discos que vão de Restless and Wild (1982) á Russian Roullete (1986), dos quais o meu favorito é Metal Heart (1985), sem menosprezar a obra-prima Balls to the Wall (1984). Metal Heart foi o disco que me iniciou na obra do Accept e gostei de tudo, principalmente da voz gritada de Udo Dirkschneider, o baixinho mais gigante do metal (i’m sorry, Ronnie James Dio). A melhor atuação de Udo está em Metal Heart, sem dúvidas.

      1. Cara seu fanatismo pelo Accept chega a ser preocupante, como pode achar Udo melhor vocalista q Ronnie James Dio????? isso é uma heresia, vai procurar um médico irmão com todo o respeito.

  14. Só tive saco para o Scorpions nestes dois ou três primeiros discos que são ótimos. Depois dos discos multiplatinados amparados em baladas mais ou menos bregas perdi o interesse. Nos último anos, gostei de “Humanity: Hour I”, em especial da faixa de abertura, “Hour I”, uma cacetada dada com toda propriedade. Infelizmente, o resto do disco volta ao rame rame oitentista de sempre.

    1. Scorpions na época do Uli John Roth era banda do mesmo nível do Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath e Ufo! O unico problema é que não fez sucesso quanto essas bandas!

  15. “Still Loving You” nada mais é do que um plágio descaradíssimo que os Scorpions fizeram de “Shame on the Night” o grand finale do disco Holy Diver de Ronnie James Dio, lançado um ano antes de Love at First Sting, e que inspiraria o grupo alemão a fazer algo “quase” semelhante para encerrar seu disco mais famoso e bem-sucedido, que apesar disso é pra mim o menos inspirado, o mais fraco e o pior deles.

    1. Eita rs Ouvirei essa música do Dio.
      E por curiosidade: quais seus discos preferidos do Scorpions?

      1. Primeiro, o link da música do Dio que eu citei: https://www.youtube.com/watch?v=-pqkDJO1te0

        Segundo, meus 5 preferidos discos do Scorpions são: Blackout em primeiro colocado, Animal Magnetism em segundo, Crazy World em terceiro, Savage Amusement em quarto, e Lovedrive em quinto. Já Love at First Sting não está na minha lista por conta dos motivos que eu citei acima. Dá uma relida!

        1. Vendo seu top five dos discos preferidos do Scorpions da para perceber q vc manja muuuuito de musica, quanto absurdo.

          1. Manjo muito bem mais do que qualquer pessoa que se diz fã de música mas não entende nada.

      1. A semelhança está no ritmo de ambas as músicas, pois são lentas e possuem uma certo parentesco em termos de melodia.

        1. Nada a ver meu caro. Acho que antes de escrever algo desse tipo, você deve ter uma fonte pelo menos. Ok que você veja similaridades, mas afirmar que o Scorpions plagiou descaradamente, é demais. Pode causar até processo!!

    2. Forçou em Igor??? Enquanto “Shame on the Night” é um hardzão pesado e arrastado, na linha do que o DIO já fazia com o Sabbath, “Still Loving You” é uma baita dor de cotovelo e muito melódica. Nada a ver, me desculpe

      1. Eu apenas vejo que ambas estas músicas tem alguma semelhança em termos musicais. Qualquer semelhança não é mera coincidência…

        1. Pois é, você ver semelhanças é uma coisa. Afirmar que é plágio descarado, é outra bem diferente

          1. Tudo bem, então corrijo o que eu disse: o grand finale de Holy Diver tem inspirado (não foi plagiado descaradamente) os Scorpions a fazer o grand finale de seu “pior disco” como eu venho comentando aqui. Sua entrada na lista dos melhores de 1984 em nona posição (lugar que era para o Judas Priest estar) foi uma das muitas piadas “sem-graça” ocorridas na Consultoria em todos os tempos.

        1. LAFS pode até ser um disco sensacional, mas da minha parte não chega nem perto de Screaming for Vengeance (Judas Priest). Mas se for para eu dar mais uma chance ao LAFS, que seja com “Still Loving You” (o principal problema pelo qual eu desprezo tanto este disco) na versão que os Scorpions gravaram com a Orquestra Filarmônica de Berlim em 2000 (disco “Moment of Glory”), aquele detalhe que a gravação original tanto necessitava e que infelizmente não foi aproveitado. Quem sabe eu mude de ideia rapidinho…

      1. Eu diria que Love at First Sting é o Tales from Topographic Oceans dos Scorpions, por também se adequar na categoria “ame ou odeie” Não estou em nenhum destes termos quando o assunto é o nono disco do grupo alemão, e corrigindo o que eu disse, não o desprezo, apenas não gosto deste álbum. Já eu citei o oitavo disco do Judas Priest por que não tem NENHUMA música fraca, sendo superior e exatamente o oposto de Love at First Sting que só tem uma música fraca que é justamente a “Still Loving You” que inclusive é também a música que eu menos gosto e mais desprezo dentro do repertório do Scorpions por causa de seu absurdo sucesso nos anos 80. E “Shame on the Night” não tem nada a ver com o Black Sabbath, é 100% Scorpions!

  16. Parabéns pela excelente resenha, o Scorpions é um divisor de águas para muita gente em termos de rock n roll e hard rock, suas baladas são maravilhosas, é pena que muitas pessoas associam elas a pieguices românticas, por pura falta de informação.
    Adoro todos os disco que contam um pouco de sua trajetória sonora aos ouvidos dos amantes da bôa música. Pra mim é a melhor banda da Alemanha por sua qualidade musical, longevidade e por ter influenciado muitas bandas das quais sou fã.

    1. Respeitosamente discordando, caro Chiquinho (para os íntimos), eu acho que a melhor banda alemã continua para mim sendo o Accept, juntamente com a U.D.O. E quanto aos Scorpions, para mim nesse quesito eles são medalha de bronze, sem ofensa, tá?

  17. Com excessão de uma ou outra música, eu particularmente não consigo gostar de nenhum álbum da era Matthias Jabs, inclusive nunca entendi o culto em torno desses discos. Acho tudo muito clichê e repetitivo, bem diferente da fase com Uli Jon Roth, época que a banda tinha uma sonoridade diferenciada e totalmente fora da curva. Mas, gosto é gosto, respeito quem curte e prefere os álbuns da fase oitentista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.