Rolling Stones América Latina Olé Tour – Rio de Janeiro / Porto Alegre
Por Mairon Machado (todas as imagens por Mairon Machado, com exceção de *, retirada do twitter oficial da banda)
Assistir a um show de rock sempre é um evento marcante. Afinal, a longa espera nas filas, o dinheiro investido, as histórias compartilhadas no gargarejo do palco, a batalha campal em busca de uma palheta, baqueta ou recordação do show como uma forma de premiação por ter vencido cada obstáculo, o retorno para casa, com a mente passando como um filme as imagens que você presenciou há poucos minutos, as dores no corpo no dia seguinte, entre outros fatores, fazem com que você leve isso na sua bagagem cultural para o resto do fim das suas vidas. Assistir aos Rolling Stones, por duas vezes, na mesma turnê mas em cidades tão diferentes quanto Rio de Janeiro e Porto Alegre, é além de tudo o que escrevi acima, uma prova de que quando você gosta mesmo de fazer algo, não há idade, chuva, calor, preguiça, dinheiro ou qualquer outro empecilho que vá te impedir de fazer isso.
A América Latina Tour, antes de chegar em Porto Alegre, começou com shows em Santiago, Buenos Aires (três datas), Montevidéu, Rio de Janeiro e São Paulo (duas datas), e por privilégio dos tempos, e por uma dívida pessoal comigo mesmo, que não pude conferir os Stones no famoso show de Copacabana em 2006 por que não tinha na época 150 reais para pagar a passagem de ônibus até lá, desloquei-me de São Borja até a capital carioca e a capital gaúcha, nos dias 20 de fevereiro e 02 de março respectivamente, para assistir a duas aulas Magmas de como fazer rock ‘n’ roll em cima do palco.
Começo destacando algumas diferenças básicas entre as plateias. O povo carioca é apaixonado por rock ‘n’ roll, isso não podemos discutir, mas também gosta de se exibir, e então, a quantidade de gente que estava lá fazendo selfies e promovendo-se nas redes sociais era similar a quantidade de gente que estava lá para ouvir “Star Me Up” ou “(I Can’t Get No) Satisfaction”. Por vezes mescar a melhor imagem com o Mick Jagger ao fundo, perdendo clássicos como “Miss You” ou “Paint it Black” só para ter no computador ou celular uma imagem com o rostinho de Jagger em um canto.
Outro ponto que me chamou a atenção é que os cariocas não tem preocupação com chegar cedo no show. Dirigi-me ao Maracanã ao meio-dia, e quando cheguei lá, tinha pouco mais de 20 pessoas na fila (se é que tinha). O grosso do público começou a chegar mesmo depois que a primeira banda de abertura já havia feito sua apresentação, lá pelas 19 horas, o que me surpreendeu bastante.
Em Porto Alegre, por outro lado, cheguei no mesmo horário que cheguei no Rio no Estádio Beira-Rio, e a fila já era enorme. A multidão de gente tomou conta do pátio do estádio, e quando os portões abriram, já dava para perceber que ia lotar rapidinho. O público gaúcho também tem simpatia por selfies e tal, mas graças a forte chuva que caiu durante todo o show dos Stones em Porto Alegre, os fanáticos por tal atividade não tiveram a felicidade de usar muito seus atributos eletrônicos, e foi bem mais tranquilo de ver o show, sem braços levantados ou falas desnecessárias como “Essa foto não ficou legal, vamos tentar pegar outra” …
Não estou dizendo que o público carioca é melhor que o gaúcho ou vice-versa, até por que no Rio de Janeiro tinha gente de todo o Brasil, e em Porto Alegre a maioria apenas eram gaúchos e catarinenses,mas são pontos curiosos que encontrei. Agora, com certeza, a volta para casa em Porto Alegre foi bem mais tranquila, já que a fila para pegar ônibus, táxi ou metrô no Maracanã era gigantesca. Uma hora para pegar o metrô, com a ajuda do amigo André Bonolo, que foi gente finíssima e de extrema educação ao me auxiliar nessa situação, já que não tinha como eu comprar a passagem de volta com a quantidade de gente para fazer isso. Também, no Maraca tinha mais de 66 mil pessoas, enquanto em Porto Alegre o público atingiu a marca de pouco menos de 50 mil pessoas.
Agora quanto aos shows em si.
Rio de Janeiro (20 de fevereiro de 2016)
A longa espera debaixo de um sol escaldante no Rio de Janeiro foi o único problema do dia, compensado pelo banho de chuva que lavou a alma e refrescou quem estava no estádio Maracanã quando Deus resolveu limpar o pátio do Céu. Já tinha ido várias vezes no Maraca, mas sempre nas arquibancadas. Era a primeira vez no gramado, e a sensação de pequenez diante daquele gigante de concreto é ainda maior.
A abertura do espetáculo foi do grupo Doctor Pheabus. O som da banda é um Lynyrd Skynyrd muito do genérico, onde salva-se um trio vocal feminino que sustenta boa parte das músicas, já que o vocalista não é do melhores. A banda fez uma performance de uns 30 minutos, tocando seis canções que não esquentaram os poucos presentes no local. O pior foi ver o guitarrista empunhando e afinando uma linda Gibson branca de dois braços, e na hora de começar o show, a guitarra estar tão desafinada que até o Cristo Redentor colocou as mãos na cara de tanta vergonha. A banda ainda tem muito o que cavalgar nas estradas da vida, e não agradou quase ninguém, apesar da inúmera distribuição de palhetas e camisetas.
Depois veio o Ultraje a Rigor, e a polêmica briga de Roger com a plateia. Na verdade, muito do que divulgaram por aí não procede. Pouco antes da Doctor Pheabus entrar no palco, Roger já perambulava por lá, e inclusive autografou o meu compacto de “Eu Me Amo” que levei justamente para isso, com uma simpatia enorme. Antes de começar o show do Ultraje, caiu o mundo no Rio de Janeiro, e o show acabou atrasando mais de meia hora. Quando o Ultraje entrou, o público já estava quase que definitivo, e ansiando pelos Stones.
O show do Ultraje foi muito burocrático e frio, e no meio dele, um rapaz que estava exatamente na minha frente começou a gritar “coxinha” para o cara da G Magazine. Outros já estavam gritando também, mas como nós estávamos praticamente na grade, foi aquele cara, de chapéu preto, que ofendeu ao Roger, o qual retrucou, falando coisas como “vocês vão cair, eu não consigo te ouvir daqui de cima, coxinha é a mãe” e principalmente, “a próxima música eu dedico para vocês”, tocando então “Filho da Puta”, o qual foi direcionada exatamente para o cidadão que chamou o Roger de coxinha (não entendo por que se ofendem com isso), e o Roger ficou o tempo todo olhando para o rapaz, mas em nenhum momento xingou a plateia.
A partir dali, de qualquer jeito, a c@g@d@ já havia sido feito, e boa parte do público começou a vaiar o grupo, que não tardou em sair do palco para dar lugar aos Stones, inclusive sem nem um bis fazer. Salvou-se pelo menos a participação de Luiz Carlini, que acalmou um pouco os ânimos da galera com seus solos em meio aos covers de rock que o Ultraje fez. O que ninguém esperava é que, mesmo com a chuva tendo parado pouco antes do show do Ultraje terminar, os telões acabassem estragando. O pessoal da organização se virou nos 30 (no caso, 30 minutos) e em meia hora, arrumou tudo, para assim, com um atraso considerável, os vovôs subirem ao palco e detonar.
Alheio a quantidade de máquinas fotográficas e celulares atrás de mim, concentrei-me para ver o show, mas não esperava que ficaria tão abalado com o que viria nas próximas duas horas. O belo vídeo de apresentação do show, remontando imagens de capas e momentos da carreira dos Stones desde o seu início, já arrancou lágrimas e arrepios deste que vos escreve, e quando vi Mick Jagger e Keith Richards detonando “Start Me Up”, o tempo parou. Arrepios corriam pelo corpo levando o sangue do coração, e a empolgação ao ouvir tantos clássicos em sequência (“Start Me Up”, “It’s Only Rock ‘n’ Roll”, “Tumbling Dice” e “Out of Control” foram as quatro primeiras) ficou ainda maior quando Mick disse: “Essa música foi escolhida por vocêisssss“, com um baita sotaque, para então surgir “Like a Rolling Stone”.
É impressionante a vitalidade de Jagger. Aos 72 anos, ele cantou a complicadíssima letra de Bob Dylan pulando e dançando pelo palco, sem precisar de tele-prompter, e fez com que o Maraca dançasse animadamente, e eu colocasse mais algumas lágrimas de satisfação e gratidão por seja lá quem ter me propiciado esse momento.
“Doom and Gloom” acalmou os ânimos, seguida pela linda “Angie”, totalmente inesperada para mim, o qual rapidamente lembrei de David Bowie, e fiquei imaginando se ele não estaria ali no palco, curtindo o show e querendo cantar “Dancing in the Street” com seu eterno parceiro Jagger. Foi de chorar de emoção ouvir essa canção ao vivo, e somente “Honky Tonk Women” para levantar a plateia de novo. Apesar da insistência do telão em focar as mulheres em busca dos famosos “peitos de fora” que marcam a apresentação dessa pérola no resto do mundo, no Rio a coisa não funcionou, ou pelo menos, no telão ninguém apareceu com os seios à mostra.
Veio a apresentação da banda – Ron Wood, o mascote das Olímpiadaisssss” e Keith assumiu o posto principal para cantar “You Got the Silver”, pérola escondida de Let it Bleed, e “Before They make Me Run”, joinha cobiçada do excelente e menosprezado Some Girls, ambas ovacionadas por uma plateia que comoveu Keith, o qual ficou sem palavras diante de tanto carinho.
As improvisações de quinze minutos em “Midnight Rambler” mostraram que Jagger além de ser um baita frontman, toca muito harmônica. Seu duelo com a guitarra de Richards levou os amantes do blues direto para as garagens negras no interior dos Estados Unidos, e foi um dos grandes momentos da noite, assim como a interpretação espichada e também repleta de improvisos de “Miss You”, onde o baixista Darryl Jones mostrou por que ele está na banda há vinte anos, e por que também ninguém sente falta de Bill Wyman.
Por outro lado, o pessoal deve ter sentido falta de Lisa Fischer. Sua substituta, Sasha Allen, conseguiu fazer seu papel de backing vocal muito bem, mas na hora de mandar ver em “Gimme Shelter” deixou a desejar, e Jagger acabou tomando conta da canção, principalmente no duelo vocal que encerra a faixa. “Brown Sugar” foi o momento em que a plateia deu um show, cantando os gritos de “hey, hey, hey, wow” com muito ânimo e durante muitos minutos, que esticaram a ótima canção e animaram ainda mais a já animada noite carioca.
Em “Sympathy for the Devil”, Jagger veio ao palco sob luzes vermelhas e negras, trajando uma roupa repleta de plumas, sendo o próprio demônio em pessoa, e mandou ver em mais uma performance cheia de danças e comandando as vozes no “uh-huh” que consagraram esse clássico de Beggar’s Banquet, e a primeira parte encerrou com uma pancada na cabeça advinda da belíssima versão de “Jumping Jack Flash”.
O Encore veio logo em seguida, com o “coral da Puta, ops, Puca” fazendo as lindas vozes de “You Can’t Always Get What You Want”, para fechar de vez com “(I Can’t Get No) Satisfaction”, deixando evidente ali que essa era a música da qual a maioria que comprou ingresso conhecia, pois foi a única que todo mundo cantou a plenos pulmões, e deu para perceber o Maracanã tremer.
Voltei para São Borja no dia seguinte, com a sensação de ter visto um dos melhores shows da minha vida, principalmente por Jagger ter sido um gentleman, comunicando-se a maior parte do tempo em português (com os sotaques que ressaltei nas frases acima), além de um carisma e performance de palco que fazem muito vocalista novato corar de vergonha, e preparei-me para quase duas semanas depois ver a última apresentação deles no Brasil.
Porto Alegre (02 de março de 2016)
A fila em Porto Alegre foi bem diferente do Rio. Sob um céu nublado e bem organizada, não foi cansativa, e deu para conversar com os amigos e lembrar velhos shows, destacando principalmente o de Paul McCartney, que aconteceu no mesmo local em 2010. O Beira-Rio não é tão grande quanto o Maracanã, mas mesmo assim, a sensação de quando se está no gramado do estádio é a mesma de pequenez que temos no estádio carioca.
A Doctor Pheabus também abriu o show de Porto Alegre, com um set bem mais curto (apenas quatro músicas) que o pessoal que já lotava as dependências principais do estádio aplaudiu e apoiou bem mais do que no Rio. Dessa feita, o grupo não estava tão nervoso, deu para ouvir que o guitarrista tem talento, as backing vocals são excelentes, e o único pecado é o vocalista, muito bonachão e com pouca presença de palco. Não sei se a banda vinga, mas gostaria de saber como eles foram selecionados para dividir o palco com os Stones.
Depois, veio o grupo local Cachorro Grande. Os guris – nem tão guris assim – são caracterizados por fazerem apresentações incendiárias, e não foi diferente dessa vez. Com uma performance arrebatadora, o grupo mandou ver, demonstrando paixão e gratidão por estarem tocando para milhares de pessoas praticamente onde cresceram, já que os membros da banda são porto alegrenses e colorados, então, imagina a felicidade. Foi um show ótimo, que sacudiu a galera e preparou muito bem – parabéns aos guris – para a grande atração da noite.
Quando as luzes se apagaram, exatamente na hora programada, já sabia que viria o lindo vídeo inicial, mas não esperava que a banda começasse o show com “Jumping Jack Flash”. A empolgação de todo mundo no estádio é algo que não tem como descrever, e na mesma hora que Keith Richards puxou o riff da canção, começou a cair a maior chuva que um show de rock já viu na capital gaúcha. Era água de balde, ou de mangueira, sei lá, era MUITA água, e foi a partir desse momento que Mick Jagger mostrou por que ele é Mick Jagger, enquanto os outros são os outros.
Já vi Steven Tyler e Joe Perry tocando abaixo de chuva e frio também em Porto Alegre, lá em 2010, mas não e compara a quantidade de água que rolava sobre o palco dos Stones ontem. Era muita água. O chão estava encharcado, as pessoas estavam encharcadas, mas pensa que o Mick Jagger ficou só escondidinho atrás de uma cortina cantando? Que nada, o velhinho ia toda hora para a passarela que unia o palco aos fãs, cantando, dançando, pulando, sendo um frontman e um homem que respeitou e fez valer cada centavo pago (e não foram poucos) pelos presentes. Ali ele já mereceu o troféu de “Melhor Artista do Ano”, e ensinou aos novatos metidos à estrela, que as vezes por causa de uma chuvinha ou um barulho na caixa de som abandonam o palco, ou fazem cara feia e tocam de má vontade, que o rock ‘n’ roll é muito mais do que a pessoa em si, mas sim, uma paixão sem limites, que supera adversidades e a idade também.
Foi um banho de talento, e uma alegria ver a disposição de Jagger (uma ponta de inveja também, já que tomara eu chegar aos cinquenta com o mesmo pique que ele) debaixo de tanta chuva, mas mesmo Richards e Wood também desfrutavam da chuva, não mesmo com tanta intensidade, mas não tinham medo de encarar o palco e brilhar os olhos dos fãs com solos animados, enquanto a água continuava correndo.
O set list foi parecido com o do Rio, com algumas mudanças, como a inclusão de “Ruby Tuesday” no lugar de “Angie”, a exclusão de “Doom and Gloom” e tendo como música escolhida pela plateia “Let’s Spend the Night Together”, outra que me fez lembrar de Bowie (ele gravou essa faixa no álbum Alladin Sane, de 1973), e que mostrou o talento do pianista Chuck Leavell (ex-Allman Brothers Band entre outros).
Com a quantidade de chuva que caía em Porto Alegre, o show foi um pouco mais frio para mim, que tentei não me preocupar com o aguaceiro, mas não é uma sensação das melhores ficar com o corpo todo molhado enquanto bate um vento forte no mesmo. O próprio Keef por diversas vezes fazia cara estranha quando o vento soprava forte levando ainda mais água para o palco, e Ron Wood muitas vezes teve que limpar o braço da guitarra para poder tocá-la, assim como Jagger toda hora limpava o microfone, mas nada disso atrapalhou a empolgação dos gaúchos que viam a banda pela primeira vez ao vivo, e que ajudou a incendiar ainda mais o show cantando a plenos pulmões “Miss You”, “Gimme Shelter”, onde dessa vez Sasha não fez tão feio, e “Honky Tonk Women”. O pessoal parecia conhecer melhor as músicas que estavam sendo apresentadas, e mesmo “You Got the Silver” e “Midnight Rambler”tiveram seu coral de vozes, sendo que novamente “Midnight Rambler” teve um longo duelo de improvisos com a harmônica de Jagger e a guitarra de Richards.
Houve também uma inversão no final da primeira parte, com “Sympathy For the Devil” surgindo antes de “Brown Sugar”, e depois de “Start Me Up”, casando maravilhosamente bem essa sequência, que detonou com o resto de voz que esse que vos escreve tinha, e com vários ali do lado, além de ter sido o momento onde São Pedro decidiu que além de ligar as mangueiras e derrubar baldes de água, também abriu algumas torneiras pelo Paraíso. A roupa de “demônio” de Jagger ficou empapada, e o vento soprando forte, molhou o palco inteiro, mas a diversão rolava a solta, e com os famosos “uh-huh” de “Sympathy for the Devil”,os dois backing vocals uniram-se a Ronnie, Keef, Jagger e Jones na frente do palco, encarando a chuva com um sorriso na face, deixando claro que o rock é um momento para ser curtido até o fim.
No Bis, o Coral da UC de Porto Alegre, agora devidamente apresentado de forma correta, soltou a voz em “You Can’t Always Get What You Want”, e com o público nas mãos, completamente encharcados e tirando voz do impossível, cataram “(I Can’t Get No) Satisfaction” para alegria dos presentes, e para fechar com chave de ouro a maior turnê da banda que já passou pela América do Sul.
Era hora de pegar o ônibus, voltar para o hotel (ou para as casas) e tomar muito chá para não pegar uma gripe forte, mas sinceramente, eu não fiz isso. Apenas tomei um banho quente e fiquei horas pensando como é legal ver uma banda, que esteve em Altamont e mostrou todas as merd@s que aconteceram lá, não se escondendo de nada, que teve um gênio nas guitarras chamado Brian Jones, responsável por iniciá-los no mundo das drogas, drogas essas que quase acabaram com a banda lá em 1972, com uma história fascinante, permanecerem juntos, mesmo que não lançando álbuns há 11 anos, mas fazendo o que gostam, com toda a vontade, o talento, mas principalmente, com carinho e respeito pelos fãs. É raro ver algo nas bandas antigas, e nas novas então, é ainda mais raro.
E eles não param, pois agora vão para Lima, depois Bogotá, duas datas na Cidade do México e uma apresentação especial em Havana, em 25 de março, ou seja, ainda fará mais cinco apresentações só nesse mês. É muita vitalidade e muita energia, e que os velhinhos continuem não somente dando aula de como fazer um grande show de rock, mas passando para os fãs e ao público em geral que apesar de tudo o que você possa passar de perrengues por causa do rock ‘n’ roll, não se preocupe, é apenas rock ‘n’ roll, mas você irá gostar.
Agradecendo e a compreensão da minha esposa por ter entendido o quanto a minha ida nesses espetáculos era importante para mim (Bianca, eu te amo), deixo apenas três palavras: Que baitas shows!!!
Track list Rio de Janeiro
- Start Me Up
- It’s Only Rock ‘n’ Roll
- Tumbling Dice
- Out of Control
- Like a Rolling Stone
- Doom and Gloom
- Angie
- Paint it Black
- Honky Tonk Women
- You Got the Silver
- Before They Make Me Run
- Midnight Rambler
- Miss You
- Gimme Shelter
- Brown Sugar
- Sympathy For The Devil
- Jumping Jack Flash
- You Can’t Always Get What You Want
- (I Can’t Get No) Satisfaction
Track list Porto Alegre
- Jumping Jack Flash
- It’s Only Rock ‘n’ Roll
- Tumbling Dice
- Out of Control
- Let’s Spend the Night Together
- Ruby Tuesday
- Paint it Black
- Honky Tonk Women
- You Got the Silver
- Before They Make Me Run
- Midnight Rambler
- Miss You
- Gimme Shelter
- Start Me Up
- Sympathy for the Devil
- Brown Sugar
- You Can’t Always Get What You Want
- (I Can’t Get No) Satisfaction
Que baita fotos tb hein.
Fui nos dois de SP e fui no de Copacabana (só pra constar..rs)
Os shows foram muito bons, vitalidade que quero ter quando chegar na idade deles.
E destaco que sempre de um show pra outro, eles trocam de 4 a 5 músicas e bandas mais novas tem o set list engessado desde o primeiro show..(né Maiden..rs).
Valeu Zué. Obrigado pelo elogio às fotos, e concordo fortemente com o que você disse sobre o set list (tanto pros Stones quanto pro Maiden)
Não sou um grande fã dos Stones, nem profundo conhecedor de sua discografia, mas estive no Beira Rio na quarta feira, pois sabia que seria um momento histórico para o rock and roll gaúcho, como bem ressaltou Beto Bruno! Não esperava que fosse curtir tanto, nem conhecer tantas músicas (e conhecer mesmo, não é aquela coisa de “ah, já ouvi isso em algum lugar”), nem me divertir tanto. Apesar de ficar longe do palco, nas cadeiras superiores do estádio, pelo menos fiquei abaixo da cobertura, e evitei me molhar, assim como pude também curtir as músicas numa boa, pois o pessoal fazendo selfies não chegava a atrapalhar (graças aos degraus do estádio), e, como a maioria não conhecia porra nenhuma e só estava lá pelo “evento”, não tinha quase nenhum fã chato tentando cantar mais alto do que Jagger (a não ser uma bêbada que desafinou em todos os refrões, e ainda errou a letra na maioria do tempo).
Impressionante assistir Jagger, Richards, Wood e Watts, a vitalidade deles é invejável, e o talento, absurdo! Além da simpatia e carisma do primeiro, que contagiou a todos com seus “bah”, “tri” e “gurizada”, expressões tão gaúchas e que nunca tinha visto um artista de fora do país utilizar em um palco local! Enfim, um showzaço, para nunca mais esquecer, e para sonhar em repetir algum dia! Se não acontecer, pelo menos desta vez, tenho certeza que já foi bom!
Parabéns pelo texto, Mairon! Agora, limpar a barra com a mulher em “rede nacional” dessa forma… sei não, acho que alguém andou dormindo uns tempos na “casinha do cachorro”, não duvide!
A gente sabe como o Doctor Pheabes entra nesses esquemas. Só tocam em shows grandes – as duas últimas edições do Monsters, Aerosmith e afins. Não vi o show deles, estava na barraca de merchan. Cachorro Grande fez um show legal, mas não gosto tanto do “portoalegrês” deles, acho espalhafatoso. Já o show dos Stones foi incrível, até mais que eu esperava. E não pela banda, que a gente já espera, mas pelo público. Foi lindo ver das cadeiras a chuva caindo na pista enquanto todo mundo dançava e pulava. Virou festa, no mais puro sentido. Não diria que foi o melhor show que já vi (Paul ainda é insuperável). Mas, sem dúvida, foi o mais alegre.
O show de Porto Alegre com certeza não foi um dos melhores shows que já assisti, mas o do Rio é meu Top 3.
Estava lá e constatei um dos melhores show que assisti na vida! Assim como o Micael, eu não estava na pista e sim nas cadeiras premium e não me molhei (exceto na saída) e também pude curtir tudo numa boa.
O Mairon já definiu tudo isso e não vou “chover no molhado” (desculpe o trocadilho infame). Só digo que assiti uma aula de rock’n’roll e profissionalismo!
Valeu meu caro. Abraços, e pena que não nos encontramos
Pois é, Mairon! Mas ia ser difícil pois cheguei no estádio em torno das 17h! Abs